segunda-feira, 18 de novembro de 2019

O Assassinato de Rasputin


Pode saber mais sobre Grigori Rasputin aquihttps://imagenschistoria.blogspot.com/2019/11/rasputin-quem-foi.html

Corpo de Rasputin depois de recuperado do rio
Grigori Rasputin foi um místico russo, e autoproclamado homem santo que se aproximou da família do Czar Nicolau II e se tornou uma figura politicamente influente no final do período Czarista.
Grigori Rasputin
Segundo o historiador Pavel Milyikov, em maio de 1914, Rasputin tinha-se tornado um fator influente na política russa.

A 27 de junho de 1914, Rasputin chegou a Pokrovskoye. A 12 de julho de 1914, Rasputin saiu de casa, em resposta a um telegrama que tinha recebido. Voltando à sua casa, de repente, foi atacado por Khionia Guseva.
Khionia Guseva
Esta mulher, tinha o rosto escondido com um lenço preto, aproximou-se dele e tirou um punhal, esfaqueando-o no estômago.

Rasputin sobreviveu e correu pela rua com as suas mãos sobre a barriga. Khionia alegou que Rasputin a tentou atacar. Rasputin coberto de sangue, foi levado para sua casa e pouco antes da meia-noite chegou um médico da aldeia vizinha que o operou à luz das velas.

Rasputin foi transportado por barco a vapor, acompanhado pela sua mulher e filha. O Czar enviou o seu próprio médico e depois de uma laparotomia e mais de seis semanas no hospital, Rasputin recuperou.

A 17 de agosto de 1914, deixou o hospital, e no início de setembro estava de volta a Petrogrado. A sua filha, registou que Rasputin acreditava que Iliodor e Vladimir Dzhunkovsky tinham organizado o ataque, além de ter apresentado uma personalidade diferente e ter começado a beber.
Vladimir Dzhunkovsky
Após o ataque, Iliodor, vestido de mulher, fugiu com a ajuda de Maxim Gorki até Oslo, na Noruega.

Khionia, uma mulher fanática religiosa, "negou a participação de Iliodor, declarando que ela tentou matar Rasputin porque ele estava a espalhar a tentação entre os inocentes".

A 12 de outubro de 1914, o investigador declarou que Iliodor era culpado de incitar o assassinato, mas o procurador local decidiu suspender qualquer ação contra ele por motivos não divulgados. 

Khionia foi presa num hospício em Tomsk e o seu julgamento foi evitado.

A maioria dos inimigos de Rasputin até aí tinha desaparecido. Stolypin foi morto, Kokovtsov tinha caído do poder, Theofan foi exilado, Hermogen foi banido e Iliodor fugiu, vivendo na clandestinidade.

Em 1914, a entrada da Rússia na Primeira Guerra Mundial agravou seriamente os problemas políticos e económicos do país. As crises de abastecimento eram constantes e a morte de milhares de soldados alimentava a insatisfação popular. Politicamente desacreditado, o governo russo era alvo de sérias críticas que, usualmente, relacionavam o caos da nação com a influência de um "mago de aparência suja e sem qualquer formação intelectual mais significativa".

Em pouco tempo, alguns príncipes russos passaram a se incomodar com a ideia de que um bruxo horrendo tivesse poder para interferir em importantes decisões. Foi então que um grupo de conspiradores se organizou para matar Rasputin. A intenção primordial seria recuperar a imagem do governo Czarista e acabar com aquela estranha influência pelos palácios governamentais.

A 29 de dezembro de 1916, Rasputin foi convidado para passar uma noite no Palácio Yussupov, uma das mais luxuosas e requintas construções de São Petersburgo. Convidado pelo príncipe Félix Yussupov, Rasputin pretendia conhecer o resto da família e procurava algum tipo de diversão mais tarde. O convite era, na verdade, uma trama do nobre e mais quatro cúmplices que executariam o assassinato de Rasputin.
Príncipe Félix Yussupov
Deixando a casa em clima festivo, o príncipe preparou uma bandeja de doces envenenados com cianeto e uma garrafa de vinho também contaminada. Após uma nervosa insistência, Rasputin resolveu comer os doces e beber o vinho oferecido. Observando atentamente as reações de Rasputin, Félix ficou aterrorizado ao ver que as doses de cianeto não fizeram efeito algum.

Abalado com o acontecimento, Félix foi até a outro andar do palácio e pediu a arma a um dos seus cúmplices. Convidando Rasputin a orar mediante um belo crucifixo presenta na sala em que se instalaram, Félix aproveitou o momento para disparar um tiro contra o peito de Rasputin. Com o barulho do disparo, os seus cúmplices do assassinato saíram em direção ao lugar do crime.

Enquanto se organizavam para transportar o corpo até um rio, Félix balançou violentamente o corpo para que tivesse a certeza que Rasputin tinha morrido. Nesse momento, Rasputin abriu os seus olhos e começou a estrangular o seu assassino de modo frenético. A cena bizarra só veio a ser contida quando o Grão-Duque Demétrio, militar envolvido na trama, disparou um tiro contra o peito e a cabeça de Rasputin.
Grão-Duque Demétrio
Depois desta situação, enrolaram o corpo de Rasputin num cobertor e o amarraram com cordas. Usaram um carro para o transporte, até a uma ponte no rio Neva, onde encontraram uma fenda no gelo que cobria aquelas águas e foi aí que se livraram do corpo. Entretanto, esqueceram-se de amarrar os pesos que deixassem o cadáver mais pesado e, assim, o deixasse no fundo do rio.

O corpo de Rasputin foi encontrado dois dias depois. Apesar das terríveis mutilações e queimaduras provocadas pelo gelo, as mãos de Rasputin estavam projetadas, como se ele tivesse tentado se soltar das cordas.

Na autópsia descobriu-se que os pulmões de Rasputin estavam cheios de água, o que provava que as balas e o veneno não foram capazes de terminar com a sua vida.

A notícia da morte de Rasputin chegou até à Czarina Alexandra como uma terrível sentença. Afinal de contas, o próprio Rasputin tinha profetizado que a Família Imperial morreria se ele fosse morto por membros da elite russa.

Para evitar outro escândalo, o Czar Nicolau II impôs o fim das investigações e determinou que a causa da morte foi acidental.

Dois anos depois, toda a Família Imperial foi morta pela ação dos revolucionários russos.


Fonte: Alunos Online

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

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