quarta-feira, 30 de agosto de 2017

A Visitar: Castelo de São Jorge

Castelo de S. Jorge em Lisboa
Localiza-se na freguesia de Santa Maria Maior, em Lisboa.

No contexto da Reconquista cristã da Península Ibérica, após a conquista de Santarém, as forças de D. Afonso Henriques, com o auxílio de cruzados normandos, flamengos, alemães e ingleses que se dirigiam à Terra Santa, investiu contra esta fortificação muçulmana, que capitulou após um duro cerco de três meses.
Rei D. Afonso Henriques de Portugal
Em forma de gratidão, o castelo, agora cristão, foi colocado sob a invocação do mártir São Jorge, a quem muitos cruzados dedicavam devoção.
São Jorge
Décadas mais tarde, entre 1179 e 1183, o castelo resistiu com sucesso às forças muçulmanas que assolaram a região entre Lisboa e Santarém.

A partir do século XIII, tornando-se Lisboa na capital do Reino, em 1255, o castelo conheceu o seu auge, quando foi, além de Paço Real, o chamado Paço da Alcáçova, palácio de bispos, albergue de nobres da Corte e fortificação militar.

O castelo sofreu danos com os terramotos que afetaram a cidade em 1290, 1344 e 1356.

No plano militar, mobilizou-se diante do cerco castelhano de fevereiro e março de 1373, quando os arrabaldes da capital chegaram a ser saqueados e incendiados. Nesse ano iniciou-se a muralha de D. Fernando, concluída dois anos mais tarde e que se prolonga até à Baixa.
Rei D. Fernando I de Portugal
Na 3.ª Guerra Fernandida os arrabaldes da cidade foram novamente alvo de investidas castelhanas, em março de 1382, e mais tarde, no decurso da crise de 1383-1385, Lisboa seria duramente assediada pelas forças de D. João I de Castela em 1384.
Rei D. João I de Castela
Como Paço Real, o castelo foi palco da receção a Vasco da Gama, após a descoberta do caminho marítimo para a Índia, no final do século XV, e da estreia, no século XVI, do Monólogo do Vaqueiro, de Gil Vicente, a primeira peça de teatro português, comemorativa do nascimento de D. João III.
Vasco da Gama (Esquerda), Gil Vicente (Centro) e Rei D. João III de Portugal (Direita)
Sofre novamente danos com os terramotos de 1531, 1551, 1597 e 1699. Como Paço Real deixa de cumprir esta função quando, ainda no século XVI, o Paço Real passa a ser na ribeira - Paço da Ribeira. A partir de então as suas dependências foram utilizadas como aquartelamento.

Na época da Dinastia Filipina foi novamente guarnecido, tendo sido utilizado como prisão.

A mudança do Paço Real, a instalação de aquartelamentos e, ainda, o terramoto de 1755 contribuíram para o declínio e a degradação do monumento.

Foi sede da Casa Pia de 1780 a 1807, quando foi utilizado como Quartel-General por Jean-Andoche Junot.

Foi classificado como Monumento Nacional por Decreto de 16 de junho de 1910. Sofreu importantes intervenções de restauro na década de 1940 e no final da década de 1990, que tiveram o mérito de reabilitar o monumento, recuperando-lhe o "desenho" medieval.

Atualmente é um dos locais mais visitados pelos turistas na cidade de Lisboa.

A visitar
Planta do Castelo de S. Jorge

Horário
:
  • 1 de março a 31 de outubro: 9h00 às 21h00
  • 1 de novembro a 28 de fevereiro: 9h00 às 18h00
  • Câmara Obscura - sujeito às condições meteorológicas: 10h00 às 17h00
  • Fechado a 24,25 e 31 de dezembro, 1 de janeiro e no 1.º de Maio. 
Preço:
  • Bilhete normal: 8,50€
  • Estudantes com menos de 25 anos, pessoas com deficiência e maiores de 65 anos: 5€
  • Bilhete família (2 adultos e 2 crianças menores de 18 anos): 20€
  • Grátis para crianças com menos de 10 anos, residentes do Concelho de Lisboa (necessário Cartão Cidadão e digitação do PIN da morada)

MZ

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segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Danos Causados por um Espartilho


Na imagem: Danos causados por um espartilho numa caixa torácica - Século XIX

O corpete é uma peça de vestuário feita para moldar o corpo. O termo espartilho só foi usado no século XVIII e poderia ser usado em volta da cintura ou dos quadris.

A partir de meados de 1820, a cintura tornou-se o foco central da cintura feminina, e o espartilho assumiu um papel dominante, projetado para enfatizar a cintura.
Corpete 1870
Mesmo que se apertasse o espartilho até ao fim fosse popular no final do século XIX, as mulheres raramente conseguiam reduzir a cintura mais do que cinco centímetros.

Não existe nenhum caso documentado de mulheres do século XIX a removerem as suas costelas inferiores para ter uma cintura menor. Ninguém na altura iriam fazer uma cirurgia voluntariamente, considerando o alto risco de morte da altura.

A grande maioria das mulheres com cinturas pequenas em fotografias vitorianas conhecidas são atrizes conhecidas pela sua beleza, como Alice Regnault.
Alice Regnault

MZ

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sábado, 26 de agosto de 2017

Vitória de Samotrácia

Vitória de Samotrácia

Ou Nice de Samotrácia, é uma escultura que representa a Deusa Grega Nice.
Ilustração da Deusa Grega Nice
A estátua não está completa, devido ao tempo, e os pedaços foram descobertos em 1863 nas ruínas do Santuário dos Grandes Deuses de Samotrácia, pelo arqueólogo francês Charles Champoiseau.
Arqueólogo francês Charles Champoiseau 
A escultura quando foi encontrada estava fragmentada em 118 pedaços, só foi montada no Museu do Louvre, em 1864. A cabeça da escultura nunca foi descoberta.

Fazia parte de uma fonte, com a forma de proa de uma embarcação, em pedra calcária, doada ao santuário provavelmente pela cidade de Rodes.

Terá sido criada por volta de 190 a.C., tem 3,28 metros de altura. O autor é desconhecido, provavelmente um habitante de Rodes.

Atualmente encontra-se em lugar de destaque numa escadaria do Museu do Louvre, em Paris na França. Em 2013/2014 a obra passou por um profundo restauro, no valor de quatro milhões de euros.

Apesar de incompleta e com danos significativos, é considerada uma das grandes obras sobreviventes do Período Helénico.

MZ

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quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Religião: Hinduísmo

Portugal é um país laico, quer isto dizer que não tem uma religião oficial, o que permite a cada indivíduo escolher a sua religião, se quiser ter uma. No entanto, a maioria dos portugueses são da religião católica (81% - censos de 2011), havendo oficialmente feriados religiosos ao longo do ano.

Eu, apesar de vir de uma família católica, mas que nunca foram muito assíduos o que me levou a questionar algumas coisas e preferir manter-me "afastada" da religião, tentando perceber um pouco de todas as religiões. Por isso, vou fazer uma série de post's sobre as religiões ao redor do mundo, tentando mostrar as características, curiosidades, coisas boas e menos boas de cada religião.

Uma religião é um conjunto de crenças, além de visões do mundo, que estabelece os símbolos que relacionam a humanidade com a espiritualidade e os seus próprios valores morais.

1. Hinduísmo

Deus Brahma - representa a força criadora do Universo
Tem a sua origem, aproximadamente a 3000 a.C. na antiga cultura Védica.

É a terceira maior religião do mundo em número de seguidores.
É a principal religião da Índia. Tem também um grande número de crentes em Nepal, Bangladesh, Paquistão, Sri Lanka e Indonésia.

Os Hindus são politeístas, ou seja, acreditam em vários Deuses. Os principais são:
- Brahma - representa a força criadora do Universo;
- Ganesha - Deus da sabedoria e sorte;
- Matsya - aquele que salvou a espécie humana da destruição;
- Saravati - Deusa das artes e da música;
- Shiva - Deus supremo, criador da Yoga;
- Vishnu - responsável pela manutenção do Universo.
Deusa Vishnu
Quem segui o Hinduísmo espera-se que respeite as coisas antigas e a tradição, deve acreditar nos livros sagrados, crer nas divindades, persistir no sistema das castas - o que determina o estatuto de cada pessoa na sociedade, ter conhecimento da importância dos rituais, confiar nos guias espirituais e acreditar na existência de encarnações anteriores.

O Hinduísmo permite que cada Hindu escolha a sua forma de culto, por isso esta religião apresenta uma diversidade de abranger novos modos de pensamento e de expressão religiosa.

As castas são grupos sociais fixos. Cada casta tem as suas próprias regras de conduta e de prática religiosa, que determinam com quem a pessoa pode comer, com quem pode se associar e que tipo de trabalho pode realizar. Era proibido relacionar-se com as castas inferiores, a não ser para a execução das tarefas diárias. Segundo os textos sagrados Hindus, cada indivíduo está predestinado a pertencer a uma casta.

Ao contrário de outras religiões, o Hinduísmo não tem fundador ou credo fixo. Para todos os Hindus a suprema autoridade são os quatro Vedas: Rig-Veda, Sama-Veda, Yojur-Veda e Atharva-Veda.
Uma página de Atharva-Veda
O mais antigo é o Rig-Veda, escrito em sânscrito arcaico (língua ancestral do Nepal e da Índia), entre 1300 a 1000 a.C. A este foram agregados outros dois: o Yajur-Veda (livro do sacríficio) e o Sama-Veda (de hinos). O quarto livro - Atharva-Veda, é uma coleção de palavras mágicas, que foi incluído pot volta de 900 a.C.

Segundo esta religião o homem tem uma alma imortal. O objetivo do Hindu é voltar a Brahman (o ser supremo, puro e universal - força espiritual, todos os seres vivos nascem em Brahman, vivem no Brahman e, ao morrer, retornam ao Brahman) e voltar a fazer parte do mundo espiritual.

Para atingir este ponto, a alma deve ser purificada, mas como ninguém espera que um ser humano consiga purificá-la numa única vida, após a morte de um individuo esta alma renasce numa nova criatura viva.

A ideia de trânsito da alma para um novo corpo ou forma de ser é conhecida como reencarnação. A alma irá reencarnar em corpos diferentes até se purificar. Uma alma pode renascer numa casta mais alta ou mais baixa ou pode passar a habitar um corpo animal.

O impulso por detrás desta ordem, que a mantém sempre em movimento, é o karma de cada homem. O karma significa ato, refere-se a palavras, pensamentos e sentimentos. É um conjunto de todas as ações, boas ou más, cometidas por um ser humano nas suas vidas passadas.

A ideia de que todas as ações têm consequências e de que estas podem aparecer após a morte do indivíduo não é única do Hinduísmo, o que difere é que, segundo a filosofia Hindu, todas as ações da vida e somente elas formam a base para a próxima vida. Os hindus não acreditam em destino cego nem em providência divina, acredita que "o homem colhe aquilo que semeou".

No Hinduísmo a peregrinação não é obrigatória, embora muitos dos seus seguidores as realizem. Os Hindus reconhecem diversas cidades sagradas na Índia, como Allahabad, Haridwar, Varanasi e Vrindavan.

O Kumbh Mela ("festival das jarras") é uma das peregrinações hindus mais sagradas, realizada a cada quatro anos, a sua localização varia entre Allahabad, Haridwar, Nashik e Ujjain.
Local da realização da Kumbh Mela em 2001
O símbolo do Hinduísmo (equivalente à cruz para os cristãos) é o Om - forma escrita do principal Mantra Hindu.
Om
Uma das características do Hinduísmo é o culto à vaca. Acredita-se que este culto seja tão antigo quanto os Vedas. As vacas são consideradas superiores à casta mais elevada do sistema indiano. Elas podem circular pelas cidades sem serem incomodadas, apesar de nem todos concordarem com isso.
Uma rua das Índias onde é permitido que as vacas andem livremente
O nascimento, casamento e a morte são eventos carregados de rituais. Os mortos são normalmente cremados em cerimónias públicas e as suas cinzas lançadas ao Rio Ganges. Os Hindus acreditam que, durante a cremação, o Deus do fogo purificará o cadáver e libertará a sua alma.

Como segundo o Hinduísmo as pessoas já nascem com o destino traçado, isto explicará o facto dos casamentos serem arranjados. Quando uma menina indiana nasce, os seus pais chamam o astrólogo da família para fazer o mapa astral dela. Com o mapa feito, este compara com o resultado de outras cartas astrólogas de meninos para encontrar um compatível.

Na cerimónia do casamento não existe uma cerimónia específica, o que muda é apenas a liturgia feita. A consagração é realizada através de um ritual de fogo conhecido como Agnihotra. O sacerdote conduz a cerimónia e convida os pais a sentar junto dos noivos. A partir daí, o ritual passa para o momento das promessas, repetidas pelo casal.
Casamento Hindu
Durante a cerimónia de casamento, por diversas vezes, alguns dos presentes são convidados a oferecer elementos ao altar de fogo após pronunciarem os mantras - a cada mantra, os convidados oferecem cominho, coentro, cevada e trigo em pratos de cerâmica, então o sacerdote vai com a concha de óleo de manteiga e alimenta o fogo.

A roupa dos noivos são os trajes tradicionais indianos - a noiva vai de vermelho, com um vestido chamado de Sari, sempre muito bem ornamentada com brincos nas orelhas e no nariz e, também, pinturas decorativas na pele. O homem usa o Shoti, juntamente com a túnica, chamada de Kurta. Na Índia o noivo costuma usar turbante e chegam ao casamento montados em elefantes.

No momento da formalização do casamento, os Hindus realizam o ritual das grinaldas de flores, os noivos escolhem um amigo para fazer a entrega das grinaldas. O noivo coloca o colar na noiva e ela nele. Depois, ambos amarram as vestes um no outro e trocam de lugar.
Ritual das grinaldas de flores - casamento Hindu
A consumação final acontece na imposição da Bindi, o sinal que atesta à sociedade que aquela mulher é casada. O marido pega uma cúrcuma (uma especiaria), coloca num dos dedos e toca no meio da face da sua esposa. Também espalha na linha que divide o cabelo ao meio. Simboliza que é uma mulher casada e todos devem respeitá-la.
Ritual Bindi - casamento Hindu
No final os noivos dão sete voltas ao altar e a partir daí, inicia-se a celebração.

Na Índia, as filhas não têm direito ao património do pai, apenas os filhos homens. Quando o pai morre, só um filho pode carregá-lo para a cremação.

A maioria dos Hindus são vegetarianos, numa tentativa de respeitar formas superiores de vida, restringindo a sua dieta a plantas e vegetais. Cerca de 30% da população Hindu atual, especialmente em comunidades ortodoxas no sul da Índia, é vegetariana. Ser vegetariano não é um dogma, mas é recomendado como sendo um estilo de vida purificador.

Ser vegetariano vai de acordo com a Ahimsa que é um princípio ético-religioso adotado pelos Hindus que consiste em não cometer violência contra outros seres.O Ahimsa relaciona-se com a ideia de que qualquer violência tem consequências no karma.
Ahimsa


MZ

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terça-feira, 22 de agosto de 2017

Coração de Vampiro

Coração de Auguste Delagrance mumificado - coração de vampiro
O coração pertencia a Auguste Delagrance.

Auguste conhecido como vampiro, foi responsável pelo assassinato de mais de 40 pessoas durante uma das piores epidemias de vampirismo nos EUA, antes da sua morte em 1912.

Auguste acabou por ser identificado e perseguido por um padre católico romano e por uma mulher de um clã chamado Hougan Voodoo.

Esta dupla começou a destruir ninhos e esconderijos, forçando assim o vampiro Auguste ir até a uma casa abandonada na periferia de uma pequena cidade em Louisiana. Neste dia, com esta armadilha foi fincada uma estaca no seu coração acabando por morrer.

O coração e a estaca foram guardados numa caixa de madeira de 12 cm de altura, 20 cm de largura e 28 cm de comprimento.

Na caixa tem-se informações sobre o dia da morte de Delagrance, a 7 de abril de 1912.

O coração mumificado foi a leilão, a dezembro de 2010, e arrematado por 320 mil dólares.


MZ

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domingo, 20 de agosto de 2017

A Visitar: Palácio Nacional de Sintra

Palácio Nacional de Sintra - Sintra
O Palácio Nacional de Sintra é também conhecido como Palácio da Vila. Fica na vila de Sintra.

Devido à falta de documentação, pouco se sabe sobre o início da história deste palácio.

O Palácio terá sido doado pelo rei D. João I de Portugal ao conde de Seia em 1383, voltando para a posse real pouco tempo depois.
D. João I de Portugal
Foi reedificado no século XV, a partir de 1489, onde se pretendia enriquecer a decoração interior, aplicando-lhe azulejos andaluzes.

Entre 1505 e 1520 ergueu-se a conhecida ala manuelina e, em 1508 teve início a construção da Sala dos Brasões.

Durante o reinado de D. João III edificou-se o espaço entre as alas joanina e manuelina. No século XVII, sob a orientação do conde de Soure, procedeu-se a obras de alterações e ampliação e, entre 1683 e 1706, sob o reinado de D. Pedro II, renovaram-se as pinturas dos tetos de alguns compartimentos.
D. João III e D. Pedro II de Portugal
Em 1755, decorreram obras importantes obras de restauro, no seguimento dos danos causados pelo terramoto, e edificada a ala que vai do Jardim da Preta ao Pátio dos Tanquinhos.

Nos últimos anos da monarquia em Portugal, foi residência de verão da rainha-mãe D. Maria Pia, a última habitante régia do Palácio Nacional de Sintra.
Rainha D. Maria Pia, de Portugal
O Palácio foi classificado como Monumento Nacional desde 1910.

Lendas:
Numa das salas do Palácio no teto estão pintadas diversos desenhos de pegas e está escrito a frase "Por Bem" e a lenda diz que D. João I foi apanhado a dar um beijo a uma dama da rainha, ao qual o rei, surpreendido e embasbacado ao dirigir-se à rainha diz-lhe "Foi por bem". A rainha saiu solenemente. E foi devido ao suposto alarido que esta situação provocou, que a mensagem ficou inscrita nos bicos das pegas.

Teto da Sala das Pegas no Palácio Nacional de Sintra

Sobre uma versão da história:
- Versão da Revista do Século XIX Portugal Pitoresco
"Sendo encontrado D. João I por sua esposa beijando uma das suas damas, porque o fazia por sincera amizade, e não por criminoso amor, respondeu à rainha agastada, que tinha sido por bem; e com esta legenda, que bem podemos assemelhar ao honni soit qui mal y pense dos ingleses (nota: expressão francesa, talvez assim descrita por erro, ou por uso frequente por parte dos ingleses) mandou edificar uma sala, cujo tecto é pintado de pegas, para que esta ave como faladora apregoasse a sua inocência, e a pureza injustamente manchada daquela donzela. Outros menos galantes e cuja opinião não seguimos, pretendem que tendo-se divulgado no paço esta aventura, e corrido de boca em boca entre as outras damas, El-Rei para os castigar mandou pintar esta sala com as ditas aves, como símbolo da sua loquacidade."

Outra lenda do Palácio encontra-se no jardim da Lindaria, reza a lenda que nesse jardim era o local onde as moutas vinham, para sentir o cheiro das flores e tomar um ar fresco, e uma dessas mouras terá-se apaixonado por um cristão que ali as observava escondido. O seu marido, ao descobrir, matou-a. E dizem que ainda hoje, todas as noites a moura volta ao jardim em busca do cristão por quem se apaixonou.

Outro acontecimento dado no Palácio Nacional de Sintra foi o rei D. Afonso VI de Portugal ter sido preso durante dez anos no palácio, vindo a falecer a 12 de setembro de 1683, quando ouvia missa na capela do Paço. Antes de ser preso, D. Afonso VI casou-se em 1666 com a princesa D. Maria Francisca de Sabóia, a sua mulher entrou para o Convento da Esperança, em Lisboa, onde pediu a nulidade do casamento, afirmando que não se tinha consumado devido ao físico do rei. O casamento foi anulado e depois de um longo processo a princesa de Sabóia casou-se com o cunhado, o Infante D. Pedro, tornando D. Afonso num prisioneiro.
Rei D. Afonso VI de Portugal

Quarto onde D. Afonso VI terá ficado preso por dez anos no Palácio Nacional de Sintra, diz a lenda que os socalcos do chão do quarto se deve à constante caminhada do rei no quarto

Para visitar
Horário:
  • Até 28 de outubro de 2017: 9h30 às 19h00 - última entrada às 18h30
  • Fechado a 25 de dezembro e 1 de janeiro
Preço: Até 28 de outubro de 2017
  • Bilhete adulto (18 a 64 anos): 10€
  • Bilhete jovem (6 a 17 anos): 8,50€
  • Bilhete sénior (maiores de 65 anos): 8,50€
  • Bilhete família (2 adultos e 2 jovens): 33€

A minha visita

Visitei apenas uma vez, no verão passado, a 26 de agosto de 2016. O Palácio é muito bonito, muito decorado nos tetos por exemplo, no entanto, achei um pouco decepcionante no que toca ao mobiliário, falta muito mobiliário. No entanto é um palácio que se deve visitar e conhecer a sua história. Não fiz visita guiada, mas para quem tiver a possibilidade de a fazer, que faça para melhor conhecer os recantos do Palácio.

Numa das varandas do Palácio Nacional de Sintra - 26 de agosto de 2016

MZ

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sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Madre Teresa aos 18 Anos

Madre Teresa aos 18 anos

Nasceu em Skopje (Macedónia) a 27 de agosto de 1910, com o nome Anjezë Gonxhe Bojaxhiu.

Aos 18 anos (altura da imagem) entrou para a Casa das Irmãs de Nossa Senhora do Loreto, em Dublin na Irlanda, a 29 de setembro de 1928.

O seu sonho era trabalhar na Índia, onde faria um trabalho missionário com os pobres.

Fez os votos de pobreza, castidade e obediência a 24 de maio de 1931, recebendo o nome de Teresa.

Foi enviada para a Índia, para Darjeeling, um local onde as Irmãs de Loreto tinham um colégio. De Darjeeling foi para Calcutá onde passou a ensinar História e Geografia no Colégio de Santa Maria. Mais tarde foi nomeada Diretora.

Deixou o colégio em 1948, dirigiu-se para Patna, para fazer um curto curso de enfermagem.

A 19 de março de 1949, as vocações começaram a surgir entre as suas antigas alunas do colégio. A primeira foi Shubashini. Filha de uma família abastada, disposta a colocar a sua vida ao serviço dos pobres. Outras voluntárias foram-se juntando ao trabalho missionário. Mais tarde chamadas de "Missionárias da Caridade". Em 1949, a constituição da irmandade, começou a ser redigida.

A Congregação de Madre Teresa foi aprovada pela Santa Sé a 7 de outubro de 1950. Em agosto de 1952 é aberto o lar infantil Sishi Bavan e inaugurado o Lar para Moribundos, em Kalighat, ajudando os pobres, doentes e famintos. A partir desta altura a Congregação expandiu-se pela Índia e por vários outros locais do mundo.

Recebeu o Prémio Nobel da Paz em 1979.

A Madre Teresa morreu no dia 5 de setembro de 1997, depois de sofre uma paragem cardíaca. O seu corpo foi transladado para o Estádio Netaji, onde o Cardeal Ângelo Sodano, Secretário de Estado do Vaticano, celebrou a Missa de corpo presente.

Foi uma religiosa católica, naturalizada indiana, beatificada pela Igreja Católica em 2003 e canonizada em 2016.

MZ

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quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Dica de Filme ou Livro: "O Jardim da Esperança"


Cartaz "O Jardim da Esperança"
Este filme é o mais recente que vi sobre o tema Holocausto, pode ter algumas coisas chocantes como uma violação de uma criança (não explicita) e execuções, mas é um filme muito bonito e contado de uma forma tão simples que dá vontade de saber mais. Ao se saber que se trata de um filme verídico, dá para perceber a coragem de pessoas que talvez não achássemos que fossem capaz de ir contra a "regras" impostas pelo nazismo na Polónia.
Aconselho vivamente a visualização deste filme.

Sinopse:
É a história verídica de uma mãe e esposa que durante a Segunda Guerra Mundial se tornou a heroina para centenas de pessoas. Em 1939 na Polónia, Antonina Zabinska e o seu marido, Dr. Jan Zabinski geriam o Jardim Zoológico de Varsóvia, quando o país foi invadido pelas forças alemãs e estes se viram obrigados a obedecer às ordens de um novo zoologista selecionado pelos alemães, Lutz Heck.
No entanto, o casal decididos a lutarem contra o regime, começaram a colaborar secretamente com a Resistência e põem em ação uma série de planos para resgatarem pessoas do recente criado Gueto de Varsóvia, colocando em risco as suas vidas e tudo o que construíram.

Atores principais:
- Antonina Zabinski foi representada por Jessica Chastain.
- Dr. Jan Zabinski foi representado por Johan Heldenbergh;
- Lutz Heck foi representado por Daniel Brühl.
Atores: Jessica Chastain, Johan Heldenbergh e Daniel Brühl
O filme foi realizado por Niki Caro, como título original The Zookeeper's Wife e teve a sua estreia a 20 de abril de 2017.
O casal que inspirou o filme: Antonina e Dr. Jan Zabinski

MZ

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segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Escritório de Albert Einstein no Dia da sua Morte

Escritório de Albert Einstein no dia da sua morte - 1955

Pilhas de papeis são encontradas sobre a mesa de Einstein. Pode-se ver um quadro negro cheio de equações,

MZ

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sábado, 12 de agosto de 2017

Testemunhas a verem a assinatura do Tratado de Versalhes em 1919

Testemunhas, em cima de cadeiras e móveis, para verem a assinatura do Tratado de Versailles - 1919

O Tratado de Versailhes foi um acordo celebrado pelos países envolvidos na Primeira Guerra Mundial, procurando o fim do conflito.

Foi celebrado em Paris, na França, a 28 de junho de 1919, entrando em vigor a 10 de janeiro de 1920.

O Tratado pôs fim às hostilidades iniciadas em 1914 entre potências europeias, as suas colónias e aliados ao redor do mundo, devolvendo ao continente a paz e determinando as consequências do conflito e os rumos das relações no continente e fora dele.

Um dos principais pontos definidos pelo Tratado foi a instituição da "Liga das Nações", órgão internacional que atuaria como regulador da situação política do mundo, procurando resolver atritos e disputas da forma mais efetiva, zelando pela manutenção da paz e da prevenção ao uso da força.

O Tratado determinava que a Alemanha arcasse com todos os prejuízos causados pela guerra, de maneira considerada por muitos estudiosos, como injusta, o Tratado impunha à Alemanha toda a responsabilidade pelo conflito e pelas suas consequências, principalmente perdas económicas.

Os alemães então tiveram que arcar com pesadas indemnizações  que foram impostas sobretudo pelos ingleses e franceses, que visavam pagar os prejuízos às indústrias e agricultura que proviam o desenvolvimento económico desses países.

Esta exigência fragilizou consideravelmente a economia alemã, já destruída pela própria guerra.

Além disso, a Alemanha também perdeu parte do seu território para os países vizinhos, uma vez que esses territórios acabaram por serem considerados pagamentos de indemnizações de Guerra

As Forças Armadas alemãs também sofreram uma profunda redução em todo o seu poder, pois era temível que a Alemanha se rearmasse e procurasse uma "vingança" contra os vencedores da guerra.

As indemnizações e retaliações ao território alemão causaram uma severa crise económica e alimentaram um sentimento de indignação entre os alemães por conta do entendido exagero nas cláusulas do Tratado.

Estes exageros foram uma justificação dada, anos depois, por Adolf Hitler para a situação do povo alemão e para o conflito de 1939-1945. 


MZ

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quinta-feira, 10 de agosto de 2017

A Visitar: Palácio e Quinta da Regaleira

Palácio e Quinta da Regaleira - Sintra

Também designado como Palácio do Monteiro dos Milhões, denominação associada à alcunha do seu antigo proprietário António Augusto Carvalho Monteiro.

O palácio encontra-se situado na encosta da serra de Sintra e a escassa distância do Centro Histórico de Sintra.

O palácio foi mandado construir, nas primeiras décadas do séc. XX, por Carvalho Monteiro que encarregou o cenógrafo italiano Luigi Manini do seu projeto.

O Bolo da Noiva foi a denominação que os habitantes da vila de Sintra utilizaram para definir aquela estrutura irreal que se erguia não muito longe do palácio dos Reis. Cenograficamente, nunca nada se tinha visto que se pudesse comparar.

O resultado final da quinta apresentava várias estruturas decoradas num estilo revivalista a que absolutamente ninguém conseguia ficar indiferente.

Carvalho Monteiro era um homem de uma cultura significativa, sendo um amante incontestável da epopeia nacional, transpôs para a decoração do seu novo palácio os principais símbolos da nação portuguesa, relembrando assim os momentos áureos vividos pelos portugueses nos seus vários séculos de existência.

Para além do palácio, o arquiteto interveio ainda, nos quatro hectares da quinta, projetando intervenções para lagos, grutas, edifícios enigmáticos, jardins luxuriantes e outros locais carregados de simbologia alquimica, maçónica ou ainda relativa aos Templários e aos Rosa-Cruz que, com o habitual nevoeiro que é comum na serra, confere ao local uma densa aura de mistério.

A riqueza da simbologia que aqui encontramos nem sempre está acessível ao observador. Se, por um lado, as alusões ao manuelino são fáceis de identificar, outros elementos relativos ao inferno de Dante, ou até mesmo à egiptologia, são um pouco mais complicados e carecem de conhecimentos adicionais que, muitas vezes, requerem mesmo noções claras de conceitos ligados ao simbolismo. Este vasto espaço, carregado de misticismo e de percursos iniciáticos, foi, segundo alguns autores, feito propositadamente para os que pertencem à Maçonaria.

Apesar da sua aura mística, não sabemos ao certo se algum ritual ou algo que se lhe possa assemelhar alguma vez ali terá tido lugar. Em 1942, a já famosa Quinta da Regaleira, foi comprada pelo milionário Waldemar D`Orey. Imediatamente após a aquisição, contratou dois importantes arquitectos, Luís de Couto e António Lino, para remodelar o interior do palácio de forma a adaptá-lo à sua grande família e eliminar alguns elementos decorativos.

Mais tarde, no ano de 1988, os herdeiros de Waldemar D`Orey venderam a propriedade à empresa japonesa Aoki Corporation que a manteve encerrada apenas com um caseiro a guardá-la. Finalmente, em 1997, a Quinta da Regaleira foi adquirida pela Câmara Municipal de Sintra, passando a ser gerida pela Fundação Cultursintra. Em Maio de 1998, recebeu da Ford Portuguesa o primeiro Prémio Nacional do Património Histórico.

A visitar

Horário:
  • 1 de abril a 30 de setembro: 09h30 às 20h00 - última entrada às 19h00
  • 1 de outubro a 31 de março: 09h30 às 18h00 - última entrada às 17h00
  • Todo o ano o Palácio, a Capela e eventuais espaços expositivos encerram meia-hora antes da Quinta
  • Encerra dia 24 e 25 de dezembro
Preços:
  • 6€ 
  • 10€ para visitas guiadas, com marcação prévia



MZ

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terça-feira, 8 de agosto de 2017

Testadores de Batom



Em 1950 foi feito um teste de batom onde homens carecas foram convidados por grandes fábricas que produziam batom para agir como “manequins vivos” para testar os novos produtos.


MZ

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domingo, 6 de agosto de 2017

Primeiros Visitantes da Torre Eiffel

Primeiros visitantes da Torre Eiffel

A Torre Eiffel é uma Torre localizada no Champ de Mars, em Paris, feita em ferro no século XIX. 

Tornou-se ícone mundial da França e uma das estruturas mais reconhecidas no mundo.

É o monumento pago mais visitado do mundo, milhões de pessoas sobem-na todos os anos.

Foi construída como o arco da entrada da Exposição Universal de 1889, pelo engenheiro Gustave Eiffel.

Possui 324 metros de altura e fica cerca de 15cm maior no verão, devido à dilatação do ferro.

Foi inaugurada a 31 de março de 1889.
  • Gustave Eiffel fez as honras da torre mais alta do mundo na época, para um grupo de personalidades que vieram comemorar a inauguração oficial;
  • Depois de subirem 1710 degraus, que levavam ao topo da Torre, a bandeira da França foi hasteada e celebrada por 21 tiros de canhão. Gustave Eiffel escreveu no leque de uma senhora: "A bandeira francesa é a única a ter uma haste de 300 metros";
  • Na primeira semana, enquanto os elevadores ainda não estavam a funcionar, cerca de 30 mil pessoas visitaram o monumento pelas escadas;
  • Barracas de todos os tipos - venda de lembranças, lojas de fotografia, aluguer de binóculos, cafés e restaurantes, estavam abertos na Torre Eiffel;
  • No primeiro andar, haviam quatro restaurantes, cada um construído com um estilo diferente. O restaurante russo, o bar anglo-americano, o restaurante francês e o restaurante flamengo;
  • Dois elevadores históricos funcionam todos os dias na Torre Eiffel. Cuidadosamente preservado, este património excecional comprava a genialidade do visionário Gustave Eiffel;


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sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Lei dos Sexagenários-Saraiva-Cotegipe

Escravo com mais de 65 anos
1885 - Lei dos Sexagenários-Saraiva-Cotegipe que libertava os escravos com mais de 65 anos - Lei da Gargalhada Nacional porque muitos não chegavam a essa idade.

Esta lei foi promulgada a 28 de setembro de 1885, garantia a liberdade aos escravos com mais de 65 anos de idade. Os escravos tinham a obrigação de trabalhar por mais três anos a título de indemnização ao proprietário, já que o escravo.

Mesmo tendo pouco efeito prático, pois libertava apenas escravos que, pela sua idade, eram menos valorizados, houve grande resistência por parte dos senhores de escravos  e dos seus representantes na Assembleia Nacional.

Os senhores passaram a registar os seus escravos como sendo mais novos. Quando os escravos atingiam a idade para serem libertados não tinham para onde ir e tinham e os seus familiares mantidos como escravos.

Como a lei ficou conhecida Lei Saraiva-Cotegipe, foi em referência aos dois chefes de gabinete ministerial do Império, o liberal Conselheiro Saraiva e o conservador Barão de Cotegipe, que deram apoio à medida.
Conselheiro Saraiva (Esquerda) e Barão de Cotegipe (Direita)
Em 1888, ano da Lei Áurea - a campanha abolicionista ganha força. Houve uma fuga em massa dos escravos, desorganizado o trabalho nas fazendas, especialmente nas de café, no interior de São Paulo. Desta forma, o sistema de escravos ia desmoronando com considerável rapidez.

No final do século XIX apenas o Brasil e Cuba mantinham o sistema de escravos. As leis aprovadas até então - Eusébio de Queirós, Ventre Livre e Sexagenários, apenas adiavam o problema na tentativa de conter o movimento abolicionista radical.

O norte do Brasil já demonstrava interesse pela abolição da escravatura e o Ceará declarou extinta a escravatura em 1884. Antes mesmo da Lei Áurea os escravos já recorriam à justiça para obterem alforria e dessa forma lutavam pela liberdade.

Portanto, esta lei dos Sexagenários serviu apenas para adiar a abolição da escravatura. Entretanto, a opinião pública exigia uma resolução imediata e promoviam campanhas em forma de eventos como quermesses, peças de teatro e festas para arrecadar fundos para compra de alforrias. Os escravos fugiam das fazendas com ajuda de vários setores da população que passam a esconder homens e mulheres em fuga.

MZ

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quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Enforcamento dos Conspiradores do Assassinato Lincoln

Enforcamento dos conspiradores do assassinato de Abraham Lincoln
Enforcamento dos conspiradores da morte de Abraham Lincoln - 7 de julho de 1865
Abraham Lincoln
O Presidente dos EUA Abraham Lincoln, foi assassinado durante a apresentação de uma peça no Teatro Ford, em Washington, pelo ator John Wilkes Booth.
John Wilkes Booth
John Booth era um sulista não conformado com a derrota na guerra civil e fazia parte de uma conspiração que envolvia outras pessoas e outros alvos.

Após o assassinato de Lincoln, John Booth fugiu durante 14 dias, levando a uma grande caça ao homem para o apanhar a ele e aos companheiros de conspiração.

O grupo tentou assassina também o Secretário de Estado William H. Seward e o Vice-Presidente Andrew Johnson.
Secretário de Estado William H. Seward (Esquerda) e Vice-Presidente Andrew Johnson (Direita)
Quando John Booth foi encontrado foi morto a tiros numa fazenda no norte da Virgínia, escapando assim do julgamento e da execução que seriam enfrentados pelos seus cúmplices capturados.

A 7 de julho de 1865, os quatro presos foram levados para a forca. Naquela manhã, de bastante calor, os condenados Mary Surratt, Lewis Powell, David Herold e George Atzerodt, ouviam nervosamente os sons da forca ao ser testada.

A ordem para a execução chegou apenas um dia antes, a 6 de julho, com a notícia sendo dada aos prisioneiros em envelopes lacrados. Eles souberam assim que iriam morrer dentro de 24 horas.

Muitos esperavam que Mary Surratt tivesse a sua pena reduzida, os esforços da sua filha e de outros para garantir a clemência continuaram até ao último momento. Cinco dos nove juízes envolvidos recomendaram clemência a Mary, para o novo Presidente Andrew Johnson, mas a ordem nunca foi assinada.

Mary foi acusada de cumplicidade, bem como ocultar, abrigar e aconselhar os outros réus, sendo considerada culpada de conspiração, traição e por ter arquitetado o assassinato de Lincoln. Powel foi condenado pela sua tentativa fracassada de assassinar o Secretário de Estado, Herold por ajudar Powell e por ajudar Booth na sua fuga, e Atzerodt foi condenado por ter planeado assassinar o Vice-Presidente.

Os advogados de Maru alegaram que ela era inocente e não tinha sido ligada à conspiração de forma alguma. A defesa de Powell alegou insanidade, a de Herold argumentou que ele era fraco de espírito e insignificante e a defesa de Atzerodt tentou provar que era covarde para ter desempenhado um papel tão importante na conspiração - todos estes argumentos foram rejeitados.

Os acusados foram considerados culpados e condenados à morte.

Precisamente às 13h02 os presos foram levados para o pátio da Old Arsenal Penitentiary, onde foram detidos em frente dos caixões e das sepulturas recém-cavadas que os aguardavam.

As expressões nos rostos da multidão reunida naquele dia provavelmente variavam da satisfação à sombria e mórbida curiosidade. Mais de mil pessoas testemunharam a execução, incluindo funcionários do governo, militares, jornalistas, testemunhas, amigos e familiares dos condenados.

Uma vez que estavam amarrados de forma segura, foi-lhes dado um tempo para falar com os clérigos, depois, os condenados foram obrigados a ficar de pé novamente, para que os laços fossem presos em volta dos seus pescoços.

Então às 13h26, o carrasco bateu palmas, sinal para os soldados abrirem o cadafalso. Atzerodt gritou "Que todos se encontrem no outro mundo. Deus vai-me levar agora".

Mary Surratt pareceu ser a que morreu mais rápido, o seu corpo rígido, no final da corda ficou balançando. David Herold também estremeceu brevemente, antes do seu corpo ficar imóvel. George Atzerodt e Lewis Powell, no entanto, continuaram a se movimentar freneticamente como se eles fossem lentamente estrangulados pelas cordas, lutados por vários minutos ou mais.

A seguir à morte, os corpos foram colocados nas covas que já se encontravam feitas. Mais tarde Mary foi devolvida para a sua família e enterrada no cemitério de Mount Olive em Washington, DC. Os restos mortais de Gerold foram enterrados no cemitério Luterano de São Paulo, em Baltimore.

Misteriosamente, em 1992, o crânio de Powell apareceu no Departamento de Antropologia do Museu Smithsonian, sendo então enterrado no cemitério de Genebra, na Flórida.

MZ

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