quarta-feira, 30 de junho de 2021

Múmia da Rainha Tí

Múmia da Rainha Tí
Fonte: Aventuras na História

Tí foi uma rainha do Antigo Egito, Grande Esposa Real do Faraó Amenófis III da XVIII dinastia.

Era filha do rei mitani Duiusrata, nascida na Síria e ligada a um panteão distinto ao do Egito.

Tornou-se esposa do Faraó egípcio aos 10 anos, e desde então, manteve-se ao lado do marido até aos seus últimos dias, em completa fidelidade.

Com um bom relacionamento, foi frequentemente representada nos monumentos régios do Egito, sendo uma das figuras mais reproduzidas na época, sempre em pé de igualdade com o marido. E isso pode indicar a popularidade da rainha.

A religião de Tí era centrada na adoração quase henoteísta do Disco Solar, que no futuro seria instituído como religião oficial do Império, sob nome de Aton, pelo filho Akhenaton, criando uma forte crise política.

Sabe-se que o governo do seu marido foi internamente afetado pela presença dela. Porque Tí apresentou à corte o Disco-Solar, que foi introduzido nos cultos da realeza e, como consequência, estendeu-se à população.

Com Tí, a popularidade de Aton chegou a níveis inimagináveis, criando forte atrito da dinastia com os sacerdotes de Amon, que comandavam com largo poder em Tebas.

A crise fortaleceu-se com a política do herdeiro Akhenaton, o que afetou, inclusivo, o sagrado túmulo da rainha.

Inicialmente Tí foi enterrada ao lado do filho em Amarna, capital do reino atonista. No entanto, com a queda do imperador henoteísta , uma série de patrimónios ligados à religião estrangeira foi destruída, tentou-se apagar a memória do reinado de Akhenaton e a capital voltou a Luxor.

Muitos túmulos de líderes celebrados foram transferidos de Amarna, tal como o de Tí, encontrado no Vale dos Reis.

A descoberta do túmulo de Tí gerou grande polémica na época. Em 1898, Victor Loret, arqueólogo, encontrou câmaras laterais na tumba de Amenhotep II, pai do marido dela, e entre elas estava sepultada uma mulher declarada como "A Senhora Mais Velha", que demorou para ser identificada.

Muitos defendiam que se tratava da avó de Tutancâmon, mas pesquisadores relutavam, alegando que não fazia sentido a mulher ser intitulada como "mais velha" no complexo funerário de um rei anterior a ela.

No entanto, anos depois, uma investigação no túmulo de Tutancâmon revelou uma mecha de cabelo com a inscrição do nome de Tí, provavelmente uma recordação para a Vida Eterna da tão adorada avó.

Este artefacto foi útil em 1976, quando foi realizada uma análise de partículas presentes no cabelo encontrado no túmulo e uma amostra da Senhora Mais Velha, que depois foram comparadas. A combinação dos resultados deixou claro: tratava-se sim, da poderosa Tí.

Em 2006, uma imagem presente numa estátua de granito da rainha, ao lado do marido Amenhotep II, foi encontrada por uma série de pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, EUA, trazendo luz às formas de representação e identificação da rainha potencialmente perdida.

Em 2010, finalmente, foi oficialmente confirmado, através de um teste de ADN, que tratava-se de Tí, que teria sido enterrada ao lado do sogro após as transferências ocorridas com a queda de Akhenaton. 


Fonte: Aventuras na História


MZ

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segunda-feira, 28 de junho de 2021

USS Pueblo - Navio dos EUA capturado pelos Norte-Coreanos

USS Pueblo, na Coreia do Norte, em 2012
Fonte: Wikipédia

O USS Pueblo é um navio de pesquisa ambiental, anexado à inteligência da Marinha como um navio espião, que foi atacado e capturado pelas forças norte-coreanas a 23 de janeiro de 1968, no que hoje é conhecido como o "Incidente de Pueblo".

A apreensão do navio da Marinha dos EUA e os seus 83 tripulantes, um dos quais foi morto no ataque, aconteceu menos de uma semana após o discurso do Estado da União do presidente Lyndon B. Johnson no Congresso dos Estados Unidos.

A tomada do Puebloe o abuso e tortura da sua tripulação durou cerca de 11 meses, o que aumentou as tensões entre as potências ocidental e oriental, durante a Guerra Fria.

A Coreia do Norte declarou que o navio entrou deliberadamente nas suas águas territoriais a 7,6 milhas náuticas da Ilha Ryo, e que o diário de bordo mostrava que eles já tinham invadido várias vezes.

No entanto, os EUA sustentam que o navio estava em águas internacionais no momento do incidente e que qualquer suposta evidência fornecida pela Coreia do Norte para apoiar as suas declarações foi fabricada.

O navio, ainda hoje se encontra na Coreia do Norte. Desde 2013, o navio está atracado ao longo do rio Pothongem e é usado como navio-museu no Museu da Guerra Vitoriosa.

O Pueblo é o único navio da Marinha dos EUA ainda na lista de navios atualmente em cativeiro.

MZ

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sábado, 26 de junho de 2021

Elvis Presley no Exército Americano

Elvis no Exército dos Estados Unidos
Fonte: Pinterest

Elvis Presley que ficou conhecido como o Rei do Rock, mas também foi soldado no Exército dos EUA.

Foi em 1957 que ingressou no exército. O serviço não durou muito, mas mudou a vida de Elvis.

Quando foi convocado, muitas questões foram levantadas: a pessoa mais famosa dos Estados Unidos poderia ser útil ou só iria atrapalhar? Ele teria que cortar o cabelo que roubou o coração de tantas jovens?

Vários ramos das Forças Armadas ofereceram funções mais tranquilas ao astro da música. A Marinha sugeriu a criação de uma "Companhia Elvis Presley", composta elos seus amigos de Memphis.
A Força Aérea queria usá-lo como um modelo de recrutamento ao invés de mandá-lo para o combate. O Exército sugeriu que ele apenas fizesse espetáculos para as tropas.

Elvis, anos depois, disse: "As pessoas estavam à espera que eu estragasse tudo, de uma forma ou de outra. Eles pensaram que eu não conseguiria aguentar e assim por diante, e eu estava determinado a ir a qualquer limite para provar o contrário. Não só para as pessoas que duvidavam, mas para mim mesmo."

O serviço militar de Elvis começou num momento em que estava indiscutivelmente no auge da carreira, a 24 de março de 1958, um dia apelidado pela imprensa como "Black Monday".

Ele foi colocado numa divisão blindada perto de Frankfurt, na Alemanha, como motorista de camião de um oficial chamado capitão Russell. Tendo começado a sua vida profissional como motorista de camião, Elvis estava de volta ao ponto de partida.

Russell, supostamente, odiava a fama de Elvis. As mulheres o seguiam para onde quer que ele fosse. O correio da empresa passou de um pacote por dia para 15, e as meninas alemãs tentavam escalar a cerca da base para ver o cantor, informava a BBC.

Então Russell transferiu Elvis para um pelotão liderado pelo sargento Ira Jones. 

Em agosto de 1958, morre a mãe de Elvis, de ataque cardíaca, e Elvis volta a casa para o funeral. Mais tarde, ele classificaria esta morte como "a grande tragédia da sua vida".

Quando voltou para a Alemanha, depois do funeral, Elvis serviu respeitosamente ao lado dos seus colegas soldados, sendo eventualmente promovido a sargento. Mas também fez muitas festas, levando os seus amigos do Exército para festas animadas por toda a Europa.

Numa dessas viagens pela Europa, conheceu Priscilla, de 14 anos, filha de um oficial do Exército, que ele imediatamente começou a namorar. Os dois mais tarde se casaram, em 1967, e depois de uma filha, se divorciaram, em 1973.

Durante este tempo de Exército, um sargento apresentou a Elvis as anfetaminas, que ele começou a tomar quase diariamente. O sargento também apresentou a droga à jovem namorada de Elvis e a outros colegas.

"Elvis dizia: 'Essas pequenas pílulas dão-te mais força e energia do que podes imaginar. É melhor tomar a pílula com café, porque o café quente e a cafeína tendem a fazer a pílula funcionar muito mais rápido'".

"Se não fosse pelos comprimidos, eu nunca conseguiria suportar o dia inteiro. Mas tudo bem, elas são seguras.", teria dito Elvis a Priscilla.


Fonte: O Globo

MZ

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quinta-feira, 24 de junho de 2021

Donatien Alphonse François de Sade - O Homem mais depravado da História

 

Donatien de Sade
Fonte: Wikipédia

Donatien, o Marquês de Sade, nasceu a 2 de junho de 1740.

Foi um aristocrata e escritor libertino.

Filho de um conde diplomata e militar. Seguiu a carreira militar e, aos 16 anos, lutou na Guerra dos Sete Anos, na qual a França e a Áustria disputaram com a Inglaterra e a Prússia territórios e destinos comerciais.

Quando voltou da guerra, foi obrigado pelo seu pai a casar-se com Renée-Pélagie de Montreuil. Filha de uma família de nobreza recente e com influência na corte.

Muitas das suas obras foram escritas enquanto estava preso na Prisão da Bastilha, preso várias vezes, inclusivamente por Napoleão Bonaparte.

É do seu nome que surge o termo médico "sadismo" que define a perversão sexual de ter prazer na dor física ou moral do(s) parceiro(s).

Donatien era adepto do ateísmo e era caracterizado por afrontas à religião dominante, sendo, por isso, um dos principais autores libertinos, na conceção moderna do termo.

Nas suas obras, como livre pensador, usava o grotesto para mostrar as suas críticas morais à sociedade urbana. Evidenciava, ao contrário de várias obras acerca da moralidade, uma moralidade baseada em princípios contrários ao que os "bons costumes" da época aceitavam.

Com essa moralidade mostrava que os homens que sentiam prazer na dor dos demais e outras situações, por vezes bizarras, que não estavam distantes da realidade.

No seu romance "120 Dias de Sodoma", por exemplo, os nobres devassos abusam de crianças raptadas fechados num castelo de luxo, num clima de crescente violência, com coprofagia (ingerir fezes), mutilações e assassinatos.

O primeiro escândalo na vida de Donatien ocorreu cinco meses após o casamento. Em outubro de 1763, foi acusado pela prostituta Jeanne Testard de obrigá-la a renegar Deus e a realizar atos de sacrilégio com imagens cristãs enquanto mantinham relações sexuais.

Acabou preso, mas, graças à influência da sogra, ficou na cadeia menos de um mês. A sogra ainda o livrou da forca em 1772, quando Donatien intoxicou uma prostituta - numa festa, ofereceu um bombom com um licor afrodisíaco à prostituta e esta quase morreu.

A sua mulher tinha conhecimento das suas traições, mas, mesmo assim, manteve-se ao seu lado durante 27 anos, além de lhe dar três filhos. Renée fechava os olhos às traições do marido, mas a sua mãe não.

De protetora, a sogra passou a perseguidora quando Donatien revelou que mantinha um caso com a cunhada, Anne-Prospère. O casal fugiu para a Itália. A sogra localizou-os e pediu ao rei da Sardenha em pessoa, Carlos Emanuel III, que expedisse uma ordem de prisão contra Donatien, embora sem acusação alguma.

Donatien fugiu da prisão em 1773. Em 1775, envolveu-se noutra situação. Deu uma orgia envolvendo empregados do castelo, Donatien e a sua mulher Renée. O processo foi aberto pelo pai de uma das criadas que participaram na festa, além de enfrentar Donatien nos tribunais, este pai deu-lhe dois tiros, Donatien sobreviveu graças à má pontaria do atirador.

Em janeiro de 1777, a sogra de Donatien conseguiu que o rei emitisse uma carta de prisão, chamada "Lettre de Cachet". Desta vez, esteve preso durante 13 anos, mas não foi acusado de um crime propriamente dito.

Em março de 1801, com a França sob domínio de Napoleão, Donatien foi levado ao manicómio de novo, e nunca mais o deixou. 

Na velhice, já separado da sua primeira mulher, Renné, encontrava-se preso por causa das suas ideias e comportamento libertino, então foi amparado pela atriz Marie-Quesnet, que mudou-se com ele para o Hospício de Charenton.

Nesta época, sob o olhar tolerante de Marie-Quesnet, enamorou-se pela filha de uma guarda da prisão, que tinha 14 anos quando a conheceu. Todos estes factos foram documentados por Gilbert Lely, o mais importante biógrafo de Sade, compilador das suas cartas e autor do clássico "Vida do Marquês de Sade".

Donatien morreu aos 74 anos, a 2 de dezembro de 1814, em Saint-Maurice.



Fonte: Wikipédia | Aventuras na História


MZ

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terça-feira, 22 de junho de 2021

Polícia Internacional e de Defesa do Estado - PIDE

Símbolo da PIDE - Polícia Internacional e de Defesa do Estado

Foi o órgão policial de Portugal que trabalhou em conjunto com a Legião Portuguesa, a partir da sua constituição por Decreto-Lei de 22 de outubro de 1945 até à sua extinção e substituição pela Direção-Geral de Segurança, em 1969.

A PIDE executava as suas funções em todo o território português e era tomada como uma das corporações mais eficientes do Estado. Para isto, fundamentava as as suas atividades em métodos alemães utilizados pela Gestapo, chegando a ser temida pelo uso da tortura e outras técnicas repressivas de controlo e submissão.

A PIDE é apontada como responsável por várias ações violentas e crimes contra as manifestações de opiniões contrarias ao Estado Português, forçando a que as ações da oposição fossem feitas na clandestinidade.

Portanto, as funções principais da PIDE eram a repressão de todos os que se opunham ao Estado Novo, o controlo dos estrangeiros e fronteiras, informação e contra-espionagem, combate ao terrorismo e investigação de crimes contra o Estado.

A PIDE utilizava a tortura para obter informações e foi responsável por alguns crimes sangrentos, como o assassinato do militante do PCP José Dias Coelho e do General Humberto Delgado.
José Dias Coelho (Esq.) e General Humberto Delgado (Dir.)

A PIDE castigavam as pessoas que conspiravam contra o Governo, alguns dos métodos eram:

  • Tortura do sono - consistia em não deixar os presos dormir, e quando estes estavam quase a adormecer levavam com um balde de água ou com um estalo. A mais longa tortura do sono foi a de um engenheiro comunista, Fernando Vicente que durou um mês.
  • Tortura do calor - consistia em prender as pessoas no forte de Peniche e com o tecto feito de chapas de zinco que aquecia muito. As pessoas como não tinham água e com os únicos alimentos disponibilizados eram salgados, acabavam por enlouquecer e confessavam.
As selas das prisões da PIDE eram de extremos, a temperatura variavam entre muito quente e o muito frio.

O mobiliário das selas consistia numa mesa e algumas cadeiras, estrategicamente protegidas nas pontas, de modo a evitar eventuais suicídios dos prisioneiros, que se tentavam matar ao bater com a cabeça contra os mesmos, como alguns fizeram.

Quando as pessoas saiam, algumas suicidavam-se, outras ficavam dependentes do álcool e das drogas e, outras chegavam a mudar de nome e não regressavam para junto das famílias.

As prisões politicas do Estado Novo eram:
  • Prisão do Aljube - em Lisboa
  • Prisão de Caxias - as condições físicas eram mais toleráveis do que no Aljube
  • Prisão de Peniche - o Forte de Peniche tornou-se numa prisão política de alta segurança
  • Prisão da PIDE no Porto
  • O Campo da Morte do Tarrafal - situado na Ilha de Santiago em Cabo Verde - começou a receber presos politicos vindos de Lisboa a 18 de outubro de 1936, foi inspirado nos campos de concentração nazis, não haviam câmaras de gás, mas os presos era submetidos a um regime de morte lenta.

MZ

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domingo, 20 de junho de 2021

Assassinato do Arquiduque da Áustria

Ilustração do Assassinato do Arquiduque Francisco Fernando e da sua mulher, Sofia
Fonte: Visitar a Bósnia-Herzegovína

No dia 28 de junho de 1914, um domingo, o Arquiduque da Áustria Francisco Fernando e a sua mulher sofreram um atentado com uma granada que foi atirada para o seu carro, durante a visita a Saraievo, na Bósnia.

Francisco Fernando desviou-se da granada e esta explodiu atrás dele. Enraivecido terá gritado para as autoridades locais: "Então vocês recebem os vossos convidados com bombas?".

Depois deste incidente Francisco e Sofia insistiram em visitar o hospital onde os feridos no atentado estavam a ser atendidos.

Ao saírem de lá, o seu motorista perdeu-se no caminho para o palácio onde estavam hospedados e, ao entrar numa rua secundária, os ocupantes foram avistados por Gavrilo Princip.
Gavrilo Princip, assassino do Arquiduque Francisco Fernando e da sua mulher, Sofia
Fonte: New Statesman

Quando o motorista fazia uma manobra, por volta 10h45, Gavrilo Princip aproximou-se e disparou sobre o casal, atingindo Sofia no abdómen e Francisco Fernando na jugular.

Francisco Fernando ainda estava vivo quando chegou a ajuda, mas faleceu depois das suas últimas palavras dirigidas à sua mulher: "Não morra, querida, viva para nossos filhos." Sofia morreu a caminho do hospital.

O atacante, Gavrilo Princip, um jovem de apenas 19 anos, era membro da Jovem Bósnia e do grupo terrorista Mão Negra.

Estes assassinatos, juntamente com a corrida ao armamento, o imperialismo, o nacionalismo, o militarismo e o sistema de alianças contribuíram para a eclosão da Primeira Guerra Mundial, que começou menos de dois meses após a morte de Francisco Fernando, com a declaração de guerra da Áustria-Hungria à Sérvia.

O assassinato do Arquiduque Francisco Fernando é considerado a causa mais imediata da Primeira Guerra Mundial.

MZ

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sexta-feira, 18 de junho de 2021

Linda Wolfe - A Mulher que Mais se Casou na História

Linda Wolfe
Fonte: Time Magazine

A americana Linda Lou Wolfe entrou para o Guinness Book, por ser a mulher que mais se casou em toda a história.

Ao todo, teve 23 maridos. Casou-se pela primeira vez aos 16 anos com George Scott, que também foi o seu relacionamento que durou mais tempo, sete anos de casamento.

O casamento que durou menos tempo foi de 36 horas, com Fred Chadwick. Mas este não foi o casamento mais estranho.

Linda chegou a casar com Tom Stutzman, dentro do reformatório de Pendleton, em Indiana, enquanto este cumpria pena por violação.

Linda revelou que o seu melhor marido foi Jack Gourley, com quem casou três vezes. Gostava dele principalmente por este ter o costume de improvisar encontros e pelo hábito de nadar nu.

Linda teve sete filhos durante os seus casamentos.

O seu último casamento foi com Glynn Wolfe, também recordista por ser o homem que mais casou no mundo com 29 mulheres.

Casaram-se em 1996, e decidiram unir-se apenas por publicidade, para manter os recordes. Quando estavam prestes a fazerem um ano de união, Glynn morreu, aos 88 anos.

Antes de morrer, Linda esteve solteira durante 12 anos e afirmou que se casaria novamente, pois sentia-se solitária às vezes.

Passou a viver numa casa de repouso e aconselhava os jovens para "Apenas se casem uma vez, e fiquem casados. Eu não tive uma cama de rosas, acreditem em mim".

Linda faleceu a 27 de setembro de 2009.

MZ

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quarta-feira, 16 de junho de 2021

Massacre na Escola Amish

Atirador e assassino Charles Carl Roberts
Fonte: G1 - Globo
No dia 2 de outubro de 2006, uma segunda-feira, numa escola Amish em Georgetown, em Lancaster, na Pensilvânia (EUA), no final da manhã, um atirador fez vários reféns.

Depois começou a disparar uma arma automática, aparentemente para os intimidar. Pouco tempo depois, a polícia cercou o edifício.

Ao que parece o agressor começou por deixar sair os rapazes da escola, juntamente com algumas outras pessoas. Depois, juntou as raparigas, amarrou-as e começou a alvejá-las, uma a uma.

De acordo com a polícia, o atirador matou-as ao "estilo de execução", atingindo-as na cabeça, depois suicidou-se.

No entanto, de acordo com uma outra versão, de uma testemunha ocular, cuja identidade não foi divulgada, o que teria acontecido foi que o atirador não se rendeu e a polícia disparou nele.

O atirador, residente próximo da escola, era Charles Carl Roberts, de 32 anos, que tinha como profissão camionista do camião do leite que atendia a comunidade. Aquela escola Amish era frequentada por estudantes entre os 6 e os 13 anos.

Depois surgiam novas informações, como a informação de que o atirador tinha o intuito de abusar sexualmente das meninas, como já tinha feito com outras crianças quando tinha apenas 12 anos de idade.

O atirador trabalhou normalmente até à noite anterior do ataque e, pela manhã, levou os três filhos à paragem de autocarro escolar, antes de seguir para a escola Amish. No entanto, o seu ataque foi meticulosamente planeado. Levou consigo madeiras e pregos, para trancar as portas e janelas, além de algemas, lubrificante e outros itens de ordem sexual.

Desconhecia-se a motivação do ataque. No entanto, aparentemente, o agressor deixou uma mensagem à mulher, informando-a de que se vingaria de algo que tinha acontecido há 20 anos.

No mesmo dia do massacre, membros da comunidade visitaram a família do atirador para lhe dizerem que o perdoavam. No enterro das meninas, o avô de uma das vítimas disse às outras crianças: "não devemos odiar aquele homem". O facto inspirou o filme "Amish Grace".

A família Roberts, do atirador, emitiu um comunicado que afirma: "As nossas vidas estão arrasadas, e rezamos pelas vidas inocentes que foram perdidas hoje."

As vítimas do massacre foram Noami Rose Eversole, de 7 anos, Anna Mae Stollzfus, de 12 anos, Marian Fisher, de 13, Mary Liz Miller, de 8, e a sua irmã, Lina Miller, de 7 anos. Mas ficaram outras vítimas em estado grave.

A identificação das meninas foi complicada devido à ausência de fotografias, numa comunidade que considera isso uma tecnologia, e pelo facto dos seus pais não terem documentos.



Fonte: Correio da Manhã | G1- Globo | Wikipédia

MZ

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segunda-feira, 14 de junho de 2021

Creme Facial Romano

 

Creme facial Romano de 2 mil anos
Fonte: SoCientífica

Este creme facial foi descoberto por arqueólogos perto de um antigo templo romano em Londres.

A sua localização, inicialmente levou os pesquisadores a acreditarem que era uma pomada usada para curas ou rituais.

Mas, com uma análise detalhada foi capaz de revelar os seus ingredientes: gordura animal, amido e estanho para pigmento - revelando que não era nada mais do que um creme facial romano colorido.

Foi encontrado num pote de estanho ornamentado que tem 6x5 cm e é de uma qualidade tão elevada que pode ser comparado aos cosméticos produzidos hoje em dia.

Este tipo de creme facial teria muito provavelmente pertencido a uma mulher rica, ou a uma prostituta do templo.

Os templos não eram apenas erguidos e usados pelos soldados, mas também eram utilizados por pessoas de diferentes classes e posições sociais.

Este achado apoia o facto de que a cultura romana estava a florescer em Londres nesta época e havia o interesse de incorporar todas as coisas romanas.

O creme facial romano era tradicionalmente criado com chumbo para criar a tonalidade desejada. O chumbo não estava facilmente disponível nas ilhas Britânicas, mas o estanho estava, e o fabricante deste creme deu-se ao trabalho de recriar um creme facial semelhante com ingredientes locais em vez de simplesmente o importar.

Os romanos valorizavam a pele branca. Assim, foi sugerido que a descoberta do creme facial de cor branca poderia sinalizar que a população de Londres estava a aceitar a cultura romana de mais maneiras do que apenas a arquitetura.



Fonte: SoCientífica | Fatos Desconhecidos


MZ

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sábado, 12 de junho de 2021

Porta Pega-Gordo

Mosteiro de Alcobaça (esquerda) e Porta Pega-Gordos (direita)

Os monges do Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, eram submetidos na Idade Média a um tratamento infalível contra a obesidade.

Os monges comiam no refeitório mas eram obrigados a ir buscar a própria comida à cozinha que ficava ao lado. Ninguém os podia servir.

O problema acontecia quando a porta que tinham que atravessar para chegar à cozinha tinha 2 metros de altura e apenas 32 centímetros de largura.

Quem não fosse capaz de ultrapassá-la, simplesmente, ficava sem comer e, obviamente, emagrecia rapidamente.

Os superiores dos monges recorreram a esta porta porque a gula é um dos pecados mortais e a obesidade tornava os monges menos aptos para os trabalhos braçais. Estes religiosos pertenciam à extinta Ordem de Cister, cujos monges trabalhavam como agricultores e produziam tudo o que consumiam.

Em 1834, foram obrigados a abandonar o mosteiro, pelo decreto governamental que extinguiu as ordens religiosas em Portugal.

MZ

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quinta-feira, 10 de junho de 2021

Segredos de Beleza da Princesa do Povo

Diana Spencer, Princesa do Povo
Fonte: Rostos

Diana Spencer, a Princesa do Povo, é um ícone de estilo que o mundo recorda com carinho, e não é por acaso que a sua imagem permanece na memória, além da sua generosidade e do sorriso contagiante, certos visuais de beleza são impossíveis esquecer.

Diana limpava sempre a pele antes de se deitar, e seguia a limpeza com um toner e um hidratante, que também aplicava de manhã antes do protetor solar.

A princesa não dispensava o seu sono de beleza, e acreditava que o consumo exagerado de álcool afetava a sua pele, por isso decidiu moderar quaisquer excessos em nome de uma pele maravilhosa.

A sua dieta também era importante, começava o dia com um copo de água com limão e uma chávena de café, seguidos de um grande pequeno-almoço. A princesa também bebia sumos de cenoura, maçã e pepino.

Sentia-se nua sem uma boa camada de rímel, que a maquilhadora Mary Greenwell lhe ensinou a aplicar da raiz até às pontas, para pestanas longas e bonitas.

Diana era simples na maquilhagem, evitava usar eyeliner azul, da cor dos seus olhos. Na verdade, a princesa ainda cometeu esse "erro" durante alguns anos, até que a sua maquilhadora a alertou para o facto de que o eyeliner da mesma cor dos olhos tem tendência a roubar intensidade à sua cor. A partir daí, Diana começou a preferir os castanhos e pretos.
Princesa Diana com eyeliner azul
Fonte: Pinterest

A princesa nunca saía de casa sem perfume, a fragrância sempre presente acabou por tornar-se uma das suas imagens de marca. O seu perfume favorito era o 24 Faubourg, d'Hermès.
Perfume 24 Faubourg, d'Hermès
Fonte: Amazon.com

Além de uma alimentação equilibrada, a princesa praticava exercício físico regularmente para se manter em forma. Corria todas as manhãs, nadava, jogava ténis, e era uma grande fã de aulas de aeróbica e de ski.

Foi na década de 80 que os cabelos se encheram de permanentes e se usavam bem compridos, mas não foi preciso muito para convencer Diana a fazer algo diferente com o seu cabelo, depois do hairstylist Sam McKnight ter simulado um cabelo mais curto ao prendê-lo numa tiara. Já de saída, a princesa perguntou ao cabeleireiro o que faria com o cabelo dela, caso tivesse controlo total. Ele respondeu que o cortaria num pixie cut, e ela, sem hesitar, aceitou cortá-lo de imediato.
Princesa Diana com o seu corte de cabelo pixie cut
Fonte: Good Housekeeping

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terça-feira, 8 de junho de 2021

Aula de Educação Sexual

Fonte: Twitter

Na imagem podemos ver diferentes reações a uma aula de Educação Sexual, de 1929.


MZ

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domingo, 6 de junho de 2021

Expresso Paris-Granville

Expresso Paris-Granville
Fonte: Magnus Mundi
Foi um comboio que descarrilou na "Gare Montparnasse" a 22 de outubro de 1895.

O comboio saiu de Granville com destino a Paris, pela manhã viajava com 131 passageiros.

O acidente teria ocorrido pela imprudência do maquinista que se encontrava atrasado e teria acelerado o comboio.

Ao chegar ao destino os travões falharam, resultando numa grande destruição interna da estação ferroviária.

O maquinista do comboio Guillaume Marie Pelerin que tinha 19 anos de experiência, foi condenado a dois meses de prisão e a uma multa de 50 milhões de francos.

Cinco pessoas ficaram feridas e a única vítima mortal foi Marie-Augustine Aguilard, uma senhora que vendia jornais na zona e foi atingida com um destroço do edifício.

Durante quatro dias a locomotiva ficou como estava após o acidente, até ser retirada.

Foi um dos acidentes ferroviários mais "estranhos" da história da França.


Fonte: Incrível História | Wikipédia

MZ

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sexta-feira, 4 de junho de 2021

1.º Presidente da República Portuguesa

Teófilo Braga - Presidente da República Portuguesa (maio 1915/outubro 1915)

Joaquim Teófilo Fernandes Braga, nasceu em Ponta Delgada, na Ilha de S. Miguel, nos Açores a 24 de fevereiro de 1843.

A sua família descendia de famílias da aristocracia. O seu pai fazia parte da expedição miguelista (apoiantes do absolutista D. Miguel) enviada para os Açores no início da Guerra Civil Portuguesa, tendo sido feito prisioneiro na tomada da Ilha de S. Miguel pelas forças liberais e desterrado para a Ilha de Santa Maria, onde viria a conhecer a sua esposa, mãe de Teófilo.

Teófilo perde a mãe com apenas 3 anos de idade, a má relação com a madrasta com quem o seu pai casou dois anos depois e a morte da mãe, marcaram decisivamente o seu temperamento fechado e agreste.

Começou a trabalhar cedo na tipografia do jornal A Ilha, de Ponta Delgada. no qual também colaborou como redator. Neste período colaborou com outros periódicos da Ilha de S. Miguel.

Estudou no Liceu de Ponta Delgada e, em 1861 foi para Coimbra, onde concluiu o ensino secundário.

Saiu de Ponta Delgada com a intenção de estudar Teologia e seguir uma carreira eclesiástica, mas em 1862 optou por se matricular no curso de Direito da Universidade de Coimbra.

Enquanto estudante académico, trabalhou como tradutor e recorreu a explicações e à publicação de artigos e poemas para pagar os seus estudos.

Fortemente influenciado pelas teses sociológicas e políticas do positivismo, cedo aderiu aos ideais republicanos.

Ao terminar o curso, em 1867, foi convidado pela Faculdade de Direito a fazer o Doutoramento, o que fez defendendo em 26 de julho de 1868 uma tese intitulada História do Direito Portuguesa: I: Os Forais.

A sua pública adesão aos direitos republicanos levaram a fosse dispensado quando, em 1868, concorreu ao cargo de professor da cadeira de Direito Comercial na Academia Politécnica do Porto, e em 1871, quando concorreu para o cargo de lente da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.

Mudou-se então para Lisboa, iniciando a sua carreira de advogado, em 1868.

Também em 1868, casou-se com Maria do Carmo Xavier, com quem teve três filhos. A sua esposa faleceu em 1911.

Em 1878 fundou e passou a dirigir com Júlio de Matos a revista O Positivismo. Nesse mesmo ano iniciou a sua ação na politica ativa portuguesa concorrendo a deputado às Cortes da Monarquia Constitucional Portuguesa integrado nas listas dos republicanos federalistas. A partir deste ano exerceu vários cargos de destaque nas estruturas do Partido Republicano Português.

Em 1880 passou a colaborar com a revista Era Nova, da qual foi diretor. Nesse mesmo ano, com Ramalho Ortigão, organizou as comemorações do Tricentenário de Camões, momento alto da articulação do Partido Republicano, de onde sai com grande prestígio.

A partir de 1884 passa a dirigir a Revista de Estudos Livres, com Teixeira Bastos. Colaborou com várias outras revistas e jornais.

Em 1890 foi pela primeira vez eleito membro do directório do Partido Republicano Português. Nesta condição, a 11 de janeiro de 1891 foi um dos subscritores do Manifesto e Programa do Partido Republicano Português. Este manifesto e a sua apresentação pública precederam em três semanas a Revolta de 31 de janeiro de 1891, no Porto, à qual Teófilo Braga, como aliás a maioria dos republicanos lisboetas, se opôs.

A 1 de janeiro de 1910 torna-se membro efetivo do directório político, juntamente com Basílio Teles, Eusébio Leão, José Cupertino Ribeiro e José Relvas.

A 28 de agosto de 1910 é eleito deputado republicano por Lisboa às Cortes Monárquicas, não chegando contudo a tomar posse por entretanto ocorrer a implantação da República Portuguesa.

Por decreto publicado no Diário do Governo a 6 de outubro de 1910 é nomeado Presidente do Governo Provisório da República Portuguesa saído da Revolução de 5 de Outubro de 1910. Naquelas funções foi de facto chefe de Estado, já que o Primeiro Presidente da República Portuguesa, Manuel da Arriaga, apenas foi eleito a 24 de agosto de 1911.

Quando Manuel de Arriaga foi obrigado a resignar do cargo de Presidente, na sequência da Revolta de 14 de maio de 1915, Teófilo Braga foi eleito para o substituir pelo Congresso da República, a 29 de maio de 1915, com 98 votos a favor, contra um voto de Duarte Leite e três votos em brano.

Sendo um Presidente de transição, face à demissão de Manuel de Arriaga cumpriu o mandado até o dia 5 de outubro de 1915, sendo então substituído por Bernardino Machado.

Sendo já viúvo na altura da sua eleição, após o mandato, Teófilo continuou a sua rotina desde que enviuvara, estava sempre na biblioteca, isolado, dedicando-se exclusivamente à escrita.

Faleceu só, no seu gabinete de trabalho, a 28 de janeiro de 1924, aos 80 anos de idade.

Obteve honras de Panteão em 1966, quando este foi inaugurado. Os seus restos mortais foram solenemente transladados para a Igreja de Santa Engrácia, em Lisboa, no dia 5 de dezembro de 1966, antes encontrava-se na Sala do Capítulo do Mosteiro dos Jerónimos.


MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

quarta-feira, 2 de junho de 2021

História de Amor de Francisco Fernando da Áustria e Sofia Chotek

Casamento do Arquiduque Francisco Fernando da Áustria e de Sofia Chotek
Fonte: Wikipédia
Francisco Fernando, Arquiduque da Áustria, nascido na Áustria a 18 de dezembro de 1863, era o filho mais velho do Arquiduque Carlos Luís e da Princesa Maria Anunciata das Duas Sicílias.

Herdou do seu primo, o Duque Francisco V de Módena, a chefia da Casa de Áustria-Este, tornando-se pretendente ao trono do extinto ducado quando tinha apenas 12 anos de idade.

Em 1889, com a morte do Arquiduque Rodolfo, único filho varão do Imperador Francisco José I (seu tio), no chamado Incidente de Mayerling, o seu pai tornou-se o primeiro na linha de sucessão ao trono austro-húngaro, mas renunciou aos seus direitos a seu favor.
Imperador Francisco José I da Áustria
Fonte: Wikipédia
Em 1894, Francisco Fernando conheceu a Condessa Sofia Chotek, num baile em Praga.

Mas havia um problema, para se casar, Francisco Fernando tinha que ter uma pretendente que pertencesse à realeza e, embora tivesse antepassados da realeza, Sofia não satisfazia esta exigência básica.

Quando se conheceram, Sofia era dama-de-companhia da Princesa Isabel de Croÿ, mulher do Arquiduque Frederico de Áustria-Teschen, a quem Francisco Fernando passou a visitar com frequência.
Princesa Isabel de Croÿ, Arquiduquesa da Áustria
Fonte: Wikipédia
Por sua vez, a Condessa escreveu ao Arquiduque enquanto ele estava doente com tuberculose na ilha de Lošinj no Adriático.

Eles teriam mantido a sua relação em segredo durante mais de dois anos.

A presença constante de Francisco Fernando levou o seu primo a acreditar que ele estivesse interessado na sua filha mais velha, a Arquiduquesa Maria Cristina
Arquiduquesa Maria Cristina da Áustria
Fonte: Wikipédia
Quando Isabel de Croÿ descobriu a ligação de Francisco Fernando com a sua dama-de-companhia, houve um escândalo familiar.

A paixão do Arquiduque por Sofia criou um grande impasse, pois o Imperador não autorizava o casamento com Sofia, e Francisco Fernando recusava-se a casar com outra pessoa.

O Papa Leão XIII, o Czar Nicolau II da Rússia e o Kaiser Guilherme II da Alemanha coloram-se a favor do Imperador Francisco José I, argumentando que a discordância entre tio e sobrinho estava a minar a estabilidade da monarquia.

Em 1899, o Imperador Francisco José autorizou que o casamento se realizasse mas impôs pesadas condições:
- A união seria morganática - casamento entre pessoas de estatutos diferentes, em que geralmente o nobre mantém os seus títulos e até os seus direitos de sucessão, mas estes não são estendidos ao seu consorte nem aos seus filhos;
- Os seus descendentes não teriam direito de sucessão ao trono;
- Sofia não teria direito ao status, títulos, precedências ou privilégios dos quais Francisco Fernando gozava;
- Sofia também não poderia aparecer em público ao lado do marido, andar na carruagem imperial ou sentar-se no camarote imperial.

Assim, a 28 de junho de 1900, no Palácio Imperial de Hofburg, perante o Imperador e todos os Arquiduques, Ministros e dignitários da Corte, o Cardeal-Arcebispo de Viena e o Primaz da Hungria, Francisco Fernando assinou um documento oficial que declarava publicamente que Sofia, como sua esposa morganática, jamais ostentaria os títulos de Imperatriz, Rainha ou Arquiduquesa e os seus descendentes jamais receberiam qualquer direito dinástico ou privilégios imperiais em nenhum dos domínios Habsburgo.

O casamento aconteceu a 1 de julho de 1900, em Reichstadt, na Boémia.

O Imperador Francisco José I não participou na cerimónia, nem qualquer Arquiduque, incluindo os irmãos do noivo.

Os únicos membros da Família Imperial presentes foram a sua madrasta, a Princesa Maria Teresa de Bragança e as suas duas filhas.
Princesa Maria Teresa de Bragança, Arquiduquesa da Áustria
Fonte: Wikipédia
Após o casamento, Sofia recebeu o título de "Princesa de Hohenberg", com o tratamento de "Sua Alteza Sereníssima".

Sempre que o casal se reunia com outros membros da realeza, Sofia era preterida em virtude da sua posição e obrigada a ficar separada do marido.

O casal teve três filhos: Sofia de Hohenberg (1901-1990), Maximiliano de Hohenberg (1902-1962) e Ernesto de Hohenberg (1904-1954).

MZ

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