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| Regicídio |
O rei, a rainha e o príncipe real encontravam-se em Vila Viçosa no Alentejo, onde costumavam passar uma temporada de caça no inverno. Devido a problemas internos, o rei decidiu antecipar o regresso a Lisboa, de comboio.
Durante o caminho de comboio, este sofre um ligeiro descarrilamento, o que provocou um atraso de quase uma hora. A comitiva régia chegou ao Barreiro ao final da tarde, onde apanhou o barco "D. Luís", com destino ao Terreiro do Paço, chegando por volta das 17 horas. Aqui eram esperados por vários membros do governo, além dos infantes D. Manuel e D. Afonso, filho e irmão do rei respetivamente.
Apesar do clima de tensão, o monarca decidiu prosseguir caminho numa carruagem aberta. A escolta resumia-se aos batedores protocolares e a um oficial a cavalo ao lado da carruagem do rei.
Havia poucas pessoas no Terreiro do Paço, quando a carruagem circulava no lado ocidental da praça ouve-se um tiro e desencadeia-se um tiroteio.
O tiro atravesso o pescoço do rei, levando a uma morte imediata. Começa um tiroteio, outros atiradores, em diversos pontos da praça, atiram sobre a carruagem, que ficava cravada de balas.
O atentado ocorria a 1 de fevereiro de 1908 na Praça do Comércio, também conhecida como Terreiro do Paço, em Lisboa
Este atentado veio em consequência de um clima de tensão que assombrava o cenário político português.
Existiram dois fatores fundamentais, o primeiro foi o caminha traçado pelo Partido Republicano Português como solução para a erosão do sistema partidário vigente e, em segundo lugar, a tentativa por parte do rei D. Carlos de solucionar os problemas desse mesmo sistema, apoiando o Partido Regenerador Liberal de João Franco que, se tornaria uma ditadura.
Este acontecimento foi um ponto fundamental para a mudança de regime político em Portugal.
Neste dia morria o Rei de Portugal, D. Carlos I e o seu filho mais velho, o herdeiro Príncipe Real D. Filipe de Bragança.
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