Hilda Krüger Fonte: Jornal Público |
A loira de olhos azuis era muito próxima do ministro da propaganda nazi, Joseph Goebbels. Esta proximidade fez com que Hilda conseguisse diversos papéis em produções nacionais, e tornou-se num rosto conhecido pelo público alemão.
Joseph Goebbels Fonte: UOL Notícias |
Ao sair da Alemanha, procurou vingar em Los Angeles, nos EUA, não conseguindo o sucesso que esperava, mas alcançando foi nesta altura que, supostamente, se tornou numa espiã nazi.
A sua simpatia e beleza foram as peças chaves para que chamasse a atenção do bilionário Jean Paul Getty, que se interessou por ela e, a partir de então, os dois começaram a ter uma relação próxima, não necessariamente íntima.
Hilda estava dentro de todo o círculo social mais seletivo dos EUA, conseguindo informações para dar ao Terceiro Reich.
Quando descobriu que os poderosos do petróleo nos EUA compravam o combustível do México e o enviavam para a Alemanha, Hilda decidiu que seria no sul da fronteira o seu local de atuação.
Dentro da alta classe política mexicana, Hilda seduziu Ramón Beteta, vinculado ao Banco Central Mexicano e que tinha sido sub-secretário de Relações Exteriores.
Com esta conquista, Ramón Beteta confessou-lhe, por exemplo, o fascínio que o então Presidente Ávila Camacho tinha por Hitler, o que tornava os negócios entre o México e o Reich mais fáceis, mesmo que não dispensassem os amigos e intermediários americanos.
Ramón Beteta Fonte: Alchetron |
Hilda pensou, então, que poderia ajudar, indicando que os empresários americanos poderiam comprar em nome de terceiros o combustível e enviar para os nazis.
Com recurso a várias informações, Hilda mostrou que era possível criar um esquema para contrabandear o petróleo mexicano e outras mercadorias, como mercúrio, essencial para o fabrico das bombas, através do Panamá, fazendo-o chegar à Alemanha. Isto numa altura em que os EUA pressionavam o governo mexicano para que não o vendesse a Berlim.
Depois de Beteta, mudou o seu alvo. Agora era o secretário de Governo, Miguel Alemán Valdés, era tido como um amante insaciável e que se apaixonou por Hilda, dando acesso a diversos generais e funcionários com os quais ela se relacionou para conseguir informações para dar a Hitler.
Miguel Alemán Valdés Fonte: pinterest.ch |
Que acabou por salvar-se da situação graças à intervenção do amante, Alemán Valdés, que criou condições para que desse continuidade à sua carreira de atriz e para que casasse com um playboy mexicano, Ignacio "Nacho" de la Torre.
A união acabaria em divórcio, Hilda o deixou para se juntar ao venezuelano Julio Lobo Olavarría, o "rei do açúcar", mais um multimilionário numa lista de conquistas de que fazem parte o herdeiro do império cervejeiro Budweiser e o outro "rei do petróleo", J. Paul Getty.
A vida de Hilda depois disto entrou em declínio, não conseguindo aproximar-se novamente de Alemán, que agora era presidente do México.
Depois do fim da guerra, Hilda decidiu voltar para a Europa, mais especificamente para a Suíça.
Lentamente, o que um dia era uma vida de luxo e importância no meio social e político, começou a tornar-se numa história de uma atriz que não resistiu aos efeitos do tempo, caindo em esquecimento total após a sua morte, em 1991.
Hilda faleceu a 8 de maio de 1991, aos 78 anos de idade, em Lichtenfels, na Alemanha, durante uma visita ao seu país.
Os filmes em que entrou foram:
- "Brincando com o Fogo" de 1934
- "Ela e os Três" de 1935
- "Pedro, Paulo e Nanette" de 1935
- "Não perca o Coração, Suzanne!" de 1935
- "Incógnito" de 1936
- "Quem Morreu de Amor" de 1945
- "Adultério" de 1945
Fonte: Aventuras na História e Jornal Público
MZ
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