quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Os Bibelforscher

Uniforme com o triângulo roxo que identificava as Testemunhas de Jeová durante o regime Nazi
Encontra-se no Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos
Fonte: Aventuras na História

Os Bibelforscher ou Testemunhas de Jeová também foram perseguidos pelos nazis.

De acordo com as crenças das Testemunhas de Jeová, estas não podem jurar obediência a qualquer líder político, já que, na Bíblia, está determinado que se devem manter neutros.

Isto, para os alemães fiéis a Hitler, era a mesma coisa que contribuir "para a fragmentação ideológica do povo alemão".

Sob a perspetiva nazi, era óbvio que, na verdade, as Testemunhas de Jeová tratavam-se de bolcheviques, comunistas e judeus disfarçados, considerando que iam contra o regime. Sendo assim, deveriam ser perseguidos como os próprios judeus, os homossexuais e os adversários políticos.

Mas as Testemunhas de Jeová tiveram a oportunidade de mudar o rumo da história. Para evitar maiores perseguições, receberam a proposta de que, caso assinassem um termo, deixariam de ser alvos políticos.

O documento, no entanto, incitava a renúncia da fé e a submissão à autoridade estatal, o que significava apoio aos militares da Alemanha nazi.

As Testemunhas de Jeová não concordaram com os termos e continuaram com as suas atividades religiosas, adorando a Deus, distribuindo bíblias e pregando mensagens religiosas.

Logo, as Testemunhas de Jeová tornaram-se a primeira denominação cristã banida pelo governo nazi e a mais intensamente perseguida durante o regime.

Não obedecer ao Estado nazi incluía não servir no exército, não votar nas eleições, não saudar a suástica e muito menos dizer "Heil Hitler!". 

Durante todo o período nazi, entre os anos de 1933 e 1945, 10 mil Testemunhas de Jeová foram presas, duas mil foram parar em campos de concentração, forçadas a trabalhar e a usar um triângulo roxo para identificação e 600 morreram sob custódia, sendo que 250 foram executadas.

Em 1931, o presidente do Reich, Paul von Hindenburg, emitiu o Decreto para a Resistência de Atos Políticos de Violência. Basicamente, a lei previa que ações fossem tomadas caso organizações religiosas fossem usadas contra o estado de forma "maliciosa". Assim, a Baviera proibiu e confiscou todas as publicações estudantis da Bíblia em todo o estado.

Em maio de 1933, as Testemunhas de Jeová já tinham sido banidas em vários estados alemães.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial e, por consequência, do Estado Nazi, as Testemunhas de Jeová que ainda estavam presas foram libertadas. Entretanto, muitas morreram devido aos anos de trabalhos forçados, violência física e psicológica.

Fonte: Pamela Malva - Aventuras na História

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

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