quinta-feira, 30 de novembro de 2017

A Visitar: Museu do Dinheiro do Banco de Portugal

Museu do Dinheiro do Banco de Portugal - Lisboa
A museografia assenta em núcleos temáticas que focam os artigos-padrão, o dinheiro no mundo e a sua história ao longo dos séculos, o fabrico da nota e da moeda, e ainda testemunhos pessoais sobre o papel do dinheiro na vida do cidadão.

Este museu oferece uma experiência marcadamente interativa que recorre à tecnologia multimédia para mostrar o seu espólio. 


O Museu do Dinheiro do Banco de Portugal foi distinguido pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM), a 9 de junho como o "Melhor Museu do Ano 2017".

Nas palavras do Governador do Banco de Portugal, Carlos da Silva Costa, "O Museu do Dinheiro é um projeto chave na abertura do Banco à sociedade e a atribuição deste importante prémio a nível nacional enche-nos de orgulho. Mas traz-nos também responsabilidades acrescidas, de manter a diversidade e qualidade da programação, assim como continuar a apostar na promoção do conhecimento, contribuindo para uma sociedade mais bem informada sobre as questões económicas e financeiras. Estamos apenas no início."

Para além do prémio "Melhor Museu do Ano", o Museu do Dinheiro foi ainda galardoado com uma menção honrosa na categoria de melhor website.

A visitar

Horário:
  • De 4ª-Feira a Sábado - 10h00 às 18h00 (última entrada às 17h30)
  • Loja e receção do museu encerram às 17h45
  • Encerra nos dias 1 de janeiro, 1 de maio e 24 e 25 de dezembro.
Preço:
  • Gratuito
A minha visita

Visitei este museu no dia 25 de novembro de 2017, já tinha falado com amigos que tinham visitado o local e o tinham recomendado por isso as expectativas eram altas e o museu não desiludiu. Para além de ser um tema que me interessa é um museu muito interativo o que também desperta a curiosidade de qualquer pessoa.
O bilhete de entrada no museu dá-nos a possibilidade de fazer alguns "joguinhos" durante a visita, como colocar (virtualmente) o nosso rosto numa moeda, fazer um questionário, entre outras coisas.
Como seria de esperar, podemos ver neste museu a evolução da moeda/nota mas também nos é apresentado outras formas de pagamento que já foi utilizado como usar bens materiais em troca de algo que nos interesse mais, e há uma atividade gira logo no início da visita relacionada com isso.
Aconselho a visita é muito gira e a brincar aprendemos.
1. 100 Doler - Banco de Estocolmo (Suécia) 1666
2. Moeda Real D. Beatriz (Santarém - Portugal) 1383-1385 (em prata)

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Lauren Bacall

Lauren Bacall
O seu verdadeiro nome era Betty Joan Perske, nasceu em Nova Iorque, a 16 de setembro de 1924.

Era filha única de um casal judeu, William Perske e Natalie Weinstein Bacall. Estes se divorciaram quando Lauren tinha seis anos de idade.
Lauren Bacall e a mãe, Natalie
Com a separação dos pais, Lauren nunca mais viu o pai e passou a ter uma forte ligação com a sua mãe.

Lauren estudou dança durante 13 anos, teve aulas de interpretação na Academia Americana de Artes Dramáticas. Ao mesmo tempo passou a desempenhar algumas funções no teatro e trabalhou como modelo de moda.

Quando começou a sua carreira como modelo em tempo parcial, foi quando pela primeira vez, teve contacto com o anti-semitismo. Mais tarde, quando Lauren foi para Hollywood, o diretor Howard Hawks teria feito comentários anti-semíticos, então Lauren ficou preocupada em revelar a sua identidade e nunca deixou que Hawks soubesse que era judia.
Howard Hawks e Lauren Bacall
Estreou-se como atriz na Broadway em 1942, na peça "Johnny Two By Four".

A mulher de Hawks, Slim Keith, reparou em Lauren numa capa da revista Harper's Bazaar, mostrou a foto ao marido, e este ligou para Nova Iorque com a intenção de a trazer para Hollywood para um teste.
Slim Keith e o marido, Howard Hawks
Hawks não gostou do seu verdadeiro nome Betty, então trocou-o para Lauren. Depois de realizar vários testes com Lauren colocou-a no filme "Uma Aventura na Martinica" de 1944.
Filme "Uma Aventura na Martinica" de 1944
Ficou conhecida como "The Look" por ficar nervosa diante das câmeras, Hawks sugeriu que ela inclinasse a cabeça e puxasse o cabelo para um dos lados do seu rosto, Lauren pressionou o seu queixo contra o peito e, então, dirigiu os olhos para cima de modo a poder olhar para a câmera.

Lauren conheceu então Humphrey Bogart nos estúdios de filmagem de "Uma Aventura na Martinica", que na altura era casado com Mayo Methot. Passaram a ter uma relação dentro do set de filmagens e em poucas semanas, passaram a ter uma relação fora dos estúdios.
Humphrey Bogart (esquerda) e a mulher, na altura, Mayo Methot (direita)
Depois do divórcio de Humphrey, casaram-se a 21 de maio de 1945, quando Lauren tinha 25 anos. O casamento e lua-de-mel aconteceram na Fazenda Malabar, no Ohio, nos EUA. O casamento durou até à morte de Humphrey, que morreu de cancro no esófago em 1957.
Casamento de Humphrey Bogart e Lauren Bacall
Lauren teve dois filhos com Humphrey, Stephen Humphrey Bogart, nascido a 6 de janeiro de 1949 e Leslie Howard Bogart, nascida a 23 de agosto de 1952.
Humphrey Bogart e Lauren Bacall com os filhos Stephen e Leslie
Este filme "Uma Aventura na Martinica" levou-a a um estrelato imediato. A sua participação foi mais tarde considerada uma das mais impactantes estreias na historia do cinema.

Com apenas 20 anos, Lauren fazia manchetes nos jornais do mundo inteiro.

Quando visitou o National Press Club em Washington, D.C., a 10 de fevereiro de 1945, o seu assessor de imprensa, Charlie Enfield, pediu-lhe para se sentar no piano que estava a ser tocado pelo vice-presidente dos EUA, Harry Truman, as fotos causaram um escândalo.
Lauren Bacall sentada no piano tocado pelo vice-presidente dos EUA, Harry Truman - 10 de fevereiro de 1945
Lauren participou com o marido depois do filme "Uma Aventura na Martinica", em "À Beira do Abismo" em 1946, "Dark Passage" de 1947 e em "Paixões em Fúria" de 1948.
Filme "À Beira do Abismo" de 1946
Filme "Dark Passage" de 1947
Filme "Paixões em Fúria" de 1948
Pouco depois da morte do marido em 1957, teve um relacionamento com o cantor e ator Frank Sinatra.
Frank Sinatra e Lauren Bacall
Mais tarde conheceu o ator Jason Robards, fizeram planos para se casarem em Viena, na Áustria, a 16 de junho de 1961. Mas os planos foram inúteis depois das autoridades austríacas se terem recusado a conceder ao casal uma licença de casamento. Também foi-lhes negado o casamento em Las Vegas, nos EUA.
Jason Robards
A 4 de julho de 1961, o casal foi a conduzir até Ensenada, no México, onde se casaram. O casal acabou por se divorciar em 1969, o divórcio teria ocorrido devido a problemas com o alcoolismo.
Casamento de Jason Robards e Lauren Bacall
Do seu segundo casamento nasceu Sam Robards, nascido a 16 de dezembro de 1961.
Lauren Bacall com Jason Robards e o filho Sam
A sua carreira no cinema diminuiu na década de 1960, foi vista em apenas alguns filmes. Passou a ter uma carreira no teatro bem sucedida em "Cactus Flower" de 1965, em "Applause" de 1970 e "Woman of the Year" de 1981
Cartaz "Woman of the Year" de 1981
Lauren escreveu duas autobiografias: "Lauren Bacall By Myself" em 1978 e "Now" em 1994.
Autobiografia "Lauren Bacall By Myself" de Lauren Bacall de 1978
Foi indicada para o Oscar de Melhor Atriz Secundária, em 1996, pela sua participação em "O Espelho Tem Duas Faces", recebeu o Globo de Ouro por este trabalho.
Lauren Bacall quando ganhou o Globo de Ouro em 1996, pelo filme "O Espelho Tem Duas Faces"
Foi selecionada pela Academia das Artes e Ciências Cinematográficas para receber um Prémio Honorário da Academia. O prémio foi dado a 14 de novembro de 2009.

Faleceu a 12 de agosto de 2014, no seu apartamento com vista para o Central Park, em Manhattan, nos EUA. Tinha 89 anos. Segundo o seu neto, Jamie Bogart, Lauren faleceu depois de sofrer um forte AVC.

Lauren foi cremada e as suas cinzas foram espalhadas na Martha's Vineyard.
Assinatura de Lauren Bacall

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

domingo, 26 de novembro de 2017

Clube dos 27

O Clube dos 27 é um dos grupos mais famosos da cultura pop e é composto por músicos que morreram aos 27 anos de idade.

Deu-se a criação deste clube com a morte de Brian Jones, Janes Joplin e Jim Morrison, depois o Kurt Cobain e a seguir pela Amy Winehouse. Apesar destes nomes de referência, não são só estes os participantes, existem outros com uma popularidade menor.

No post de hoje irei falar um pouco de alguns dos artistas inseridos neste grupo:

1. Alan "Blind Owl" Wilson
Nascido em Boston, nos EUA, a 4 de julho de 1943.
Foi o líder, vocalista e principal compositor da banda de blues, Canned Heat.
A 2 de setembro de 1970, estava programado que a banda saísse em tour europeia, mas Alan não apareceu no aeroporto, o que não estranhou ninguém porque ele era desorganizado e chegava muitas vezes atrasado. Na manhã do dia 3 de setembro, um grupo de amigos encontrou-o morto no quintal de Bob Hite (vocalista da banda). Tinha 27 anos.
Alan Wilson

2. Jimi Hendrix
Nascido em Seattle, nos EUA, a 27 de novembro de 1942.
Foi um guitarrista, cantor e compositor. É um dos mais importantes e influentes músicos da sua era, em diversos géneros musicais.
Foi a principal atração do icónico Festival de Woodstock e do Festival da Ilha de Wight, em 1969 e 1970 respetivamente.
Conquistou diversos prémios concedidos a artistas de rock durante a sua vida, e recebeu vários depois da sua morte.
Faleceu em Londres, nas primeiras horas do dia 18 de setembro de 1970, em circunstâncias que nunca foram totalmente explicadas. Sabe-se que Jimi teria passado a noite anterior numa festa, onde depois saiu com a sua namorada para o hotel Samarkand. Estimativas indicam que ele terá morrido pouco tempo depois.
A namorada diz que ele terá tomado, sem ela saber, nove comprimidos para dormir que ela utilizada. De acordo com o médico, Jimi terá morrido asfixiado no próprio vómito, composto principalmente por vinho tinto. Tinha 27 anos.
Jimi Hendrix

3. Janis Joplin
Nascida em Port Arthur, nos EUA, a 19 de janeiro de 1943.
Foi uma cantora e compositora.
Considerada a "Rainha do Rock and Roll" ou a "maior cantora de rock dos anos 1960" e "a maior cantora de blues e soul da sua geração".
Alcançou fama já no fim dos anos 60, como vocalista da Big Brother and the Holding Company e, posteriormente, como artista a solo, acompanhada das suas bandas de suporte, a Kozmic Blues e Full Titt Boogie.
Foi considerada pela revista Rolling Stone entre os 100 maiores artistas de todos os tempos.
A 3 de outubro de 1970, Janis visitou o estúdio Sunset Sound Recorders, em Los Angeles, para ouvir o instrumental da canção de Nick Gravenite. A gravação dos vocais de Janis ficaria agendada para o dia seguinte. Depois ela foi para o hotel, à noite. No dia das gravações, dia 4 de outubro, Janis não apareceu no estúdio. Então, o empresário da banda, John Cooke, foi ao hotel, onde a encontrou morta, vítima de overdose de heroína possivelmente combinada com efeitos do álcool.
Foi cremada no Westwood Village Memorial Park Cemetery, em Westwood, na Califórnia. Durante a cerimónia, as suas cinzas foram espalhada no oceano Pacífico. Tinha 27 anos.
Janis Joplin

4. Brian Jones
Nascido a 28 de fevereiro de 1942, em Cheltenham, Gloucestershire, na Inglaterra.
Foi um músico e membro-fundador da banda The Rolling Stones, em 1962.
Apesar dos poucos anos de vida é considerado um dos mentores do estilo adotado pela banda. Deixou um grande número de fãs.
Foi afastado da banda em 1969, devido à sua dependência de drogas, sendo substituído por Mick Taylor.
Menos de um mês depois, no dia 3 de julho de 1969, Brian foi encontrado afogado na piscina da sua casa, em Sussex, na Inglaterra. Tinha 27 anos.
Brian Jones

5. Pete Ham
Nascido em Swansea, no País de Gales, a 27 de abril de 1947.
Foi um músico e guitarrista, membro da banda de rock Badfinger.
No final de 1974 e o início de 1975, a banda começou a ter problemas financeiros com a sua gravadora. A situação tornou-se particularmente difícil para Ham. A situação piorou quando o empresário da banda, Stan Polley, fugiu com o dinheiro da banda.
Pete ao sentir-se culpado por ter colocado os seus companheiros e família nesta situação, enforcou-se no dia 24 de abril de 1975, deixando a sua namorada grávida. Tinha 27 anos.
Pete Ham

6. Jim Morrison
Nascido em Melboure, nos EUA, a 8 de dezembro de 1943.
Foi um cantor, compositor e poeta, conhecido por ter sido o vocalista da banda de rock The Doors.
Foi o autor da maior parte das letras da banda. Era conhecido por muitas vezes pelas suas poesias improvisadas enquanto a banda tocava ao vivo.
Devido às suas performances e à sua personalidade selvagem, é considerado pelos críticos e fãs como um dos vocalistas mais icónicos, carismáticos e pioneiro do rock da história da música.
Foi considerado na revista Rolling Stone no 47.º lugar na lista dos 100 maiores cantores de todos os tempos, e em 22.º lugar na lista da revista Classic Rock na lista dos 50 maiores cantores de rock.
Jim faleceu em Paris, no dia 3 de julho de 1971, na banheira. Tinha 27 anos.
Jim Morrison

7. Kurt Cobain
Nascido em Aberdeen, nos EUA, a 20 de fevereiro de 1967.
Foi um cantor, compositor e músico.
Famoso por ter sido o fundador, vocalista e guitarrista da banda Nirvana.
Após um tour com um espetáculo no Aeroporto de Munique-Riem, na Alemanha, a 1 de março de 1994, Kurt foi diagnosticado com bronquite e laringite. Viajou no dia seguinte para receber tratamento médico, em Roma, onde se encontrou com a mulher, Love, a 3 de março. Na manhã seguinte, quando Love acordou, apercebeu-se que Kurt tinha tido uma overdose de uma combinação de champanhe e Rohypnol. Kurt foi, imediatamente, levado para o hospital, após cinco dias teve alta e voltou a Seattle. Love disse que esta teria sido a primeira tentativa de suicídio do marido.
Nos dias 2 e 3 de abril, foi visto em diversas localidades ao redor de Seattle, mas a maioria dos seus amigos e familiares não tinha conhecimento do seu paradeiro. A 3 de abril, Love contactou um detetive particular para o encontrar.
A 8 de abril de 1994, o corpo de Kurt Cobain foi descoberto na sua casa, em Seattle, por um eletricista que tinha chegado para instalar um sistema de segurança.
O eletricista disse que Kurt tinha uma pequena quantidade de sangue a sair do ouvido, não havia sinais de rauma, até ver uma espingarda apontada para o queixo de Kurt. Foi encontrada uma nota de suicídio, dirigida ao amigo imaginário de infância de Kurt, chamado Boddah.
Foram encontrados vestígios de Vallum e uma alta concentração de heroína no seu corpo, e estaria lá à dias, pelo relatório legista estima-se que terá falecido a 5 de abril de 1994. Tinha 27 anos.
Kurt Cobain

8. Amy Winehouse
Nasceu em Londres, na Inglaterra, a 14 de setembro de 1983.
Foi uma cantora e compositora, conhecida pelo seu poderoso e profundo controlo vocal e pela sua mistura eclética de géneros musicais.
No dia 23 de julho de 2011, por volta das 16 horas, duas ambulâncias foram chamadas à casa de Amy, em Londres. Pouco tempo depois, as autoridades metropolitanas confirmaram a morte de Amy à imprensa.
Terá sido encontrada pelo segurança, Amy terá consumido bebidas alcoólicas moderadamente após um período de abstinência. A causa da morte terá sido acidental decorrida do consumo abusivo de álcool após um período de abstinência. Tinha 27 anos.
Amy Winehouse

9. Richey Edwards
Nascido em Blackwood, no País de Gales, a 22 de dezembro de 1967.
Foi guitarrista e compositor da banda de rock alternativo Manic Street Preachers.
Era conhecido pelas suas letras intelectuais e de carácter político.
Desapareceu a 1 de fevereiro de 1995, tendo sido encontrado o seu carro junto à Ponte de Severn, no País de Gales, conhecida por ser procurada por suicidas. Tinha 27 anos.
Foi declarado morto em novembro de 2008
Richey Edwards

10. Chris Bell
Nasceu em Memphis, nos EUA, a 12 de janeiro de 1951.
Foi um cantor, compositor e guitarrista.
Foi líder, juntamente com Alex Chilton, da banda Big Star, durante os anos 1970.
Chris deixou o grupo depois do seu primeiro disco, mas contribuiu para algumas músicas do segundo álbum.
Seguiu carreira a solo. Morreu num acidente de automóvel em Memphis, nos EUA, a 27 de dezembro de 1978. Tinha 27 anos.
Chris Bell

MZ

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sexta-feira, 24 de novembro de 2017

D. Amélia, Rainha de Portugal

D. Amélia, Rainha de Portugal
Maria Amélia Luísa Helena de Orleães nasceu em Twickenham, na Inglaterra a 28 de setembro de 1865.

Era filha do Conde de Paris, Luís Filipe, e pretendente à coroa francesa e de Maria Isabel de Orleães-Montpensier, Infanta de Espanha.
Pais de D. Amélia, Conde de Paris Luís Filipe e Maria Isabel, Infanta de Espanha
Passou parte da sua infância na Inglaterra, devido ao exílio a que a sua família foi sujeita desde que Napoleão III assumira o trono da França, em 1848.

Só após a queda do Império, em 1871, os Orleães puderam regressar à França. D. Amélia teve uma educação esmerada reservada às princesas, embora o seu pai apenas fosse pretendente à coroa.

Cresceu em grandes palácios e viajava, frequentemente, para a Áustria e Espanha, onde visitava os seus familiares da família real espanhola

Adorava teatro e ópera, tinha dons para a pintura e adorava ler e escrevia aos seus autores favoritos.

O casamento com o Príncipe Carlos de Portugal foi arranjado, mas apesar disso ambos se apaixonaram um pelo outro. A 18 de maio de 1886, D. Amélia partir de França. Ao chegar à Pampilhosa, terá descido do comboio com o pé esquerdo.

No dia seguinte, às 17 horas, a Princesa conhecer a Corte em Lisboa, que estava à sua espera. Foi bem recebida pelos sogros, o Rei D. Luís I e D. Maria Pia.

O casamento foi celebrado no dia 22 de maio de 1886, na Igreja de São Domingos, e grande parte do povo lisboeta saiu às ruas para acompanhar a cerimónia.
Casamento de D. Carlos e D. Amélia, ainda Duques de Bragança
Os recém-casados mudaram-se para a sua nova residência, o Palácio de Belém, onde nasceram os três filhos: D. Luís Filipe (1887), D. Maria Ana (1888 - morreu horas depois de nascer) e D. Manuel (1889).
Rainha D. Amélia com os dois filhos, D. Luís Filipe e D. Manuel
Em outubro de 1889, com a morte do sogro, D. Amélia, com apenas 24 anos, torna-se Rainha de Portugal. O reinado do seu marido, D. Caros I, enfrentava crises políticas, tais como o Ultimato Britânico de 1890, e a insatisfação popular.

Como Rainha desempenhou um papel muito importante. Com a sua elegância e carácter culto, influenciou a corte portuguesa interessada pela erradicação dos males da época, como a pobreza e a tuberculose, fundou dispensários, sanatórios, lactários populares, cozinhas comunitárias e creches, demonstrando assim o seu interesse pelo bem-estar da população portuguesa.

Como mãe, soube dar uma excelente educação aos seus dois filhos, alargando-lhes os horizontes culturais com uma viagem pelo Mediterrâneo, a bordo do iate real Amélia, mostrando-lhes as antigas civilizações romana, grega e egípcia.

A 1 de fevereiro de 1908 dá-se o Regicídio, onde o seu marido e filho mais velho, D. Luís Filipe, foram assassinados, o que a deixou num profundo desgosto, do qual nunca recuperou. Retirou-se então para o Palácio da Pena, em Sintra, não deixando, no entanto, de procurar apoiar, de todas as formas o filho mais novo, agora o Rei D. Manuel II, no período em que se assistiu ao degradar das instituições monárquicas.
Ilustração do Regicídio, onde morreu o marido de D. Amélia, o Rei D. Carlos I e o seu filho, D. Luís Filipe 
Após a implantação da República, a 5 de outubro de 1910, D. Amélia partiu para o exílio com o resto da família real portuguesa para Londres, na Inglaterra. Depois do casamento de D. Manuel com D. Augusta Vitória de Hohenzollern-Sigmaringen, a Rainha passou a residir em Château de Bellevue, perto de Versalhes, na França.

Em 1932, perde o seu filho mais novo, D, Manuel inesperadamente no mesmo sítio onde D. Amélia tinha nascido.

Durante a Segunda Guerra Mundial, o Governo de Salazar ofereceu-lhe asilo político em Portugal, mas D. Amélia permaneceu em França, com imunidade diplomática portuguesa.

Após o fim da guerra, entre 19 de maio e 30 de junho de 1945, regressou a Portugal, numa emocionante viagem, visitou Lisboa e Fátima, o Buçaco e o Mosteiro de Alcobaça e Batalha, parando na Ericeira, e visitou os dispensários que ela tinha criado, visitou todos os locais aos quais tinha ligação, com exceção de Vila Viçosa, apesar de grande afeição que sentia por esta vila alentejana.
D. Amélia na sua última visita a Portugal
Faleceu na sua residência em Versalhes, aos 86 anos de idade, a 25 de outubro de 1951. Tinha sofrido um fatal ataque de uremia, morrendo pelas 9h35 da manhã.

Algumas das suas últimas palavras terão sido: "Quero bem a todos os portugueses, mesmo àqueles que me fizeram mal" e depois "Levem-me para Portugal, adormeço em França mas é em Portugal que quero dormir para sempre".
Imagens do Funeral de D. Amélia

O seu corpo foi transladado pela fragata Bartolomeu Dias para junto do seu marido e dos filhos, no Panteão Real da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa. O seu funeral teve honras de Estado e foi visto por grande parte da população de Lisboa. 
Assinatura de D. Amélia, Rainha de Portugal

MZ

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quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Charles Manson e a sua Família

Charles Manson
Charles Milles Maddox nasceu em Cincinnati, nos EUA a 12 de novembro de 1934. O apelido Manson veio de um breve casamento da sua mãe depois de ele ter nascido. Charles nunca conheceu o pai.

A sua mãe, Kathleen Maddox, quando não estava presa, estava sob o efeito de drogas ou se prostituindo. Charles passava a maior parte do tempo com a sua avó. Mais tarde foi viver com os seus tios, o seu tio espancava-o e abusava de Charles. Mais tarde quando a sua mãe saiu da prisão tudo ficou na mesma, Charles contou que a sua mãe o vendeu-o num bar em troca de bebidas alcoólicas. Charles passou a roubar.
Kathleen Maddox, mãe de Charles Manson
Charles passou a frequentar reformatórios juvenis nos EUA ainda em criança.

Aos 12 anos de idade, Charles procurou pela mãe, mas esta o rejeitou, foi então parar a outras instituições, de onde muitas vezes fugia. Chegou a passar por avaliações psiquiátricas, o seu QI foi avaliado acima da média.

Perto de obter a liberdade condicional, Charles ameaçou um jovem com uma faca perto do seu pescoço, Charles tinha 17 anos, foi então mandado para uma instituição mais segura. Abusou de outros homens. Mais tarde, já noutra prisão, mudou o seu comportamento, aparentemente, dedicou-se a aprender e tornou-se mais colaborativo e pôde sair aos 19 anos.

Com 20 anos casou com Rosalie Jean Willis e teve um filho Charles Manson Jr. em 1955. Trabalhava em serviços de baixa especialização, pelos quais recebia pouco. Então passou a roubar carros, e foi novamente preso. Então a sua mulher se separou dele.
Rosalie Jean Willis
Depois de sair da prisão, três anos depois tornou-se cafetão e ladrão. No ano seguinte, foi apanhado novamente, mas escapou com a ajuda de uma mulher que mentiu dizendo que estava grávida dele. Foi preso quando deu um golpe financeiro numa mulher, e drogou e violou a colega de quarto desta. Charles estava com 26 anos na altura.

Em 1959 casa-se com Candy Stevens até 1963, com quem um filho, Charles Luther Manson, Charles teve ainda outro filho, Valentine Michael Manson, com Mary Brunner, uma membro da Família Manson.
Mary Brunner
Charles era manipulador e tinha uma grande necessidade de chamar a atenção. Falava de filosofias pouco conhecidas na altura, como o budismo e cientologia. Era também fã dos The Beatles, tinha uma viola e acreditava que, tendo oportunidade, seria maior que eles. Passava uma boa parte do seu tempo a escrever músicas.

Saiu da prisão aos 33 anos, tendo permanecido preso por longos períodos desde os seus 9 anos. Charles tinha passado mais de metade da sua vida em instituições e disse que não saberia viver lá fora.

Saiu em 1966, teve contacto com hippies e começou a agrupar seguidores, muitos eram raparigas jovens e perturbadas emocionalmente, além disso, ele usava drogas como LSD para influenciá-las.

Em 1968, formou uma comunidade alternativa em Spahn Ranch, perto de Los Angeles. Charles tinha ideias grandiosas e um grupo de amigos e admiradores, ficaram conhecidos como a Família Manson.
Spahn Ranch
A Família Manson era composta por homens e mulheres de famílias ricas que não tinham um bom relacionamento com os seus familiares e que, por isso, passaram a morar nas ruas da Califórnia. Alguns dos seus admiradores, consideravam Manson uma reencarnação de Jesus Cristo.

A 9 de agosto de 1969 um pequeno grupo de conhecidos de Charles Manson invadiu uma casa alugada por Roman Polanski. Acabara por assassinar a esposa de Roman, a atriz Sharon Tate que se encontrava grávida e mais quatro amigos do casal. As vitimas foram baleadas, esfaqueadas e espancadas até à morte. O sangue das vitimas foi utilizado para escrever mensagens nas paredes. Na porta da casa foi escrito "Pig" ("porco").
Sharon Tate grávida
Porta da casa onde aconteceu o crime onde se vê a palavra "Pig" ("Porco") escrito com sangue
Na noite seguinte, o mesmo grupo invadiu a casa de Rosemary e Leno LaBianca, e mataram o casal. Também deixaram mensagens nas paredes, que diziam por exemplo "Death to pigs" ("morte aos porcos").
Casal LaBianca, Leno e Rosemary
Estes dois casos de assassinato ficaram conhecidos como o Caso Tate-LaBianca.

Segundo o promotor do caso, Vicent Bugliosi, os assassinatos teriam sido planeados por Charles Manson, apesar de este não estar presente em nenhum dos casos. Segundo Viccent, o objetivo dos assassinatos seria começar uma guerra que, segundo Charles, seria a maior já travada na Terra e seria chamada de "Helter Skelter".

O nome "Helter Skelter" corresponde ao título de uma música dos The Beatles em que, segundo o promotor, havia uma quantidade enorme de mensagens subliminares que teriam influenciado as ideias de Charles. Seria uma guerra entre negros e brancos, em que os brancos seriam exterminados pelos negros.

Charles Manson tinha 37 anos quando foi acusado de seis assassinatos e levado à justiça, juntamente com "Tex Watson", Susan Atkins, Patrícia Krenwinkel e Leslie Van Houten. Charles Manson alegou não ter participado em nenhum dos assassinatos, Charles conseguiu provar isso, mas o promotor convenceu o júri popular de que Manson poderia ter influenciado os jovens a matar.

Após o julgamento, Charles declarou o seu ódio profundo pela Humanidade, chamando os membros da sua "Família" de "rejeitados pela sociedade". A promotoria referiu-se a Charles como "o homem mais maligno e satânico que já caminhou na face da Terra" e todos foram condenados à morte, em 1971. Mas, com a mudança nas leis penais do estado em 1972, a pena dos cinco foi alterada para prisão perpétua.

A 6 de março de 1970, Charles Manson lançou o álbum "Lie: The Love and Terror Cutt", posteriormente muitas das musicas do álbum foram gravadas por artistas de renome como os Guns N'Roses ("Look at Your Game, Girl" de 1993) e Marilyn Manson ("Sick City" e "My Monkey") entre outros.
Música "Look at Your Game, Girl" dos Guns N'Roses:

De cinco em cinco anos, Charles Manson tinha a possibilidade de ser ouvido para obter a liberdade condicional, mas Charles nem sempre apareceu nas audiências e, quando estava presente, costumava ofender os oficiais da audiência e fazer piadas sobre a formalidade do processo.

Charles ficou preso na Penitenciária Estadual de Corcoran, na Califórnia, numa unidade especial de isolamento. Aqui viveu de maneira quase solitária, tendo contacto com um máximo de 15 pessoas, assassinados ligados a casos de impacto na opinião pública e sequestradores.

Em novembro de 2014, aos 80 anos, Charles Manson recebeu, da Justiça da Califórnia, permissão para se casar na prisão com a sua noiva, Elaine Burton, 53 anos mais nova que ele. Mas Charles desistiu em fevereiro de 2015, após descobrir que Elaine planeava expor o seu corpo numa redoma de vidro após a sua morte. Elaine visitava-o há vários anos na prisão e ainda mantém vários blogs onde defende a sua inocência.
Elaine Burton e Charles Manson
Charles Manson morreu no dia 19 de novembro de 2017, aos 83 anos, de causas naturais, no hospital de Bakersfield, na Califórnia, depois de estar quatro dias internado.

Algumas curiosidades extras:
Os seguidores de Manson seguiam as suas orientações à risca, embora apenas sete mortes tenham sido oficializadas, mas é possível que tenham matado a sangue frio mais de 35 vítimas.

Durante os julgamento, as autoridades descobriram que outras celebridades estavam na lista negra de Charles Manson, caso ele e a sua seita não fossem apanhados. Na lista estavam artistas como Frank Sinatra, Elizabeth Taylor, Steve McQueen, Tom James e Richard Burton.

Os outros membros da seita condenados:

Susan Atkins
Tinha 18 anos quando conheceu Manson e de imediato se uniu à seita, em 1966. Em 1969, dois meses depois dos crimes, Susan foi capturada junto aos membros da Família Mansom por um caso de roubo de carros, na prisão, Susan confessou a uma companheira de sela que tinha apunhalado a atriz Sharon Tate e saboreado o seu sangue e usado o mesmo para escrever "Pigs" ("Porcos"). A partir desta descrição a polícia pode levar a Família Manson a julgamento. Susan foi condenada à morte, mas em 1972 a sua sentença foi alterada para prisão perpétua, o que aconteceu com o resto dos julgados.
Susan na prisão se converteu ao cristianismo e transformou-se numa líder espiritual e iniciou uma série de trabalhos de caridade. A sua liberdade condicional foi negada 13 vezes. Susan morreu em 2009, na prisão de Chowchilla, na Califórnia aos 61 anos.
Susan Atkins

Patrícia Krenwinkel
Era secretária quando conheceu Charles Manson. Terá abandonado o seu emprego três dias depois e se juntou à seita. Patrícia foi um dos rostos mais visíveis durante o julgamento, especialmente, porque se vestia com vestidos brilhantes e ornamentados, juntamente com as outras mulheres da "Família" e sempre chegavam de mãos dadas. Terá sido Patrícia a escrever a frase da "morte aos porcos" no crime de Leno e Rosemary LaBianca. Foi condenada a prisão perpétua em 1972, e como Susan passou por uma transformação na cadeia.
Segundo as guardas da prisão de Corona, na Califórnia, Patrícia e uma prisioneira modelo que está envolvida em programas de reabilitação. Teve também a sua liberdade condicional negada 13 vezes. Tem 69 anos (nascida a 3 de dezembro de 1947).
Patrícia Krenwinkel

Leslie Van Houten
Leslie foi um dos membros da Família Manson que não esteve presente no caso de Sharon Tate. Mas esteve no segundo crime do casal LaBianca. Nos documentos pode-se ler como Leslie segurou a mulher do casal, Rosemary, para outro membro da "família" a esfaqueasse várias vezes. Então foi condenada a prisão perpétua em 1972. Encontra-se na prisão de Corona, na Califórnia. Durante as audiências para solicitar a liberdade condicional, disse que se se arrepende de "ter feito parte desses crimes horrendos". Já pediu a liberdade condicional mais de 20 vezes, tem 68 anos.
Leslie Van Houten

Charles "Tex" Watson
Uniu-se à seita em 1966 e se tornou no assistente de Manson. Segundo os relatos, Charles Manson planeava os assassinatos e Charles Watson os executava. Watson esteve presente em ambos os assassinatos, depois dos crimes fugiu para o Texas onde foi capturado. Assim como os outros membros da seita foi condenado à morte, sentença alterada em 1972 para prisão perpétua.
Na prisão se converteu num ministro de uma igreja católica e se casou, separou-se e teve quatro filhos. Teve a sua liberdade condicional negada 17 vezes. Atualmente tem 71 anos (nascido a 2 de dezembro de 1945).
Charles "Tex" Watson

Linda Kasabian
Tinha 20 anos quando se juntou à seita. Foi a motorista nos casos de assassinato, pois era a única que tinha carta de condução. De acordo com o seu testemunho, Linda tentou deter o massacre, quando se apercebeu do que os seus companheiros estavam a fazer. Linda foi a peça chave durante o julgamento da Família Manson. Relatou os factos como tinham ocorrido e por isso ganhou imunidade penal.
Tem 68 anos e vive no estado de New Hampshire, nos EUA.
Linda Kasabian

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.