sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

1º de Dezembro - Restauração da Independência


Coroação de D. João IV, Rei de Portugal e dos Algarves
Ontem dia 1 de dezembro foi celebrado em Portugal a Restauração da Independência.

Antes de acontecer a imagem retratada na pintura acima, Portugal esteve sob influência dos reis de Espanha.

O Post de hoje será sobre essa celebração, as causas e consequências deste dia.

A morte do Rei D. Sebastião, em Alcácer-Quibir, sem deixar descendência e outros fatores de várias naturezas levaram à perda da Independência de Portugal.

Sem um sucessor direto de D. Sebastião, a Coroa Portuguesa passou para D. Filipe II de Espanha.

Este, na sua tomada de posse, nas cortes de Leiria, em 1580, prometeu zelar pelos interesses do país, respeitando as leis, usos e costumes nacionais.

Ao longo do seu reinado, estas promessas foram sendo esquecidas, os cidadãos nacionais foram perdendo privilégios e passaram a uma situação de inferioridade em relação a Espanha.

Esta situação leva à criação de um movimento conspirador para a recuperação da independência, onde estavam presentes elementos do Clero e da Nobreza.

Então a 1 de dezembro de 1640 - durante o reinado de D. Filipe III de Portugal (IV de Espanha), um grupo de 40 fidalgos introduz-se no Palácio da Ribeira, onde residia a Duquesa da Mântua, representante da Coroa Espanhola, matam o seu secretário Miguel de Vasconcelos e vêm à janela proclamar D. João, Duque de Bragança, Rei de Portugal.

Terminava, assim, 60 anos de domínio espanhol sobre Portugal. A revolução de Lisboa foi bem recebida por todo o país. Restava, agora, defender as fronteiras de Portugal de uma possível retaliação espanhola.

Proclamar a separação foi relativamente fácil, mais difícil foi conseguir que durasse. Os portugueses estavam longe de ser unidos. Se as classes inferiores conseguiram conservar a fé nacionalista e aderiram a D. João IV sem dúvidas, já a Nobreza, muitas vezes com laços familiares com Espanha, hesitou e só parte dela apoiou firmemente o Duque de Bragança, o mesmo aconteceu com o Clero.

O reinado de D. João IV (1640-1656) foi orientado por prioridades. Primeiro lugar a reorganização do aparelho militar, com reparação de fortalezas das linhas defensivas fronteiriças, fortalecimento das guarnições e obtenção de material e reforços no estrangeiro.

Paralelamente, uma intensa atividade diplomática junto das cortes da Europa, no sentido de obter apoio militar e financeiro, negociar tratados de paz ou de tréguas, e conseguir o reconhecimento da Restauração e a reconquista do Império Ultramarino.

Portugal não tinha um exército moderno, as suas forças eram escassas, os seus melhores generais lutavam pela Espanha algures na Europa. Do lado português, tudo isto explica o porquê da guerra se ter limitado em geral a operações fronteiriças de pouca envergadura.

A guerra, que se prolongou por 28 anos, teve os seus altos e baixos para os dois países até ser assinado o Tratado de Lisboa, a 13 de fevereiro de 1668, entre Afonso VI de Portugal e Carlos II de Espanha, em que este último reconhece a independência de Portugal.


MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

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