quinta-feira, 18 de abril de 2019

Queima dos Livros na Alemanha Nazi

Grande queima dos livros na Alemanha nazi, em 1933
A queima dos livros era um acontecimento que ocorria num local público, onde se queimava livros e outros registos escritos que destruíam os interesses nazis, numa forma de censura.

A queima assume um símbolo de um regime opressivo que procurou silenciar e censurar um aspeto da cultura da nação.

Em 1933, logo após a chegada ao poder de Adolf Hitler, foram realizadas queimas de livros considerados contrários à ideologia nazi dominante em praças de várias cidades alemãs, coma  presença da polícia, bombeiros e outras autoridades.
- Em Munique, foi usada a Königsplatz (PT: Praça do Rei), no dia 10 de maio de 1933
- Em Berlim, foi usada a Opernplatz (PT: Praça da Ópera), atual Praça Bebel.

Centenas de milhares de livros foram queimados no auge de uma campanha iniciada pelas fraternidades estudantis. Os estudantes, em particular os membros das fraternidades, do Destacamento Tempestade (SA) e da Tropa de Proteção (SS), participaram nestas queimas.

Entre os livros queimados pelos nazis, contavam-se obras quer de autores já falecidos como também autores recentes, perseguidos pelo regime, como:
- Thomas Mann
- Heinrich Mann
- Walter Benjamin
- Bertolt Brecht
- Lion Feuchtwanger
- Leohard Frank
- Erich Kästner
- Alfred Kerr
- Robert Musil
- Carl von Ossietzky
- Erich Maria Remarque
- Joseph Roth
- Nelly Sachs
- Ernst Toller
- Kurt Tucholsky
- Franz Werfel
- Sigmund Freud
- Albert Einstein
- Karl Marx
- Heinrich Heine
- Ricarda Huch
Alguns autores proibidos na Alemanha Nazi
Um facto curioso foi o de Oskar Maria Graf não incluindo na lista, para seu espanto, os seus livros não só foram banidos como até foram recomendados pelos nazis. Em resposta, Oskar publicou um artigo intitulado "Verbrennt mich!" (PT: "Queimem-me!") no jornal de Viena Arbeiter-Zeitung (PT: Jornal dos Trabalhadores).
Em 1934, o seu desejo foi concedido e os seus livros foram, também, banidos pelos nazis.
Oskar Maria Graf
A opinião pública e a intelectualidade alemãs ofereceram pouca resistência à queima. Editoras e distribuidoras reagiram como oportunismo, enquanto a burguesia optou por se distanciar, passando a responsabilidade aos universitários.

Também outros países acompanharam a destruição de forma distanciada, chegando a minimizar a queima como resultado do "fanatismo estudantil".

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

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