sexta-feira, 30 de julho de 2021

Shigeki Tanaka - Sobrevivente de Hiroshima, a Ganhar a Maratona de Boston

 

Shigeki Tanaka, sobrevivente de Hiroshima, a ganhar a Maratona de Boston
Fonte: É Desporto

Shigeki Tanaka nasceu a 7 de abril de 1931, no Japão. Tinha 13 anos e vivia a 32 km de Hiroshima na altura do bombardeamento atómico em 1945.

Mais tarde, relembrou: "Vimos uma luz forte e ouvimos um pouco de barulho. Mas ninguém pensou sobre isso... três dias depois, ouvimos a terrível notícia."

Os atletas japoneses foram impedidos de participar nos Jogos Olímpicos de Verão de 1948, em Londres, e de todas as grandes competições internacionais após a Segunda Guerra Mundial.

A Maratona de Boston de 1951 foi apenas a segunda competição atlética pós-Segunda Guerra Mundial, após os Jogos Asiáticos de 1951 realizados um mês antes, a convidar atletas japoneses.

Shigeki foi um dos quatro corredores japoneses convidados para competir por Will Cloney, da Boston Athletic Association.

Os quatro japoneses receberam uma cerimónia de boas-vindas organizada por militares do Estaleiro Naval de Charlestown.

Como Tanaka era de Hiroshima, o "The Boston Globe" o apelidou de "menino atómico", que ele considerou "um fardo".

Shigeki Tanaka tornou-se o primeiro vencedor japonês da Maratona de Boston. Venceu com 2:27:45, o terceiro tempo mais rápido da história do evento até à altura.

A vitória de Tanaka fez crescer no Japão um entusiasmo duradouro pela corrida de longa distância e uma afeição pela Maratona de Boston.

A sua vitória foi um marco na restauração da dignidade e da honra do país destruído pela Segunda Guerra Mundial.

Esta vitória marcou o início de uma forte relação atlética entre o Japão e Boston, e o início de uma tradição de vitórias japonesas na corrida.

A 5 de maio de 1998, a sua casa em Utsunomiya foi assaltada e a medalha da Maratona de Boston foi roubada. A Boston Athletic Association concedeu-lhe uma medalha de substituição a 10 de julho de 1998, pela sua conquista como o primeiro japonês a vencer o evento.

A medalha roubada foi recuperada numa investigação policial a 22 de julho de 1998.



Fonte: Wikipédia


MZ

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quarta-feira, 28 de julho de 2021

Mónica - Inspiração da Personagem Mónica

Mónica Sousa, inspiração para a banda desenhada "A Turma da Mónica"
Fonte: Fatos Desconhecidos

Mónica, nascida em 1960, é a filha do cartunista Maurício de Sousa, foi ela que inspirou a criação da personagem de uma das bandas desenhadas mais famosas do Brasil: "A Turma da Mónica".

Monica foi a inspiração para a personagem com o mesmo nome, Mónica.

Monica descobriu que era a inspiração da personagem aos 7 ou 8 anos, após uma colega de escola lhe dizer que ela era a personagem das tirinhas da Folha, o que a deixou curiosa, e teve a sua dúvida confirmada pelo seu pai.



Fonte: Fatos Desconhecidos | Wikipédia


MZ

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segunda-feira, 26 de julho de 2021

Vestido do Antigo Egito - Beadnet Dress

Vestido do Antigo Egito - Beadnet Dress
Fonte: Rainhas Trágicas - Mulheres, Guerreiras, Soberanas

Vestido de linho trabalhado em formato de rede com contas, feito por volta do ano 2551-2528 a.C., no Antigo Egito, durante o reinado do Faraó Quéops

A cor das contas desbotou, mas a rede era originalmente azul e azul esverdeado, imitando lápis-lazúli e turquesa.

Conhecida como Beadnet dress, a peça foi encontrada em 1927 no complexo de Gizé e pertence à IV Dinastia.

O seu elegante padrão indica que a moda feminina no Egito era utilizada mais do que como um mero adereço e sim como um fator de distinção entre as classes. O vestido era usado sem nada por baixo.

Este vestido encontra-se exposto no Museu of Fine Arts de Boston.



Fonte: Rainhas Trágicas - Mulheres, Guerreiras, Soberanas


MZ

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sábado, 24 de julho de 2021

Enterro dos Cavalos - Primeira Guerra Mundial

Cavalos a serem enterrados numa vala - 1914
Fonte: Museu de Imagens

Vários cavalos são enterrados numa vala comum após morrerem na Batalha de Haelen, travada entre o exército belga e alemão a 12 de agosto de 1914, na Bélgica.

Milhões de cavalos morreram durante a Primeira Guerra Mundial. Os cavalos eram utilizados como meio de transporte, alimento e como "armas de guerra" nas batalhas.



Fonte: Museu de Imagens


MZ

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quinta-feira, 22 de julho de 2021

Apetite da Rainha Vitória

Rainha Vitória do Reino Unido
Fonte: História das Monarquias - Sapo

A Rainha Vitória foi o símbolo do imperialismo britânico no séc. XIX, apoiante da expansão territorial inglesa e do fortalecimento da burguesia industrial. Vitória eternizou a imagem de soberana sólida, digna e confiável. No entanto, um é uma mulher marcada por perdas, contradições e transtornos emocionais.

Tinha um grande apetite, vivia sob dietas impostas pelos seus pais devido à sua grande fome. De acordo com a historiadora britânica Cecil Woodham Smith, os seus pais começaram a preocupar-se cm o facto da princesa "comer demais e quase sempre um pouco rápido demais". No entanto, quando se tornou rainha, as coisas mudaram.

Mesmo que na sociedade da época um corpo magro fosse o mais valorizado, a sua posição como mulher poderosa no Reino Unido fez com que ela pudesse fazer praticamente tudo o que quisesse, incluindo grandes e fartos jantares.

Vitória passou a ignorar as restrições que poderiam tentar fazer ao seu corpo e apetite e desenvolveu um paladar cada vez mais estrondoso.

As enormes refeições contavam com diversos tipos de alimentos, os quais ela poderia escolher ao longo da noite. Sopas, peixes, frango e rosbifes. Batatas eram a maior paixão de Vitória à mesa, de todas as formas de confeção.

Vitoria preferia comer pratos que tivessem ingredientes sazonais, alimentando-se sempre de comidas que estivessem na época.

Gostava muito das refeições salgadas, mas preferia os doces. Gelados, bolos e tartes eram a perdição de Vitória, que os comia como se não houvesse amanhã. Sabe-se também que um dos seus doces favoritos era a tarte de cranberry com creme.

É possível perceber o gigantesco paladar por doces logo na sua festa de casamento, em 1840, com Albert de Saxe-Coburgo-Gota. O bolo tinha por volta de 680kg e quase 3 metros de comprimento.

Além de comida, também adorava bebidas alcoólicas. Era uma amante do uísque, principalmente nos seus últimos anos de vida, mesmo que muitos médicos tivessem dito para diminuir o seu consumo.

MZ

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terça-feira, 20 de julho de 2021

Mão Negra

Selo da Organização Terrorista Mão Negra
Fonte: Wikipédia

Unificação ou Morte, também conhecido como Mão Negra, foi uma organização nacionalista sérvia que recorreu ao terrorismo como forma de atividade política.

Esta sociedade secreta foi fundada no Reino da Sérvia, a 10 de junho de 1910, por ex-membros de uma sociedade semi-secreta chamada Narodna Odbrana (PT: "Defesa do Povo"), dedicado à realização do pan-eslavismo e do nacionalismo, através de assassinatos, com a intenção de unir todos os territórios com populações eslavas do sul anexadas pela Áustria-Hungria.

O objetivo declarado de reunificação, num Estado único todos os membros do povo sérvio, significava um confronto com a Áustria-Hungria, que dominava a Bósnia e Herzegovina, território, que de acordo com a organização, deveria ser integrado ao novo Estado sérvio.

A Mão Negra foi o grupo responsável por planear e organizar o assassinato do herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro, o Arquiduque Francisco Fernando da Áustria e a sua mulher, Sofia Chotek, em Saraievo.

O atentado e as suas consequências foram um dos gatilhos da Primeira Guerra Mundial.

No entanto, os autores do ataque eram membros da organização Jovem Bósnia.

A Mão Negra foi extinta em 1917 pelo Governo da Sérvia após o julgamento de Salônica. Foi a primeira organização terrorista do mundo.

MZ

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domingo, 18 de julho de 2021

Expedição Kon-Tiki

Barco Kon-Tiki em exposição num museu na Noruega
Fonte: Wikipédia

O Kon-Tiki foi o barco utilizado pelo explorador norueguês Thor Heyerdahl (1914-2002), na sua expedição pelo Oceano Pacífico, partindo da América do Sul para a Polinésia, em 1947, com o objetivo de demonstrar a possibilidade de que a colonização da Polinésia tinha sido realizada por via marítima por indígenas da América do Sul.

Thor Heyerdahl
Fonte: Wikipédia

Hyerdahl defendia a teoria de que os povos da América do Sul poderiam ter alcançado a Polinésia em tempos pré-colombianos.

Quis demonstrar a possibilidade de que a colonização da Polinésia tinha sido realizada por via marítima da América do Sul, em jangadas idênticas ao barco utilizado durante a expedição, e conduzido apenas pelas marés, correntes e força do vento, que é quase constante, na direção leste-oeste ao longo do Equador.

Esta expedição foi financiada através de empréstimos, e contou com doações de militares do exército dos EUA.

Heyerdahl viajou para o Peru, algum tempo antes, junto com um pequeno grupo de pessoas e dentro do espaço previsto pelas autoridades nacionais, dedicava-se à construção da jangada.  Para isso, foram utilizadas toras de madeira balsa e outros materiais nativos, e manteve o estilo de construção indígena como visto nas imagens deixadas pelos conquistadores espanhóis.

Heyerdahl após a expedição escreveu o livro "American Indians in the Pacific (PT: "Os Índios Americanos no Pacífico"), onde se pode encontrar material sobre a expedição Kon-Tiki.



Fonte: Wikipédia


MZ

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sexta-feira, 16 de julho de 2021

Acidente na Indy 500 - 1995

 

Acidente na Indy 500 - 1995
Fonte: Motorsport.com - Uol

No dia 28 de maio de 1995, Stan Fox, cercado de expectativas devido à sua atuação nos treinos, sofreu um dos acidentes mais violentos da história da Indy 500 e do automobilismo norte-americano, ainda na primeira volta.

Stan Fox
Fonte: Midget Madness

O acidente envolveu ainda Lyn St. James, Gil Ferran, Carlos Guerrero e Eddie Cheever.

Ao chegar à primeira curva, Stan Fox perdeu o controlo do carro que escorregou para a esqueda. Então viraria o volante para a direita, mas isto teria consequências sérias para Stan Fox, que foi em direção ao muro, levando Eddie Cheever juntamente com ele. Ambos batem, e o carro de Stan chega a "voar" após bater com muita violência no muro.

Ao cair no asfalto, o que restou do veículo arrastou-se com Stan no cockpit e com as pernas expostas. O acidente foi tão violento que o brasileiro Christian Fittipaldi, que terminou em segunda na prova, o comparou com "uma bomba explodindo na pista".

A equipa de resgate, ao aproximar-se encontrou o piloto à beira da morte. Levaram-no ao centro médico de Indianápolis, e o estado de saúde do piloto era considerado muito grave.

Foi estabilizado e levado para o Hospital Metodista, onde foi diagnosticado com um hematoma subdural no cérebro de Stan Fox, que chegou a ser operado para a remoção do sangue e para conter o inchaço.

Stan Fox ficou em coma durante cinco dias, surpreendendo os médicos. O piloto deixaria o hospital em julho e iniciaria um longo processo de recuperação que duraria três anos, inicialmente numa clinica de reabilitação, e em seguida, em casa. Este processo incluiu o reaprender atividades e operações básicas.

Quando se recuperou, anunciou que não voltaria a competir profissionalmente, decidindo criar uma fundação para ajudar pessoas que sofreram sérios ferimentos na cabeça a se reintegrar na sociedade.

Stan viria a morrer aos 48 anos de idade, a 18 de dezembro de 2000 num acidente na cidade de Waiouru, na Nova Zelândia, quando o seu carro bateu noutro, o acidente teria acontecido devido a uma crise convulsiva de Stan, que tinha passado a sofrer de convulsões desde o acidente em 1995.



Fonte: Wikipédia


MZ

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quarta-feira, 14 de julho de 2021

Livro Negro

A Sonderfahndungsliste GB - Livro Negro

A Sonderfahndungsliste GB, ou Livro Negro, foi uma lista feita pela SS quando se preparavam para a Operação Leão Marinho, que planeava a invasão da Grã-Bretanha, em 1940, após a derrota da França pela Alemanha na Segunda Guerra Mundial.

Esta lista só foi descoberta depois da guerra, tinha centenas de nomes de personalidades da vida britânica que deveriam ser presas e executadas pelos Einsatzgruppen, os esquadrões da morte da SS.

A informação foi preparada pelo Gabinete Principal de Segurança do Reich (RSHA), sob Reinhard Heydrich. Mais tarde, SS-Oberführer Walter Schellenberg afirmou nas suas memórias que ele tinha feito a lista, no final de junho de 1940.
Reinhard Haydrich (esquerda) e Walter Schellenberg (direita)

A lista tinha 2820 nomes de pessoas, incluindo cidadãos britânicos e exilados europeus, que deveriam ser imediatamente presos e executados.

As abreviaturas após os nomes indicavam se o indivíduo seria detido pela RSHA Amt IV (Gestapo) ou Amt VI (Ausland-SD, Foreign Intelligence).

Muitos dos nomes da lista já tinham morrido quando a lista foi elaborada, como Sigmund Freud, o que mostrava um certo desconhecimento da realidade da sociedade britânica.

A 17 de setembro de 1940, o SS Dr. Franz Six foi designado para uma posição em Londres, onde implementaria as prisões e ações pós-invasão contra as instituições anti-nazis potencialmente perigosas, incluindo a igreja da Inglaterra e os escuteiros. Mas no mesmo dia, Hitler adiou a invasão indefinidamente.
Dr. Franz Six

A lista foi descoberta em setembro de 1945, no final da guerra, em Berlim.

Das 20 mil cópias do folheto "Livro Negro", apenas dois existem atualmente, porque o armazém onde estavam armazenados foi bombardeado e consequentemente destruído. Um dos originais encontra-se no Imperial War Museu, em Londres e o outro na Hoover Institution Library and Archives.

A 14 de setembro de 1945, o jornal "The Guardian" informou da descoberta do documento na sede da polícia da segurança do Reich em Berlim.

Alguns dos integrantes mais importantes da lista eram:
- Winston Churchill, o primeiro-ministro britânico
Winston Churchill

- Neville Chamberlain, ex-primeiro-ministro britânico
Neville Chamberlain

- George Bernard Shaw, escritor
George Bernard Shaw

- Charles de Gaulle, líder da resistência francesa
Charles de Gaulle

- Sir Norman Angell, foi Nobel da Paz em 1933
Sir Norman Angell

- Virgínia Woolf, escritora
Virgínia Woolf

- Sigmund Freud, psicanalista
Sigmund Freud

- Nancy Astor, política
Nancy Astor

- Robert Baden-Powell, fundador e líder do escotismo
Robert Baden-Powell

Ser incluído nesta lista foi considerado uma marca de honra.

MZ

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segunda-feira, 12 de julho de 2021

Sobreviveu a 18 Injeções Letais

Romell Broom
Fonte: Blog da Floresta

Romell Broom nasceu a 4 de junho de 1956, nos EUA.

Romell foi preso por assassinato, sequestro e violação. Condenado em 1984 pelo rapto e morte de Tryba Middleton de 14 anos, em East Cleveland.

Em 2003, recebeu uma oferta do Estado de Ohio para realizar um teste de ADN para provar a sua inocência, no entanto, o resultado não o inocentou.

A audiência de clemência concluiu que "o resultado do ADN não indica uma combinação exata, no entanto indica a probabilidade de Broom não ser o doador é de 1 em 2,3 milhões. Cabe ressaltar que 8 ou 9 homens negros no país teriam o mesmo perfil." Romell Broom pediu um novo teste de ADN independente e uma mudança de equipa de advogados. 

Romell também tem condenações de roubo, roubo qualificado e quatro sequestros de crianças do sexo masculino, e uma condenação de violação de uma menina.

Foi condenado à morte e a sua execução foi marcada para o dia 15 de setembro de 2009. Entretanto, a equipa responsável por conduzir a sua execução tentou durante duas horas estabilizar um acesso intravenoso por onde seria administrada a injeção letal, antes do governador de Ohio Ted Strickland autorizasse o adiamento por uma semana da execução.

Durante as duas horas, Romell Broom sobreviveu a 18 injeções letais.

Os advogados argumentaram que a primeira tentativa de execução foi uma punição cruel e incomum e que executá-lo significaria que o seu depoimento seria perdido, prejudicando assim a ação judicial que questiona a constitucionalidade do procedimento da injeção letal no Ohio.

O juiz do Tribunal Distrital dos Estados Unidos, Gregory L. Frost, marcou para 30 de novembro de 2009 a audiência e desde fevereiro de 2011 Broom aguarda o resultado de um recurso.

A Amnistia Internacional iniciou uma campanha para informar o público sobre a falha na tentativa de execução.

Também existe um documentário sobre o caso: "The Second Execution of Romell Broom" de Michael Vehoeven e o próprio Romell Broom conta a sua história através do e-book "Survivor on Death Row".



Fonte: Wikipédia | Notícias.uol

MZ

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sábado, 10 de julho de 2021

Conrad Schumann o Soldado que Saltou o Muro de Berlim

 

Conrad Schumann a saltar o Muro de Berlim
Fonte: Facebook

Conrad Schumann (1942-1998) foi um soldado da Alemanha Oriental que foi destacado para controlar a linha divisória na rua Bernauer, marcada por arames farpados, pois o Muro de Berlim ainda não estava totalmente construído.

Tornou-se famoso a 15 de agosto de 1961, quando saltou a cerca que dividia o país e que daria origem ao Muro de Berlim nos tempos da Guerra Fria.

A sua foto a saltar a cerca correu o mundo.

As icónicas fotografias da fuga de Conrad Schumann
Fonte: Wikipédia



Fonte: Wikipédia


MZ

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quinta-feira, 8 de julho de 2021

A Fábrica de Carnes contada por Upton Sinclair

Indústria de carnes em Chicago, 1906
Fonte: Aventuras na História

Foi com diversas denúncias de jornalistas e especialistas na área que os EUA, finalmente colocaram regras para a sua produção frigorífica.

Antes da criação da Food and Drug Administration (PT: "Administração de Alimentos e Drogas), em 1906, a situação nas fábricas era a pior imaginável.

Uma das publicações que mais chocou o público dos EUA foi o livro "A Selva" de 1906, do jornalista Upton Sinclair.

Segundo o relatado pelo jornalista, a higiene nas fábricas era provavelmente a última coisa que era pensada dentro das fábricas que produziam carne. Se os trabalhadores precisassem de lavar as mãos antes de deixarem o local, eles deveriam usar os tanques de água da salmoura para os embutidos. Além disso, existiam ratos e desperdícios/lixo por toda a parte da produção, que geralmente não eram retirados para deixar a instalação minimamente limpa.

Para tentar aumentar o volume na produção, sem ter que gastar mais dinheiro com isso, os trabalhadores eram orientados a dar um "aumento" em inúmeras receitas, principalmente às de carnes enlatadas. Bórax e glicerina eram adicionadas à comida para que ela parecesse mais nova, banha colocada em muitos alimentos, papéis, também, e qualquer coisa que caísse dentro das máquinas ficavam na receita. Os químicos tornaram-se numa característica comum nas carnes produzidas pela indústria de Chicago.

Desperdício não era permitido dentro das fábricas, mesmo que se pretendesse mandar fora a carne estragada. Se alguma parte da produção caísse no chão, onde já estavam ratos e expetorações dos trabalhadores com tuberculose, ela seria colocada de volta no produto que iria para o consumidor. Caso restos de roedores mortos por veneno ficassem na carne, era tudo muito escuro para que estes fossem retirados.

Como descrito por Sinclair, o produto continha pontas de carne defumada que a máquina não podia cortar por serem muito pequenas, tripas com químicos que a deixavam menos branca, restos de presunto e carne encontrados no chão da fábrica, as peles das carnes e tempero, qualquer um só para dar algum gosto.

Acidentes de trabalho aconteciam a todo instante, como já era habitual nas linhas de produção do séc. XX, no entanto, aqui, os acidentes ficavam na comida. Se alguém perdia um dedo numa serra e este caia dentro dos recipientes de carne que eram depois colocados numa trituradora, a duas mil rotações por minuto. Ninguém iria reparar, já que o membro ia misturado com o resto.

"Às vezes, os funcionários caíam nos tachos e, quando eram retirados, nunca havia o suficiente deles para que pudessem ser exibidos - por vezes, isso era ignorado por dias, até que tudo menos os ossos era lançado no mundo como Banha Pura Durham", escreveu o jornalista.

Jornalista Upton Sinclair
Fonte: Wikipédia



Fonte: Aventuras na História


MZ

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terça-feira, 6 de julho de 2021

Vida de Versalhes levou à Revolução

Vida em Versalhes
Fonte: Wikipédia

Versalhes no final do séc. XVIII era um mundo à parte. 
Palácio de Versalhes
Fonte: França - France.fr
Além do enorme palácio real, o local era composto por prédios anexos que abrigavam a corte e serviam de sede do governo.

Ficava a 23 km de Paris e alheios à vida miserável da maioria dos franceses, os nobres viviam uma rotina luxuosa financiada pela população explorada.

As 10 mil pessoas instaladas, 3 mil nobres e 7 mil empregados, gastavam 6% de todo o dinheiro dos franceses.

O restante era consumido por dívidas militares, e sobrava muito pouco para os outros 19 milhões de franceses espalhados pelo país.

O rei Luís XVI, desinteressado do seu papel como governante, estava distante da política. A rainha Maria Antonieta, distraia a corte com boa música, jogos e festas que arrastavam o país para uma irresponsabilidade administrativa.
Rainha Maria Antonieta e o Rei Luís XVI da França
Fonte: Rainhas Trágicas
Assim fica fácil de perceber os motivos da Revolução de 1789, que levaria os reis a serem guilhotinados  e poria fim à monarquia absolutista.

Os empregados de Versalhes vinham de famílias pobres e tinham, entre outras obrigações, recolher os penicos e escarradeiras e despejar o conteúdo nas fossas do lado de fora do palácio.

Mas trabalhar no palácio trazia vantagens, como a comida era muita e era possível subir posições dependente do talento ou de favores.

Grandes festas ocorriam pelo menos três vezes por semana. Algumas duravam dias com óperas e jogos nos jardins.

Havia também as mais íntimas, no Petit Trianon, a residência particular da rainha, só nestas festas eram gastos 1 milhão de libras por ano.
Petit Trianon, residência particular de Maria Antonieta
Fonte: Dicas de Paris
O rei raramente participava nas festas, levando uma vida quase reclusa nos seus aposentos, com amigos, amantes e gatos.

Apesar da numerosa guarda real, era comum haver ladrões infiltrados nas festas. Relógios, moedas e objetos valiosos desapareciam com frequência até nos aposentos do rei. Também eram constantes as visitas de indigentes ao palácio.

Comer também era uma festa, um simples jantar envolvia dezenas de empregados. Eram pelo menos sete opções de pratos para cada um dos serviços: entradas, sopas, carnes, assados, vegetais e legumes, sobremesas, cafés e licores.

Os pratos impressionavam ao olhar e ao paladar. Num único dia, eram consumidos 60 gansos, dezenas de peixes e outras aves em quantidade ainda maior.

O desinteresse a pouca afinidade do rei com o governo abriu espaço a fações políticas afeitas a todo o tipo de corrupção e intriga, as chamadas coteries. A convivência tão próxima de grupos divergentes criou um clima cínico nos salões.

Manter-se em Versalhes era caríssimo. Os nobres precisavam vestir-se de maneira luxuosa e ter dinheiro para carteados, carruagens e cabeleireiro. Enquanto uma família burguesa de vida mediana gastava 15 mil libras por ano, uma duquesa gastava a mesma quantia num único vestido, feito de ouro. Os burgueses, que negociavam os tais tecidos, enriqueceram à custa dos caros hábitos da nobreza.

Passear pelos canteiros dispostos em formas geométricas era uma das atividade mais comuns e prazerosas. O próprio rei costumava caminhar de 4 a 8 km entre os 132 km das ruelas ladeadas por árvores frutíferas.

Para manter este verde todo, além dos canais, lagos e fontes instalados no jardim, eram necessários 3600 metros cúbicos de água por hora. Enquanto isso, apenas algumas dezenas de casas tinham água em Paris.

Além disso, os artistas recebiam grandes incentivos da corte. Mozart e Salieri apresentavam-se em concertos semanais.

Peças de teatro foram financiadas pela rainha, cerca de 1200 peças foram encenadas nos 19 anos de reinado, e mais de 20 mil obras, entre pinturas, desenhos e esculturas, estavam/estão expostas no palácio.

Pensadores e intelectuais como Diderot, Rousseau e Robespierre também eram respeitados e se tornaram assunto na corte.


Fonte: Aventuras da História

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domingo, 4 de julho de 2021

Marcha do Sal

Mahatma Gandhi na Marcha do Sal
Fonte: Wikipédia

No dia 12 de março de 1930, Mahatma Gandhi e vários discípulos iniciaram uma marcha em protesto ao domínio britânico na Índia.

A caminhada, de quase 400 km, durou 25 dias em direção ao litoral.

Gandhi e os seus seguidores paravam de cidade em cidade para descansar, conseguindo assim mais simpatizantes.

O protesto foi incitado pelo facto de que, naquela época, os indianos eram obrigados a comprar produtos industrializados do Reino Unido, sendo proibidos de extrair sal do seu próprio país. 

No dia 6 de abril, depois do banho, ritual sagrado para os hindus, Gandhi apanhou um punhado de sal à beira-mar, e o seu gesto foi repetido simbolicamente pelos milhares de indianos ali presentes. Em resposta a estes atos, os britânicos prenderam mais de 50 mil indianos, entre eles o próprio Gandhi.

Mesmo com a prisão de Gandhi a marcha continuou, em direção às salinas ao norte de Bombaim. 

Aproximaram-se em silêncio dos depósitos de sal, guardados por 400 polícias, que investiram contra eles com cassetetes.

Os protestantes foram caindo, sem esboçar gestos de defesa. Cada coluna que avançava era igualmente abolida.



Fonte: Wikipédia


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sexta-feira, 2 de julho de 2021

Acidente Aéreo no Voo Aloha Airlines 243


A 28 de abril de 1988 o avião Boeing 737 da Companhia Aérea Aloha Airlines, do voo 243, saiu de Hilo com destino a Honolulu, ambas as cidades no Hawai. 


Após a inspeção do avião, nada de anormal foi detetado. Além disso, as condições meteorológicas também estavam ótimas para voar.

No entanto, após a descolagem normal e atingir a altura de 7300 mil metros, o avião sofreu uma descompressão explosiva da fuselagem, o que fez um buraco enorme no revestimento metálico do teto do avião de 5 metros.

Como consequência desse buraco, uma tripulante foi sugada para fora do transporte aéreo, foi Clarabelle Lansing, uma hospedeira experiente, de 58 anos, que se encontrava perto dos assentos da 5ª fileira de pé. O seu corpo nunca foi encontrado.

Todos os passageiros estavam sentados e a usar o cinto de segurança quando se deu a explosão.

Apesar da morte da hospedeira, esta foi a única morte em decorrência do acidente. As outras 94 pessoas a bordo sobreviveram quando o capitão Schornstheimer conduziu o avião para o aeroporto mais próximo, o de Kahului, na ilha de Maui.

Foram treze minutos desde a explosão até ao aeroporto. A aterragem foi realizada com segurança. Após a aterragem, os tripulantes e os passageiros foram retirados com rapidez do avião.

No total, 65 pessoas ficaram feridas, oito delas em estado grave.

Na época, Maui ão tinha um centro de emergência para acidentes deste género, por isso valeu a cooperação da população local

As vítimas foram levadas para o hospital mais próximo, muitas foram levadas por carrinhas por funcionários do aeroporto, já que a cidade só tinha duas ambulâncias.

Por coincidência, dois paramédicos estavam no local e ajudaram a realizar um processo de triagem dos tripulantes e passageiros, ainda na pista.

Após diversas análises do avião, os especialistas chegaram à conclusão que o acidente foi causado por uma deficiência na manutenção e inspeção e por problemas na estrutura da fuselagem.

Durante uma entrevista, o passageiro Gayle Yamamoto disse aos investigadores que tinha reparado numa rachadura na fuselagem no momento do embarque, mas que não tinha avisado ninguém.

Até ao dia do acidente o avião da Aloha Airlines já tinha mais de 35 mil horas de voo, mais do dobro do número de ciclos de voos para o qual o avião foi construído. Além disso, o avião operou por muitos anos numa área exposta a elementos como sal e humidade, o que ajudou na corrosão do material.

Desde este acidente, as companhias aéreas passaram a investir na qualidade de programas de manutenção e inspeçáo para evitar mais casos como este.

O avião do acidente foi demolido e além deste, mais dois aviões da Aloha Airlines também foram destruídos, por apresentarem problemas idênticos.


Fonte: Aventuras na História | Wikipédia

MZ

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