domingo, 30 de janeiro de 2022

Sophie Blanchard - Primeira Mulher Vítima de um Acidente Aéreo

Sophie Blanchard
Fonte: Wikipédia

Sophie Blanchard (1778-1819) foi a primeira mulher a trabalhar como balonista profissional e, depois da morte do seu marido, pioneiro no balonismo Jean-Pierre Blanchard, continuou a balonar, fazendo mais de 60 subidas.

Conhecida por toda a Europa pelos seus espetáculos, entreteve Napoleão Bonaparte, que a promoveu ao cargo de "Aeronauta dos Festivais Oficiais", substituindo André-Jacques Garnerin.

Com a restauração da monarquia francesa em 1814, apresentou-se a Luís XVIII, que a chamou de "Aeronauta Oficial da Restauração".

O balonismo era uma situação perigosa. Sophie perdeu a consciência em algumas ocasiões, suportou temperaturas congelantes e quase se afogou quando o seu balão caiu num pântano.

Em 1819, tornou-se a primeira mulher a falecer num acidente aéreo quando, durante uma exposição nos Jardins Tivoli, em Paris, lançou fogos de artifício que inflamaram o gás no seu balão. O balão caiu no telhado de uma casa, provocando a sua morte.

Morte da Sra. Blanchard, uma ilustração do final do século XIX
Fonte: Wikipédia



Fonte: Wikipédia


MZ

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sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Reconstituição das Estátuas do Templo de Abu-Simbel

Reconstituição da entrada do Templo de Abu-Simbel
Fonte: Rainhas Trágicas - Mulheres, Guerreiras, Soberanas

O Templo de Abu-Simbel é um complexo arqueológico constituído por dois grandes templos escavados na rocha, situados no sul do Egito.

Mas este não é o seu local original de construção, devido à construção da barragem de Assuão, e do consequente aumento do caudal do rio Nilo, o complexo foi trasladado do seu local original durante a década de 1960, com a ajuda da UNESCO.

Os templos foram construídos por ordem do Faraó Ramessés II em homenagem a si próprio e à sua esposa preferida Nefertari. O Grande Templo de Abul-Simbel é um dos mais bem conservados de todo o Egito.

A construção começou por volta de 1284 a.C. e terminou quase 20 anos depois. O exame com raios-x comprovou a existência de pigmentos coloridos na fachada principal do edifício.



Fonte: Wikipédia | Rainhas Trágicas - Mulheres, Guerreiras, Soberanas


MZ

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quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Seis Anos de História em Imagens

 

Fonte: MZ

Obrigada por me acompanharem ao longo destes seis anos. Gosto muito de poder escrever e partilhar as minhas pesquisas e descobrir a história de cada imagem, muitas que eu também não conhecia.

Continuo aqui, espero que por muitos anos para continuar a partilhar convosco a história do mundo.

Beijinhos e abraços


MZ

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quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Noyades

Noyades
Fonte: Wikipédia

Noyades foi uma forma de execução coletiva que Jean-Baptiste Carrier aplicou na cidade francesa de Nantes, em 1793, por ele descrita como "execução vertical do degredo", durante a fase do Terror da Revolução Francesa.

Jean-Baptiste Carrier
Fonte: cópias de arte - cópias de pinturas na WahooArt

Consistia em fazer afundar, num barco, no rio Loire, dezenas de pessoas.

Segundo o historiador alemão Otto Flake, Nantes fora "entregue ao furor de Carrier, sanguinário patológico, egresso diretamente dos romances de Sade".

Mas Carrier não apenas praticava o morticínio desenfreado, praticava também atos de orgias, se a vitima fosse uma mulher bonita, tinha que lhe servir primeiro no leito.

As Noyades duraram até 24 de fevereiro de 1794.



Fonte: Wikipédia


MZ

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segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

D. Luísa de Gusmão, Rainha de Portugal

D. Luísa de Gusmão, Rainha de Portugal

Luísa Maria Francisca de Gusmão e Sandoval nasceu em Huelva, em Espanha, a 13 de outubro de 1613.

Filha de João Manuel Peres de Gusmão, Duque de Medina Sidónia e de Joana Lourença Gomes de Sandoval e Lacerda.

Em 1621, com a subida ao trono de Filipe IV de Espanha (III de Portugal), o plano de incorporação de Portugal na Coroa de Espanha já tinha realizado duas fases: a da união pela monarquia dualista jurada em Tomar por Filipe II, prometendo o respeito pela autonomia do Governo de Portugal e a fase da anexação, durante o reinado de D. Filipe III.

No início do reinado de D. Filipe IV falta apenas consumar a absorção de Portugal. Esta fase poderia ser feita através de três caminhos, indicadas pelo Conde-Duque de Olivares:
- Realizar uma cuidadosa política de casamentos, para confundir e unificar os vassalos de Portugal e de Espanha;
- Ir o Rei Filipe IV fazer Corte temporária em Lisboa;
- Abandonar a letra e o espírito dos capítulos das Cortes de Tomar, que colocava na dependência do Governo autónomo de Portugal os portugueses admitidos nos cargos militares e administrativos do Reino e do Ultramar, passando a ser Vice-reis, Embaixadores e Oficiais palatinos de Espanha.

Dos três caminhos, aquele que era talvez o mais difícil de realizar era o da política de casamentos. O casamento de D. Luísa de Gusmão com o Duque de Bragança surgiu como uma oportunidade a não perder. Juntando assim duas importantes Casas Ducais, uma de Espanha e outra de Portugal, esperava-se por seu intermédio vir a impedir o levantamento de Portugal contra a Dinastia Filipina.

O casamento entre D. Luísa de Gusmão e D. João (futuro D. João IV de Portugal) aconteceu a 19 de dezembro de 1632. Os recém-casados só se veriam a 12 de janeiro de 1633, na ponte do Caia, dirigindo-se de seguida para a Sé Catedral de Elvas, lugar onde se procedeu à ratificação do casamento.
D. João IV, Rei de Portugal

D. João perdia-se de amores por jovens bonitas, não procurando a mulher e divertindo-se nos seus relacionamentos extraconjugais. No Paço Ducal de Vila Viçosa, onde habitavam na altura ainda como Duques, respirava-se um clima de grande cultura e musicalidade. O futuro rei dedicava-se à composição e execução de música sacra, dotando o seu espírito guerreiro e interventivo de uma espiritualidade rara.

D. Luísa de Gusmão, no entanto, apoiou a política do marido no rebelião contra a Espanha.

Após a aclamação do seu marido como Rei D. João IV de Portugal, o casal instalou-se com os filhos em Lisboa.

Do casamento nasceram sete filhos: Teodósio (1934), D. Ana (1635), D. Joana (1636), D. Catarina (1638), D. Manuel (1640), D. Afonso (1643) e D. Pedro (1648).

D. Luísa de Gusmão era Regente sempre que o Rei ia à fronteira do Alentejo, como em julho de 1643, auxiliada nos negócios públicos por D. Manuel da Cunha, Bispo Capelão-mor, Sebastião César de Meneses e o Marquês de Ferreira.

D. João IV determinou que a sua mulher, detivesse todas as terras que tinham pertencido à anterior Rainha D. Catarina, com as respetivas rendas, direitos reais, tributos e ofícios, padroados, e toda a jurisdição e alcaidarias mores, de acordo com a Ordenação Manuelina.

As terras que lhe foram entregues eram: Silves, Faro, Alvor, Alenquer, Sintra, Aldeia Galega e Aldeia Gavinha, Óbidos, Caldas da Rainha e Salir do Porto.

Por Carta de 10 de janeiro de 1643 foram confirmadas as doações e jurisdição das Rainhas. A 9 de fevereiro do mesmo ano, foram doadas a D. Luísa de Gusmão as terras da Chamusca e Ulme, mais bens pertencentes ao morgado Rui Gomes da Silva e ainda o reguengo de Nespererira, Monção e Vila Nova de Foz Côa.

Com a morte do seu marido, em 1656, segundo o testamento de D. João IV, D. Luísa foi nomeada Regente durante a menoridade do seu filho, D. Afonso VI, aclamado no Paço da Ribeira a 15 de novembro de 1656, aos 13 anos.

Procurou organizar o Governo de modo a impor-se às fações palacianas em jogo. Nomeou D. Francisco de Faro e Noronha, Conde de Odemira, para aio do monarca e manteve os ofícios da Casa Real nas mãos dos que os exerciam no tempo do marido.

Faleceu em Lisboa, a 27 de fevereiro de 1666. Encontra-se sepultada no Panteão dos Braganças, no Mosteiro de São Vicente de Fora em Lisboa.

Para a História ficaria conhecida como a mulher que, confrontada com as hesitações do seu marido em encabeçar as lutas contra D. Filipe IV de Espanha, referiu: "Antes Rainha por um dia, do que Duquesa por uma vida".

MZ

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sábado, 22 de janeiro de 2022

Fraude - Homem de Piltdown

Fraude - Homem de Piltdown
Fonte: Wikipédia

O conhecido como Homem de Piltdown foi uma fraude científica formada por fragmentos de um crânio e de uma mandíbula recuperados nos primeiros anos do séc. XX numa mina de cascalho em Piltdown, vila do condado inglês de Sussex.

Os especialistas da época afirmaram que os fragmentos eram restos fossilizados de uma até ali desconhecida espécie de homem primitivo.

O nome em latim para a nova espécie foi Eoanthropus Dawsoni, em homenagem a Charles Dawson, que em 2016 foi considerado responsável pela fraude.

O achado permaneceu objeto de controvérsia até que, com o avanço da ciência, foi declarada em 1953 como uma fraude, consistindo da mandíbula inferior de um símio combinada com o crânio de um homem moderno, totalmente desenvolvido.

Segundo relatórios, também foi utilizada uma lima para desgastar os dentes para parecerem mais velhos, os ossos foram submetidos a substâncias químicas com o mesmo objetivo.

Foi sugerido que a fraude tinha sido obra da pessoa da pessoa responsável pela sua "descoberta", Charles Dawson.



Fonte: Wikipédia


MZ

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quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Surrealist Ball

Surrealist Ball
Fonte: Pinterest

O Surrealist Ball foi organizado pelos Barões Guy e Marie-Hélène de Rothschild, em 1972, no seu Chateau Ferrières que ficava perto de Paris.

Barões Guy e Marie-Hélène de Rothschild
Fonte: Glamurama - Uol

Entre os convidados estavam Salvador Dalí e Audrey Hepburn.

Os empregados estavam vestidos como gatos e os convidados tiveram de atravessar as salas através de tiras de tecido elaboradas como se fossem teias de aranha.

Foram também convidados os Duques Jaime e Claudine de Cadaval. 

O convite para o jantar de todos os "surrealistas" tinha de ser lido em frente a um espelho.

O dress code exigia smoking para homens e vestidos compridos para as senhoras e cabeças ornamentadas de inspiração surrealista para todos, inclusivo para os anfitriões.

Muitos foram disfarçados com os rostos pintados de modo a evocar obras surrealistas, já que a festa tinha em Magritte e em Dalí a fonte de inspiração para o tema.

Salvador Dalí (esquerda) e Magritte (direita)
Fonte: Imgur

Um dos convidados disse que, felizmente, "a comida não era surrealista".

Estavam presentes pouco mais de duas centenas de convidados íntimos do Barão e da Baronesa de Bothschild.

Diziam as más línguas disseram que uma festa tão extravagante tinha a ver com as dificuldades do Barão de Rothschild que, assim, tentava criar a ilusão de estabilidade financeira. 



Fonte: Must


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terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Última Enforcada do Reino Unido - Ruth Ellis

Ruth Ellis - a última mulher enforcada do Reino Unido
Fonte: The Independent

Ruth Ellis nasceu a 9 de outubro de 1926, em Rhyl, no País de Gales.

Durante a sua infância, mudou-se com a família para Hampshire e, em 1941, para Londres. Na sua adolescência, Ruth entrou no mundo das boates de Londres, o que a levou a uma vida caótica que incluiu vários relacionamentos com homens.

Um dos seus relacionamentos foi com David Blakely, um piloto de corridas noivo de outra mulher. No domingo de Páscoa, 10 de abril de 1955, Ruth disparou em David no bar Magdala, em Hampstead e foi imediatamente detida por um policia que se encontrava fora de serviço.

David Blakely e Ruth Ellis
Fonte: Robbies world blog

No seu julgamento em junho de 1955, foi considerada culpada de assassinato e sentenciada à morte.

Foi enforcada a 13 de julho de 1955, na Prisão de Holloway, em Londres, na Inglaterra.

Como era costume nas execuções, foi enterrada numa sepultura sem identificação dentro das paredes da prisão.

No início dos anos 1970, os restos mortais de mulheres executadas foram exumados para serem enterrados noutro local, o corpo de Ruth Ellis foi colocado no cemitério da Igreja de St. Mary em Amersham, Buckinghamshire. Na sua lápide foi escrito "Ruth Hornby 1926-1955". O filho de Ruth, Andy, destruiu a lápide pouco antes de se suicidar, em 1982.

O caso de Ruth causou uma grande controvérsia na época, levando a um especial interesse da imprensa e do público. No dia da sua execução, a colunista do Daily Mirror, Cassandra escreveu uma coluna atacando a sentença, escrevendo: "A única coisa que dá estrutura e dignidade à humanidade e nos eleva acima dos animais terá sido negada a Ruth - a piedade e a esperança da redenção final",

A petição ao Ministério do Interior pedindo clemência foi assinada por 50 mil pessoas, mas o Secretário do Interior conservador, o major Gwilym Lloyd George, rejeitou-a.

No noticiário britânico Pathé ao se falar da execução de Ruth Ellis questionou-se abertamente a pena de morta, de uma mulher ou de qualquer pessoa, ainda teria lugar no séc. XX.

Embora a execução tenha sido em geral apoiada pelo público britânico, esta ajudou a fortalecer o apoio à abolição da pena de morte, que foi interrompida na prática por assassinato na Grã-Bretanha dez anos depois.

Ruth era casada com George Ellis, que após a morte da mulher entregou-se ao alcoolismo e morreu por suicídio, enforcando-se num hotel em Jersey a 2 de agosto de 1958.

O filho, Andy, que tinha 10 anos na altura da sentença da sua mãe, suicidou-se em 1982. O juiz da primeira instância, Sir Cecil Havers, enviou dinheiro todos os anos para a educação de Andy, e Christmas Humphreys, o advogado de acusaão do julgamento de Ruth, pagou o seu funeral.

Ruth Ellis com o filho, Andy
Fonte: Find A Grave

A filha de Ruth, Georgina, que tinha três anos na época do enforcamento da mãe, foi adotada depois da morte do seu pai. Morreu aos 50 anos, vítima de cancro.


Fonte: Bastidores da História | Wikipédia


MZ

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domingo, 16 de janeiro de 2022

Crânio - Souvenir da Segunda Guerra Mundial

Foto de Ralph Crane
Fonte: Bastidores da História

Uma jovem "funcionária de guerra" do Arizona escreve ao namorado da Marinha uma nota de agradecimento pelo crânio japonês que ele lhe enviou,.

Uma imagem rara e perturbadora, ainda hoje é um mistério. Não se sabe o que aconteceu ao crânio, nem sequer o que aconteceu com a jovem, ou o soldado que lhe enviou o presente.

A fotografia foi tirada por Ralph Crane, apresentada na revista LIFE como uma foto da semana na edição de 22 de maio de 1944.

A legenda original da imagem é: "Há anos atrás, quando ele se despediu dela, Natalie Nickerson, 20, trabalhadora de guerra de Phoenix, Arizona, prometeu-lhe um japonês. Na semana passada, Natalie recebeu um crânio humano, autografado pelo tenente e 13 amigos, e escreveu: 'Este é um bom jap - um morto capturado na praia da Nova Guiné'. Natalie, surpresa com o presente, chamou-o de Tojo. As forças armadas desaprovaram fortemente este tipo de coisa."



Fonte: Bastidores na História


MZ

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sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Radar Humano

 

Radar Humano
Fonte: Fatos Desconhecidos

Era uma profissão, cujo trabalho consistia em detetar a aproximação dos aviões inimigos, uma função muito solicitada nas décadas de 1920 e 30, antes do aparecimento dos radares por ondas de rádio de alta frequência.



Fonte: Fatos Desconhecidos | Paulo Gurgel


MZ

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quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Movimento de Maio de 1968

Manifestantes do Movimento de Maio de 1968
Fonte: Esquerda.net

O Movimento de Maio de 1968, na França, tornou-se ícone de uma época onde a renovação dos valores veio acompanhada pela proeminente força de uma cultura jovem.

A libertação sexual, a Guerra no Vietname, os movimentos pela ampliação dos direitos civis compunham toda a pólvora de um barril construído pela fala dos jovens estudantes da época.

Um espírito revolucionário tomava conta das ruas da capital francesa. Ouviam-se gritos de protestos e manifestações de insatisfação. As palavras de ordem estavam nas bocas, nos cartazes, em panfletos, em grafitis nos muros dos arredores das universidades.

Manifestantes do Movimento de Maio de 1968
Fonte: Editora Unesp

Haviam barricadas e confrontos diretos entre os manifestantes e a polícia de choque francesa. Cada pedra tirada da calçada ou coquetel molotov atirado em direção à polícia era revidado com cassetetes e bombas de gás lacrimogéneo.

Em maio de 1968 e as ruas de Paris assistiam aos protestos de jovens estudantes que reivindicavam renovação. Renovação em geral: do sistema burocrático aos padrões comportamentais, do modo de vida tradicional francês à forma de ensino adotada pelas universidades.

Aos estudantes, uniram-se os operários, por aumento de salário e melhores condições para a produção nas fábricas. Tudo ao ritmo do rock and roll e de drogas alucinógenas, notoriamente o LSD.

Manifestantes do Movimento de Maio de 1968
Fonte: Razão Inadequada

A explosão para a insatisfação dos estudantes foi um episódio em março de 1968, com uma revolta liderada pelo jovem Daniel Cohn-Bendit, na Universidade de Paris, em Nanterre. O cabelo ruivo, o comportamento incendiário e a simpatia esquerdista renderam-lhe a alcunha de Dany Le Rouge (PT: "Daniel, o Vermelho").

Daniel Cohn-Bendit, líder do movimento, com ativistas durante o protesto, em maio de 1968, em Paris
Fonte: Estadão

Daniel, anarquista de origem franco-alemã, filho de judeus alemães que fugiram do nazismo, comandou a revolta dos estudantes que ocuparam a torre administrativa da Faculdade de Sociologia, em março de 1968. Protestavam contra a prisão de seis colegas, no episódio que ficou conhecido como Movimento 22 de Março.

Ao longo das semanas seguintes, os universitários entraram num conflito com a polícia francesa, descontentes com a burocracia da instituição e as suas convenções, vistas como ultrapassadas.

Iam contra a burocracia que impedia, por exemplo, os alunos de dividir os quartos da residência universitária com colegas do sexo oposto.

Manifestantes do Movimento de Maio de 1968
Fonte: DomTotal

Os conflitos fizeram a universidade ser fechada a 2 de maio. Poucos dias depois, os alunos de Nanterre ganharam o apoio dos universitários da Sorbonne e os protestos alastraram-se por toda a França.

Os sindicatos de trabalhadores resolveram aderir e articularam uma greve geral.

Era para durar 24 horas, mas a capital francesa foi interditada por vários dias, começando a 18 de maio. Nas ruas, milhares protestavam contra as políticas trabalhista e educacional do governo De Gaulle.

O clima de agitação nas ruas, os atos de contestação dos estudantes nas universidades e a troca de ataques entre os jovens manifestantes e os policias foram observados ao longo de todo o ano de 1968.

Manifestantes do Movimento de Maio de 1968
Fonte: Hypeness

Mas foi o mês de maio que as revoltas na capital francesa foram percebidas com mais força, chegando ao conhecimento de outros países através dos meios de comunicação, como a televisão.

Segundo filósofos e historiadores este evento foi um dos mais importantes e significativos do séc. XX, porque não se deveu a uma camada restrita da população, como trabalhadores e camponeses, que eram a maioria, mas a uma insurreição popular que superou barreiras étnicas, culturais, de idade e de classe. Além disso, teve intrínsecas ligações com os acontecimentos do pós-guerra e com os da Guerra Fria.



Fonte: Aventuras na História | Wikipédia


MZ

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segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

O Túmulo de Caroline Christine Walter

 

O Túmulo de Caroline Christine Walter
Fonte: Pinterest

Este túmulo encontra-se num cemitério na Alemanha, pertence a uma rapariga de 17 anos, que morreu em 1867, vítima de tuberculose.

A sua família ficou profundamente triste com a perda da jovem que lhe resolveu fazer uma homenagem. Mandaram fazer uma escultura que representasse a rapariga. A escultura impressionou pela precisão.

Desde então um mistério mantem-se sobre o local, pois aparecem flores frescas todos os dias no local, embora ninguém saiba quem as leva.

O local acabou por se tronar num ponto turístico que atrai alguns visitantes que pretendem confirmar a história.



Fonte: Fatos Desconhecidos


MZ

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sábado, 8 de janeiro de 2022

Criança Brinca na Praia cheia de Minas

 

Fonte: Fatos Desconhecidos


Uma criança a brincar numa praia com um aviso de minas terrestres, corria o ano de 1944.



MZ

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quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Festival de Balões de Cleveland

Festival de Balões de Cleveland

Mais de um milhão de balões soltos no Festival de Balões de Cleveland, em 1986

A 27 de setembro de 1986, a cidade americana de Cleveland, provou que soltar balões não é uma coisa pouco perigosa. Tudo começou com o objetivo de atingir o recorde mundial de balões a hélio lançados simultaneamente.

O evento que envolveu 1,5 milhões de balões de látex com hélio, que demoraram várias horas a serem enchidos por 2500 estudantes e outros voluntários.

O acontecimento foi coordenado pela Balloonart by Treb, uma empresa com sede em Los Angeles, liderado por Treb Heinig, que passou seis meses a preparar o evento.
Balões soltos em Cleveland

Organizado pela United Way of Cleveland como uma espécie de evento de caridade, tinha planeado inicialmente soltar dois milhões de balões, mas acabaram por soltar menos 500 mil e arrecadando cerca de 1,4 milhões de dólares.

Haviam tempestades previstas para o final do dia do evento, por isso, a organização acabou por libertar os balões mais cedo. Quando a chuva começou, molhou os balões e os fez descer sem rebentarem.

Como consequência, os organizadores e a cidade enfrentaram ações judiciais que custaram milhões de dólares em prejuízos e custos do evento.

Os balões acabaram cobrindo a superfície do lago Erie e prejudicando os esforços de busca da guarda costeira de dois homens que estavam desaparecidos depois que o seu barco virou. Eles foram encontrados mais tarde mortos.
Balões no lago Erie

Os balões também assustaram vários cavalos de corrida caros, que acabaram feridos e levaram o seu dono a processar com sucesso o evento, por perdas e danos.

MZ

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terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Prémio Darwin - Prémio para a Morte Mais Parva

 

Fonte: Darwin Awards

O Prémio Darwin é uma espécie de Oscar para as pessoas que conseguiram morrer da forma mais inusitada ou estúpida. A premiação existe desde 1991, e o nome faz uma referência sarcástica ao criador da Teoria da Evolução, que propôs o estudo da mudança de características genéticas de uma geração para outra.

Apesar de toda a tragédia e da tristeza envolvidas nestes casos, as mortes são consideradas estúpidas por terem resultado de atitudes extremas e impulsivas, que poderiam ter sido evitadas com um pouco de bom senso.

Casos:

- Em 1998, Matthew Hubal obteve destaque entre os premiados depois de resolver praticar esqui sentado às 3h da manhã na Mammoth Mountain, na Califórnia, com os amigos. Para esquiar, o homem roubou a espuma de proteção de um dos postes do local para usar como esqui, mas acabou por morrer ao colidir com esse mesmo poste.

- O jovem Michael entusiasmou-se com os amigos na casa de um deles em 1998. Depois que o dono da casa reclamou que um dos seus peixes estava a comer os outros peixes do aquário, Michael resolveu dar uma lição ao animal e comê-lo vivo. O rapaz acabou por se engasgar e morreu asfixiado.

- Em 1999, um grupo de terroristas palestinianos conquistou o prémio por causa de um atentado que tinham planeado com carros-bomba em duas cidades israelitas. Nervosos com a tarefa, esqueceram-se de que uma das cidades tinha acabado de entrar em horário de verão e, por causa disso, um dos carros explodiu uma hora antes do previsto e matou três terroristas.

- O jovem americano Rashaad de 19 anos, resolveu "brincar" de roleta-russa com uma pistola semiautomática e por isso, ganhou uma menção honrosa dos Prémios Darwin em 2000.

- Um americano identificado como Ismael, de 25 anos, conduzia uma carrinha, quando perdeu o controlo do carro e bateu num poste de luz, derrubando fios de alta voltagem, em 2001. Sobreviveu ao acidente mas morreu eletrocutado quando tentou cortar um dos fios que prendia a porta do pendura levando um choque de 7500 volts.

- Dois agricultores morreram e um ficou seriamente ferido em 2001, na Hungria, depois de tentarem sacrificar um porco com eletricidade. Enquanto o primeiro foi eletrocutado, o segundo sofreu um infarto com o susto. O terceiro, por sua vez, ao tentar ajudar o primeiro, acabou por apanhar um choque.

- Em 2002, um homem, identificado como Gerald, tirou a sua própria vida durante uma perseguição policial em que inicialmente nem estava envolvido, no Colorado, EUA. Ao ouvir as sirenes, lembrou-se de que estava num carro roubado e resolveu sair disparado. Em determinado momento, ele saiu do carro e começou a correr, ao mesmo tempo que atirava contra a polícia com uma pistola. O homem, no entanto, não tinha a menor habilidade para correr e efetuar disparos ao mesmo tempo e, no meio da confusão, acabou por acertar na própria cabeça.

- Uma mulher de 32 anos, Tamar, em 2003, animada com a ideia de andar numa montanha-russa, em Indiana, nos EUA, retirou o cinto de segurança e levantou-se no ponto mais alto da atração, para a aventura ficar ainda mais radical. A mulher saiu disparada da montanha.

- Um homem foi encontrado atravessado na janela do seu apartamento com o rosto dentro do lavatório, que estava cheio de água quente, em 2004. A conclusão da morte foi que, ao voltar bêbado, ele optou por entrar na casa pela janela, mas ficou preso e, na tentativa de se soltar, acabou por abrir a torneira e morreu afogado, com as chaves de casa no bolso.

- Em 2004, o italiano Fabio, de 28 anos, ao sair para beber num bar com os amigos, ele que era fã de equipamentos de espionagem, resolveu exibir a sua mais recente aquisição: uma caneta. Acontece que o objeto era uma arma disfarçada e disparou durante o manuseio, fazendo com que Fabio morresse com uma bala na cabeça.

- Em 2005, foi a vez do croata Marko, de 55 anos, receber o prémio Darwin, depois de de arranjar uma nova forma de limpar a chaminé da sua casa. Amarrou uma vassoura numa corrente e na outra ponta, como contrapeso, utilizou uma granada, que explodiu e o matou.

- Em 2006, Darren um inglês de 33 anos foi encontrado cheio de facadas pelo corpo, o que, inicialmente, fez com que a polícia pensasse que o homem tivesse sido assassinado. Porém a mulher de Darren esclareceu o mistério ao revelar que o marido quis fazer um teste para saber se o casaco que tinha comprado seria, de facto, à prova de facas.

- Em 2007, Michael, que era alcoólico, viu-se impossibilitado de beber devido a uma doença bucal. Para saciar o seu desejo, o homem resolveu introduzir o líquido no intestino pelo ânus, mas colocou muita bebida na bolsinha que estava a usar injetar o álcool e acabou por morrer de overdose.

- Em 2008, Adelir António de Carli morreu ao voar amarrado a mil balões com gás hélio, e ter o caminho desviado pelo vento.

Adelir António de Carli
Fonte: Threader

- Em 2009, na Bélgica, dois homens explodiram-se ao tentar roubar uma caixa multibanco usando dinamites. Um deles foi encontrado debaixo dos escombros 12 horas depois e o outro chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu.

- A 25 de agosto de 2010, na Coreia do Sul, um paraplégico perdeu um elevador, irritado, começou a bater na porta várias vezes até que ela se abriu. O problema é que o elevador já estava noutro andar e o homem, de 40 anos, morreu ao cair no poço.

- O norte-americano Gary Allen Banning, de 43 anos, morreu na Carolina do Norte, após visitar um amigo mecânico e ingerir o que pensava ser uma bebida alcoólica. Acontece que o líquido era gasolina. Acabou por cuspir o que conseguiu depois de perceber o erro, mas acabou sujando as roupas e, depois de um tempo, resolveu acender um cigarro, o que com que começasse a arder, morrendo em 2012.

Gary Allen Banning e o local onde pegou fogo
Fonte: Daily Mail

- Lee Halpin planeava investigar e retratar o modo de vida da população sem-abrigo da cidade de Newcastle, na Inglaterra. Optou por encarnar um personagem e fingiu ser um sem-abrigo. Como resultado, morreu "congelado" num albergue de qualidade duvidosa, em 2013.

Lee Halpin
Fonte: Chronicle Live

- Um estudante indiano de 20 anos, identificado como Maksood, morreu em 2014, depois de invadir a jaula de um tigre branco, no zoológico de Nova Déli. Apesar de ter sido advertido duas vezes, o jovem resolveu saltar para a parte em que o animal se encontrava.

Maksood na jaula com o tigre branco
Fonte: India.com

- James Burns, de 34 anos, morreu depois de tentar consertar um camião em movimento no Michigan, nos EUA. Enquanto um amigo dirigia o veículo, ele tentava descobrir a causa de um barulho.

- Em 2015, um presidiário da Croácia depois de ser isolado numa cela acolchoada, resolveu usar um isqueiro que tinha conseguido contrabandear, com as algemas colocadas, para começar um incêndio proposital. As imagens das câmeras de segurança mostram o entusiasmo do homem no começo, até que ele se apercebeu que iria morrer na sala.

- Em 2016, o motorista Clifford Ray Jones, de 58 anos, estava a conduzir pelos EUA sem calças, sem cinto de segurança e com um telemóvel a exibir um filme pornográfico. Tinha ainda o teto solar do carro aberto. Distraído durante a madrugada e com as mãos fora do volante, perdeu o controlo do carro e foi projetado para fora do veículo.

- Em junho de 2017, na Rússia, um casal morreu enquanto fazia sexo no banco de trás do carro, parado perto de um lago. Optaram por deixar o veículo em ponto morto. Com os movimentos, o casal fez com que o carro se movesse em direção ao lago, onde ambos morreram afogados.

- Em maio de 2018, na Índia, Prabhu Bhatara estava a voltar de um casamento quando parou o carro na beira da estrada para fazer xixi. De onde estava, viu um urso ferido e chegou à conclusão de que seria uma boa ideia fazer uma selfie com o animal. Os passageiros do veículo que estavam com o homem, preferiram não interferir e, em vez disso, filmaram a cena. Acontece que o urso não estava tão ferido e atacou Prabhu assim que este se aproximou. Um cão ainda tentou defender o homem, mas não adiantou. Enquanto o homem morreu, o urso foi tratado por guardas florestais e o cão saiu ileso 

Prabhu Bhatara
Fonte: Daily Mail




Fonte: Bol


MZ

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domingo, 2 de janeiro de 2022

Quarto Anti-Divórcio

Reconstituição do quarto
Foto: Stephen McGrath
Fonte: BBC

Na vila de Viertan, na região da Transilvânia, existia um quarto onde os casais que se queriam divorciar, eram fechados.

Durante 300 anos, esta prática foi utilizada, o casal era trancado no quarto até seis semanas com o objetivo de resolverem os seus problemas.

Segundo o Padre da zona, Ulf Ziegler disse à BBC: "Graças a esta construção abençoada, nos 300 anos em que Biertan foi a sede da diocese só tivemos um divórcio".

O local era pequeno, com teto baixo, paredes grossas, uma mesa com uma cadeira, um baú e uma cama tradicionalmente saxónica, que parece pequena o suficiente para pertencer a uma criança. Só havia um cobertor e uma almofada, logo tinham que ser divididos.

O luteranismo, a religião dos saxões transilvânicos, governava a maioria dos aspetos da vida e, apesar do divórcio ser permitido em algumas circunstâncias, como o adultério, a preferência era que os casais tentassem salvar a relação.

O casal que pretendia divorciar-se voluntariamente visitaria o bispo, que os enviava para esta prisão matrimonial para ver se as diferenças entre eles poderiam ser resolvidas antes da separação.

Se o divórcio realmente acontecesse, o marido deveria dividir os seus bens com a sua ex-mulher, mas sele se casasse e se divorciasse de novo, a segunda esposa não teria direito a nada.



Fonte: Fatos Desconhecidos | BBC


MZ

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