quarta-feira, 30 de março de 2022

Jogo "Jude Raus!"

Jogo "Jude Raus!"
Fonte: Coisas Judaicas

É um jogo criado na Alemanha Nazi pela Günther & Co. em 1936. O nome traduzido significa "Judeus, Saia!".

O jogo era anunciado como "divertido, instrutivo e de construção sólida".

Cada jogo vinha com uma tampa cónica no estilo "burro", com uma caricatura judaica grotesca. No tabuleiro havia dois pedacinhos de doggerel que ajudavam a explicar o objetivo do jogo.
Pinos do jogo "Jude Raus!"
Fonte: Wiener Library

Os jogadores lançavam os dados, à vez, e movendo os seus "judeus" pelo mapa em direção a "pontos de coleta" fora dos muros da cidade para serem deportados para a Palestina.

No tabuleiro de jogo estava escrito: "Se conseguir derrotar seis judeus, terá uma vitória clara!".
Tabuleiro do jogo "Jude Raus!"
Fonte: Dangerous Minds

Este jogo foi oficialmente criticado pelo jornal da SS Das Schwarze Korps, que acreditava que o jogo banalizava as políticas anti-semitas.

Ben Barkow, do Museu do Holocausto na Biblioteca Wiener, relata que o jogo foi documentado como um "considerável sucesso comercial", com possivelmente um milhão de cópias sendo vendidas.

O racismo está presente em muitos jogos de tabuleiro, mas Juden Raus! é único no seu retrato de como o racismo se manifesta na sociedade e é um exemplo aterrorizante da banalidade do mal.

MZ

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segunda-feira, 28 de março de 2022

Turismo Atómico

Folheto usado para a divulgação dos testes atómicos
Fonte: Mega Curioso

Em 1951, começou a funcionar a Área de Testes de Nevada, um terreno de 105 km ao nordeste de Las Vegas onde explodiam as bombas atómicas cada vez mais poderosas criadas pelos cientistas do Departamento de Energia dos EUA, para testarem os seus terríveis efeitos.

O que os cientistas não sabiam era que isto seria uma "bomba" no turismo de Las Vegas. Isto porque, principalmente, nos terraços dos seus casinos era possível acompanhar o clarão das explosões, que transformavam a noite em dia, seguido por um pequeno tremor de terra e, a grande atração: os cogumelos atómicos.

Isto tornou-se num negócio sério. A Câmara do Comércio da cidade publicava folhetos que informavam os horários dos testes e os melhores pontos de observação.

Os casinos começaram a dar festas de Amanhecer Atómico. Até à hora  da bomba, as pessoas dançavam, comiam e embebedavam-se com coquetéis atómicos. As mulheres podiam competir pelo título de Miss Bomba Atómica e tirar fotos com os cogumelos nucleares de fundo.

Uma Miss Bomba Atómica
Fonte: Mega Curioso

Nesta altura, Benny Binion, um magnata dos casinos, disse que "a bomba atómica foi a melhor coisa que podia ter acontecido a Las Vegas". 

Com a receita dos turistas e também dos funcionários da base, que moravam na cidade, Las Vegas duplicou de tamanho entre 1950 e 1960.

Tudo corria bem em Las Vegas, mas o mesmo não se pode dizer de St. George, em Utah, ao nordeste da base, na direção oposta. O vento levava as cinzas nucleares na sua direção, e os seus moradores sofreram uma enorme incidência de cancros, que duraram até aos anos 1980.

O último teste a céu aberto aconteceu em 1962. Foram feitos 100 testes, graças aos quais Las Vegas começou como a cidade do cogumelo atómico e foi posta no rumo para se tornar na Cidade do Pecado.



Fonte: Aventuras na História


MZ

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sábado, 26 de março de 2022

D. Mariana Vitória de Bourbon, Rainha de Portugal

D. Mariana Vitória de Bourbon, Rainha de Portugal

Nasceu a 31 de março de 1718 em Madrid, na Espanha, no Real Alcázar de Madrid.

Era filha do Rei Filipe V de Espanha e D. Isabel Famésio.
Pais de D. Mariana Vitória: Rei Filipe V de Espanha e D. Isabel Famésio

Após a Guerra da Quadrupla Aliança, França e Espanha decidiram reconciliar-se ao concretizar o casamento de D. Mariana Vitória com o seu primo, Rei Luís XV da França,, tendo havido o pedido da mão a 25 de novembro de 1721.
Rei D. Luís XV de França e D. Mariana Vitória

Mais tarde, sob a influência do Primeiro-Ministro Luís Henrique, Duque de Bourbon foi decidido enviar a menina, D. Mariana Vitória, de apenas sete anos de idade novamente para Espanha, a 11 de março de 1725. O Duque de Bourbon queria manter a sua influência sobre o jovem D. Luís XV e ofereceu a sua irmã, Henriqueta Luísa de Bourbon, como esposa em potencial, que ao contrário da Infanta D. Mariana Vitória tinha idade suficiente para dar um herdeiro ao trono francês.

Em 1725, o seu pai, Filipe V, mostrou o desejo de estabelecer uma aliança entre Espanha e Portugal, a que estaria ligado o casamento da sua filha com D. José, herdeiro do trono português.

Para tratar do assunto em Madrid, D. João V, pai de D. José, nomeou José da Cunha Brochado, que também foi pedido para tratar de questões pendentes entre os dois países.

Na época para fortalecer ainda mais a aliança entre os dois países não só D. Mariana Vitória se casaria com o herdeiro ao trono português como, D. Maria Bárbara, irmã de D. José, se casaria com o herdeiro do trono espanhol.

Os acordos pré-nupciais foram feitos a 27 de dezembro de 1727 para D. José e D. Mariana Vitória e a 11 de janeiro de 1728 para o Príncipe das Astúrias e D. Maria Bárbara.

Após a demorada preparação, a "Troca das Princesas" realizou-se a 19 de janeiro de 1729, feita no Rio Caia, que faz fronteira entre Elvas no Alentejo, em Portugal e Badajoz na Extremadura, em Espanha.
O Choche da Mesa (exposto no Museu dos Coches, em Lisboa) - foi utilizado durante a troca das Princesas

A cerimónia fez-se, literalmente, no meio do rio, num grande ponte-palácio de madeira ricamente decorada construída para a ocasião, com vários pavilhões em ambas as margens também.

Depois de casada, D. Mariana Vitória e o seu marido, D. José, viveram ainda 20 anos como príncipes herdeiros, até subirem ao trono em 1750.
Rei D. José I de Portugal

Do casamento com D. José, D. Mariana Vitória teve quatro filhas: D. Maria Francisca, futura D. Maria I (1734), D. Maria Ana Francisca (1736), D. Maria Doroteia (1739) e Maria Benedita (1746).

Quando subiu ao trono tinha 32 anos e D. José 36 anos. O reinado de D. José foi marcado, sobretudo, pelas políticas do seu secretário de Estado, o Marquês de Pombal, que reorganizou as leis, a economia e a sociedade portuguesa, transformando Portugal num país moderno.

Foi também durante o reinado de D. José I e de D. Mariana Vitória que deu-se o Terramoto de 1755, na manhã de 1 de novembro, que atingiu a cidade de Lisboa. A cidade foi devastada pelo terramoto e por um tsunami que se deu momentos depois e por fim em consequência, os incêndios.

Depois do terramoto a baixa da cidade foi redesenhada por um grupo de arquitetos, com orientação expressa de resistir a terramotos. Surgiram também os primeiros edifícios dotados de saneamento próprio, através de condutas ligadas diretamente ao rio.

O Rei D: José I deu ao seu Primeiro-Ministro poderes acrescidos, e fê-lo Conselheiro de Estado e Comendador de Santa Marinha da Mata de Lobos e de São Miguel das Três Minas, ambas na Ordem de Cristo. À medida que o seu poder cresceu, os inimigos também aumentaram e as disputas com a Alta Nobreza tornaram-se frequentes.

Em setembro de 1758, a carruagem do Rei foi alvejada quando este voltava da casa da sua amante, a esposa do Marquês de Távora. O Monarca foi ferido e a Rainha assumiu o trono como Regente.

As investigações acusaram os membros da Alta Nobreza, os quais foram imediatamente presos, entre eles membros da família dos Távoras. Em janeiro de 1759, os membros da familia dos Távoras e outros Nobres foram condenados à morte.

Mais tarde, D. José foi declarado inapto para governar devido à loucura, em 1774, e a sua mulher, D. Mariana Vitória foi proclamada Regente, uma posição que manteve até à morte do seu marido. Após isso, tornou-se Regente da sua filha mais velha, futura D. Maria I.

Quando a sua filha assume o poder, D. Mariana Vitória tentou melhorar as relações com ESpanha que era governada pelo seu irmão mais velho, D. Carlos III. Os dois países estavam em conflito em relação a posses territoriais no Continente Americano.

D. Mariana Vitória deixou Portugal e viajou para Espanha, onde permaneceu por pouco mais de um ano, residindo entre o Palácio Real de Madrid e o Palácio Real de Aranjuez. Por influência da Rainha, assinou-se em 1778 o Tratado que estipulou dois casamentos: o do Infante Gabriel, filho de D, Carlos III, com a sua neta D. Maria Ana Vitória, e o da Infanta Carlota Joaquina, neta mais velha de D. Carlos III, com o infante D. João, futuro D. João VI:

Enquanto permaneceu em Espanha, D. Mariana Vitória sofreu um ataque de reumatismo o que a levou a uma cadeira de rodas por algum tempo.

Quando regressou a Portugal, em novembro de 1778, faleceu na Real Barraca da Ajuda. Foi sepultada na Igreja de São Francisco de Paula, em Lisboa, a qual tinha mandado restaurar. Foi depois transladada para o Panteão Real da Dinastia de Bragança da Igreja de São Vicente de Fora, em Lisboa.


MZ

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quinta-feira, 24 de março de 2022

Manequim Russo Ivan Ivanovich

Manequim russo Ivan Ivanovich
Fonte: History of Sorts

Ivan Ivanovich foi o nome dado ao manequim usado nos primeiros testes de voos espaciais soviéticos na nave espacial Vostok.

Foi construído para ser o mais parecido possível ao ser humano, com olhos, sobrancelhas, pestanas, boca, etc.

Foi vestido com um traje espacial, com uma placa sob o visor do capacete, onde se lia "MAKET", o termo russo para maquete ou manequim, para quem quer que o encontrasse, não pensasse que fosse um astronauta morto ou algum extraterrestre.

O manequim Ivan voou duas vezes em missões semelhantes, em ambas acompanhado por um cão.

A primeira viagem foi a 9 de março de 1961 na Sputnik 9 e a segunda foi a 26 de março de 1961 na Sputnik 10.



Fonte: Wikipédia


MZ

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terça-feira, 22 de março de 2022

Prémio do Povo - Coreia do Norte

A Estátua de Cholima, inaugurada a 15 e abril de 1961, já recebeu o Prémio do Povo

Também conhecido como Prémio Popular é um prémio norte-coreano de artes e ciências.

É atribuído pela Comissão de Premiação do Prémio do Povo, que trabalha diretamente sob o gabinete da Coreia do Norte.

O prémio é concedido a obras de arte ou pessoais. Seno um importante prémio no campo do cinema do país.

As obras e pessoas que receberam o Prémio do Povo estão em várias áreas como literatura, ginástica, ópera revolucionária coreana, acupuntura e escultura.

Foi instituído a 8 de setembro de 1998.

O primeiro filme norte-coreano "My Hometown", de 1949, dirigido por Kang Hongshik, foi o primeiro de uma série de filmes a ser premiado com este prémio.

Kim Il-Sung elogiou muitos filmes que posteriormente ganharam o Prémio do Povo, filmes dos anos 1960 e 1970, filmes estes que davam uma resposta exaustiva à questão do "Chajusõng" (criatividade na Ideologia Juche) das pessoas.

Não são só norte-coreanos que estão no país que podem receber este prémio, os que estão no exterior também podem recebê-lo. Em 1965, o Chongryon (Associação Geral de Residentes Coreanos no Japão) estabeleceu os docentes da Universidade Chosun no Japão como recetores do prémio.

Muitas das obras que receberam o Prémio do Povo ainda são altamente respeitadas na Coreia do Norte. As "Reminiscências das Guerrilhas Anti-Japonesas" são consideradas clássicas da literatura do Partido dos Trabalhadores e receberam o Prémio do Povo em 2012.

A pessoa que mais recebeu Prémios do Povo foi Kim Song-gun um pintor norte-coreano.

MZ

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domingo, 20 de março de 2022

Patinadora Artística Rhode Lee Michelson

Rhode Lee Michelson
Fonte: Alchetron

Rhode Lee Michelson nasceu em Long Beach, na Califórnia, nos EUA, a 9 de março de 1943.

Foi uma patinadora artística que competiu no individual feminino.

Recebeu a medalha de bronze no Campeonato Nacional Americano em 1961.

Rhode morreu no acidente de avião do voo Sabena 548 nas imediações do Aeroporto de Bruxelas, quando viajava com a sua delegação dos EUA para a disputa do Campeonato Mundial que iria acontecer em Praga, na Checoslováquia, a 15 de fevereiro de 1961, aos 17 anos.



Fonte: Wikipédia


MZ

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sexta-feira, 18 de março de 2022

Lista Negra de Hollywood

Manifestação por Hollywood livre
Fonte: A Terra Média de Claudia

Foi uma lista mantida pela indústria do entretenimento norte-americano com nomes de roteiristas, atores, diretores, músicos e outros artistas para boicotar os simpatizantes do Comunismo e negar-lhes emprego.

Para entrar na lista bastava defender ideias de esquerda entre conhecidos.

Muitos membros da lista foram acusados por colegas, e alguns comprovadamente sem ligações com a União Soviética.

A lista acabou por arruinar a carreira de muitos profissionais e colaborou para moldar o sentimento anticomunista no público.

Elia Kazan ficou conhecido por denunciar grande parte dos integrantes da lista. Por ser um ex-comunista, conhecia os membros do CPUSA e tinha acesso a um vasto material que servia como prova. A sua atitude foi repudiada, tendo sido considerado por muitos como traidor, ainda assim, recebeu uma medalha do governo americano por serviços prestados ao país.

Diretor Elia Kazan
Fonte: Limão Mecânico

No início de 1948, dez artistas, a maioria roteiristas, foram condenados a um ano de prisão por ligações com o movimento comunista norte-americano. Após a Suprema Corte ter negado recurso ao caso deles, Edward Dmytryk, um dos acusados, decidiu denunciar os membros do PC e pela delegação premiada foi libertado em setembro de 1950, os outros nove completaram a pena.

Diretor Edward Dmytryk
Fonte: Rotten Tomatoes

Foram eles: Alvah Bessie, roteirista, Herbert Biberman, roteirista e diretos, Lester Cole, roteirista, Edward Dmytryk, diretor, Ring Lardner Jr., roteirista, John Howard Lawson, roteirista, Albert Maltz, roteirista, Samuel Ornitz, roteirista, Adrian Scott, produtor e roteirista e Dalton Trumbo, roteirista.

Roteirista John Howard Lawson
Fonte: Once upon a screen...

No mesmo período, outros quatro artistas foram acusados de ligações com o movimento comunista e entraram na lista negra: Hanns Eisler, compositor, Bernard Gordon, roteirista e Joan Scott, roteirista.

Compositor Hanns Eisler
Fonte: Bach Cantatas Website

De janeiro de 1948 a junho de 1950, mais sete pessoas foram adicionadas à lista, entre elas Lillian Hellman, dramaturga e roteirista, o ator Canada Lee e o ator e cantor Paul Robeson.

Ator Canada Lee
Fonte: Wikipédia

A lista após junho de 1950 tinha mais de 150 nomes, como o ator Eddie Albert, a atriz Barbara Bel Geddes, o roteirista Sidney Buchman e a atriz Karen Morley.

Atriz Karen Morley
Fonte: Wikipédia


Fonte: Wikipédia


MZ

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quarta-feira, 16 de março de 2022

Pony Express

 

Frank E. Webner, cavaleiro do Pony Express, por volta de 1861
Fonte: Wikipédia

O Pony Express foi um histórico correio expresso, que levava a correspondência a cavalo, cruzando territórios selvagens dos EUA.

A rota ligava as cidades de St. Joseph, no Missouri e Sacramento, na Califórnia.

Foi criado por William Hepburn Russell, William B. Waddell e Alexander Majors. A primeira viagem que cumpriu a rota a partir do Oeste do país foi feita em 10 dias, 7 horas e 45 minutos. A da partida do Este foi feita em 11 duas e 12 horas.

O Pony Express cruzava pradarias, desertos e montanhas, conseguiu ser mais rápido do que a via marítima da época, que partia do oceano Atlântico até à costa norte-americana do Pacífico.

Funcionou de abril de 1860 a outubro de 1861, sendo depois substituído pelas linhas de telégrafo transcontinentais.



Fonte: Wikipédia


MZ

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segunda-feira, 14 de março de 2022

Polacas Judias Traficadas pela Zwi Migdal

Polaca a ser leiloada
Fonte: Aventuras na História

Durante os séculos XIX e XX a organização criminosa Zwi Migdal operou no leste europeu traficando mulheres judias para o Brasil, Argentina e EUA.

As polacas, como ficaram conhecidas, foram escravizadas sexualmente por membros da própria comunidade judaica.

Os primeiros relatos da chegada das escravas judias no Brasil são de 1867. Este tráfico durou cerca de 100 anos, mulheres que vinham principalmente da Polónia.

Neste período, os judeus mais pobres sofriam com o antissemitismo do antigo império russo, portanto muitos abandonaram o seu país natal com a ilusão de uma vida melhor.

Homens judeus de grande poder económico iam aos bairros mais pobres da comunidade judaica para pedir a mão de jovens judias em casamento. Em troca elas deveriam abandonar o seu país natal. Muitas vezes sem saber que seriam exploradas pela Zwi Migdal, as famílias concediam o pedido.

"No meio do caminho, violava a jovem e, ao chegar ao destino, ela tinha que render dinheiro. Era quase um processo industrial, porque, no início, tinha que mostrar produção. 20, 30 clientes por dia", conta o historiador e especialista no assunto Paulo Valadares.

Exploradas sexualmente, passavam a ser consideradas impuras e pecadoras perante a comunidade judaica. Por isso não poderiam ser enterradas junto dos outros judeus.

Com o extermínio dos judeus, durante a Segunda Guerra Mundial, houve o declínio no tráfico humano. Em geral, estas mulheres morriam jovens, de tuberculose ou doenças venéreas.



Fonte: Aventuras na História


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sábado, 12 de março de 2022

Missa pós-Segunda Guerra Mundial

 


Na imagem podemos ver a celebração da missa na Alemanha após a Segunda Guerra Mundial.

A igreja e os prédios em redor ainda estavam destruídos, em Münster, em 1946.


MZ

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quinta-feira, 10 de março de 2022

Menstruação na Idade Média

Ilustração medieval de mulheres
Fonte: Aventuras na História

Na Idade Média o período menstrual estava cercado de mitos e algumas ideias bizarras sobre o que ele representaria.

Um dos pensamentos era de que o sangue era completamente venenoso. Muitos homens repudiavam esse momento, acreditando que o sangue teria um poder tão mau que era capaz de apodrecer colheitas e vinhos, além da sua capacidade de supostamente deixar animais em estado de loucura.

Por este motivo, o sexo durante o período não era indicado. Por mais que se tratasse apenas de um mito popular, as pessoas de facto consideravam que o fluxo de sangue das mulheres era tóxico. Acreditava-se que o sangue poderia queimar o pénis.

A "ciência" da época também não ajudava. Na verdade, piorava a situação. Alguns considerados "especialistas" do período julgavam que a menstruação era uma doença que aflorava no corpo da mulher todos os meses. Ou seja não teria nada haver com o ciclo reprodutivo do organismo feminino.

Alguns médicos do período também supunham que se uma mulher não passasse por esse processo, o sangue que deveria sair pela vagina teria que sair de outra forma. Então, eles removiam sangue diretamente das veias das mulheres que não tivessem o seu fluxo naquele mês.

Este método era usado caso um primeiro não desse resultado, o primeiro método consistia em colocar lã com pepino e leite dentro da vagina para fazer com que o sangue descesse.

As mulheres, certamente, lidavam com o período com muita vergonha e constrangimento. Não haviam pensos absorventes ou outros métodos mais atuais, o que muitas faziam era usar tecidos como uma espécie de absorvente. Geralmente, de linho, pela sua maior capacidade de absorção. Como não se usavam cuecas e muito menos calças, provavelmente, prendiam a um cinto na sua cintura e pernas.

Como este método deveria ser pouco seguro, o que fazia com que os tecidos muitas vezes caíssem ao chão, revelando o sangue menstrual.

Algumas mulheres não usavam forma de absorvente nenhuma, o que fazia com que o sangue apenas escorresse pelas pernas. 



Fonte: Aventuras na História


MZ

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terça-feira, 8 de março de 2022

Bob Marley, Mick Jagger e Peter Tosh

 

Bob Marley, Mick Jagger e Peter Tosh
Foto: Michael Putland
Fonte: Pinterest

Esta fotografia foi tirada em Nova Iorque, em 1978, nos bastidores do espetáculo dos Rolling Stones.

Bob Marley e Mick Jagger tinham feito participações no disco de Peter Tosh e este entraria no espetáculo dos Rolling Stones daquela noite.

Bob Marley encontrava-se em Nova Iorque e decidiu visitar os amigos Mick Jagger e Peter Tosh.

O fotografo desta fotografia foi Michael Putland, especializado em rock n'roll, estava contratado para cobrir a digressão dos Rolling Stones nos EUA. Tirou milhares de fotos, incluindo dos bastidores, nos quais tirou a foto deste trio sorridente. É uma das fotos mais vendidas do seu acervo.



Fonte: Isso Compensa


MZ

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domingo, 6 de março de 2022

Transporte de uma Nave Espacial

Fonte: Bastidores da História

Na imagem podemos ver An-225 a transportar a nave espacial Buran, em maio de 1989.

Buran é uma série de 11 naves espaciais construídas pelo programa espacial da União Soviética, parte do denominado programa Buran-Energia.



Fonte: Bastidores da História


MZ

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sexta-feira, 4 de março de 2022

Luta de Boxe entre Gus Waldorf e um Urso Pardo

Luta de Boxe entre Gus Waldorf e um urso pardo
Fonte: Fatos Desconhecidos

Na imagem pode-se ver a luta de boxe entre Gus Waldorf e um urso pardo que foi transmitida pela televisão, nos EUA, em 1949.

A imagem mostra o momento exato em que o urso desfere um soco de esquerda do seu oponente.

O único objetivo deste programa era atrair audiência. Naquela época, a ideia de respeito pelos direitos dos animais não era difundida, sendo comum casos de crueldade, maus tratos e falta de proteção à vida animal.

A luta era realizada sob a vigilância de juízes e profissionais, o urso usava uma focinheira e tinha as luvas bem apertadas para impedir que utilizasse as garras durante a luta, mas era percetível que a força do animal era muito superior à força do pugilista.

Apesar da audiência, felizmente, este tipo de programa não teve continuidade.

A maioria dos ursos utilizados em lutas de boxe, na sua maioria clandestinas, tinham os seus dentes arrancados e garras removidas, sendo amordaçados e equipados com luvas ou até mesmo tendo os seus tendões das pernas e braços cortados.

Desde meados do séc. XIX, as lutas com ursos já eram populares na Europa. Nos EUA, a primeira luta documentada foi em 1877 em Nova Iorque.

Muitos anos antes a luta de Gus Waldorf, em 1949, dois ursos de circo chamados Lena e Martin participaram numa série de lutas promovidas para entreter o público. A 14 de abril de 1878, o urso Lena teve a sua vingança após anos de maus tratos quando matou um homem chamado Jean Francis Borne durante a luta.



Fonte: Fatos Desconhecidos | Museu de Imagens


MZ

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quarta-feira, 2 de março de 2022

As Freiras Mais Polémicas da História

Maria Crocifissa Della Concezione (1645-1699)

Maria Crocifissa Della Concezione
Fonte: Wikipédia

Em 1676, foi encontrada no chão dos seus aposentos num convento italiano. Estava com o rosto sujo de tinta e uma carta que teria sido escrita por Satã enquanto era possuída pela figura maldita.

Segundo Maria, o seu atacante tinha o objetivo de fazer com que a religiosa se convertesse ao satanismo e abandonar Deus.

A Igreja viu o caso como um episódio de batalha do bem contra o mal, luta na qual foi considerada vitoriosa, sendo venerada depois da sua vida, mas não chegou a ser santificada.

Atualmente, pesquisadores do museu Ludum, na Sicília, acreditam que se tratava de uma mulher que sofria de esquizofrenia e transtorno bipolar.


Elizabeth Barton (1506-1534)

Elizabeth Barton
Fonte: Naked History

A religiosa teve a sua primeira epifania aos 19 anos de idade, quando visualizou que crianças da propriedade em que trabalhava como criada seriam mortas.

Como consequência, começou a chamar a atenção do clero. Para que as suas visões permanecessem sob um dogma cristão, a tornaram freira.

Tornou-se, praticamente, uma celebridade no clero inglês, conheceu o Rei Henrique VIII, e depois de um tempo profetizou que o monarca iria morrer pouco depois de se casar novamente.

Elizabeth era uma crítica assídua da separação do Rei com Catarina de Aragão, e alegou ver um lugar no inferno para o Rei herege.

Não tardou até o Rei conspirasse contra a freira e fizesse com que fosse presa, depois foi condenada à morte por traição.


Benedetta Carlini de Vellano

Beneddetta Carlini de Vellano e Bartolomea
Fonte: Arquivo LésBIco - blogger

Entrou para o convento com apenas 9 anos de idade, anos depois, já freira, afirmou que tinha visões místicas, podendo até falar com Jesus Cristo.

Isto era considerado blasfémia. Muitos acreditavam que a mulher estava sob posse do Diabo, sendo então acompanhada pela Irmã Bartolomea. As duas começaram a envolver-se romanticamente, protagonizando a primeira relação lésbica da história moderna, no início do séc. XVII.

Apesar da infâmia, pouco se sabe do destino final das duas, sendo provável que a Igreja, assim que soube da relação, mandou prender Benedetta, passando o resto da vida presa.


Freira de Watton (1140-?)

Representação do milagre da Freira de Watton
Fonte: Aventuras na História

Abandonada aos quatro anos de idade em frente a um mosteiro em Watton, na Inglaterra. A jovem, logo no início da vida, demonstrou não ter as qualidades de uma freira.

Numa altura, quando um grupo de religiosos fez uma reforma no Convento da freira, ela apaixonou-se perdidamente por um dos homens e foi correspondida. Desde então, um romance ilícito aconteceu entre os dois, que rompiam o celibato sempre que se encontravam, até que um dia a freira engravidou.

Quando foi descoberta, as outras freiras prenderam-na e cometiam atos terríveis contra ela, como espancamentos.

De acordo com a lenda, após um milagre a freira acordou sem o seu bebé, que supostamente teria sido levado por dois anjos depois da mulher se arrepender do seu pecado.

Nenhum sinal de gravidez existia na freira, sem leite no peito nem inchaços, dando fim às violências. Já o pai, em compensação, foi capturado pelos irmãos da sua congregação e torturado, teve as suas partes íntimas cortadas pela mãe do seu filho, que foi obrigada.


Joana de Leeds (séc. XIV)

A ocupação de freira não era para Joana, uma religiosa da casa de St. Clement, em York, na Inglaterra. Para acabar com a vida que não gostava resolveu morrer, mas a fingir.

Fingiu estar gravemente doente e, com ajuda de colegas do convento, enterraram um boneco como se fosse o corpo morto da mulher.

Não se sabe ao certo o que teria motivado a vontade dela de sair do convento, e nem como teria vivido após a fuga. Apesar disso, o Arcebispo de York escreveu uma carta sobre o caso assim que ficou ciente da farsa. Afirmou que a mulher se tinha entregado aos prazeres da carne e do pecado, "dando as costas à decência e ao bem da religião", como ele aponta na carta.



Fonte: Aventuras na História | Wikipédia


MZ

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