domingo, 30 de maio de 2021

Clémentine Delait - A Mulher Barbuda

Clémentine Delait, conhecida como "Mulher Barbuda"
Fonte: Wikipédia

Clémentine Clattaux Delait nasceu a 5 de março de 1865, em Chaumousey, na França.

Em 1885, casou-se com um padeiro local e, juntos, abriram uma padaria em Thaon-Les-Vosges. 

No início dos anos 1900, Clémentine e o marido participaram numa festa de Carnaval que aconteceu na cidade de Nancy. Na altura, Clémentine ficou impressionada com a apresentação de uma mulher barbuda.

Ao voltar à rotina de trabalho, contou a sua experiência a alguns clientes. A partir de então, um deles a desafiou a deixar a barba crescer. Apesar de nunca ter sido adepta da moda dos pelos faciais, Clémentine aceitou a proposta. Clémentine tinha problemas hormonais que faziam com que ela tivesse que se barbear com alguma regularidade.

Com esta sua nova imagem, "o sucesso foi imediato... todos eram loucos por mim", disse Clémentine no seu caderno de recordações.

Devido à sua fama repentina, renomeou o seu estabelecimento para "Café de la Femme Barbe" (PT: "Café da Mulher Barbuda"). Começaram a vender também lembranças da mulher, como cartóes postais assinados e fotografias.

Pessoas e meios de comunicação de toda a Europa visitavam regularmente o seu café. Clémentine recebia muitos convites para se apresentar em exposições ou festivais noutros países. Apesar de se sentir lisonjeada pelo reconhecimento, negava sempre os convites devido à saúde do seu marido ser muito debilitada.

Durante a Primeira Guerra Mundial trabalhou como enfermeira voluntária. Também marcava presença e sessões de ciclismo ao ar livre e era uma declarada fã de cães.

Clémentine nunca pôde ter filhos, devido à condição que lhe permitia ter uma longa barba. Após 30 anos de casamento, Clémentine e o seu marido decidiram adotar uma menina de cinco anos que perdeu os seus pais devido à gripe espanhola.

Depois da morte do seu marido, em 1928, Clémentine aceitou convites para viajar ao estrangeiro. Passa os seus últimos anos de vida desfrutando de muita tranquilidade e lazes.

Faleceu em 1939, aos 74 anos de idade. Na sua lápide está escrito: "Aqui está Clémentine Delait, a Dama Barbuda".



Fonte: Aventuras na História


MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

sexta-feira, 28 de maio de 2021

Cerveja Taedonggang - Coreia do Norte

Cerveja Taedonggang, norte-coreana
Fonte: Wikipédia

A Taedonggang é uma empresa do estado norte-coreano, sediada em Pyongyang.

É responsável pela produção de quatro marcas de cerveja norte-coreanas, entre elas a cerveja conhecida popularmente fora da Coreia do Norte como "Taedonggang Beer".

Foi em 2000 que o governo norte-coreano decidiu adquirir uma cervejaria.

Tendo naquele breve período relações positivas com o ocidente, através de contactos na Alemanha, o governo da Coreia do Norte conseguiu adquirir a totalidade da então intacta e ainda instalada fábrica de cerveja Ushers of Trowbridge, em Wittshire, na Inglaterra pelo valor de 1,5 milhões de libras.

A Taedonggang Beer foi batizada em homenaem ao Rio Taedong, que corta o centro de Pyongyang.

A 3 de julho de 2009, um anúncio da cerveja foi transmitido pela televisão estatal Korean Central Television, algo raro, visto que poucos anúncios são passados na televisão norte-coreana. O anúncio foi passado em três alturas.

A cerveja Taedonggang tem como público alvo os consumidores domésticos, entretanto em 2005 passou a ser também exportada em quantidades limitadas para a Coreia do Sul.

Em meados de 2007 a cerveja deixou de ser importada após o aumento de 70% no custo da mesma.

Na Coreia do Norte é vista como a melhor e a mais vendida marca de cerveja do país, de acordo com estrangeiros a morar no país e pode ser facilmente encontrada em bares e restaurantes. Também se pode encontrar em hotéis para estrangeiros em Pyongyang, onde os preços para uma garrafa pequena em 2008 eram de aproximadamente 75 centavos de dólar.

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

quarta-feira, 26 de maio de 2021

Sapatos de Imelda Marcos, Mulher do Destituído Presidente Filipino Ferdinand Marcos

Sapatos de Imelda Marcos
Fonte: Fatos Desconhecidos

Na imagem pode-se ver a coleção de sapatos da mulher do destituído presidente filipino Ferdinand Marcos, Imelda Marcos, no Palácio Malacañang, em Manila, em 1988. A coleção de cerca de 3 mil pares de sapatos.

Imelda Marcos
Fonte: Acervo O Globo

Imelda, nascida em 1929, ficou conhecida como a "Borboleta de Ferro", exerceu várias funções ativas no governo do seu marido e era uma porta-voz frequente das suas políticas.

Imelda e a sua família ganharam destaque por viveram um estilo de vida luxuoso durante um período de crise económica e agitação civil no país.

Passou grande parte do tempo no exterior em visitas de Estado, festas extravagantes e compras, e gastou muito dinheiro do Estado nas suas coleções pessoais de jóias e calçado.

A sua enorme coleção de sapatos de luxo deu-lhe o apelido de "Maria Antonieta, com sapatos".

O seu guarda roupa também era repleto de vestidos caríssimos, sem falar do seu acervo com 175 obras de arte de valor inestimável.

Imelda e o marido, ficaram famosos também por entrar para o Guinness World Record pelo Maior Roubo de um Governo.

A Revolução do Poder Popular, em fevereiro de 1986, derrubou o seu marido e forçou a família ao exílio.

Em 1991, a Presidente Corazón Aquino permitiu o regresso da família às Filipinas após a morte de Ferdinando Marcos, em 1989.



Fonte: Fatos Desconhecidos | Wikipédia | Aventuras na História


MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

segunda-feira, 24 de maio de 2021

Salvador Dali e a realização da "Dali Atomicus"

 

Salvador Dali a tirar fotos com efeitos
Fonte: Fatos Desconhecidos

Salvador Dali (1904-1989) foi um importante pintor espanhol, conhecido pelo seu trabalho surrealista.

Em 1948 não existia photoshop ou qualquer programa de manipulação de imagens, mas Salvador Dali tinha um desejo, queria uma fotografia com vários objetos a flutuar ao mesmo tempo.

Foram utilizados três gatos, vários litros de água, dois cavaletes e uma cadeira, além do pintor surrealista a segurar num pincel.

Foram necessárias mais de cinco horas de trabalhos e várias tentativas falhadas, até que conseguiram a imagem perfeita.

A imagem foi chamada de "Dalí Atomicus", e foi tão impressionante para a época que muitos acreditaram que era maus uma pintura surrealista.

Esta fotografia é considerada uma das 100 fotos mais influentes de todos os tempos pela revista Time.



Fonte: Fatos Desconhecidos


MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

sábado, 22 de maio de 2021

Sala de Aula Mantida pelo Movimento The Black Panther

 

Sala de aula mantida pelo movimento The Black Panther, 1968 - EUA

O Partido Black Panther (PT: "Partidos dos Panteras Negras") foi uma organização urbana socialista revolucionária fundada por Bobby Seale e Huey Newton, em outubro de 1966.

Atuou nos EUA de 1966 a 1982, com filiais internacionais que operaram no Reino Unido no início da década de 1970 e na Argélia de 1969 a 1972.

Na sua criação, a prática principal foi a patrulha de cidadãos armados para monitorar o comportamento dos oficiais do Departamento da Polícia de Oakland e desafiar a brutalidade policial, em Oakland.

Instituiu uma variedade de programas sociais comunitários, mais amplamente os Programas de Pequeno-Almoço grátis para crianças e clínicas de saúde da comunidade para abordar questões como a injustiça alimentar.



Fonte: Wikipédia


MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

quinta-feira, 20 de maio de 2021

Cigarros Norte-Coreanos 7.27

Cigarros 7.27, da Coreia do Norte
Fonte: Axel Thorer's

Os cigarros da marca 7.27 são cigarros de luxo na Coreia do Norte.

O líder norte-coreano Kim Jong-Un já foi fotografado a fumar cigarros desta marca.

A marca 7.27 significa a data de 27 de julho de 1953, o dia em que a Guerra da Coreia terminou com a assinatura de um armistício. Data comemorada como o "Dia da Vitória" na Coreia do Norte.

A data está intimamente associada à propaganda norte-coreana e regularmente associada ao prestígio e ao luxo.

Os cigarros 7.27 são produzidos em Naegohyang, na Coreia do Norte. 

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

terça-feira, 18 de maio de 2021

Enforcamento do Primeiro-Ministro da Hungria, em 1946

Primeiro-Ministro da Hungria, Ferenc Szálasi, momentos antes de ser enforcado, em 1946
Ferenc Szálasi, nascido a 6 de janeiro de 1897, em Kassa, foi um destacado político e militar húngaro, especialmente entre os âmbitos filo-nazis e de extrema direita.

Foi o líder nacional socialista do Partido da Cruz Flechada, o "Líder da Nação", sendo ao mesmo tempo Chefe de Estado e o Primeiro-Ministro do "governo de Unidade Nacional" do Reino da Hungria, durante os últimos três meses de participação da Hungria na Segunda Guerra Mundial.

Durante o seu breve governo, os seus homens assassinaram de 10 a 15 mil judeus.

Ferenc Szálasi fugiu, um dia antes da rendição da Alemanha, foi capturado pelas tropas americanas em Mattsee, a 6 de maio e voltou à Hungria a 3 de outubro.

Foi julgado pelo Tribunal do Povo, em Budapeste, em sessões abertas iniciadas em fevereiro de 1946 e foi condenado à morte por crimes de guerra e alta traição

Foi enforcado a 12 de março de 1946, em Budapeste, junto com dois dos seus ex-ministros, Gábor Vajna e Károly Beregfy, e o ideólogo do partido József Gera.

O enforcamento foi realizado com o método do poste austríaco. Um poste grande tinha uma corda presa e um gancho no topo. Ferenc Szálasi subiu os degraus, foi colocado de costas para o poste, as pernas e os braços amarrados, o laço colocado à volta do pescoço, a corda apertada e os degraus foram removidos.

Com o poste deixando apenas alguns centímetros entre o Ferenc Szálasi e o chão, é provável que ele tenha morrido lentamente, em vez de ficar instantaneamente inconsciente e morrendo logo depois, como aconteceria se fosse utilizada a queda padrão. Isto também explicaria porque os seus braços e pernas foram amarrados para impedir a luta durante o processo.

32 fotos do enforcamento foram doadas ao Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos. Outras fotografias da execução estão em exibição na Sala do Holocausto do Museu Judaico de Budapeste.

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

domingo, 16 de maio de 2021

Photoshop Soviético

Depois que Josef Stalin subiu ao poder do Partido Comunista da União Soviética e tornou-se o líder soviético, iniciou-se uma série de purgas que eliminaram os inimigos identificados.
Josef Stalin
Fonte: Blogue do Minho - Sapo
No início, estes afastamentos significavam a expulsão do Partido Comunista, mas, após a Grande Purga na década de 1930, os membros seriam detidos, encarcerados, enviados para gulags (campos de trabalhos forçados) ou ao exílio interno na Sibéria ou executados.

O governo soviético tentou apagar algumas figuras que afastava da história soviética, e tomou medidas que incluíam falsificação e alterações de imagens, destruindo filmes, e em casos mais extremos, matando famílias inteiras.

As técnicas de modificação são muito primitivas em comparação com as técnicas digitais que temos hoje em dia disponíveis, e exigem uma alta competência e técnicos altamente qualificados.

Em algumas destas fotografias, as modificações são muito evidentes e fáceis de identificar.

Uma das pessoas a ser "apagado" foi Isaac Zelenski defendia o Partido Bolchevique desde 1906. Mas nem mesmo a lealdade que tinha mostrado a Stalin o salvou. Era o ex-chefe do Partido no Uzbequistão e acabou fuzilado em 1938. Além disso, a sua imagem também foi excluída de todas as fotografias em que aparecia.
 
Isaac Zelenski
Primeira fotografia original e a segunda quando fizeram um "borrão" para o eliminar
Fonte: Russia Beyond
O famoso artista soviético Aleksandr Ródtchenko foi obrigado a excluir Zelenski de uma das suas fotos e teve que cobri-lo com um borrão preto.
Uma foto oficial
A primeira original e a segunda foi manipulada
Fonte: Russia Beyond
As fotos oficiais eram retocadas com mais cuidado. No retrato histórico anterior são mostrados jovens socialistas em 1897, décadas antes de alguns deles chegarem ao poder. Nele, é possível reconhecer o jovem Vladímir Lenin (centro), que manteve o seu lugar na imagem. Mas Aleksandr Máltchenko (de pé, à esquerda) não teve a mesma sorte, e em 1930, ele foi acusado de ser espião, executado e substituído por uma mancha branca.
 
Manifestação de 1917
Primeira imagem original a segunda imagem foi manipulada
Fonte: Russia Beyond

Por vezes, o retocar das imagens servia para alterar alguma coisa em vez de eliminá-lo. Por exemplo, na imagem anterior, de uma manifestação de 1917 não era considerada revolucionária o suficiente para os órgãos do poder - o letreiro da loja à esquerda diz: "Relógios. Ouro e prata", e  texto de uma das bandeiras estava ilegível. Então, decidiu-se substituir o escrito da placa por: "Você tomará o que é seu através da luta" e o da bandeira: "Abaixo a monarquia!".

Algumas figuras estavam condenadas a desaparecer de todos os lugares, uma dessas pessoas foi Lev Trotsky, que foi o braço direito de Lenin antes de se tornar um arqui-inimigo de Stalin.

Para a revolução de 1917, Lev Trotsky "caiu em desgraça" entre 1925 e 1929, o que significa que foi vencido numa disputa interna dentro do Partido Comunista, onde saiu vencedor o Stalinismo. Stalin, por isso, decide eliminá-lo da História, fazendo com que todos os registos fotográficos onde Trotsky aparecia ao lado de Lenin fossem alterados.
Discurso de Lenin em 1920
A primeira foto é manipulada e a segunda é a original
Fonte: Aventuras na História
Na imagem anterior, Lenin discursa em frente ao Teatro Bolshoi em 1920, durante a guerra civil russa. Numa das fotografias Trotsky aparece acima nos degraus daquele "palco", e na outra fotografia desapareceu.
Foto de grupo com muitos que mais tarde foram considerados inimigos do povo e consequentemente apagados ficando apenas a figura da direita
Fonte: Russia Beyond
Na fotografia anterior, trata-se de uma fotografia de grupo em 1920 que continha tantos dos chamados "inimigos do povo", como Grigóri Zinóviev, Nikolai Bukharin, Karl Rádek - todos fuzilados na década de 1930, que as autoridades só deixaram Lenin e o escritor proletário Maksi Górki.
Imagem alterada de Stalin
Fonte: Russia Beyond
As alterações nas fotografias não se limitaram apenas ao apagar de pessoas. Também usaram este photoshop primitivo para alterar fotos de Stalin. A imagem original de 1924 não esconde a pele marcada pela varíola, doença que sofreu em criança. Não é surpresa, então, que uma versão impressa desta fotografia, publicada em 1939, quando Stalin era um líder poderoso, tenha sido completamente retocada. Aqui a pele do líder soviético aparece lisa, e o seu cabelo e bigode sedosos - (Imagem anterior)
O desaparecimento progressivo de alguns companheiros de Stalin das fotografias
Fonte: Russia Beyond
Na foto seguinte aconteceu em 1926, Stalin aparece com os líderes do Partido, Nikolai Antípov, Serguei Kirov e Nikolai Chvérnik (da esquerda para a direita). No entanto, todos, exceto Stalin, foram gradualmente desaparecendo da foto.

O caso de Antípov foi paradigmático - preso em 1938 e fuzilado em 1941. Os outros dois, Kirov e Chvérnik, nem caíram em desgraça, mas não importava. Stalin aparece sozinho, após ordenar o fuzilamento dos demais.
Fotografia em que foi retirado Nikolai Iejov
Fonte: Russia Beyond
Outra imagem em que Stalin retirou uma pessoa da fotografia foi Nikolai Iejov (à direita na fotografia original), que era Comissário do Povo para Assuntos Internos, liderou a máquina repressora entre 1936 e 1938, quando os afastamentos atingiram o seu auge. Mas foi preso em 1939 e fuzilado, desaparecendo também de todas as fotos oficiais.

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

sexta-feira, 14 de maio de 2021

Beijo das Boas-Vindas - 1918

 

Beijo das Boas-Vindas - 1918
Fonte: Museu de Imagens

Um soldado austríaco ferido na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) volta a casa e é recebido com um beijo de boas-vindas.

A imagem ficou conhecida como "Welcome Home Kiss" (PT: "Beijo de Boas-Vindas") em 1918.



FonteMuseu de Imagens


MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

quarta-feira, 12 de maio de 2021

Bordel Le Chabanais

O quarto do Príncipe de Gales no 5º andar em 1900, com os seus painéis hindus
Fonte: Vanity Fair

O bordel Le Chabanais foi um dos bordéis mais conhecidos e luxuosos de Paris, na rua Chabanais, 12, de 1878 a 1946, quando os bordéis foram proibidos na França.

Foi fundado pela irlandesa Madame Kelly (nome real Alexandrine Jouannet), que conhecia vários membros do Jockey-Club de Paris - um tradicional clube de cavalheiros que é considerado um dos mais prestigiados clubes privados de Paris.

Entre estes cavalheiros estava Albert, Príncipe de Gales, que viria a tornar-se Eduardo VII do Reino Unido, o pintor Toulouse-Lautrec, o ator Cary Grant, o ator Humphrey Bogart, a atriz Mae West e outros convidados diplomáticos do governo francês.

Eduardo VII do Reino Unido
Fonte: Wikipédia

A Madame Kelly investiu nas instalações. Queria que toda a cidade de Paris cantasse: "12, rue Chabanais, lugar de todos os prazeres".

Le Chabanais foi inicialmente uma casa de estilo oriental, muito popular no final do séc. XIX.  Cada um dos 30 quartos do local foi decorado de acordo com um tema diferente. 

O custo total do estabelecimento foi relatado como um valor exorbitante de 1,7 milhões de francos.

Custava 100 francos o passe e 200 a noite inteira, era reservado para a elite.

Os clientes eram recebidos no piso térreo, numa gruta artificial em pedra. Na entrada da casa dizia: "Bem-vindo ao Chabanais, a casa de todas as nações".

Corredor e a escada com a placa colocada em 1920
Fonte: Vanity Fair

No primeiro andar, a sala Pompeia, adornada com enormes espelhos, com sofás romanos, as senhoras esperavam os clientes todas com roupas curtas. Assim que a transação era concluída, o cliente podia escolher o que queria.

Em 1920, este bordel era uma paragem obrigatória para os grandes homens do mundo, às vezes usavam motivos absrudos para viajarem, só para poderem visitar o bordel.

Durante a década de 1920, foi ultrapassado pelo bordel One Two Two, como o melhor bordel de luxo de Paris.

Durante a ocupação alemã da França, na Segunda Guerra Mundial, 20 bordéis de Paris, incluindo o Le Chabanais, foram reservados pela Wehrmacht (forças armadas da Alemanha nazi) para os oficiais alemães e franceses colaboradores.

Os bordéis cresciam e Hermann Göring (líder político e militar nazi) visitou este bordel.

Hermann Göring
Fonte: Britannica

Os bordéis legais franceses, conhecidos como "maisons closes" ou "maisons de tolérance", foram fechados por lei em 1946, após uma campanha de Marthe Richard, uma prostituta e espiã. A reação contra os bordéis foi em parte devido à sua colaboração com os nazis.

Marthe Richard
Fonte: Wikipédia

A 8 de maio de 1951, os objetos do bordel La Chabanais foram vendidos em leilão, sendo revelados publicamente os móveis, equipamentos, incluindo a chaise de volupté de Eduardo VII.

Chaise de volupté de Eduardo VII do Reino Unido
Fonte: O Globo



Fonte: Wikipédia | Vanity Fair


MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

segunda-feira, 10 de maio de 2021

Domador de Leões

Fonte: Bastidores da História

Domador de Leões Jack Bonoite ao lado de alguns dos seus leões, em 1870.



Fonte: Bastidores da História


MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

sábado, 8 de maio de 2021

Princesa Zahra - Símbolo de Perfeição e Beleza

Princesa Iraniana Zahra - considerada símbolo de perfeição e beleza

Esta princesa chamava-se Zahra Khanom Tadj es-Saltaneh que pertenceu à dinastia Qajair.

Qajair era a família real iraniana que liderou a nação entre 1785 e 1925.

Diz-se que terá tido mais de 145 pretendentes e que 13 deles cometeram o suícidio após terem sido rejeitados pela princesa, no entanto, não há registos que confirmem esta teoria.

Zahra foi considerada muito à frente do seu tempo, foi considerada uma feminista e que lutou pelos direitos das mulheres iranianas. 

Casou-se com Amir Hussein Khan Shoja'al Saltaneh com quem teve quatro filhos. As suas filhas eram consideradas as mulheres mais belas que tinham herdado as características da mãe.

Divorciou-se, algo muito fora dos padrões da época, além de ser a musa inspiradora do poeta Aref Qazvini, Aref escreveu o "Ey Taj", um famoso poema dedicado a Zahra.

Zahra foi pintora, escritora e uma das primeiras mulheres do país a usar roupas ocidentais. Criou a Women's Freedom Society.

Segundo registos históricos, Zahra morreu em 1936, mas desconhecem-se as causas da sua morte. Supostamente o seu corpo encontra-se no cemitério Zahir od-Dowleh em Tajrish.

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

quinta-feira, 6 de maio de 2021

O Caso das Máscaras de Chumbo

Máscaras de chumbo e o bilhete, encontrados juntos aos corpos
Fonte: Fuga da Caverna

A 20 de agosto de 1966, Jorge da Costa, de 18 anos, estava a andar pelo Morro do Vintém, em Niterói, no Rio de Janeiro, quando viu algo incomum. O rapaz andava na zona à procura do lugar perfeito para lançar o seu papagaio, mas acabou por encontrar dois corpos deitados no chão.

Os corpos estavam vestidos com sobretudos e tinham umas curiosas máscaras de chumbo, que eram antigamente utilizadas para o tratamento de materiais radioativos.

Os corpos eram de Manoel Pereira da Cruz e de Miguel José Viana, moradores do Campos dos Goytacazes.
Vítimas do Caso Máscaras de Chumbo
Fonte: Wikipédia

Ao lado dos corpos estavam duas toalhas secas e uma garrafa de água vazia. No bolso de um dos homens, estava a pista mais insólita de todas, um bilhete escrito à mão, dizia: 
"16:30 Hs está local determinado.
18:30 Hs ingerir cápsula após o efeito,
proteger metais aguardar sinal máscara".

Apesar do bilhete falar de uma cápsula desconhecida, a polícia não realizou qualquer exame toxicológico nos corpos. Então, nunca se soube se Manoel e Miguel realmente ingeriram alguma substância estranha.

Os corpos não apresentavam sinais de violência ou de uso de armas, a polícia então descartou a teoria de homicídio. Devido ao vestuário e das máscaras de chumbo, os corpos foram examinados para procurar qualquer material radioativo, que não foi detetado.

Foram criadas diversas teorias em volta deste mistério. Muitas pessoas acreditavam que as mortes teriam sido causadas por seres extraterrestres.

A teoria mais aceite veio de um amigo de um dos falecidos. Segundo a testemunha, Manoel e Miguel eram membros de uma seita religiosa científico-espiritualista, que envolvia experimentar drogas psicotrópicas. Assim, os dois teriam morrido após uma intensa e infeliz viagem psicodélica.

Para solucionar o caso, os investigadores decidiram reconstruir os últimos dias das vítimas. Descobriu-se, então, que os dois teriam saído das suas casas no dia 17 de agosto. As suas mulheres, disseram que eles tinham viajado para São Paulo para comprarem material de trabalho.

De autocarro, chegaram a Niterói às 14h30. Foram até uma loja, onde compraram capas impermeáveis, e foram até a um bar, onde compraram a garrafa de água.

No bar, Miguel parecia nervoso e olhava para o relógio constantemente. Em seguida, seguiram para o Morro do Vintém, onde foram encontrados dias depois.

Uma testemunha afirma que os homens chegaram ao local da morte num jipe, acompanhados por outros dois homens, que nunca foram encontrados.

Um facto que chama a atenção é que um dos homens quando saiu de casa, com uma quantia de dinheiro disse à mulher que iria a São Paulo para comprar um carro. No entanto, como os factos indicam, os dois tinham outro destino, Niterói.

Quando os corpos foram encontrados, havia uma pequena parte do dinheiro junto dos corpos. As hipóteses de que sofreram um roubo bem planeado, ou que foram vítimas de algum tipo de golpe também foram levantadas na época.

O caso permanece sem qualquer solução até hoje.


Fonte: Aventuras na História | Wikipédia | History

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

terça-feira, 4 de maio de 2021

Joana de Valois, a Rainha Humilhada

Joana de Valois

Joana de Valois nasceu em Nogent-le-Roi, na França, a 23 de abril de 1464.

Filha do rei da França, Luís XI e de Carlota de Saboia.
Pais de Joana de Valois, Luís XI e Carlota de Saboia

Foi odiada pelo pai por ter nascido mulher e ter nascido doente e aleijada. Acabou por ser educada por guardiões num castelo distante, sem conforto, viveu uma intensa solidão e por isso talvez tenha-se devotado tanto e tão cedo a Deus e à Virgem Maria.

Foi obrigada a casar-se em 1476, com Luís de Orléans, Duque de Orléans, o seu primo e herdeiro do trono, Joana acaba por sofrer porque o marido a odiava, que lhe foi imposta por razões de Estado e a que a humilhava em público.
Marido de Joana de Valois, Luís  XII

Assim que subiu ao trono, por morte de Carlos VIII, o seu cunhado, Luís XII obteve anulação do casamento em Roma, em 1498 considerado inválido por falta de consentimento e por jamais ter sido consumado, ainda assim o casamento durou 22 anos.

Joana tornou-se Duquesa de Berry, recebendo a província para governar. Joana passou a viver em Bourges, e preencheu completamente os seus deveres e se devotou ao bem-estar dos súbditos.

Em 1500, com o seu diretor de consciência franciscano, Gilbert Nicolas, Joana fundou a Ordem da Anunciação, ordem de prece e penitência, cuja regra principal era imitar as virtudes de Maria como narradas nos Evangelhos.

No fim da vida fez os votos, abandonou a aliança de casamento e vestiu o hábito, por baixo das vestes formais, adotando o nome de Irmã Joana Mariana.

Apesar de má saúde, em constante sofrimento, tinha-se penitenciado todos os dias, e se recolhia muitas horas em oração. Joana rezava incessantemente pelo marido, e deixou como orientação à Ordem rezar pela alma dele, pela do seu irmão e pela do seu pai.

Milagres aconteceram, após a sua morte, e em 1514 o Papa Leão X permitiu às Anunciadas honrarem-na por um ofício especial.

Joana foi beatificada pelo Papa Bento XIV, a 18 de junho de 1742, e depois canonizada por Pio XII, em 1950.


MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

domingo, 2 de maio de 2021

Surfistas em 1922

Surfistas e as suas pranchas de madeira, em 1922

O surf é uma modalidade antiga. A sua origem está diretamente ligada com a prática dos reis havaianos, pois apenas eles podiam desfrutar do prazer de deslizar sobre as ondas.

O nascimento do surf moderno é atribuído ao havaiano Duke Paoa Kanamoku, um atleta cujo renome nasceu por conquistar a medalha de ouro nos 100m livres em Stockholm, em 1912.

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

A Última Mensagem de um Passageiro do Titanic

Benjamin Guggenheim
Fonte: Aventuras na História

A 14 de abril de 1912, afunda o Titanic, matando cerca de 1,5 mil pessoas.

Uma das histórias mais surpreendentes do acidente, retratada no filme "Titanic" de 1997, é a de Benjamin Guggenheim.

Conhecido pela sua carreira como empresário norte-americano, foi um dos muitos que morreram ainda a bordo do Titanic. 

Benjamin nasceu 1865, era o 5º de sete filhos do magnata da mineração Meyer Guggenheim. Apesar da grande quantidade de irmãos, Benjamin herdou grande parte do dinheiro da sua mãe.

Casou-se com Florette Seligman, em 1894. Tiveram três filhas: Benita, Marguerite e Barbara. A família acabou por sofrer com o trabalho de Benhamin, já que ele estava muitas vezes fora.

Quando a viagem inaugural do Titanic foi anunciada, Benjamin apressou-se para comprar duas passagens. Uma para ele e outra para a sua amante, a francesa Léontine Aubart. Levou ainda consigo três funcionários: o seu criado Victor Giglio, o motorista René Pernot e a criada de Léontine, Emma Sägesser.

Na noite em que o Titanic embate num iceberg, Benjamin e Victor estavam a dormir. Os dois mal sentiram o impacto, acordaram apenas quando Léontine e Emma bateram na porta.

No corredor do navio, Benjamin e Victor receberam coletes salva-vidas das mãos de Henry Samuel Etches, um membro da tripulação. Uma vez equipados, todos foram levados até ao convés do barco.

Assim como retratado no filme, Léontine e Emma foram colocadas num bote salva-vidas logo no começo do naufrágio, junto de outras dezenas de mulheres e crianças. Benjamin, Victor e René ficaram para trás.

As esperanças de Benjamin de se salvar foram destruídas quando olhou em volta e percebeu o caos que se instalara no navio. Como cavalheiro que era, Benjamin despediu-se de Henry Etches e voltou à cabine, acompanhado por Victor. Mas antes, pediu que o funcionário do barco memorizasse uma mensagem: "Se algo acontecer comigo, diga à minha esposa em Nova Iorque que eu fiz o meu melhor para cumprir o meu dever".

Depois disto, Benjamin e o seu criado vestiram as suas melhores roupas de festa e voltaram a andar pelo navio. Quando questionados sobre a escolha dos trajes, Benjamin respondeu: "Estamos preparados para cair como cavalheiros".

Benjamin, Victor e René ainda estavam a bordo do navio quando este se afundou.



Fonte:  Aventuras na História


MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.