quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Rasputin - Quem foi...

Grigori Rasputin
Grigori Yefimovich Rasputin nasceu a 21 de janeiro de 1869, numa família simples de camponeses na vila de Pokrovskpye, na Sibéria, no então Império Russo.

Ainda na sua infância começou a chamar a atenção dos moradores da sua vila, onde alguns acreditavam que o menino era meio esquisito, enquanto outros diziam que ele tinha poderes sobrenaturais. Apesar de começar a pregar a palavra de Deus desde os 11 anos, o jovem ficou conhecido pela sua queda por sexo e álcool.

Na adolescência, Rasputin foi para o mosteiro de Verkhoture, nos Montes Urais, com o objetivo de se tornar um monge. Aqui conheceu a seita Khlysty, que pregava a prática dos piores pecados para salvar a alma. 

Para os seguidores da seita Khlysty, só quem pecou ao máximo conseguiria a redenção máxima. Mas a filha de Rasputin, Maria sempre defendeu que o seu pai rejeitou a seita, pela sua repulsa à ideia de autoflagelação praticada por eles. No entanto, ele defendia algo parecido, que ceder à tentação era uma forma de humilhação diante de Deus e, portanto, o caminho para a salvação.

Quando voltou à sua vila, Rasputin casou-se aos 19 anos com Praskovia Fyodorovna, com quem teve três filhos, duas raparigas e um rapaz. Mas as suas aspirações não cabiam numa aldeia tão remota.

Rasputin então decidiu peregrinar pela Grécia e por Jerusalém, desenvolvendo as suas próprias doutrinas. Em 1903, quando voltou à Rússia e se instalar em São Petersburgo, já era considerado um staretz, que significa homem santo, adivinho e curandeiro. Graças às suas boas relações com a Igreja, conseguiu aproximar-se da elite do Império.

Naquela altura, a Rússia passava por um período de extrema instabilidade. Com a morte do grande estadista Czar Alexandre III, o poder ficou na mãos do jovem Nicolau II, que claramente não tinha visão para governar o complexo Império. Isolado do resto da Corte, Nicolau e a mulher, Alexandra empenharam-se em produzir um herdeiro.

Só o quinto filho do casal é que foi um rapaz, Alexei nascido em 1904. A sua doença, hemofilia, mobilizava médicos, místicos e religiosos de dentro e fora da Rússia. Percebendo a oportunidade, Rasputin moderou a sua vida de libertino e esperou um convite para ir ao Palácio Real.
Alexei Romanov
Em 1905, sob recomendação de uma amiga de Alexandra, Rasputin foi chamado para uma audiência com a Czarina durante uma das crises de Alexei, não se sabem exatamente como, mas ele fez parar o sangramento.

Perante este acontecimento, a Czarina Alexandra passou a confiar em Rasputin de olhos fechados, denominando-o de “mensageiro de Deus”. Com esta proteção, Rasputin passa a influenciar a Corte e principalmente a Família Imperial Russa, colocando homens como ele no topo da hierarquia da poderosa Igreja Ortodoxa Russa.

Na Corte, Rasputin tinha uma figura que divida opiniões, era visto por alguns russos como um místico, visionário e profeta, mas por outros era visto como um impostor.

Apesar do seu comportamento indecente e incontrolável, o monge assumiu o papel de conselheiro pessoal da Czarina, e a pobre mulher o defendia na Corte na crença de que Rasputin era a única pessoa de salvar a vida do seu filho. Pela grande defesa da Czarina não tardou a que surgissem boatos que diziam que Rasputin frequentava a cama da Czarina e praticava jogos sexuais com as suas filhas.

O próprio Rasputin alimentava a fama, proclamando as suas supostas conquistas durante banquetes regados a vodka. Não demorou para que a polícia secreta russa fizesse chegar aos ouvidos de Nicolau II informações sobre os comportamentos indecentes de Rasputin.

Rasputin foi advertido, mas ele negou os factos, atribuindo-os à inveja da sociedade. Não adiantou. Nem mesmo um pedido pessoal de Alexandra ao marido evitou que Rasputin fosse enviado de volta para Pokrovskoye.

Durante a temporada de caça de 1912, os Romanov foram passar férias em Spala, na Polónia, onde Alexei teve outra crise aguda da doença. Depois dos médicos dizerem que não conseguiam salvar o menino, Nicolau II chegou a encomendar o funeral. Alexandra em desespero, enviou um telegrama para Rasputin, que prontamente responder: "Não se preocupe. O pequeno não morrerá. Não deixe que os médicos o aborreçam". Dias depois, Alexei estava recuperado. Então Rasputin ganhou novamente o seu lugar na Corte.

A sua espiritualidade seria devido ao facto de que Rasputin seria a reencarnação de um poderoso mago que fazia magia negra. Isso explicaria o seu alto poder hipnótico e a capacidade de manipular a hemofilia de Alexei, doença que ameaçava a vida do menino. Rasputin usou por diversas vezes o seu “poder hipnótico” durante a sua vida, conforme relata o historiador Joseph Furhmann.

O ponto alto do seu poder aconteceu em 1915, quando o Czar deixou a capital para liderar as tropas que estavam a lutar na Primeira Guerra Mundial, provocando um aumento no poder da Czarina Alexandra e de Rasputin.

No entanto, conforme a derrota da Rússia na guerra se aproximava, a popularidade de Alexandra e Rasputin diminuía, até que no dia 30 de dezembro de 1916 Rasputin foi assassinado por um grupo de nobres conservadores que se opunham à sua influência sobre Alexandra e o Czar.

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

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