terça-feira, 20 de junho de 2017

Evolução do Alzheimer vista por William Utermohlen

Auto-retratos de William Utermohlen com o avanço do Alzheimer

William nasceu em 1933 no sul de Filadélfia, numa família de imigrantes alemães.

Integrou a Academia de Belas Artes da Pensilvânia de 1951 a 1957.

Viveu a maior parte da sua carreira artística em Londres, com a sua mulher, Patrícia.

Ao ser diagnosticado com Alzheimer, em 1995, o seu estilo mudou dramaticamente. Passou a fazer uma série de trabalhos onde reflete uma variedade de estados de espírito, incluindo tristeza, raiva e resignação.

Com o diagnóstico, os médicos passaram a testar a sua memória. Perguntaram-lhe se ele sabia o dia, o mês, o ano e o lugar em que estava. Questionaram se ele ainda poderia memorizar uma lista de palavras, completar uma subtração simples, nomear objetos comuns, ou realizar a cópia de formas geométricas simples. A humilhação de não conseguir responder a estas simples questões afetaram a sua auto-estima.

Na imagem:

  • 1996: Este auto-retrato fixa uma imagem de si mesmo. William compartilha a experiência de viver com a doença de Alzheimer testemunhando, através do seu trabalho, a sua verdade - ele espreita o exterior atrás das grades da prisão. 
  • 1997: Dois anos após o diagnóstico, os auto-retratos são distintamente diferentes. As formas são turvas. Motivação, atenção, memória e reconhecimento visual estão agora desorganizados e tornam as tarefas desajeitadas. Nota-se o sentimento de tristeza, ansiedade, resignação e impotência.
  • 1998: Mostra a mudança na arquitetura da sua psique. A sua cabeça está totalmente enquadrada pelo retângulo do seu cavalete. As linhas vermelhas e amarelas estreitam a constrição da sua cabeça e servem para desligar este último retrato de si mesmo.
  • 1999 e 2000: Cinco anos após o diagnóstico, o artista pinta os últimos auto-retratos. Neles surge a tentativa de estruturação de uma cabeça desmontada. O artista tenta evocar uma imagem primordial de si mesmo, mas o que emerge é algo estranho e ameaçador.

Nota - Alzheimer:
  • É a forma mais comum de demência.
  • Não existe cura, e a doença agrava-se progressivamente até à morte.
  • Foi descrita pela primeira vez em 1906 pelo psiquiatra e neuro-patologista alemão Alois Alzheimer, de quem recebeu o nome.
  • Geralmente atinge a faixa etária de idade superior a 65 anos, mas pode ocorrer mais cedo.
MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

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