terça-feira, 30 de abril de 2019

Última Fotografia de Elvis Presley


Última fotografia de Elvis Presley, tirada no dia em que morreu a 16 de agosto de 1977.

Elvis morreu repentinamente na sua mansão em Memphis, nos EUA, em circunstâncias não esclarecidas, gerando especulações até hoje, tinha 42 anos..

Elvis ficou conhecido como o Rei do Rock e como Elvis The Pelvis, pela sua maneira extravagante e ousada de dançar. Tornou-se num ícone da cultura popular mundial. Foi um dos criadores do rockabilly, uma fusão de country e do rhythm and blues.

Mesmo depois da sua morte, ele é ainda o artista solo com maior número de hits nas contagens mundiais e recordista mundial de vendas de discos de todos os tempos, com mais de 1 bilião e meio de cópias vendidas em todo o mundo.

MZ

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domingo, 28 de abril de 2019

Origem da Língua Portuguesa


O português deriva da língua românica - latim, que deu origem às conhecidas línguas latinas, como o italiano e o francês.

O latim era a língua oficial do antigo Império Romano e possuía duas formas - o latim clássico, que era usado pelas pessoas cultas e pela classe dominante (poetas, filósofos, senadores, etc.) e o latim vulgar, que era a língua utilizada pelas pessoas do povo.

O português vem do latim vulgar, que foi introduzido na Península Ibérica pelos conquistadores romanos.

O domínio cultural e político dos romanos na Península Ibérica impôs a sua língua, que, entretanto, se misturou com os substratos linguísticos (línguas locais) lá existentes, dando origem a vários dialetos. Esses dialetos foram, com o tempo, modificando-se, até formarem novas línguas.

Quando os germânicos e depois os árabes, invadiram a Península Ibérica, a língua sofreu algumas alterações, no entanto a língua falada por estes invasores nunca conseguiu se estabelecer totalmente.

Apenas no século XI, quando os cristãos expulsaram os árabes da Península, o galego-português passou a ser falado e escrito na Lusitânia, onde também surgiram dialetos originados pelo contacto do árabe com o latim. O galego-português era uma língua geograficamente limitada a toda a faixa ocidental da Península, correspondendo aos atuais territórios da Galiza e de Portugal.

Por volta do século XIV notaram-se mais os falares do sul, principalmente da região de Lisboa. Assim, as diferenças entre o galego e o português começaram a se acentuar.

A consolidação da autonomia política, seguida da criação do Império Luso tornou o português como língua oficial do país.

A história do português é dividida em três fases:
- Fase proto-histórica: período antes do século XII, quando os textos eram escritos em latim bárbaro;
- Fase do português arcaico: corresponde ao período do século XII ao XVI. Num primeiro período foi quando os textos eram escritos em galego-português e num segundo período deu-se a separação do galego do português;
- Fase do português moderno: começa no séc. XVI, quando finalmente a língua portuguesa começa a se uniformizar, deixando várias variações de lado.

A época dos Descobrimentos no século XV ampliaram os domínios de Portugal e levaram a Língua Portuguesa às novas terras em África, Ásia, Oceânia e América.

Nestes locais, apesar das variações, diferentes pronúncias e inclusões de características do lugar, mantêm uma ligação com o português de Portugal. 

O Português Moderno inicia-se a partir do século XVI, quando a língua se uniformiza, adquirindo as características do português atual. A literatura renascentista portuguesa, nomeadamente feita por Camões, desempenhou um papel fundamental nesse processo de uniformização.

Em 1536, o padre Fernão de Oliveira publicou a primeira gramática de Língua Portuguesa, a "Grammatica de Lingoagem Portuguesa". O seu estilo baseava-se no conceito clássico de gramática, entendida como "arte de falar e escrever corretamente".
Grammatica de Lingoagem Portuguesa
Atualmente, o português é a língua oficial de oito países: Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Timor-Leste, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe. Estes países formam a CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, que tem como objetivo a promoção e difusão da língua e a cooperação entre estes países.
Mapa dos países que formam a CPLP


PORTUGUÊS CONTEMPORÂNEO
O português é uma língua viva, ou seja está sempre a sofrer alterações, sendo influenciada por vários aspetos desde sócio-políticos até à modificação natural que algumas palavras sofrem pelos seus falantes.

A mais recente alteração ao português foi o acordo ortográfico que entrou em vigor em janeiro de 2009, com a intenção de unificar a língua portuguesa nos nove países em que é língua oficial. No entanto, esta não foi a primeira tentativa de unificação, desde o início do século XX, procura-se estabelecer um modelo de ortografia que possa ser usado como referência nas publicações oficiais e no ensino.

Outros fatores importantes que influenciam a constante transformação da língua portuguesa são: os estrangeirismos, neologismos e gírias, a influência da Internet na linguagem e a variação linguística.
Ilustração cómica de exemplos de estrangeirismos utilizados em substituição de expressões nacionais
Fonte: Swett Stuff

MZ

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sexta-feira, 26 de abril de 2019

Capitão Edward J. Smith Comandante Oficial do Titanic

Capitão Edward J. Smith - Comandante Oficial do Titanic

Edward John Smith, nascido em 1850, foi um marinheiro britânico mais conhecido por ter sido o Comandante Oficial do RMS Titanic em 191.

Vindo de uma família da classe trabalhadora, deixou a escola ainda jovem para entrar para a marinha mercante.

Conseguiu entrar em 1880 para a White Star Line, uma prestigiada companhia de navios, logo depois de receber o seu certificado de oficial.

Rapidamente subiu na hierarquia da empresa e em 1887 foi colocado no comando do SS Celtic. Eventualmente, ficou encarregado de outros navios, principalmente do SS Majestic, o qual comandou durante nove anos.

Gradualmente adquiriu uma grande popularidade por causa do seu carácter agradável e imponente, algo que lhe deu a afeição de muitos passageiros.

Smith foi colocado, em 1911, no comando do Olympic, o maior navio do mundo até então, porém não conseguiu evitar uma colisão com o cruzador HMS Hawke em setembro. No ano seguinte foi designado para ser o comandante do Titanic na sua viagem inaugural.

O Titanic acabaria por colidir com um iceberg na noite de 14 de abril e afundou, Smith morreu no naufrágio.

Mais de 100 anos depois da tragédia do Titanic, este acontecimento é cercado de polémicas e mistérios. Uma carta de uma sobrevivente do naufrágio, Emily Richards. Na altura tinha 24 anos e escreveu para a sua sogra dois dias após o naufrágio, e disse que Smith estava no salão do bar do Titanic bebendo na noite da colisão, na cartão ela escreveu: "O Capitão estava no salão a beber e deu ordem a outra pessoa para olhar pelo navio. Foi culpa do capitão".

É sabido que o capitão, de 62 anos, passou a noite do desastre num jantar festivo no restaurante da primeira classe antes de voltar à sua cabine.

Os livros de História apontam uma versão diferente, na qual ele teria sido acordado na sua cabine quando o navio bateu no iceberg e bravamente decidiu afundar com a embarcação.


MZ

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quarta-feira, 24 de abril de 2019

Enfermeira Nazi

Elisabeth Marschall
Nasceu a 22 de maio de 1886.

Foi a enfermeira-chefe no campo de concentração de Ravensbrück.

Entre as suas funções estava a tarefa de selecionar os prisioneiros para execução, supervisionar experiências médias e selecionar quais eram os prisioneiros que seriam enviados para Auschwitz.

Durante os julgamentos de Hamburgo Ravensbrück, Elisabeth foi declarada culpada e condenada à morte.

A 3 de maio de 1947, foi enforcada pelo executor britânico Albert Pierrepoint na forca na prisão de Hameln, na Alemanha. Tinha 60 anos, foi a nazi mais velha a ser executada.


MZ

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segunda-feira, 22 de abril de 2019

Dentista do Passado

No post de hoje usaremos várias fotos dos utensílios usados pelos dentistas ao longo da História.

Dental Mouth Gag - 1500 - aparelho projetado para abrir a boca de quem tinha a mandíbula travada:

Dental Forceps - 1600 - servia para arrancar dentes:

Goat's Foot Elevator - 1700 - utilizado para amolecer os dentes que precisavam ser extraídos:


Bone Chisels - 1780 - objeto que seria enfiado na gengiva até o dente sair:

Secateurs - 1810 - instrumento para extrair um dente:

Dental Key - 1810 - era um método de extrair os dentes - não era perfeito pois era capaz de quebrar os dentes em duas partes invés de removê-los por inteiro:

Finger Rotated Dental Drill - 1870 - broca manual utilizada anexada ao dedo do dentista:

Wilcox-Jewett Obtunder - 1905 - esta seringa era o anestésico disponível mais eficiente da época:

Dental Phantom - 1930 - modelo padrão utilizado para os dentistas treinarem:

No Antigo Egipto, os egípcios treinavam técnicas manuais e a sua força para poderem fazer as extrações dentárias com as mãos.

Antes de haver os "dentistas" quem tratava dos dentes eram os barbeiros. Os médicos não queriam colocar as mãos na boca das pessoas.

Guy de Chauliac, cirurgião-dentista em Avinhão (França) introduziu o termo "dentista", recomendava que fossem os "dentistas" a remover os dentes, o manuscrito médico inglês mais antigo foi o "Guy de Chauliac's surgery".
Guy de Chauliac
Não haviam grandes conhecimentos e/ou instrumentos, as intervenções eram realizadas sem anestesia. Quando o dente doía significaria que o dente precisava ser extraído. Não sabiam dizer o tipo de infeção nem conheciam outra forma de tratar.

Durante a extração do dente, chegavam a estourar a boca da pessoa com instrumentos improvisados e até quebravam outros dentes.

A invenção da anestesia injetável local, em meados de 1910 contribuiu, e muito, para que o sofrimento de quem tinha problemas nos dentes diminuísse durante uma extração ou tratamento.

MZ

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domingo, 21 de abril de 2019

As Estátuas que Cantavam

Colossos de Mêmnon - Egito
O seu nome é Colossos de Mêmnon, trata-se de duas estátuas gigantes do Faraó Amenhotep III da XVIII Dinastia, situadas na necrópole da antiga cidade de Tebas, no Egito.

As estátuas eram guardiãs do templo funerário do Faraó. O templo tinha cerca de 385 mil metros, sendo um dos maiores da Antiguidade, mas foi completamente destruído pelas inundações do rio Nilo e à extração de minerais.

As estátuas retratam o Faraó Amehotep sentado no trono com as mãos pousadas sobre os joelhos, em cada lado das suas pernas está a sua mãe, Mutemuia, e a sua principal esposa, a Rainha Tié. Nos dois lados do trono está a representação do sema-taui, símbolo que significava a união entre o Alto e o Baixo Egito.

As estátuas de quartzito, possuem cerca de 18 metros, com 1300 toneladas. O responsável pelo transporte dos blocos foi o vizir e arquiteto Amenófis, filho de Hapu.
Amenófis, filho de Hapu
Um sismo em 27 a.C., abriu uma fenda no colosso norte, a partir de então todas as manhãs ocorria no local um fenómeno estranho segundo o qual a estátua "cantaria". O que acontecia era que a acumulação de humidade durante a noite evaporava com o surgimento dos primeiros raios de sol, emitindo um som, que se assemelhava a uma cítara.

No começo da Era Cristã, os gregos visitavam o local e associaram a estátua norte ao herói Mêmnon, filho de Eos. De acordo com a lenda homérica, este herói, morto na guerra de Tróia, recebeu a imortalidade de Zeus, dedicando-se a chamar pela sua mãe todas as manhãs.

Por mais de dois séculos, as estátuas levaram turistas de terras distantes, incluindo vários Imperadores romanos a visitá-las. Muitos deles deixaram inscrições na base da estátua relatando se eles tinham ouvido o som ou não. Cerca de 90 inscrições ainda são legíveis atualmente.

Em 199 d.C. o Imperador Romano Septímio Severo mando restaurar a estátua, que a partir de então parou de cantar.
Imperador Romano Septimius Severus
Atualmente, uma estrada moderna corre ao longo das ruínas do templo, a poucos metros do precipício das estátuas, e agora trata-se de uma grande atração turística.

O Faraó Amenhotep III ou Amenófis III, terá reinado cerca de 40 anos, cujos anos corresponderam a uma era de paz, prosperidade e de esplendor artístico no Antigo Egito. Estima-se que governou entre 1389 a.C. a 1351 a.C. ou entre 1391 a.C. a 1353 a.C.
Faraó Egípcio Amenhotep III 

MZ

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Rudolf Brandt - Advogado Nazi

Rudolf Brandt
Nascido em Frankfurt, na Alemanha a 2 de junho de 1909.

Tornou-se advogado pela Universidade de Jena em julho de 1933. Ingressou no Partido Nazi em janeiro de 1932, com o número de membro 1.331.536 e na SS em outubro de 1933.

As sua habilidades em transcrição foram notadas por Heinrich Himmler, que fez com que ele fosse transferido para a sua equipa. E a 11 de dezembro de 1933, juntou-se à equipa do escritório do Reichsführer-SS Himmler.

Em novembro de 1935 foi encarregado de um Untersurmführer (PT: Segundo Tenente) e finalmente, ascendeu ao posto de Standartenführer (PT: Coronel).

Em 1936, foi nomeado Chefe do pessoal do Reichsführer-SS e, em 1937, Persönicher Referent des RFSS, cargo que ocupou até ao final da guerra em maio de 1945. Nesta posição tratou de toda a correspondência de Himmler, com exceção das questões relativas ao Waffen-SS ou à polícia.

Foi julgado nos Processos contra os Médicos, em Nuremberg.

Foi acusado de conspiração para cometer crimes de guerra e crimes contra a humanidade, crimes de guerra para realizar experimentos médicos sem o consentimento dos sujeitos, bem como da participação dos assassinatos em massa nos campos de concentração e associação numa organização criminosa, a SS.

Considerado culpado por crimes contra a humanidade. Foi enforcado a 2 de junho de 1948, aos 39 anos de idade.


MZ

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sábado, 20 de abril de 2019

O Homem de Cherchen

O Homem de Cherchen
Em 1895 o estudioso Marc Aurel Stein exumou alguns corpos caucasianos quando procurava antiguidades e velhos textos da Ásia Central na bacia do Tarim, no deserto de Taklamakhan, uma grande área deserta de areia e pedras ao sul de Xinjiang, na China.

Marc e os europeus que o acompanhavam estavam mais interessados em ruínas da época clássica do que em corpos mumificados, tiraram algumas fotos e fizeram, nos seus livros, referências de passagem a estes cadáveres fora do comum, mas não os investigaram.

Só em 1978, arqueólogos chineses liderados pelo professor Wang Binghua deram com estes corpos, ao fazerem os estudos preliminares das áreas em que seriam implantados projetos ferroviários e oleodutos.

Na grande maioria, as múmias estavam muito bem preservadas, tinham aparência caucasiana, cabelos louros, ruivos e castanho-avermelhados. Tinham órbitas profundas, narizes longos, barbas cerradas e a constituição era alta.

Os corpos tinham roupas de lã de padrão axadrezado, à moda celta e tinham acessórios ocidentais, como chapéus negros cónicos, boinas de tipo escocês e bonés ao estilo "Robin hood".

Em 1988 o professor Victor Mair, da Universidade da Pensilvânia, numa visita a um pequeno museu em Ürumchï, capital da remota província de Xinjiang, deparou-se com uma destas múmias e decidiu investigá-la - O Homem de Cherchen (representado na imagem principal do post).

Tratava-se do corpo estendido de um homem com pouco mais de 1,80m de altura, trajado com uma túnida de lã de corte elegante que combinava com as caças cor de vinho. Usava longas meias justas às riscas em tons de amarelo, vermelho e azul.

O seu rosto era fino e pálido, cor de marfim, com as maçãs do rosto proeminentes, lábios grossos e nariz longo. O cabelo era castanho-louro e a barba era grisalha.

Os arqueólogos locais chamaram-no de "Homem de Cherchen" devido ao nome do município em que foi encontrado. A datação do corpo feita com carbono radioativo mostrou que ele andara por Tarim Basin no séc. XI a.C.
O Homem de Cherchen - corpo inteiro

MZ

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Alice Coachman - Primeira Negra com a Medalha de Ouro

Alice Coachman no pódio após a sua vitória nos Jogos Olímpicos de 1948
Alice Marie Coachman nasceu em Albany, na Geórgia, nos EUA, a 9 de novembro de 1923.

Foi uma atleta de salto em altura, de origens humildes e sem acesso a instalações desportivas devido às leis de sagregação da época, Alice treinava a correr descalça e improvisava com cordas e panos amarrados para saltar.

Foi encorajada pela sua professora do 5.º ano Cora Bailey e pela sua tia Carrie Spry, apesar das reservas dos seus pais. Matriculou-se então no Madison High School, em 1938, onde trabalhou com Harry E. Lash para desenvolver a sua habilidade como atleta.

Em 1939, aos 16 aos recebeu uma bolsa de estudos para a Escola Preparatória Tuskegee, a bolsa exigia que Alice trabalhasse enquanto estudava e treinava, incluindo limpeza e manutenção das instalaçãoes desportivas, além de reparar os uniformes.

Alice formou-se no Instituto Tuskegee em 1946. No ano seguinte, continuou os seus estudos no Albany State College, onde fez o seu bacharelato em economia doméstica.

Participou nos Jogos Olímpicos de Londres de 1948, onde obteve a medalha de ouro no salto em altura feminino e tornou-se na primeira mulher negra, de qualquer nacionalidade, a conquistar este prémio. Conquistou a medalha com um salto de 1,68m.

Recebeu a sua medalha pelas mãos do Rei D. Jorge VI do Reino Unido.

Ao voltar aos EUA, após os Jogos Olímpicos, conheceu o presidente Harry Truman e a ex-primeira-dama Eleanor Roosevelt. Foi homenageada com desfiles em Atlanta e Albany.

Em 1952, tornou-se na primeira mulher afro-americana a representar um produto internacional quando assinou como porta-voz da Coca-Cola Company, que apresentou em outdoors ao lado do vencedor olímpico de 1936, Jesse Owens.
Anúncio da Coca-Cola com Alice Coachman e Jesse Owens
A sua carreira de atleta terminou quando Alice tinha 24 anos, dedicou o resto da sua vida à educação.

Foi casada duas vezes, o seu primeiro casamento foi com NF Davis, com quem teve dois filhos e o casamento terminou em divórcio, o segundo casamento, do qual ficou viúva, foi com Frank Davis.

Faleceu aos 90 anos de idade, a 14 de julho de 2014, em Albany, após uma paragem cardíaca depois de sofrer problemas respiratórios.

MZ

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Wu Zetian a Única Mulher no Trono Imperial da China

Wu Zetian

Foi a única mulher, conhecida, da história da China a ocupar o trono imperial, embora outras mulheres tenham tido influência no poder, como imperatrizes consortes ou regentes, Wu foi a única que reinou como soberana.

Nasceu numa família aristocrática. Sendo menina, talvez em 638 ou 636, entrou para o harém do Imperador Tang Taizong, no quinto nível de concubinas.

Em 649, morre o Imperador e sucede-lhe o filho, o Imperador Tang Goazong, Wu passou a fazer parte do harém do novo Imperador.

Segundo a história após a morte do Imperador a jovem Wu teria entrado num mosteiro budista e, depois, o novo Imperador, atraído pela sua beleza, a teria incorporado no seu harém.

O mais provável é que antes da morte do Imperador, Wu já mantivesse uma relação clandestina com o príncipe herdeiro, o que explicaria a permanência no harém de Gaozong, onde ocupou o posto de concubina de segundo nível.

A sua presença no harém era vista com bons olhos pela consorte de Gaozong, a Imperatriz Wang. A ambição e a capacidade de manipulação da concubina Wu, levá-la-iam a alcançar a posição de Imperatriz consorte.

Em 654, uma filha recém-nascida de Wu foi assassinada, e Wu acusou a Imperatriz Wang e outro concubina do crime, desta forma, conseguiu ser nomeada Imperatriz consorte e, segundo a tradição, ela mesma se encarregou de torturar até à morte as duas rivais, a concubina Xiao e a Imperatriz Wang.

Em novembro de 660, agravou-se o estado de saúde do Imperador Gaozong, e a Imperatriz Wu começou a governar na sombra. O seu poder consolidou-se quando mandou executar os ministros da corte, em 665.

Após a morte do Imperador em 683, foi o seu terceiro filho, o Imperador Tang Zhongzong, que subiu ao trono, mas no fim de seis semanas, Wu usou o seu poder para o destituir e dar ao trono a outro filho seu, o Imperador Tang Ruizong, que, tal como o seu irmão, governaria de maneira nominal por um breve período, até que por fim a sua mãe decidiu ratificar publica e oficialmente o seu poder, convertendo-se na primeira e única mulher na história da China que ocupou o trono imperial.

Uma mulher pretender ocupar tal posto foi motivo para escandalizar muitos dos intelectuais da época, que viam na subida ao trono de uma mulher uma violação das normas do confucionismo.

Wu tentou calar estas críticas mediante o uso do budismo, promovendo interpretações da doutrina budista que davam legitimidade ao seu reinado.

O seu reinado foi caracterizado pela promoção do budismo, convertido na religião oficial em 691, o qual lhe valeu muito apoio popular. Junto a uma política religiosa, Wu continuou o seu estilo de governo baseado numa forma de despotismo brutal, com purgas e perseguições daqueles que se mostrassem hostis ao seu poder.

A 20 de fevereiro de 705, aos 80 anos, não conseguiu evitar que um golpe de estado vingasse, no qual foram executados os seus ministros (e amantes, segundo a lenda) e os irmãos.

A Imperatriz foi obrigada a abdicar e o seu filho, o Imperador Zhongzong voltou a subir ao trono, restaurando a dinastia Tang a 3 de março de 705.

Wu morreria poucos meses depois, a 16 de dezembro de 705.


MZ

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sexta-feira, 19 de abril de 2019

Gene Tierney

Gene Tierney
Gene Tierney nasceu em Nova Iorque, nos EUA, a 19 de novembro de 1920.

Filha de um magnata de Nova Iorque, Gene estudou nas melhores escolas da costa leste dos EUA e da Suíça.

Iniciou a sua carreira artística no teatro, em 1938.

Sendo uma mulher bonita e tendo um pai influente, foi fácil conseguir uma oportunidade na FOX. O seu primeiro filme foi "The Return of Frank James", em 1940.
Filme "The Return of Frank James", de 1940
Outros filmes importantes da sua carreira foram:
- "Tobacco Road", em 1941;
- "Sundown", em 1941;
- "Heaven Can Walt", de 1943;
- "The Razor's Edge", de 1946;
- "Night and the City", de 1950;
- "Toys in the Attic", de 1963;
- Etc.
Filme "Sundown", de 1941 (esquerda),
Filme "The Razor's Edge", de 1946 (centro) e
Filme "Toys in the Attic, de 1963 (direita)
Gene casou-se com o estilista Oleg Cassini.
Oleg Cassini e Gene Tierney
Gene e Oleg tiveram uma filha, Antoinette Cassini (1943-2010) que nasceu com problemas mentais, devido ao facto de que durante a gravidez Gene foi abraçada por um fã que tinha sarampo. Naquela época era comum internas as pessoas com problemas mentais em instituições, mesmo triste, Gene concordou que era o melhor a fazer-se.
Gene Tierney e a sua filha Antoinette Cassini
O casal teve mais uma filha, Christina Cassini, em 1948, mas o casamento não durou muito mais tempo.
Gene Tierney e a sua filha, Christina Cassini
Depois, Gene conheceu o Príncipe Aly Khan e apaixonou-se perdidamente. Este era o ex-marido da atriz Rita Hayworth, e apesar de Aly ser rico vivia às custas da atriz, mas Gene ou não sabia disto ou não quis saber, e Gene fez planos para se casar com ele, mas Aly não tinha o mesmo interesse, enquanto só estavam juntos estava tudo bem, mas quando Gene demonstrou interesse em se casar, Aly afastou-se.
Gene Tierney e o Príncipe Aly Khan
Gene sentiu-se humilhada e começou a desenvolver os primeiros sintomas de depressão que iria acompanhá-la pelo resto da sua vida. Em 1955, foi internada num sanatório, de onde só saiu três anos depois. Segundo a própria Gene ela esteve "às portas da loucura".
Gene Tierney
Em 1960 recebeu um novo convite da FOX, mas não aguentou a pressão e foi novamente internada. Após a sua saída, casou-se com Howard Lee, um milionário do Texas. Gene engravidou mas perdeu o bebé aos cinco meses de gravidez. Alguns boatos dizem que ela abortou porque foi na altura em que se soube da morte do Príncipe Aly Khan.

A sua última aparição na indústria de cinema foi na minissérie de televisão "Scruples", em 1980.
Minissérie "Scruples" de 1980
Voltou de vez ao Texas e dizia que "Hollywood definitivamente não lhe trazia a paz que ela precisava". O casamento com Howard durou até à morte dele, em 1981.

Gene ficou horrorizada com a sua voz nas gravações, quando a ouviu pela primeira vez disse "parecia a voz da Minnie Mouse". Em consequência, começou a fumar para engrossá-la, o que resultou num enfisema que acabou por levar à sua morte.
Gene Tierney
Gene faleceu a 6 de novembro de 1991, em Houston, em EUA. Em sequência do seu enfisema. Foi sepultada no Cemitério de Flenwood, em Houston.

MZ

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quinta-feira, 18 de abril de 2019

Queima dos Livros na Alemanha Nazi

Grande queima dos livros na Alemanha nazi, em 1933
A queima dos livros era um acontecimento que ocorria num local público, onde se queimava livros e outros registos escritos que destruíam os interesses nazis, numa forma de censura.

A queima assume um símbolo de um regime opressivo que procurou silenciar e censurar um aspeto da cultura da nação.

Em 1933, logo após a chegada ao poder de Adolf Hitler, foram realizadas queimas de livros considerados contrários à ideologia nazi dominante em praças de várias cidades alemãs, coma  presença da polícia, bombeiros e outras autoridades.
- Em Munique, foi usada a Königsplatz (PT: Praça do Rei), no dia 10 de maio de 1933
- Em Berlim, foi usada a Opernplatz (PT: Praça da Ópera), atual Praça Bebel.

Centenas de milhares de livros foram queimados no auge de uma campanha iniciada pelas fraternidades estudantis. Os estudantes, em particular os membros das fraternidades, do Destacamento Tempestade (SA) e da Tropa de Proteção (SS), participaram nestas queimas.

Entre os livros queimados pelos nazis, contavam-se obras quer de autores já falecidos como também autores recentes, perseguidos pelo regime, como:
- Thomas Mann
- Heinrich Mann
- Walter Benjamin
- Bertolt Brecht
- Lion Feuchtwanger
- Leohard Frank
- Erich Kästner
- Alfred Kerr
- Robert Musil
- Carl von Ossietzky
- Erich Maria Remarque
- Joseph Roth
- Nelly Sachs
- Ernst Toller
- Kurt Tucholsky
- Franz Werfel
- Sigmund Freud
- Albert Einstein
- Karl Marx
- Heinrich Heine
- Ricarda Huch
Alguns autores proibidos na Alemanha Nazi
Um facto curioso foi o de Oskar Maria Graf não incluindo na lista, para seu espanto, os seus livros não só foram banidos como até foram recomendados pelos nazis. Em resposta, Oskar publicou um artigo intitulado "Verbrennt mich!" (PT: "Queimem-me!") no jornal de Viena Arbeiter-Zeitung (PT: Jornal dos Trabalhadores).
Em 1934, o seu desejo foi concedido e os seus livros foram, também, banidos pelos nazis.
Oskar Maria Graf
A opinião pública e a intelectualidade alemãs ofereceram pouca resistência à queima. Editoras e distribuidoras reagiram como oportunismo, enquanto a burguesia optou por se distanciar, passando a responsabilidade aos universitários.

Também outros países acompanharam a destruição de forma distanciada, chegando a minimizar a queima como resultado do "fanatismo estudantil".

MZ

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Bruxas de Salem - Parte 2


Julgamento das Bruxas de Salem

Com o caos instalado e a paranóia a reinar por aquelas zonas, a caça às bruxas começou: durante meses, o objetivo das autoridades era detetar as bruxas que se escondiam em Salem e destruí-las.

O medo era tal que as acusações começaram a ser disparadas em todas as direções - Martha Corey, uma mulher devota e que se dedicava frequentemente a questões relacionadas com a igreja local, foi acusada pelos magistrados de bruxaria.
Martha Corey com os seus perseguidores
Essa confissão em particular deixou a comunidade em pânico: se até uma mulher ligada à Igreja era apanhada pelo Demónio, ninguém estava a salvo.

Outro dos casos que chocou a população foi o de Dorothy, a filha de 4 anos de Sarah Good – após horas de interrogatório e perante as respostas tímidas da criança, as autoridades acabaram por encarar tudo o que disse como uma confissão.

Com a quantidade de acusações que surgiam, foi criado, em maio de 1692, um tribunal especial para tratar destes casos.

O primeiro a ser julgado neste tribunal foi, segundo a revista da Smithsonian, o de Bridget Bishop, uma mulher idosa que era conhecida em Salem por ser muito coscuvilheira e promiscua.
Bridget Bishop
Quando questionada sobre se tinha alguma vez praticado atos de bruxaria, respondeu que era “tão inocente quanto a criança que ainda não nasceu”. Mesmo assim, foi considerada culpada e foi a primeira mulher a ser enforcada no sítio que ainda hoje é conhecido como Gallows Hill.

Seguiram-se cinco enforcamentos em julho, outros cinco em agosto e oito em setembro. Ao todo, mais de 200 pessoas foram acusadas de bruxaria e 20 foram mesmo executadas.

Cotton Mather era um respeitado ministro puritano da zona de Nova Inglaterra. Aquando das primeiras condenações, decidiu intervir, enviando uma carta ao tribunal especial na qual pedia que testemunhos relacionados com sonhos e visões não fossem aceites como prova. O tribunal começou por ignorar este pedido e continuou a condenar várias pessoas à morte.
Cotton Mather
Seguindo as pisadas do seu pai, Increase Mather, o então presidente de Harvard, voltou a apelar ao bom senso, denunciando o uso de sonhos como provas para condenar pessoas. “É preferível deixar escapar 10 pessoas suspeitas de bruxaria do que condenar uma pessoa inocente”, defendeu.
Increase Mather
O governador daquela província, William Phipps, acabou por dar ouvidos a Mather: depois de ler as suas cartas e de ver a sua mulher a ser interrogada por suspeitas de bruxaria, Phipps proibiu a detenção de mais pessoas, libertou muitas das que tinham sido acusadas e dissolveu o tribunal especial.

Este foi substituído pelo Supremo Tribunal Judiciário, que não permitia o uso de sonhos e visões como provas e apenas condenou três das 56 pessoas suspeitas de bruxaria.

Em maio de 1963, Phipps perdoou todos os que tinham sido detidos por suspeitas de ligação a crimes de bruxaria e a paranóia em torno deste fenómeno acabou por de dissipar.

Mas até que esse dia chegasse, 19 pessoas foram enforcadas em Gallows Hill, um homem foi esmagado até à morte por grandes blocos de pedra e dezenas perderam a vida na prisão.
Gallows Hill
Mais tarde, muitos dos que estiveram envolvidos nos julgamentos de Salem, incluindo magistrados e juízes, confessaram publicamente que tinham errado e assumiram a culpa por dezenas de pessoas terem sido erradamente associadas a atos de bruxaria.

A 14 de janeiro de 1697, o Tribunal Geral de Massachusetts ordenou que, durante um dia, a população jejuasse e dedicasse um dia à introspeção, em memória das vítimas dos julgamentos de Salem.

Mais tarde, em 1702, este tribunal considerou que os julgamentos tinham sido ilegais e, em 1711, o Governo ‘limpou’ os nomes de todos os que tinham sido condenados e atribuiu cerca de 600 libras aos herdeiros das vítimas.

No entanto, de acordo com o Smithsonian, só em 1957 – ou seja, 250 anos depois da tragédia – é que o estado de Massachusetts formalizou um pedido de desculpas aos descendentes das vítimas.

MZ

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quarta-feira, 17 de abril de 2019

Bruxas de Salem - Parte 1

Julgamento das Bruxas de Salem
As bruxas de Salem inspiram várias histórias, músicas e filmes.

Por volta de 1300, a "bruxaria" começou a ganhar terreno na Europa, muitos cristãos e outros crentes defendiam que o diabo conseguia dar poderes a certas pessoas, permitindo-lhes lançar feitiços contra outros e amaldiçoar quem as rodeava.

Numa Europa profundamente devota e temente a Deus, a ideia de certas mulheres serem possuídas pelo Diabo e andarem a espalhar o mal era totalmente inconcebível. Daí que, à mínima suspeita de envolvimento em atos de bruxaria, a condenação à morte era o mais comum.

A história das bruxas de Salem surge quando a perseguição às bruxas começa a desaparecer na Europa (1692), mas as circunstâncias da altura levaram a que o fenómeno da bruxaria ganhasse força nesta região.

Com a Guerra do rei William (as batalhas que foram travadas na América durante a Guerra dos Nove Anos), muitas zonas foram devastadas e milhares de pessoas foram obrigadas a deixar as suas casas e a refugiarem-se noutras regiões: uma delas foi a vila de Salem, na baía de Massachusetts.

A vinda destes refugiados gerou um clima de desconfiança em Salem – as famílias da terra, que viviam da economia gerada pela baía, não queriam ver-se envolvidas com os que tinham acabado de chegar, que se dedicava principalmente à agricultura.

Para além disso, a nomeação do reverendo Samuel Parris, em 1689, como ministro puritano de Salem, gerou alguma controvérsia – muitos não gostavam do reverendo, descrevendo-o como uma pessoa rígida e avarenta. 
Samuel Parris
Os habitantes daquela vila começaram a encarar as mudanças negativas que surgiam nos últimos tempos como uma obra do Diabo e temeram o que ainda estaria para vir.

O que não estavam à espera era que a ‘maldição’ surgisse precisamente no seio da Igreja. Em janeiro de 1692, a filha do reverendo Parris, Elizabeth, de 9 anos, e a sua sobrinha, Abigail, de 11, começaram a exibir comportamentos esquisitos. Gritavam, atiravam com vários objetos, faziam sons esquisitos e contorciam-se de uma forma peculiar.

O médico daquela região não teve dúvidas, tratava-se de algo sobrenatural. Entretanto, outra menina de 11 anos, chamada Ann Putnam, começou a exibir sintomas semelhantes.

Pressionadas pelos magistrados Jonathan Corwin e John Hathorne, as três raparigas acabaram por apontar o dedo às pessoas que, alegadamente, as tinham enfeitiçado: Tituba, a escrava afro-caribenha do reverendo Parris, Sarah Good, uma mulher sem-abrigo, e Sarah Osborne, uma idosa que vivia na pobreza.
Tituba
As três mulheres foram interrogadas ao longo de vários dias. Osborne e Good declaram-se inocentes, mas Tituba acabou por confessar: “o Diabo apareceu-me e obrigou-me a servi-lo”.

Durante o interrogatório, descreveu as imagens de cães negros, gatos encarnados, pássaros amarelos e um homem negro, “que queria que eu assinasse o seu livro”.

A escrava disse que existiam outras bruxas "à solta", que tinham como objetivo destruir os puritanos. As três mulheres acabaram por ser detidas.

MZ

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Em 1642 serias bruxa se...

Ilustração de uma bruxa de Salem
No ano de 1642, na cidade de Salem, em Massachusetts, aconteceu um dos episódios mais terríveis da história antiga dos EUA, que ficou marcado como o último julgamento envolvendo "bruxas.

Como o que aconteceu durante a época da Inquisição, os motivos para que uma mulher fosse considerada bruxa eram praticamente absurdos, de tal maneira que hoje muito provavelmente qualquer pessoa poderia ser considerada uma bruxa.

Então na época, uma pessoa poderia ser considerada bruxa se:

- Se tivesse uma família com poucos filhos e as viúvas que viviam sozinhas também poderiam ser acusadas

- Não ser independente financeiramente - existem vários relatos da época que contam que as pessoas eram perseguidas por dependerem demais dos seus vizinhos para comer ou manter as suas próprias casas. Ter um nível social muito baixo e não te dinheiro para se sustentar era motivo suficiente para criar inimizades, e na época bastava alguém lhe denunciar de bruxaria para ser condenado

- Ser muito atraente - se um homem casado, se apaixonasse por alguém de forma não correspondida, ele poderia denunciar por tê-lo enfeitiçado

- Ter marcas de nascença no corpo, qualquer marca que fugisse da "normalidade" poderia ser uma causa para acusação de bruxaria. Muitas mulheres eram acusadas pelas suas sardas, mamilos extras e até lesões na pele. Em muitos casos, essas marcas eram chamadas de "marcas da besta"

- Enquanto os homens eram encorajados a ter uma personalidade forte, a defender a honra a qualquer custo, as mulheres que agiam desta forma eram vistas como anormais, influenciadas por alguma "força maligna"

- Ter relações sexuais fora do casamento, viver de forma "promiscua" para os padrões da época, tendo relações fora do casamento ou casando mais de uma vez, poderia levar à pena de morte

- Fazer reuniões envolvendo duas ou mais mulheres não eram bem vistas na altura. Para que um grupo de mulheres pudesse se reunir em público, era necessário que um homem estivesse presente, caso contrário o encontro poderia ser visto como algum tipo de adoração do mal

- Em alguns casos, pessoas que tivessem algum conhecimento sobre métodos medicinais e tratamentos médicos podiam também ser acusadas de bruxaria. Apesar de muitas supostas bruxas terem curado muitas pessoas a partir do uso de ervas medicinais e outras técnicas, bastavam algum tipo de desentendimento com alguém para que todo esse conhecimento se voltasse contra a pessoa

- Ser mulher, era das principais condições para que uma pessoa fosse considerada bruxa. Das 19 pessoas enforcadas em Salem, 14 eram mulheres

- Ter relações com alguém acusado de bruxaria, muitas vezes ter a amizade "errada" poderia custar-lhe a vida durante os julgamentos de Salem

- Se os vizinhos não estavam a conseguir ter filhos, eles poderiam acusar o vizinho de estar a roubar os seus futuros filhos através de bruxaria. E como tudo dependia da própria arbitrariedade dos julgadores, provar inocência não era fácil

- Apenas o facto de se ser idosa naquela época não era suficiente para uma incriminação de bruxaria, mas era um fator, que juntando a outros, podia complicar bastante as probabilidades de provar a sua inocência


MZ

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