segunda-feira, 2 de março de 2020

Assassina Charlotte Corday

Neste oitavo post desta "série" de mulheres assassinas temos Charlotte Corday.

Charlotte Corday
Fonte: Wikipédia
Marie-Anne Charlotte Corday d'Armont nasceu em Saint-Saturmin-des-Ligneries, na França, a 27 de julho de 1768.

Era descendente de uma família da aristocracia da Normandia. Foi educada num Convento Católico-Romano em Caen, ela mesma se considerava uma devota dos ideais católicos-iluministas da sua época. Foi uma grande opositora à Revolução Francesa.

Quando a noticia da morte do rei se espalhou, em plena Revolução Francesa, Charlotte ficou horrorizada. Mais ainda porque uma guilhotina tinha sido instalada na praça Saint-Sauveur, em Caen.

Então Charlotte pediu uma autorização para ir para Paris. A 8 de julho de 1793, sabendo dos riscos que corria, escreveu uma carta de despedida ao seu pai.

Após duas tentativas frustradas, na véspera do 4.º aniversário da Tomada da Bastilha, mais precisamente sábado à noite, 13 de julho, Charlotte bate à porta do nº 30 da Rue des Cordellers, residência de Jean-Paul Marat, Deputado da Convenção.
Jean-Paul Marat
Fonte: London Remembers
Como Jean-Paul sofria de uma doença de pele cujos ardores somente se aliviavam com prolongados banhos de imersão, razão pela qual não recebia visitas com muita frequência. Charlotte tinha em mãos o que dizia ser uma lista de nomes que discordavam da Revolução, provavelmente com os nomes de amigos e familiares. Pegou numa faca, cravou-a no coração de Marat, que antes de morrer implorou: "Aidez, ma chère amie!" (PT: "Ajude-me, cara amiga!").

Jean-Paul Marat entre várias profissões foi físico, médico, jornalista, entre outras. Ficou conhecido como o "Amigo do Povo", devido ao seu jornal, e por levar os inimigos da Revolução Francesa à guilhotina, e não ter piedade, gostando de dizer que estes inimigos deveriam ter o seu sangue escorrendo sobre as ruas francesas Jean-Paul era um radical e tinha muita influência sobre o povo.

O assassinato de Jean-Paul foi totalmente planeado por Charlotte, que conseguiu a morada de Jean-Paul, instalou-se na quinta-feira no hotel da Providência, compra uma faca que estava exposta na vitrina de uma loja. Vai até à casa de Jean-Paul, mas é impedida de entrar pela sua companheira, mas depois chama a atenção de Jean-Paul e consegue entrar em sua casa, com o pretexto de ter em suas mãos, os nomes de traidores da França.
Pintura de Charlotte Corday depois de assassinar Jean-Paul Marat
Pintura de Paul Jacques Aimé Baudry
Fonte: Wikipédia
Estavam na casa-de-banho, onde Jean-Paul passava boa parte dos seus ias na banheira, ela dá-lhe os nomes dos supostos traidores e ele após apontar os nomes diz que eles seriam executados, iriam para a guilhotina de imediato.

Então Charlotte crava-lhe a faca no peito perfurando a carótida e parte do pulmão. Jean-Paul grita em agonia. As mulheres da casa começam a gritar. Os vizinhos ouviram e viram Charlotte a tentar fugir, uma multidão forma-se para irem atrás de Charlotte.

Mas Charlotte é apanhada e levada para a prisão da Abadia, onde esperou pelo seu julgamento, quatro dias depois do crime.

Depois do funeral de Jean-Paul Marat, o processo de Charlotte tem início. Depois de passar pelo primeiro interrogatório, ela é levada para a prisão.

No seu julgamento disse: "Matei um homem! Para salvar cem mil, uma maneira de salvaguardar inocentes, matei um animal feroz para dar paz ao meu país. Aliás, era um açambarcador de prata".

Charlotte não nega o crime. Em nenhum momento admite o envolvimento de outra pessoa no crime. Demonstra confiança e não se arrepende, pois acreditava que matando Jean-Paul libertava a França de um animal sedento de sangue.

Charlotte foi executada a 17 de julho de 1793 na Praça da Revolução. Os seus bens foram confiscados.

Charlotte entrou para a história ao assassinar, duma forma premeditada, um dos mais importantes defensores da Revolução Francesa.

Fonte: Wikipédia

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

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