quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Possíveis Disfarces de Hitler





Os serviços de espionagem norte-americanos desenharam como pensavam que Hitler se poderia disfarçar em 1944.

No final da Segunda Guerra Mundial houve a dúvida se Hitler se teria suicidado ou se teria conseguido fugir, como muitos outros nazis o conseguiram fazer.

Isto levou a uma série de teorias da conspiração. Em História aprende-se que Hitler se suicidou a 30 de abril de 1945, em Berlim, quando se apercebeu de que a cidade estava a ser invadida pelos Aliados. Mas muitos acreditam que o líder nazi tinha fugido para a Argentina a bordo de um submarino, ou que tinha escapado para uma base oculta na Antártida.

Em 2018, 73 anos depois da morte de Adolf Hitler, uma equipa de investigadores franceses confirmou a versão dos livros de História.

Os restos mortais do ditador alemão, que se encontram em Moscovo desde o final da Segunda Guerra Mundial, foram analisados pela primeira fez em 1946.

Entre março e julho de 2017, o Arquivo Estatal e os serviços secretos russos autorizaram a consulta e análise dos ossos de Hitler pela equipa francesa.

No estudo, publicado no "European Journal of Internal Medicine", os investigadores concluem que Hitler se suicidou naquele dia de abril de 1945, num bunker, em conjunto com a sua companheira, Eva Braun.

Analisaram um pedaço de crânio onde era visível um buraco no lado esquerdo da cabeça, coincidente com aquele que seria causado por uma bala.

Os cientistas asseguraram que a morfologia do fragmento é "totalmente compatível" com as radiografias cranianas que Hitler realizou em 1944, um ano antes da morte.

Ao analisarem os dentes, os investigadores encontraram vestígios de tártaro mas nenhum de carne, o que pode confirmar a ideia de que Hitler era vegetariano.

Ao longo dos anos, muitos investigadores apontavam para a hipótese de o ditador se ter suicidado através de envenenamento por cianeto.

Quando começaram as investigações os cientistas não estavam seguros se teria sido um tiro ou a cápsula de cianeto que o teria matado. Após a investigação, concluíram que há a probabilidade de que Hitler tenha feito ambas as coisas, pois na sua prótese dentária foram encontradas manchas azuladas que deve ter sido resultado de uma reação química entre o cianeto e o metal das próprias próteses.

MZ

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quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Unidade 731

Imagem da Unidade 731

A Unidade 731 foi uma unidade secreta de pesquisa e desenvolvimento de guerra biológica e química do Exército Imperial Japonês. Este fez experiências letais nos humanos durante a Segunda Guerra Sino-Japonesa (1937-1945), durante a Segunda Guerra Mundial.

Encontrava-se no distrito de Pingfang de Harbin, a maior cidade do Estado fantoche japonês da Manchúria, atualmente no nordeste da China. E foi construído entre 1934 e 1939.

Foi oficialmente conhecido como Departamento de Prevenção de Epidemia e Purificação de Água do Exército de Guangdong. Adotou o nome de "Unidade 731" em 1941.

Foi criada pela polícia militar Kempeitai do Império Japonês, e foi comandada até ao fim da guerra pelo general Shiro Ishii, um oficial do Exército de Guangdong.
Shiro Ishii
Shiro Ishii foi um jovem extremamente brilhante e estudou na Universidade Imperial de Kyoto. As suas áreas de especialização eram bacteriologia, sorologia, medicina preventiva e patologia. Ele destacou-se nos seus estudos e logo foi chamado para ajudar no tratamento de uma doença que estava a matar centenas de soldados. Então descobriu que o problema estava na água contaminada e e conseguiu mostrar uma solução na frente do próprio Imperador do Japão.

Após a ocupação da Manchúria, o Japão encontrou um lugar perfeito para criar uma unidade para pesquisar os efeitos da guerra biológica e química e como usá.los de forma eficaz contra os seus inimigos.

Historiadores estimam que aqui tenham morrido até 250 mil homens, mulheres e crianças. A maioria das vitimas que foram usadas como cobaias eram chinesas, enquanto uma pequena porção eram de prisioneiros de guerra soviéticos, mongóis, coreanos e aliados. 70% dos que morreram eram chineses, incluindo civis e militares.
Imagem da Unidade 731
Aqui foram criadas bactérias suficientes para matar toda a população mundial várias vezes. Pessoas que estavam infetadas eram colocadas com prisioneiros saudáveis para ver como a doença se espalharia.

Os prisioneiros eram infetados com várias doenças, como sífilis e gonorreia, para que se pudesse estudar os sintomas e o tratamento.
Imagem da Unidade 731
Eram realizadas vivissecções eram realizadas porque se pensava que o processo de decomposição afetaria os resultados. Portanto, tanto homens, mulheres, crianças e bebés eram sujeitos a este procedimento. Até as grávidas passavam por este procedimento, e muitas delas tinham engravidado dos próprios médicos.

Nos doentes, eram realizadas cirurgias invasivas para remover os órgãos afetados para análise. Amputavam os prisioneiros para que os cientistas estudassem a perda de sangue. Alguns prisioneiros tinham partes do corpo congeladas para que fossem analisados os efeitos do apodrecimento e da gangrena.
Imagem da Unidade 731
Para testarem a força das suas granadas, armas químicas e bombas, colocavam pessoas a diferentes distâncias e depois da explosão, eles identificavam os danos causados a cada uma das vítimas. Penduravam as pessoas de pernas para o ar, para verem quanto tempo levavam para morrer. Injetaram urina de cavalo nos rins dos prisioneiros. Muitos foram expostos a doses letais de radiação.

Existe um filme que retrata os acontecimentos deste campo de concentração: "Campo 731, Bactérias - A Maldade Humana". O filme é do ano de 1988. É um dos filmes mais macabros e violentos que existe, e até foram usados cadáveres humanos verdadeiros nas filmagens.

O filme:


MZ

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terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Suicídios Coletivos na Alemanha Nazi


Na imagem: O corpo do vice-presidente de Leipzig, Ernst Kurt Lisso ao lado dos de sua esposa e filha, que se suicidaram quando as tropas dos EUA estavam a entrar na cidade a 20 de abril de 1945.

Os suicídios coletivos na Alemanha Nazi em 1945 ocorreram com frequência, por vários motivos, entre civis, funcionários do governo e militares durante as semanas finais do regime nazi e o fim da Segunda Guerra Mundial na Europa.

Entre as razões estavam a influência da propaganda nazi a reação ao suicídio de Adolf Hitler, a lealdade aos princípios do Partido Nazi, a derrota iminente da nação na guerra, a ocupação aliada da Alemanha Nazi e os receios em relação ao tratamento severo de militares tanto dos exércitos ocidentais quanto do exército soviético.

O psiquiatra alemão Erich Menninger-Lerchenthal observou a existência de "suicídios em massa organizados em grande escala, que anteriormente não haviam ocorrido na história da Europa (...) existem suicídios que não têm nada a ver com a doença mental ou algum desvio moral e intelectual, mas predominantemente com a continuidade de uma pesada derrota política e o medo de ser responsabilizado".

Entre os métodos mais comuns de suicídio estavam as cápsulas de cianeto. A 12 de abril de 1945, membros da Juventude Hitleriana distribuíram pílulas de cianeto para o público durante o último concerto da Filarmónica de Berlim.

Antes de se suicidar, Hitler assegurou-se que toda a sua equipa tinha recebido as cápsulas de veneno.

Os membros das forças armadas alemãs frequentemente utilizavam armas para acabar com as suas vidas. 

MZ

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segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Dica de Filme ou Livro: A Provadora

Livro: "A Provadora"
O livro "A Provadora" foi o primeiro livro deste ano, e li em dois dias de tão cativante que é a história.

Na nota de autor pode-se ler que se trata de um livro com factos históricos mas também fictícios. Mas gostaria de acreditar que se aquela história não aconteceu realmente assim, pelo menos tenha havido outro ou outros casais a vive-la.

O livro conta um pouco do outro lado da guerra, o lado de quem vivia perto do ditador Nazi, Adolf Hitler, e como era mais precisamente a vida de quem arriscava todos os dias a sua vida ao provar a comida que seria servida uma hora depois ao ditador, para evitar que este fosse envenenado.

Juntamente com isto, mostra como foi/seria um casamento entre duas pessoas próximas de Hitler e com a sua bênção.

Segundo a nota do autor a ideia deste livro foi tirada numa reportagem da Associated Press de 26 de abril de 2013. O relato, de Kirsten Grieshaber, narrava a vida de Margot Woelk, provadora de comida ao serviço de Hitler.
Margot Woelk
Margot Woelk, tinha anos na altura em que os membros da SS lhe bateram à porta e a levaram-na, sem que ela tivesse escolha. Tornou-se numa das 15 provadoras da comida de Hitler.

Margot quis falar aos 95 anos, em 2011. Mas Margot faleceu dois anos depois, pouco tempo antes da escritora conseguir falar com ela. A escritora, Rosella Postorino, ficou fascinada com a história e quis escrever um romance sobre a provadora de Hitler. Pesquisou sobre a alimentação, os pratos que eram confecionados, leu cartas, livros e conseguiu vários testemunhos. Margot faleceu na semana que iria-se encontrar com a escritora.

O livro "A Provadora" foi escrito por V. S. Alexander do ano de 2018.

MZ

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domingo, 27 de janeiro de 2019

Namoro após a Guerra


O soldado escocês John Mackay, tinha 23 anos, fazia parte da tropa responsável por libertar o campo de concentração de Auschwitz, na Polónia, em 1944, no final da Segunda Guerra Mundial.

Uma das prisioneiras era a húngara Edith Steiner, na época com 20 anos. Ela era a única sobrevivente da sua família ao Holocausto, tendo perdido 39 familiares.

Durante um baile para celebrar a libertação, John pediu que um amigo pedisse a Edith para dançar com ele. A jovem disse que só aceitaria o convite se fosse feito pelo próprio John e ele teve que aceitar.

Aquela primeira dança originou uma história de amor com mais de 70 anos. Casaram-se em julho de 1946 e tiveram dois filhos, Sharon e Peter.

Edith faleceu em 2017 no ano em completaram o 71.º aniversário de namoro.

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sábado, 26 de janeiro de 2019

Acidente Aéreo Mais Mortífero

Imagem registada meia-hora antes do embate na montanha do avião da Japan Airlines - 1985

O Voo 123 da Japan Airlines foi um voo com origem em Tóquio e destino em Osaka.

O avião, um Boeing 747-SR46 mudou a sua rota, colidindo com o monte Takamagahara a 100 km de Tóquio, a 12 de agosto de 1985.

É o segundo maior acidente da história da aviação e o mais mortífero com apenas um avião, onde morreram 520 pessoas.

No entanto, quando médicos ajudavam a recuperar os corpos, muitos dos quais se encontravam em péssimo estado, encontraram alguns corpos que indicavam que tinham sobrevivido ao acidente, teriam morrido por choque ou de exposição à noite nas montanhas, enquanto esperavam socorro.

Quatro pessoas sobreviveram: Yumi Yochiai, uma mulher de 25 anos, Hiroko Yoshizaki, uma mulher de 34 anos e a sua filha de 8 anos, Mikiko Yoshizaki e uma menina de 12 anos, Keiko Kawakami.

Notícia do acidente:



MZ

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quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Agenda do Primeiro Rock in Rio

Agenda de espetáculos do primeiro Rock in Rio, em 1985

Foi em 1985 que aconteceu o primeiro evento de um dos maiores festivais de Rock'n Roll do mundo, aconteceu entre os dias 11 e 20 de janeiro de 1985 na antiga Cidade do Rock, em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Durante os 10 dias, contou com 1 milhão e 380 mil espectadores.

Segundo o idealizador do festival, o empresário e publicitário brasileiro Roberto Medina, foram gastos cerca de 11 milhões de dólares na organização do evento.
Roberto Medina
Fonte: jornaldacidadeonline.com.br
No dia 11 de janeiro, teve 300 mil pessoas para ver os Queen, Iron Maiden, Whitesnake, Baby Consuelo e Pepeu Gomes, Erasmo Carmos e Ney Matogrosso.

No dia 12 de janeiro, teve 250 mil pessoas para ver George Benson, James Taylor, Al Jarreau, Gilberto Gil, Elba Ramalho e Ivan Lins.

No dia 13 de janeiro, teve 110 mil pessoas para ver o Rod Stewart, Nina Hagen, The Go-Go's, Blitz, Lulu Santos e Os Paralamas do Sucesso.

No dia 14 de janeiro, teve 30 mil pessoas para ver James Taylor, George Benson, Alceu Valença, Moraes Moreira.

No dia 15 de janeiro, teve 250 mil pessoas para ver os AC/DC, Scorpions, Barão Vermelho, Eduardo Dusek e Kid Abelha & Os Abóboras Selvagens.

No dia 16 de janeiro, teve 180 mil pessoas para ver Rod Stewart, Ozzy Osbourne, Rita Lee, Moraes Moreira e Os Paralamas do Sucesso

No dia 17 de janeiro, teve 70 mil pessoas para ver os Yes, Al Jarreau, Elba Ramalho e Aliceu Valença.

No dia 18 de janeiro, teve 250 mil pessoas para ver os Queen, The Go-Go's, Eduardo Dusek, Lulu Santos, The B-52's e Kid Abelha & Os Abóboras Selvagens.

No dia 19 de janeiro, teve 280 mil pessoas para ver os AC/DC, Scorpions, Ozzy Osbourne, Whitesnake, Erasmo Carlos e Pepeu e Baby.

No dia 20 de janeiro de 1985, teve 200 mil pessoas para ver os Yes, The B-52's, Nina Hagen, Blitz, Gilberto Gil e Barão Vermelho.

MZ

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terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Armi Kuusela, a Primeira Miss Universo

Armi Kuusela, a Primeira Miss Universo
Armi nasceu em Muhos, na Finlândia, a 20 de agosto de 1934.

Praticava desportos como natação, esqui e ginástica e após completar o ensino secundário, inscreveu-se para o Instituto de Ginástica da Universidade de Helsinque.

Venceu o Suomen Neito, nome do então Miss Finlândia. e onde recebeu como prémio pela vitória uma bandana dourada, uma caixa de chocolates e duas passagens para os EUA.

Foi representar o seu país nos EUA, no recém-lançado concurso Miss Universo, que acabou por ganhar.

Armi foi eleita a primeira Miss Universo a 29 de junho de 1952, derrotando outras 28 candidatas internacionais, em Long Beach, Califórnia.


Tinha 17 anos, 1,65m e 49kg quando foi coroada. Com a vitória recebeu como prémio um contrato cinematográfico com o Universal Studios, um dos patrocinadores e organizadores do evento.

Assim que se tornou Miss Universo, participou num filme sueco, feito em sua homenagem, Maailman kaunein tyttö (A Rapariga Mais Bonita do Mundo), onde se interpretou a ela mesma.

A 22 de fevereiro de 1953, começou a viajar pelo mundo a representar o concurso.

Na sua visita às Filipinas, conheceu um empresário filipino em Manila, por quem se apaixonou-se à primeira vista. A relação foi tão rápida que a Miss Universo abandonou as obrigações com a organização antes do fim do seu mandado, e a 4 de maio de 1953 voou com o empresário para Tóquio, no Japão, onde casaram-se, renunciando à coroa.

Este facto fez com que a partir dali as mulheres casadas não pudessem participar no evento e, oficialmente, as regras passaram a estipular que caso a Miss Universo não pudesse por qualquer motivo completar o seu mandado, seria substituída pela segunda colocada, que assumiria o título e as obrigações decorrentes dele pelo restante mandato anual.

O seu contrato com a Universal não rendeu depois de resolver abandonar o concurso para se casar, e a sua aparição nos cinemas ficou registada apenas em mais alguns documentários finlandeses e um pequeno filme nas Filipinas, enquanto lá morou com a família.

Do casamento com o empresário filipino, nasceram cinco filhos. O seu marido faleceu em 1975 e Armi casou novamente, com Albert Williams em junho de 1978, passando a morar na Califórnia, onde hoje é ativa, participando em projetos de caridade e de pesquisas para o cancro, no Sanford-Burnham Medical Research Institute.

MZ

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domingo, 20 de janeiro de 2019

Vinho Romano


Vinho romano com mais de 1600 anos.

Esta garrafa romana é uma das mais antigas de vinho do mundo a sobreviver com o líquido intacto no interior.

Foi encontrada num túmulo perto de Speyer, na Alemanha, em 1867, a garrafa ficou então exposta por mais de 100 anos e o seu conteúdo permanece da mesma forma como foi deixado há mais de 1600 anos.

MZ

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sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Sequestro do Autocarro 174

Imagens do Sequestro do Autocarro 174

O sequestro do autocarro 174 foi um acontecimento marcante para a policia do Rio de Janeiro, no Brasil.

Aconteceu no dia 12 de junho de 2000, às 14h20, quando o autocarro da linha 174 (Central-Gávea) ficou detido no bairro do Jardim Botânico por quase cinco horas.

O sequestro foi levado a cabo por Sandro Barbosa do Nascimento, um sobrevivente da Chacina da Candelária - chacina que ocorreu em 1993, perto da Igreja da Candelária, no Rio de Janeiro, onde oito jovens sem abrigo foram assassinados por polícias militares.

Uma das frases ditas por Sandro durante o sequestro foi: "Aí, parceiro: pode-me filmar legal. Se liga só: eu estava na Candelária, o bagulho é sério, mataram os irmãozinhos na maior 'judaria'. Então eu não tenho mais nada a perder mais, não, irmão!"

O sequestro começou e vinte minutos depois um dos passageiros conseguiu pedir ajuda a um carro da polícia que passava na rua. O autocarro então foi interceptado por dois policias.

A situação era de pânico. O motorista e o cobrador abandonaram a viatura e alguns passageiros conseguiram sair, saltando pelas janelas e pela porta traseira.

No entanto, onze pessoas foram feitas reféns.

Luciana Carvalho foi uma das primeiras que teve a arma colocada na cabeça. Sandro levou-a para a frente do autocarro e queria que ela o conduzisse. Foi aí que se deu o primeiro disparo, um tiro contra o vidro do autocarro, para intimidar os jornalistas que se encontravam no local.

Willians de Moura, na época estudante, foi o primeiro a ser libertado, e único do sexo masculino. Ficando dez reféns do sexo feminino. Após a sua libertação, Sandro apontou a arma à cabeça de Janaína Neves e fê-la escrever nas janelas com batom frases como "Ele vai matar geral às seis horas" e "Ele tem pacto com o diabo".

Passado um bocado, Sandro liberta uma mulher, Damiana Nascimento Souza, que tinha sofrido um AVC no autocarro. Segundo uma reportagem da Revista Época, o derrame "deixou-a sem a fala e sem os movimentos do lado esquerdo do corpo (...) Desde então, caminha com dificuldade, comunica-se por escrito e apenas dois motivos a fazem deixar a sua casa: ir ao médico e depositar flores no local da tragédia".

Outro dos momentos de maior tensão foi quando o sequestrador andou de um lado para o outro com um lençol na cabeça de Janaína. Segundo ela, Sandro afirmou que iria contar de um até 100, e quando chegasse ao fim, ele a mataria. Sandro contava, saltando alguns números e, ao chegar ao número 100, fez a refém se baixar e fingiu dar-lhe um tiro na cabeça. Após isso, fez ameaças "Delegado, já morreu uma, vai morrer outra".

Às 18h50 Sandro decidiu sair do autocarro, usando a professora Geísa Firmo Gonçalves como escudo. Ao descer, um polícia do BOPE tentou alvejar Sandro com uma submetralhadora e acabou por errar o tiro, acertando a refém de raspão no queixo. Geisa acabou por levar mais três tiros nas costas, disparados por Sandro.
Saída de Sandro e Geísa do Autocarro 174
Com a refém morta, Sandro foi imobilizado enquanto uma multidão correu para tentar linchá-lo. Ele foi colocado no porta-bagagens da viatura com outros polícias a segurarem-no. Sandro acabou por falecer no carro vítima de asfixia.

Após alegações de que a morte de Sandro foi ocasional, os policias responsáveis pela sua morte foram levados a julgamento por assassinato e foram declarados inocentes.

Apesar de toda a violência cometida por Sandro durante o sequestro, a tragédia do autocarro 174 também ficou marcada como uma operação policia falhada, sendo exemplo do que não se deve fazer em casos semelhantes. O trágico desfecho causado pelo evento teve, em grande parte, contribuição de uma atuação desastrada da polícia que, ao tentar neutralizar o sequestrador, acabou por atingir a vítima que era utilizada como escudo. Com isto deu tempo de Sandro, armado, disparar três vezes nas costas da refém Geisa.


MZ

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quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Vida em Clausura Monástica

Há uns dias no programa da manhã da SIC, "O Programa da Cristina" mostraram um pouco do mundo das irmãs Carmelitas e despertou-me o interesse em saber como é mesmo viver em clausura por opção. Então aqui fica a minha pesquisa sobre este assunto.



Dá-se o nome de Clausura Monástica ou Clausura Conventual.

Significa que os monges, no caso dos homens, e as monjas, no caso das mulheres fizeram um voto de clausura nos seus votos religiosos, ou seja, a obrigação de não mais saírem do seu Mosteiro ou Convento.

Qualquer outro tipo de clero consagrado das ordens religiosas que não tenha feito este voto de clausura poderá desempenhar atividades no exterior.

A clausura tem como objetivo manter entre os religiosos um clima de recolhimento, silêncio, oração e de outros recursos ascéticos, para uma mais feita procura de união com Deus.

Entre as ordens religiosas que praticam a chamada vida de clausura monástica existem atualmente:
- Monges Beneditinos;
- Monges Carmelitas Eremitas;
- Monges Cartuxos;
- Monges  Cistercienses;
- Monges Crúzios;
- Monges Jerónimos;
- Monges Trapistas;
- Monjas Anunciadas;
- Monjas Beneditinas;
- Monjas Clarissas;
- Monjas Carmelitas;
- Monjas Cartuxas;
- Monjas Celestes;
- Monjas Concepcionistas;
- Monjas Jerónimas;
- Monjas Mínimas;
- Monjas Passionistas;
- Monjas Visitandinas;
- Entre outras.

Entre estas ordens todas, muitas são me conhecidas, apenas pelo nome, pouco sei sobre o que cada uma delas faz e as suas origens. Mas a mais destacada destas todas para mim é a Ordem dos Carmelitas Descalços.

Então, os frades e padres carmelitas descalços têm a mesma origem carismática que as irmãs carmelitas e os leigos carmelitas.
Brasão da Ordem dos Carmelitas Descalços

- A História:
A Ordem dos Carmelitas Descalços é um ramo da Ordem do Carmo, formado em 1593, que resulta de uma reforma feita ao carisma carmelita elaborada por Santa Teresa de Ávila e São João da Cruz. Este ramo divide-se em três diferentes tipos de família carmelita: os padres ou frades, as freiras contemplativas de clausura monástica e os leigos consagrados. No caso particular dos leigos Carmelitas Descalços, dá-se-lhes o nome de Carmelitas Descalços Seculares.

- Os Monges:
Privilegiam a vida em oração e comunitária mas são de vida apostólica.
Vivem em comunidades com cerca de quatro ou cinco frades, onde partilham a alegria de terem recebido a mesma vocação e missão. Realizam na Igreja as obras que mais lhes são solicitadas mas privilegiam a promoção da vida espiritual, mediante a orientação de retiros, encontros de oração, casas de espiritualidade, etc.
Existem Conventos com comunidades de Frades em Aveiro, Avessadas Braga, Fátima, Funchal, Porto, Viana do Castelo e Timor.

- As Irmãs:
As irmãs carmelitas descalças vivem em conventos de clausura, os Carmelos, dedicadas à vida contemplativa. A vida de um Carmelo é pautada pela oração litúrgica e silenciosa, pela simplicidade de meios, pela alegria e amizade entre as irmãs.
Dão testemunho da primazia de Deus sobre todas as coisas. Apesar de estarem em clausura, vivem perto das preocupações da Igreja e do mundo e apresentam-nas a Deus nas suas orações.
Existem Carmelos em Aveiro, Bande, Braga, Coimbra, Crato, Faro, Fátima, Guarda e Viana do Castelo.
Irmãs da Ordem dos Carmelitas Descalços
- Irmã Lúcia
A sobrevivente dos três pastorinhos, a Lúcia, foi freira da Ordem das Carmelitas Descalças, ficando conhecida como Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado, no Carmelo, para o país ficou conhecida, simplesmente, como Irmã Lúcia.
Juntamente com os seus primos, Jacinta e Francisco Marto - Os Três Pastorinhos - assistiram às aparições de Nossa Senhora na Cova da Iria, em Fátima.
Entrou para a clausura em 1948, no Carmelo de Santa Teresa em Coimbra, onde professou como carmelita descalça a 31 de maio de 1949.
Durante o seu tempo de clausura escreveu dois volumes com as suas "Memórias e os Apelos da Mensagem de Fátima".
Em 1991, esteve reunida com o Papa João Paulo II, quando este visitou Fátima, estiveram juntos por 12 minutos.
Faleceu a 13 de fevereiro de 2005, aos 97 anos, no Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra. A 19 de fevereiro de 2006, o seu corpo foi trasladado de Coimbra para o Santuário de Fátima onde foi sepultada junto dos seus primos, Francisco e Jacinta.
Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado

Reportagem brasileira sobre a Ordem das Carmelitas:

MZ

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segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Walter Yeo - Um dos Primeiros a submeter-se a um Transplante de Pele

Walter Yeo um dos primeiros pacientes a submeter-se a um transplante de pele - 1917 (Antes e Depois)
Walter Yeo nasceu a 20 de outubro de 1890, em Plymouth, na Inglaterra.

Foi um marinheiro inglês da Primeira Guerra Mundial.

Walter ficou ferido na Batalha da Jutlândia, a 31 de maio de 1916. Sofreu lesões faciais, incluindo a perda de pálpebras superiores e inferiores.

Foi uma das primeiras pessoas a receber um transplante de pele, uma cirurgia plástica realizada por Harold Gillies, em 1917.

Durante o processo de cirurgia, uma espécie de "máscara" de pele foi transplantada para a zona dos olhos de Yeo, incluindo umas novas pálpebras.

Walter faleceu aos 70 anos de idade, na sua cidade natal, em dezembro de 1960.


MZ

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sábado, 12 de janeiro de 2019

Colina das Cruzes - Šiauliai

Colina das Cruzes - Šiauliai na Lituânia
A origem deste local não reúne consenso, contudo a teoria mais aceite sugere que as primeiras cruzes foram colocadas dentro dos limites do castro Jrgaičai, pouco depois do Levante de Novembro (Revolta armada contra o domínio russo na Polónia).

Ao longo dos séculos foram colocados além de cruzes, crucifixos gigantes, esculturas sacras, estátuas da Virgem Maria e milhares de pequenos Rosários, que são trazidos por fiéis católicos. O número exato de cruzes é desconhecido, mas estima-se que em 2006 superava as 100 mil.

Segundo se conta, a origem desta colina deve-se a uma manifestação de luto e pesar dos familiares de lituanos, que foram enviados para a Sibéria pelos Russos, quando da tentativa de libertação da Lituânia do domínio russo.

Os que eram enviados para a Sibéria eram na grande maioria das vezes logo dados como mortos pelos familiares que colocavam neste local uma cruz em sua memória.

A primeira cruz teria sido colocada pelo filho do dono do terreno onde se começou a colocar as cruzes, que tinha sido enviado para a Sibéria, o filho escolheu este local porque era onde o seu pai trabalhava e considerou-o ideal para perpetuar a memória do pai.

Quase 250 mil lituanos foram mortos ou exilados durante os anos de governo de Estaline. Agentes no KGB foram destacados para o local de forma a impedir que a população colocasse novas cruzes, à revelia das ordens dadas e por três vezes a colina foi arrasada pela polícia secreta, sendo novamente reconstruída pelos esforços da população. As pessoas levavam as cruzes durante a noite, ignorando os perigos, proibições e perseguições das autoridades.

A arte de esculpir cruzes em madeira é hoje um dos mais tradicionais artesanatos lituanos, reconhecido pela UNESCO como Património Cultural Imaterial da Humanidade.

Quando a Lituânia retomou a sua independência, este local tornou-se local de peregrinação, símbolo da identidade do povo lituano.

A existência deste local foi divulgada pela visita do Papa João Paulo II, em 1993, que daria à Lituânia o epíteto de "o país das cruzes". 

MZ

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sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

A Dama de Ferro

Margaret Thatcher
Margaret Hilda Thatcher nasceu a 13 de outubro de 1925, em Grantham, na Inglaterra.

Margaret estudou em Oxford em 1943, a única faculdade que aceitava mulheres na altura, após abrir uma vaga depois de outra candidata ter desistido. Graduou-se em 1947 com honras de segunda classe, nos quatro anos de licenciatura em Bacharelado de Ciência em Química, especializando-se em cristalografia de raios X.

Não se dedicou a 100% à química, pois só pretendia ser uma química por um curto período de tempo. Mesmo quando trabalhava nesta área, já pensava em leis e política.

Foi Primeira-Ministra do Reino Unido de 1979 e 1990 e Líder da Oposição de 1975 e 1979.

Foi a Primeira-Ministra com o maior período no cargo durante o séc. XX e a primeira mulher a ocupá-lo.

Tornou-se Primeira-Ministra a 4 de maio de 1979. Quando chegou a 10 Downing Street, ela terá dito a oração:
     Onde houver discórdia, que eu leve a união;
     Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
     Onde houver erro, que eu leve a verdade;
     Onde houver desespero, que eu leve a esperança.

Em 1976, Margaret fez um discurso sobre política externa em que criticou a União Soviética por procurar "domínio mundial". Intitulado de "Britain Awake", o jornal do exército soviético Estrela Vermelha refutou a sua postura numa peça chamada "Dama de Ferro Aumenta os Medos" pelo capitão Yuri Gavrilov.

A alcunha "Dama de Ferro" seguiu Margaret Thatcher ao longo da sua carreira política e tornou-se um apelido para algumas mulheres na política. As suas políticas ficaram conhecidas como Thatcherismo.

Após sair da Câmara dos Comuns, Margaret tornou-se a primeira ex-líder do governo britânico a criar uma fundação. A ala britânica da Fundação Margaret Thatcher foi dissolvida em 2005 devido a dificuldades financeiras.

Em agosto de 1992, Margaret pediu que a OTAN impedisse o ataque sérvio a Gorazde e Sarajevo para acabar com a limpeza étnica durante a Guerra da Bósnia. Comparou a situação na Bósnia e Herzegovina aos "piores excessos dos nazis" e advertiu que poderia haver um "holocausto".

Escreveu dois volumes de memórias: "The Downing Street Years", em 1993 e "The Path to Power", em 1995.
Livro "The Downing Street Years", de 1993
Livro "The Path to Power", de 1995
Nas eleições gerais de 2001, Margaret Thatcher apoiou a campanha conservadora, como em 1992 e 1997, e endossou Iain Duncan Smith para a liderança do partido.

Em 2002, encorajou George W. Bush a enfrentar agressivamente o "negócio inacabado" do Iraque sob Saddam Hussein, e elogiou Blair pela sua "liderança forte e atrevida" ao apoiar Bush na Guerra do Iraque.

Ainda em 2002, Margaret publicou o livro "Statecraft: Strategies for a Changing World", dedicando-o a Ronald Reagan e escrevendo que não haveria paz no Oriente Médio até que Saddam Hussein fosse derrubado. Também escreveu que Israel devera negociar terras pela paz e que a União Europeia era "fundamentalmente irreformável", "um projeto utópico clássico, um monumento à vaidade dos intelectuais, um programa cujo destino inevitável é o fracasso". Margaret argumentou que o Reino Unido deveria renegociar os seus termos de adesão ou deixar a União Europea e se juntar ao Tratado Norte-Americano de Livre Comércio.
Livro "Statecraft: Strategies for a Changing World", de 2002
Após sofrer vários pequenos derrames, recebeu a recomendação dos seus médicos para não falar mais em público. Em março de 2002, anunciou que, por conselho médico, cancelaria todos os discursos planeados e não aceitaria mais nenhum outro.

Um ano depois, a 26 de junho de 2003, o seu esposo Denis faleceu aos 88 anos, vítima de cancro do pâncreas.
Margaret Thatcher com o marido, Denis
A 11 de junho de 2004, Margaret, contrariando recomendações médicas, compareceu ao funeral de Estado de Ronald Reagan. Ela enviou um tributo em vídeo que, devido à sua saúde, foi pré-gravado vários meses antes. Thatcher foi para a Califórnia com a comitiva e participou do serviço fúnebre e cerimónia de enterro na Biblioteca Presidencial Ronald Reagan.

Em 2005, criticou a forma como a decisão de invadir o Iraque foi feita dois anos antes. Embora ainda apoiasse a intervenção para derrubar Saddam Hussein, ela disse que como cientista sempre procuraria "factos, evidências e provas", antes de usar as forças armadas.

Ainda em 2005, celebrou o seu 80º aniversário, com uma festa com 650 convidados no hotel Mandarin Oriental Hyde Park, em Londres. Entre os convidados estavam a Rainha, o Duque de Edmburgo, a Princesa Alexandra e Tony Blair.

Em 2005 foi revelado pela sua filha, Carol, que Margaret tinha demência e que tinha perdas de memória. Carol revelou que era-lhe doloroso ter que contar à mãe repetidamente que o seu marido Denis tinha morrido.

Em 2006, Thatcher participou nos eventos oficiais realizados em Washington, D.C. para lembrar o 5.º aniversário dos ataques de 11 de setembro contra os EUA.

Em fevereiro de 2007, tornou-se a primeira Primeira-Ministra britânica a ser homenageada em vida com uma estátua no Palácio de Westminster, sede de ambas as casas do parlamento inglês. A estátua feita em bronze, foi colocada em frente à do seu herói politico, Sir Winston Churchill, e foi revelada a 21 de fevereiro de 2007 com a presença de Margaret.

Depois de colapsar num jantar da Câmara dos Lordes, Thatcher, tendo sofrido de pressão arterial baixa, deu entrada no Hospital St. Thomas no centro de Londres, em março de 2008 para exames.

Em 2009, foi hospitalizada novamente quando caiu e partiu um braço. Voltou ao 10 Downing Street no final de novembro de 2009 para a revelação do retrato oficial feito pelo artista Richard Stone, uma honraria incomum para uma antiga Primeira-Ministra viva.
Margaret Thatcher com o retrato feito por Richard Stone
Faleceu a 8 de abril de 2013, aos 87 anos de idade, depois de sofrer um AVC, no Hotel Ritz em Londres, onde estava desde dezembro de 2012 depois de ter dificuldades com as escadas da sua casa em Chester Square.

Recebeu um funeral cerimonial, incluindo honras militares completas, com um serviço religioso na Catedral de São Paulo a 17 de abril.
Funeral de Margaret Thatcher
A Rainha Isabel II e o seu marido participaram no funeral, sendo apenas a segunda vez que Isabel compareceu ao funeral de um dos Primeiros-Ministros que ocuparam o cargo durante o seu reinado.

Após a cerimónia fúnebre, o corpo de Margaret Thatcher foi cremado no Mortlake Crematorium, onde o seu marido tinha sido também cremado.

A 28 de setembro de 2013, as suas cinzas foram enterradas nos terrenos do Royal Hospital Chelsea, ao lado das do seu marido.


As frases de Margaret Thatcher

- "Entrei no governo com um objetivo: transformar o país, de uma sociedade dependente numa sociedade autocofiante, de uma nação 'dê para mim' numa nação 'faça você mesmo'."

- "Se quer que digam algo peça a um homem. Se quer que façam algo, peça a uma mulher."

- "Ser poderoso é como ser uma dama. Se você tem de dizer às pessoas que você é, você não é."

- "Tentar curar a doença britânica com socialismo era como tentar curar leucemia com sanguessugas."

- "Não existe essa coisa de sociedade. Existem indivíduos, homens e mulheres, e existem as famílias."

- "Ninguém se lembraria do Bom Samaritano se ele tivesse apenas boas intenções. Ele tinha dinheiro também."

Assinatura de Margaret Thatcher


MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Medicina do Passado

Já fiz alguns post's sobre a medicina do passado e hoje farei mais um... Deixarei aqui uma série de imagens que nos dão a conhecer um pouco do que era a medicina do passado.

Ambulância puxada a cavalo, do hospital de Believue - 1896

Seringa em bronze do séc. XVII
Não havia material descartável. Usavam-se seringas pesadas, detalhadas e que durassem muito tempo. Esta seringa da imagem é feita em bronze, algo comum no séc. XVII, mas existiam também feitas em marfim, vidro, aço, entre outros.

Removedor de amígdalas - 1860

Espéculo ginecológico - 1900
Este instrumento permitia uma melhor visão da área vaginal ao médico, através da sua expansão após a inserção.

Extrator de bala - 1500
Os extratores de bala podiam chegar às balas mesmo que fossem feridas profundas. O extrator da imagem tinha um parafuso que pode ser inserido na ferida e alongado para perfurar a bala, de modo a que esta possa ser puxada para fora.

Seringa de clister - Séc. XVIII
Era um instrumento de metal com a entrada em madeira. Com o desconhecimento de outras formas terapêuticas, o recurso a clisteres era muito frequente entre os séc. XV e XVIII.

Sanguessuga Artificial - 1800
O tratamento chamado de Sangria com sanguessugas era muito popular para uma vasta lista de condições médicas. A sanguessuga artificial foi inventada em 1840 e foi usado com frequência no olho e orelha.
As lâminas rotativas cortavam uma ferida na pele do doente, enquanto o cilindro era utilizado para produzir um vácuo que aspirava o sangue.

Clíster para inserir fumo no reto - 1750-1810
Os médicos faziam "enema de tabaco" nos doentes para aliviar as dores, ou seja, sopravam fumo de tabaco no reto do paciente.
A prática foi utilizada pela primeira vez em vítimas de afogamento, mas tornou-se uma forma popular para tratar desde constipações até dores de cabeça, estômago, cólicas e problemas respiratórios. Tinha-se a ideia de que o fumo aquecia o corpo e fazia com que a respiração fosse normalizada.

Kit dos cirurgiões da Guerra Civil dos EUA - 1861 a 1865

Dilatador de útero - 1800

Mordaça - 1880-1910
Tratava-se de uma mordaça em madeira, com forma de parafuso, era colocada na boca do doente anestesiado para manter as vias respiratórias abertas.

Garrafa de transfusão de sangue - 1978

MZ

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domingo, 6 de janeiro de 2019

Porta-Veneno



Porta-veneno escondido num livro falso do séc. XVII.

Servia para esconder veneno.

O livro seria uma Bíblia e foi encontrado na Alemanha, em 2008.

MZ

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sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Os Relógios da História

Antes de existirem os relógios como os conhecemos atualmente, a Humanidade utilizava métodos para medir o tempo com recursos a meios naturais.

Relógio de Sol

Relógio de Sol
- Este relógio remonta a período paleolítico ou neolítico, sendo que pesquisas apontam para 1500 a.C., como o ano da sua origem.
- As antigas civilizações perceberam que o movimento de rotação da Terra fazia com que a sombra se deslocasse e passaram a anotar essas movimentações, desenhando linhas retas em pedras.
- A partir de cálculos, descobriram quantas horas haviam sido percorridas. Assim criaram o relógio de sol.
- Este relógios marcavam as horas através da sombra dos objetos.
- O relógio de sol mais antigo conhecido do mundo foi projetado no Egito, na época dos Tutmósis.
Funcionamento de um Relógio de Sol

Relógio de Água

Ilustração de um Relógio de Água
- Conhecido também como Clepsidra.
- O relógio mais antigo leva-nos até ao reinado de Amenhotep II, de Karnak, no Egito.
- Este relógio consistia na colocação de dois recipientes em posições diferentes. Um deles, cheio de água, era colocado sobre o outro, fundo e vazio. Depois era feito um furo no recipiente superior, que gradualmente transferia a água para o outro recipiente. Enquanto este processo decorria, media-se o tempo.

Relógio de Areia

Relógio de Areia
- Também conhecido como ampulheta, baseava-se no mesmo princípio do relógio de água.
- A areia corria de um recipiente para o outro , através de um orifício.
- Estes relógios começaram a ser usados em navios e igrejas para marcar as meias-horas.
- A sua invenção é atribuída a Luitprand, um monge de Chartres, do séc. VIII.

Relógio de Bolso

Relógio de Bolso "Ovo de Nuremberg"
- Começou a ser utilizado por volta de 1500.
- O primeiro exemplar foi criado por Pedro Henlein, em Nuremberg e, dada a sua forma, ficou conhecido como "Ovo de Nuremberg".
- Era, inicialmente, feito de ferro, com uma corda para cerca de 40 horas e uma mola espiral.
- Foram os primeiros relógios usados por pessoas, com um uso não industrial ou científico. Eram raros e vistos como fortes sinais de riqueza, semelhante às jóias. Era um símbolo da aristocracia daquela época.

Relógio de Pêndulo

Relógio de Pêndulo
- Até 1580 não existiam métodos para determinar, de uma forma razoavelmente precisa, intervalos de tempo relativamente curtos.
- Esta situação alterou-se com a descoberta de Galileu, do isocronismo do pêndulo, ou seja, o período do pêndulo não depende de amplitude do movimento oscilatório.
- Esta descoberta serviu de base para a construção de relógios de pêndulos acionados através de pesos ou molas.

Relógio de Pulso

Relógio feito por Cartier (esquerda) feito para Santos Dumont (direita)
- Foi inventado pela empresa Patek Philippe.
- Santos Dumont tem um papel fundamental na criação deste relógio, considerado o "pai da aviação" pretendia cronometrar o tempo de voo dos seus aviões durante as experiências. Na altura, os relógios ficavam nos bolsos, presos por uma corrente, e Dumont tinha dificuldades em tirar, constantemente, o relógio do bolso, então encomendou ao joalheiro Cartier um modelo que ficasse fixo no braço e facilitasse o controlo das horas.
- Em março de 1904, Cartier apresentou-lhe o que é considerado o primeiro relógio de pulso do mundo, batizado de Santos, com pulseira de couro, fabricado na França.
- Durante a Primeira Guerra Mundial foi o marco definitivo no uso do relógio de pulso, já que os soldados precisavam de saber as horas de uma forma prática.

Relógio de Quartzo

Relógio de Quartzo
- Este relógio marcou a indústria relojeira no final do séc. XX.
- O uso das vibrações mecânicas desse material, estudado desde a década de 1930, é difundido na década de 1960, tornando os relógios mais preciosos.
- Na procura de mais precisão, em 1967 passou-se a utilizar a radiação eletromagnética do átomo de césio.

Relógio Digital

Relógio Digital
- Funciona através de energia elétrica que alimenta a bateria.
- A imagem das horas é apresentada num visor LED.
- Esta tecnologia ajudou a difundir o uso do relógio em meados do séc. XX e início do séc. XXI, uma vez que a tecnologia era mais barata e precisa. Devido a isto, os relógios digitais passaram a ser cada vez mais utilizados no dia-a-dia.

Relógio Atómico

Mecanismo de um Relógio Atómico
- Foi a grande criação do séc. XXI, pois a marcação das horas tem uma precisam 100 mil vezes superior a todos os outros modelos.
- Trata-se do relógio mais preciso do mundo, com uma margem de erro de 1 segundo a cada 65 mil anos.
- Os elementos utilizados no funcionamento deste relógio são, geralmente, o hidrogénio, o rubidio e o césio.
- Dada a sua precisão, passou a ser utilizado para medir o tempo de experiências astronómicas e de ondas gravitacionais.

MZ

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