quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Lida Baarová - Amante de Joseph Goebbels

Atriz Lida Baarová, Amante de Joseph Goebbels
Fonte: Pinterest

Lida Baarová nasceu a 7 de setembro de 1914, em Praga, no então Reino da Boémia.

Estudou teatro no Conservatória da cidade de Praga e recebeu o seu primeiro papel no cinema na Checoslováquia no filme "Kariera Pavia Čamrdy", tinha 17 anos.

Em Berlim, fez uma aparição bem-sucedida no filme "Barcarole" (1935), juntamente com o ator alemão Gustav Fröhlich. Estes tornaram-se amantes.
Filme "Barcarole", de 1935
Fonte: www.virtual-history.com

Lida recebeu várias ofertas de trabalho dos estúdios de Hollywood, mas esta rejeitou-os devido à pressão das autoridades nazis, mas depois arrependeu-se, algo que afirmou ao seu biógrafo Josef Škvorecký: "Eu poderia ter sido tão famosa quanto Marlene Dietrich".
Lida Baarvá e Gustav Fröhlich
Fonte: Aventuras na História - Uol

Após o seu noivado com o ator Fröhlich, o casal mudou-se para a ilha de Schwanenwerder, nos arredores de Berlim, onde a sua casa ficava perto da casa de Joseph Goebbels, um dos principais membros do governo nazi de Adolf Hitler.
Joseph Goebbels
Fonte: UOL Notícias

Lida, enquanto ainda trabalhava nos estúdios da Ufa, conheceu-o quando Goebbels visitou a sua casa de 1936.

Gradualmente, eles se aproximaram e, sob a insistência de Goebbels, começaram um relacionamento que durou mais de dois anos.

Este caso de amor causou sérias complicações no casamento de Goebbels com Magda. Quando o ministro começou a aparecer em público com a sua amante, Magda, por sua vez, iniciou um caso com o secretário de Estado de Goebbels, Karl Hanke, e acabou por pedir a Hitler permissão para se divorciar.

Hitler interveio a 16 de agosto de 1938 e repreendeu o seu ministro, afirmando que, tendo em visto o seu "casamento perfeito", bem como a anexação futura de Sudetenland, o seu caso com uma atriz checa era impossível.

O chefe da polícia de Berlim, Wolf-Heinrich von Helldorff, disse a Lida que esta tinha que deixar o seu relacionamento com Goebbels imediatamente.

O seu filme, recentemente concluindo, "A Prussian Love Story", que descrevia o caso de amor entre Wilhelm I e a princesa polaca Elisa Radziwill, e era uma referência para Goebbels e Lida foi proibido, e não foi exibido nos cinemas até 1950

Lida tentou entrar em contacto com amigos em Hollywood, com esperança de se mudar para lá, mas Hitler a proibiu de deixar o país. Era seguida pela Gestapo por onde quer que fosse, foi proibida de fazer aparições públicas e pressionada pelas suas amigas a fugir para Praga. Lá, ela foi temporariamente autorizada a se apresentar durante a ocupação alemã e, em 1942, mudou-se para a Itália, onde atuou em filmes como "Grazia" (1943), "La Fornarina" (1944), "Vivere Ancora" (1945) entre outros.

Depois das tropas alemãs ocuparem a Itália, Lida teve que voltar a Praga. Em abril de 1945, no entanto, Lida deixou Praga e voltou para a Alemanha. No caminho, foi presa pela polícia militar americana, em Munique e depois foi extraditada para a Checoslováquia.

Depois da guerra casou-se novamente, mas divorciou-se pouco tempo depois. Decidiu recomeçar a sua vida na Áustria, onde não foi bem recebida.

Então, mudou-se para a Argentina. Na América do Sul viveu em condições miseráveis, até que voltou a Itália. Lá conseguiu voltar atuar.  Ficou casada durante três anos, até à morte do marido, Kurt Lundwall.

Lançou a sua biografia em 1995 "Bittersweet Memories de Lída Baarová".

Lida nunca mostrou amargura ou arrependimento por ter amado Goebbels: "um homem charmoso e inteligente e um contador de histórias muito bom. Poderia garantir que ele continuaria a divertir uma festa com os seus pequenos elogios e piadas".

Viveu na Áustria até à sua morte a 27 de outubro de 2000, em Salzburgo, com Parkinson.

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

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