sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Hilda Krüger - A Espiã Nazi

Hilda Krüger
Fonte: Jornal Público

Nascida a 9 de novembro de 1912, em Colónia, na Alemanha, Hilda foi uma atriz de cinema e é suspeita de ter trabalhado como espiã no Abwehr, o departamento de inteligência alemão durante a Segunda Guerra Mundial.

A loira de olhos azuis era muito próxima do ministro da propaganda nazi, Joseph Goebbels. Esta proximidade fez com que Hilda conseguisse diversos papéis em produções nacionais, e tornou-se num rosto conhecido pelo público alemão.
Joseph Goebbels
Fonte: UOL Notícias

Mas a sua beleza e intimidade com Goebbels levaram a que a mulher deste, Magda, tivesse uns ciúmes extremos, devido a isso, Hilda viu-se obrigada a abandonar a Alemanha.

Ao sair da Alemanha, procurou vingar em Los Angeles, nos EUA, não conseguindo o sucesso que esperava, mas alcançando foi nesta altura que, supostamente, se tornou numa espiã nazi.

A sua simpatia e beleza foram as peças chaves para que chamasse a atenção do bilionário Jean Paul Getty, que se interessou por ela e, a partir de então, os dois começaram a ter uma relação próxima, não necessariamente íntima.

Hilda estava dentro de todo o círculo social mais seletivo dos EUA, conseguindo informações para dar ao Terceiro Reich.

Quando descobriu que os poderosos do petróleo nos EUA compravam o combustível do México e o enviavam para a Alemanha, Hilda decidiu que seria no sul da fronteira o seu local de atuação.

Dentro da alta classe política mexicana, Hilda seduziu Ramón Beteta, vinculado ao Banco Central Mexicano e que tinha sido sub-secretário de Relações Exteriores.

Com esta conquista, Ramón Beteta confessou-lhe, por exemplo, o fascínio que o então Presidente Ávila Camacho tinha por Hitler, o que tornava os negócios entre o México e o Reich mais fáceis, mesmo que não dispensassem os amigos e intermediários americanos.
Ramón Beteta
Fonte: Alchetron

Com esta relação e usando o seu corpo como ferramenta, ela ouviu de Beteta que o país tinha muito interesse em enviar petróleo para a Alemanha, mas não o fazia por medo de represálias dos americanos.

Hilda pensou, então, que poderia ajudar, indicando que os empresários americanos poderiam comprar em nome de terceiros o combustível e enviar para os nazis.

Com recurso a várias informações, Hilda mostrou que era possível criar um esquema para contrabandear o petróleo mexicano e outras mercadorias, como mercúrio, essencial para o fabrico das bombas, através do Panamá, fazendo-o chegar à Alemanha. Isto numa altura em que os EUA pressionavam o governo mexicano para que não o vendesse a Berlim.

Depois de Beteta, mudou o seu alvo. Agora era o secretário de Governo, Miguel Alemán Valdés, era tido como um amante insaciável e que se apaixonou por Hilda, dando acesso a diversos generais e funcionários com os quais ela se relacionou para conseguir informações para dar a Hitler.
Miguel Alemán Valdés
Fonte: pinterest.ch

A sua tarefa como espiã chegou ao fim com o ataque a Pearl Harbor e a entrada dos EUA na Segunda Guerra Mundial. Com a afronta dos japoneses (aliados dos nazis), a Casa Branca exigiu ao Presidente mexicano que tomasse medidas contra os agentes pró-nazis que operavam no país, entre eles Hilda Krüger.

Que acabou por salvar-se da situação graças à intervenção do amante, Alemán Valdés, que criou condições para que desse continuidade à sua carreira de atriz e para que casasse com um playboy mexicano, Ignacio "Nacho" de la Torre.

A união acabaria em divórcio, Hilda o deixou para se juntar ao venezuelano Julio Lobo Olavarría, o "rei do açúcar", mais um multimilionário numa lista de conquistas de que fazem parte o herdeiro do império cervejeiro Budweiser e o outro "rei do petróleo", J. Paul Getty.

A vida de Hilda depois disto entrou em declínio, não conseguindo aproximar-se novamente de Alemán, que agora era presidente do México.

Depois do fim da guerra, Hilda decidiu voltar para a Europa, mais especificamente para a Suíça.

Lentamente, o que um dia era uma vida de luxo e importância no meio social e político, começou a tornar-se numa história de uma atriz que não resistiu aos efeitos do tempo, caindo em esquecimento total após a sua morte, em 1991.

Hilda faleceu a 8 de maio de 1991, aos 78 anos de idade, em Lichtenfels, na Alemanha, durante uma visita ao seu país.

Os filmes em que entrou foram:
- "Brincando com o Fogo" de 1934
- "Ela e os Três" de 1935
- "Pedro, Paulo e Nanette" de 1935
- "Não perca o Coração, Suzanne!" de 1935
- "Incógnito" de 1936
- "Quem Morreu de Amor" de 1945
- "Adultério" de 1945


Fonte: Aventuras na História e Jornal Público

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Elisa e Marcela - As Lésbicas que Enfrentaram a Igreja Católica para se Casarem

Marcela Gracia Ibeas e Elisa Sánchez Loriga no dia do seu casamento
Fonte: Observador.pt

Na década de 1880, Elisa Sánchez Loriga conheceu Marcela Gracia Ibeas no colégio, onde Elisa estudava e Marcela trabalhava, rapidamente se apaixonaram, numa altura em que este romance era um enorme tabu para a sociedade.

Começaram a viver uma hisória de amor, mesmo com todos os contras. Durante muito tempo, viveram juntas, no anonimato até que decidiram estabelecer a relação oficialmente no Estado, e consequentemente, na Igreja.

Tiveram que desenvolver uma estratégia para se poderem casar na Igreja. De facto, naquela época, relações entre pessoas do mesmo género ainda não eram reconhecidas, algo que só viria a acontecer no país (Espanha) em 1998.

No dia 8 de junho de 1901, Elisa vestiu-se como se fosse um "homem" e foi falar com o padre da região, pedindo que a batizasse. Disse que o seu nome era Mario, e que queria se converter. Dois dias depois, o mesmo jovem voltou a falar com o padre para pedir que o casasse com a rapariga com quem vivia há muitos anos, Marcela. O padre não desconfiou e, assim, aconteceu o primeiro, e único, casamento homossexual aprovado pela igreja.

Após o casamento, tiraram uma fotografia com José Sellier, um dos fotógrafos mais importantes da cidade. E voltaram a Dumbría, cidade onde Marcela trabalhou. Já na viagem, alguns passageiros descobriram que Mario era, na verdade Elisa.

Depois da exposição da farsa do casamento, o anonimato acabou. Assim, as pessoas da cidade começaram a interessar-se pela curiosa história, chamando até mesmo a atenção na imprensa.

O caso teve uma grande repercussão não só na Galiza, mas também em Madrid e na imprensa de outros países como França, Bélgica e Argentina.

Como tinham enganado a igreja ao se casarem como heterossexuais, as duas começaram a sofrer represálias da igreja, mas também da polícia. Eram perseguidas pela justiça espanhola, então decidiram fugir para o país natal de ambas. Dirigiram-se para a cidade do Porto, em Portugal, onde foram inocentadas dos crimes - Elisa por adulterar documentos e Marcela por encobrir o crime da amante.

Mesmo assim, Portugal enviou as duas mulheres de volta para a Espanha quando o país pediu as suas extradições. No entanto, pelo que se sabe, elas não voltaram para solo espanhol. Aproveitando a situação, fugiram para a Argentina, Elisa chegou em 1903 e Marcela pouco tempo depois, Ela, no entanto, estava acompanhada de uma criança, que tinha nascido em janeiro de 1902, apenas seis meses depois do casamento.

O mistério da criança nunca foi plenamente resolvido, assim como o destino das duas mulheres que foram as únicas a casarem-se na igreja católica.

Para o escritor Narciso Gabriel, existem duas possibilidades:
- "Marcela teria engravidado de um jovem da cidade e Elisa teria assumido o bebé. Ou, a segunda hipótese, que é a que eu mais gosto, mas reconheço que não tenho base para sustentá-la, é que poderia tratar-se de uma gravidez premeditada. Ou seja, Elisa e Marcela não se conformavam em se tornar marido e mulher sem terem filhos".

Mesmo depois da longa história, o final das duas provavelmente não foi feliz. Documentos históricos apontam que Elisa se casou novamente na Argentina, mas desta vez com um homem. Sobre Marcela, nada se sabe após a sua chegada à Argentina.

Segundo Narciso Gabriel, o casamento entre Elisa e o homem de origem dinamarquesa não deu certo. Ela não queria ter relações sexuais com ele, e, algum tempo depois, ele acabou por descobrir que ela era uma das protagonistas de um dos casamentos mais polémicos da Espanha. Então "denunciou a sua mulher e pediu a anulação do casamento. O juiz decidiu que Elisa, então Maria, deveria ser examinada por três médicos. A conclusão foi de de que ela era mulher e que o casamento era perfeitamente válido", afirmou Gabriel. Depois disso, as evidências de Elisa e Marcela praticamente desapareceram na história, não se sabe o que aconteceu com as duas mulheres.


Fonte: Aventuras na História | Observador.pt


MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

sábado, 24 de outubro de 2020

A Boneca do Pintor Kokoschka

Boneca de Oskar Kokoschka
Fonte: Aventuras na História

Oskar Kokoschka foi um famoso pintor e escritor austríaco.
Pintor Oskar Kokoschka
Fonte: Wikipédia

Fez parte do movimento expressionista e destacava-se em Viena pelas suas cores vibrantes e radical intensidade nas suas obras.

Mas a sua vida pessoal não foi tão próspera quanto a sua carreira.

O pintor viveu um caso avassalador com Alma Mahler, uma socialite e compositora austríaca, viúva do compositor Gustav Mahler. Mas a paixão cresceu de tal forma que se tornou uma obsessão.
Alma Mahler
Fonte: Literary Hub

Kokoschka alistou-se para lutar na Primeira Guerra Mundial, alistando-se no exército austríaco. Quando voltou, com inúmeras feridas da guerra, descobriu que Mahler tinha-se casado com o seu ex-amante Walter Gropius.

O pintor não conseguiu superar a perda da sua amada. Então decidiu arranjar uma forma de mantê-la consigo.

Então, entrou em contacto com um fabricante de bonecas para recriar uma boneca em tamanho real, que se parecesse com a sua amada em todos os sentidos.

Kokoschka não manteve segredo sobre este seu pedido. Ele tratava a boneca como se ela fosse realmente uma pessoa, levando-a na sua carruagem e usando-a como modelo para as suas pinturas - tudo o que fazia com Mahler.

Algumas das suas mais famosas pinturas foram inspiradas na sua boneca:
- Woman in Blue, de 1919
Pintura "Woman in Blue" de Oskar Kokoschka
Fonte: useum

- Painter with Doll, de 1920/21
Pintura "Painter with Doll" de Oskar Kokoschka
Fonte: Aventuras na História

- At the Easel, de 1922
Pintura "At the Easel" de Oskar Kokoschka
Fonte: Arthive

O romance entre o Kokoschka e a boneca terminou na noite em que ele bebeu demais. Num ataque de raiva, o pintor colocou a boneca sentada no seu jardim, atirou vinho no seu corpo, partiu a garrafa na mesma e a decapitou.

O pintor exilou-se em Praga, em 1934, por razões políticas, e lá conhece Olga Palkovska, com quem se casou. Em 1938, devido à ocupação nazi da Checoslováquia, abandonou o seu estúdio na Moldávia e foge com a sua mulher para Londres.

Em 1953, instala-se em Villeneuve, na Suíça, onde passa os últimos 27 anos da sua vida. Faleceu em Montreux, na Suíça, a 22 de fevereiro de 1980.

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Cidade Fantasma: Pyramiden

O décimo e último post leva-nos até à cidade fantasma de Pyramiden. Mas existem várias outras cidades por isso, haverá certamente mais uma série de post's sobre o mesmo tema.

Cidade Fantasma de Pyramiden
Fonte: CruiseMapper

Pyramiden está localizada no arquipélago norueguês de Svalbard. Mas terá sido fundada pela Suécia em 1910 e vendida à União Soviética em 1927.

Durante muito tempo serviu como uma cidade de mineração ocupada pela União Soviética.

Na era soviética, a população era maioritariamente ucraniana, composta por mineiros de Donbass e funcionários de Volyn.

No seu período de maior "sucesso", a cidade contou com cerca de mil habitantes.

As suas instalações contavam com um centro cultural com teatro, biblioteca, arte e música. Um complexo desportivo e uma cantina aberta 24 horas por dia. Também havia uma escola primária. Havia o monumento de Vladimir Lenin e uma piscina.

A 31 de março de 1998, o último carvão foi extraído da mina e o último residente permaneceu até 10 de outubro do mesmo ano.

Até 2007, era praticamente uma cidade fantasma onde, dentro dos edifícios, as coisas permaneciam em grande parte como foram deixadas.

Atualmente pode-se visitar o local. É acessível de barco de forma independente ou com visita guiada. Há também um heliporto. Não há restrições para visitar Pyramiden, embora ainda seja da propriedade da empresa que explorava as minas, mas os visitantes não podem entrar em nenhum edifício sem permissão, mesmo que estejam abertos.

Desde 2013, o hotel Tulip foi reaberto e é possível passar a noite em Pyramiden. O hotel também abriga o Museu Pyramiden.


Fonte: Wikipédia

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

terça-feira, 20 de outubro de 2020

Cidade Fantasma: Döllersheim

Döllersheim é a nossa nona "Cidade Fantasma".

Cidade Fantasma de Döllersheim - Áustria

Döllersheim é uma vila abandonada na Áustria. Situada a cerca de 110 km a noroeste de Viena.

Em 1938. deu-se o Anschluss, ou seja, a Alemanha Nazi anexou a Áustria. Então Adolf Hitler ordenou que Döllersheim, e várias outras pequenas aldeias vizinhas fossem evacuadas para haver uma grande área de treino militar.

Aqui encontrava-se sepultada a avó de Hitler, Maria. Durante os Julgamentos de Nuremberga o testemunho dado pelo nazi Hans Franz dizia que Hitler temia os esclarecimentos sobre o boato não confirmado de que o seu avô paterno era judeu.

No entanto, nenhuma evidência apoia esta afirmação. A verdadeira razão para a seleção da área pode estar relacionada com o facto de as zonas tinham pouca população, solos pobres e consequentemente baixos rendimentos agrícolas, falta de indústria e, não menos importante, do ponto de vista do treino militar, as suas condições climáticas de inverno muito severas.

No período até 31 de outubro de 1941, as tropas da Wehrmacht reinstalaram à força todos os dois mil moradores antes de bombardear as suas casas como parte dos exercícios de treino.

Na Segunda Guerra Mundial, as instalações abrigavam a 392ª Divisão de Infantaria e o local de vários campos de prisioneiros de guerra, incluindo Stalag XVII-C e Oflag XVII-A.

Com a ocupação aliada na Áustria, em 1945, o campo de treino foi tomado pelo exército soviético e, apesar das reivindicações de restituição, permaneceu uma zona de exclusão militar até hoje, agora operada pelas Forças Armadas Austríacas-

Os habitantes que foram expulsos não foram compensados até 1955.

Desde 1981, no entanto, a praça principal, as ruínas da igreja paroquial românica de São Pedro e Paulo e o cemitério circundante são acessíveis aos visitantes.

Em 1986, a igreja foi reconsagrada como uma "igreja da paz" pelo bispo de Sankt Pölten.


Fonte: Wikipédia

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

domingo, 18 de outubro de 2020

Cidade Fantasma: Ilha Great Blasket

O oitavo post da série Cidades Fantasmas é sobre a Ilha Great Blasket.

Cidade Fantasma na Ilha Great Blasket - Irlanda
Foto: Bjorn Christian Torrissen
Fonte: Wikipédia

É a principal ilha dos Blaskets, no Condado de Kerry, na Irlanda.

A ilha foi habitada até 1953, quando o governo irlandês decidiu que não podia garantir mais a segurança da população que lá vivia, no entanto, os ilhéus solicitavam a sua a mudança desde 1947.

Em abril de 1947, a comunidade de pescadores que vivia principalmente em chalés primitivos, viu-se afastada do continente por semanas devido ao mau tempo, os habitantes enviaram um telegrama ao Taoiseach, Éamon de Valera, a solicitar urgentemente suprimentos que chegassem em dois dias de barco.

Foi a orte de Seánin Ó Cearnaigh que provocou a evacuação da ilha. Seánin ficou doente e, como resultado do mau tempo, nenhum médico ou padre pôde chegar à ilha.

O mau tempo impediu que o seu corpo fosse levado ao cemitério durante vários dias. E este evento trágico levou a que os habitantes da ilha entrassem em contacto com o governo irlandês e solicitou que fossem evacuados.

A ilha era o lar de três importantes escritores irlandeses: Tomás Ó Criomhtain, Peig Sayers e Muiris Ó Súlleabháin.
Ruínas da casa do escritor irlandês Muiris Ó Súlleabháin
Fonte: Wikipédia
A casa de Muiris Ó Súlleabháin agora encontra-se em ruínas. A casa de Peig Savers foi restaurada e usada para fazer parte do albergue que anteriormente funcionava na ilha. A casa de Tomás Ó Criomhtain também foi restaurada pela OPW em 2018 e pode ser visitada gratuitamente pelo público.

Em 2020, milhares de casais inscreveram-se para se tornarem os caseiros do albergue e café da ilha.


Fonte: Wikipédia

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Cidade Fantasma: Garnet

O sétimo post da série "Cidades Fantasma" é dedicado à cidade Garnet.

Cidade Fantasma de Garnet - Montana, nos EUA

Garnet é uma cidade fantasma no condado de Granite, no estado de Montana, nos EUA.

Foi uma cidade mineira desde a década de 1860 até ao início do séc. XX, quando a mina foi desativada.

O seu nome deriva da pedra preciosa granada lá existente, e mais tarde foi encontrado ouro.

Em 1898, viviam em Garnet mil pessoas. Os alimentos necessários eram geralmente obtidos na cidade vizinha de Bearmouth.

Aqui existiam hotéis, 12 saloons (bares) e mercearias. Os hotéis hospedavam os mineiros ou visitantes ocasionais. Alguns mineiros ganhavam tão pouco que tinham que ficar em quartos sem janelas.

A cidade foi abandonada 20 anos depois quando o ouro acabou.

Em 1912, um incêndio destruiu metade da cidade que nunca foi reconstruida.

Apesar do incêndio e do tempo, Garnet é uma das cidades fantasmas melhor preservadas do estado de Montana e a menos visitada.


Fonte: Wikipédia

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Cidade Fantasma: Val-Jalbert

O sexto post do tema de Cidades Fantasma leva-nos para a cidade de Val-Jalbert.

Cidade Fantasma de Val-Jalbert - Canadá

Val-Jalbert é uma cidade fantasma na região Saguenay-Lac-Saint-Jean de Quebec, no Canadá.

Val-Jalbert foi fundada em 1901 e teve sucesso desde início com a fábrica de celulose criada por Damase Jallbert na base das Cataratas de Quiatchouan.

Após a morte de Jalbert, em abril de 1904, a empresa foi comprada por investidores americanos. A Companhia de Papel de Quiatchouan Falls lançou as bases do planeamento urbano na nova comunidade, com quatro tipos e habitações para os trabalhadores.

Este planeamento urbano separava os trabalhadores das moradias localizadas na parte alta da cidade, das principais funções da empresa, localizadas no declive.

A empresa também construiu infraestruturas de última geração na comunidade remota, como eletricidade, esgoto, obras de água e serviço telefónico.

A empresa foi vendida em 1909 à Chicoutimi Pulp Company, de Julien-Édouard-Alfred Dubuc, que continuou o desenvolvimento planeado da comunidade.

Cerca de 10 anos depois, a gripe espanhola causou enormes perdas na sua pequena população.

Tornou-se um parque em 1960. Com mais de 70 edifícios abandonados originais.

Em 1927, a então proprietária da fábrica há um ano, Quebec Pulp and Paper Mills, Ltd. interrompeu todas as atividades devido à menor procura por celulose mecânica não transformada.

Na esperança de uma alteração do mercado, muitos trabalhadores desempregados permaneceram na cidade até 1929, quando a empresa ordenou a saída de todas as casas.

A empresa faliu em 1949 e o governo de Quebec, adquiriu o título da terra, edifícios e forças hidráulicas da antiga Val-Jalbert.

Val-Jalbert foi descrita como a cidade fantasma mais bem preservada do Canadá.


Fonte: Wikipédia

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

sábado, 10 de outubro de 2020

Cidade Fantasma: Dhanushkodi

No post de hoje vamos até a uma cidade na Índia: Dhanushkodi.

Cidade Fantasma de Dhanushkodi - Índia
Fonte: TravelTriangle

Dhanushkodi é uma cidade fantasma na ponta sudeste da ilha de Pamban, na Índia.

A cidade foi destruída após o ciclone de Rameswaram.

A área é propensa a atividade geomórfica de alta intensidade. Um estudo científico feito pelo Instituto de Pesquisa Geológica da Índia indicou que a parte sul de Dhanushkodi, diante do Golfo de Mannar afundara quase 5 metros em 1948 e 1949, em função do movimento tectónico vertical da terra paralela à costa.

Como resultado, um bocado de terra com aproximadamente 500 metros de largura, estendendo-se por quase 7 km de norte a sul, submergiu no mar.

A 17 de dezembro de 1964, uma depressão formou-se no Mar do Sul de Andaman. A 19 de dezembro, esta intensificou-se e passou a ser considerada uma tempestade ciclónica.

Após 21 de dezembro, a tempestade moveu-se para oeste, quase em linha reta, a aproximadamente 400/500 km por dia.

A 22 de dezembro, cruzou Vavunia no Sri Lanka e chegou em cheio em Dhanushkodi na noite de 22 para 23 de dezembro de 1966. A estimativa da velocidade do vento foi e 280 km/h e as ondas do mar chegaram a 7 metros de altura.

Aproximadamente 1800 pessoas perderam a vida na tempestade, incluindo 115 passageiros de comboio que viajavam entre Pamban e Dhanushkodi.

A cidade de Dhanushkodi foi inteiramente abandonada e o governo do então estado de Madras declarou Dhanushkodi como cidade fantasma, completamente inabitável.

Em dezembro de 2004, o mar em volta de Dhanushkodi retrocedeu aproximadamente 500 metros da linha da costa, expondo a parte submersa da cidade por um momento, antes das ondas do destrutivo tsunami atingirem a costa.

Atualmente, a cidade encontra-se disponível para ser visitada por turistas.

Fonte: Wikipédia

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Cidade Fantasma: Bodie

No post de hoje, falaremos da Cidade Fantasma de Bodie, na Califórnia, o 4º post com esta temática.

Cidade Fantasma de Bodie - Califórnia, EUA
Fonte: California State Parks - CA.gov

Bodie é uma cidade fantasma localizada no estado norte-americano da Califórnia.

É considerada uma referência histórica nacional e importante local turístico da região de Serra Nevada.

No oeste dos EUA existem cerca de seis mil cidades fantasmas, construídas rapidamente durante a "corrida do ouro" ou de metais preciosos, como a prata e depois abandonadas, também rapidamente, quando o precioso metal terminou.

Bodie é uma dessas cidades e representa uma exceção, porque cerca de 5% das estruturas, mesmo tendo sido construídas em madeira, sobreviveram aos incêndios, às mudanças de clima e ao vandalismo.

A história da cidade começa em 1859, quando W.S. Bodey descobre ao sul da Califórnia algumas pepitas de ouro. Bodey acabou por ser vítima de uma tempestade de neve e deixa o seu nome ao local. Inicia-se assim uma lenda do Velho Oeste.

Cerca de 20 anos depois, a Standard Company descobre uma ótima oportunidade na zona e instala em Bodie uma das suas sedes. Naquele momento as casas de madeira começam a crescer.

Em 1879, a cidade tinha 10 mil habitantes e representava o segundo centro urbano da Califórnia, depois de Los Angeles. A fortuna de Bodie durou pouco e em poucos anos foi abandonada e esquecida.

A cidade foi abandonada por volta de 1940, com o esgotamento do ouro na região.

Atualmente, uma pequena parte das casas estão intactas e recebem turistas. A decoração e os objetos pessoas que se conservaram por mais de um século dão a impressão de que os habitantes fugiram rapidamente das suas próprias casas.

O local foi classificado como um distrito do Registo Nacional de Lugares Históricos, a 15 de outubro de 1966.

E a 4 de julho de 1961 foi classificado  como Distrito Histórico Nacional. E a 8 de agosto de 1939 como Marco Histórico Nacional na Califórnia.


Fonte: Wikipédia

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

terça-feira, 6 de outubro de 2020

Cidade Fantasma: Ordos

O terceiro post de Cidades Fantasma leva-nos até à cidade de Ordos, na China.

Cidade Fantasma de Ordos - China
Fonte: Mega Curioso

Ordos fica localizada no sudoeste da Mongólia Interior (China).

O território tem uma área de 86,752 km quadrados que cobre a maior parte do Deserto de Ordos.

Geograficamente a cidade divide-se em quatro zonas: uma área de colinas a este, altas montanhas a oeste e no centro, desertos de areia a norte e a sul, e a planície da margem sul do Rio Amarelo.

A Cidade de Ordos foi fundada a 26 de fevereiro de 2001, no que antes era a liga de Ikh Juu.

Foi projetada e construída para abrigar uma população de mais de 1,3 milhões de habitantes, no entanto, por problemas decorrentes de financiamentos imobiliários, os moradores regionais preferiram outros centros urbanos ou permaneceram nas suas residências rurais e apenas 2% das suas construções foram comprados, tornando-se na maior "cidade fantasma" chinesa.

Hoje em dia no distrito de Kangbashi, planeado para receber uma população de mais de um milhão, é lar de 20 mil pessoas solitárias, deixando 98% do local ainda sob construção ou completamente abandonado.

Uma reportagem da AlJazeera, de novembro de 2009, mostrou a cidade de Ordos para uma audiência mundial, e a história correu no ano seguinte até à Time Magazine. Desde então, jornalistas e fotógrafos, representando diversas publicações renomadas mundialmente, capturam as ruas vazias da cidade.

Neste link poderão ver um turista, Darmon Richter, que visitou a cidade: https://gizmodo.uol.com.br/cidade-fantasma-ordos-china/

O lugar não é uma cidade fantasma devido a problemas financeiros, mas sim porque o governo não consegue convencer as pessoas a mudarem-se para lá. No entanto, mesmo estando quase deserta, tem a maior renda per-capita da China, apenas atrás de Shanghai.

A área em volta de Ordos tem uma das seis maiores reservas de carvão do país e um terço das conservas de gás. Logo, a ideia era construir um lugar que crescesse junto com a economia local.

Ainda que pareça estranho que os cidadãos não se mudem para a nova cidade, um dos motivos é a distância de 25 km entre a nova e a antiga cidade. Como ambas ficam muito longe, os trabalhadores das reservas de carvão acabam por não se querem mudar.

A razão para que estas cidades sejam longe é que antiga região de Ordos tem um sério problema de falta de água, enquanto a nova está muito mais próxima das nascentes, bem como da cidade mineradora de Yulin.


Fonte: Wikipédia | Gizmodo | Mega Curioso

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

domingo, 4 de outubro de 2020

Cidade Fantasma: Craco

O segundo post sobre Cidades Fantasma é sobre Craco, na Itália

Cidade Fantasma de Craco - Itália
Fonte: Wikipédia

Craco é uma comuna italiana da região da Basilicata.

Mas o seu centro histórico foi abandonado devido a um deslizamento de terra, transformando-se numa cidade fantasma.

O deslizamento de terra de grandes proporções, em 1963, fez com que a cidade começasse a ser evacuada e uma parte dos habitantes mudou-se para o vale, em Craco Peschiera.

O deslizamento foi causado por obras de infraestruturas no centro da cidade.

Em 1972, uma cheia piorou a situação, evitando um possível repovoamente do centro histórico e, após o sismo de 1980, Craco foi completamente abandonada.

Em 2010, Craco foi incluída na lista de observação do World Monuments Fund.

Atualmente, tornou-se num destino turístico e um popular local de filmagens.

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Cidade Fantasma: Famagusta

Uma nova série de post's: Cidades Fantasmas. A primeira é a cidade de Famagusta

Cidade Fantasma de Famagusta - Chipre
Fonte: Factos Desconhecidos

Famagusta é uma cidade localizada no Chipre.

Antes da invasão turca, em 1974, a zona balnear na costa oeste da ilha, com as suas praias de areia branca, era a principal atração turística do Chipre.

A cidade procurava manter-se ligada ao seu rico passado ao longo dos séculos, com as muralhas venezianas e a mesquita Lala Mustafa Pasha, antigamente chamada de São Nicolau, uma réplica da catedral francesa de Reims construída pela dinastia luso-francesa que governou o território entre os séculos XIV e XV.
Igreja de São Nicolau - Famagusta
Fonte: Wikipédia

Antes de 1974, era uma das mais famosas estâncias de férias no Mediterrâneo. A estrutura turística da cidade foi avaliada em mais de 100 biliões de dólares. 50% da costa marítima, de 6,5 km, era comporta por hotéis em 1970.
Famagusta antes de 1974
Fonte: Factos Desconhecidos

Na cidade, haviam cerca de 3 mil empresas comerciais, 99 centros de entretenimento, 25 museus, 24 cinemas e teatros, 21 bancos e duas instalações desportivas.
Famagusta antes de 1974
Fonte: Factos Desconhecidos

Entre os famosos que tinham lá casa temos a atriz Sophia Loren, Richard Burton, Raquel Welch e Brigitte Bardot.

Lá existiu o primeiro hotel de sete estrelas do mundo, construído pela British Royal Family, o Golden Sands Hotel.
Golden Sands Hotel - Famagusta
Fonte: ResearchGate

Haviam 4469 casas, 143 apartamentos, nove igrejas, santuários, cemitérios e oito escolas em toda a cidade.
Famagusta antes de 1974
Fonte: Factos Desconhecidos

Em agosto de 1974, o exército turco invadiu o leste da ilha do Chipre, incluindo a cidade de Famagusta e o bairro de Varosha. Os turistas, os residentes, enfim, todos, sem nenhuma exceção, tiveram que fugir à pressa. Ninguém permaneceu na cidade, a não ser o exército turco.

Nos últimos 40 anos Famagusta vive abandonada. Abandonada pelos seus antigos moradores, que não tiveram a possibilidade de colocar as suas casas à venda, a cidade foi fechada pelos militares turcos com arames farpados, grande parte da cidade está simplesmente à espera do fim do impasse entre turcos e gregos.

Milhares de cipriotas gregos expropriados, que se refugiaram na parte sul da ilha não esquecem as suas antigas casas.

A região abandonada por mais de 40 anos, teve os seus edifícios saqueados e arruinados. O turismo parece ter sido congelado e a cidade, que nunca dormia devido ao turismo, está em silêncio total desde então.

A vida urbana, promovida por uma população de 39 mil habitantes, agora foi substituída pela vida animal. Com exceção de três prédios, que estão sob a proteção especial e que são mantidos regularmente por tropas da ONU. Todos os outros continuam abandonados.

Em 2012, rumores diziam que o local poderia ser finalmente aberto, mas continua fechado mesmo com as tentativas de intermediação da ONU.

A cidade voltou a chamar atenção do mundo depois que o jornalista neo-zelandês David Farrier tentou entrar na cidade e foi detido pela polícia turca. O jornalista encontrava-se a gravar cenas para a série "Dark Tourist" disponível na Netflix.
[Foi através deste documentário que fiquei a saber deste assunto.]
1. Jornalista David Farrier a tentar ultrapassar a fronteira marítima para Famagusta - Fonte: In-Cyprus.com
2. Jornalista David Farrier - Fonte: Mubi
3. Série "Dark Tourist" da Netflix - apresentada por David Farrier - Fonte: ETC

"A questão continua em aberto desde os anos 1980", disse Osman Ertug, cipriota-turco que atua como porta-voz da presidência do Chipre turco e como conselheiro das negociações com o sul, ao jornal britânico Telegraph.

A crise económica na parte sudeste da ilha após 2008 suprimiu as questões da reunificação, que deixaram de ser mencionadas nas eleições presidenciais desde então.

O atual governante do sul, Nicos Anastasiades, geralmente afirma ser a favor de dialogar com o norte turco.

A Turquia está interessada em recomeçar as negociações. "Nós devemos incentivar os dois lados do Chipre a encontrar uma solução juntos", disse o ex-ministro turco para assuntos europeus, Egemen Bagis, enquanto ainda estava em funções, ao jornal britânico The Guardian.

As duas partes do Chipre possivelmente têm a ganhar com uma cooperação. "O petróleo é uma oportunidade para começar rapidamente as negociações pela reunificação", disse Cengiz Aktar, um jornalista turco especialista em assuntos europeus.

"Precisamos derrubar estes muros", concorda o economista cipriota turco Hasan Gungor, que também atua como conselheiro presidencial. "A maior fábrica da Toyota fina na Turquia, mas os cipriotas gregos importam os seus carros do Japão, apesar deles custarem menos do outro lado da mesma ilha", completa.


Fonte: Catracalivre.com.br | Factos Desconhecidos

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.