quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Ativista Annie Lumpkins

 

Ativista Annie Lumpkins na cadeia da cidade Rocky, em 1961
Fonte: COCKTAIL - WordPress.com

Annie Lumpkins foi a mais jovem ativista dos EUA pelo direito ao voto feminino, entrou para a lista das 25 mulheres mais poderosas que mudaram a história.

Aos 18 anos, era a ativista mais jovem entre os estudantes (brancos e negros) que integravam o "Freedom Riders" (PT: "Cavaleiros da Liberdade").

Na imagem, temos uma fotografia histórica de 1961, onde Annie, detida em Little Rock, mas acabou por não ser presa e foi fotografada enquanto era dispensada pelo delegado Glascock.

Na altura estava a circular um autocarro do grupo Freedom Riders, pelos EUA,, desafiando as leis de Jim Crow.

Os relatos sobre os jovens estudantes é angustiante. Suportaram derramamento de ódio e de violência, sendo espancados e presos por onde passavam. Um dos autocarros foi bombardeado e incendiado por membros da Ku Klux Klan.

Em Birmingham e Montgomery, multidões de supremacistas brancos invadiram as estações de autocarros e espancaram os condutores do autocarro e a polícia local recusou-se a intervir.

O caos em Montgomery foi capturado por fotógrafos de notícias, chocando o país e provocou uma crise no governo Kennedy, que depois de alguma hesitação e muito alvoroço público veio em auxílio do grupo. 



Fonte: Facebook - História Preta - Fatos & Fotos | Mulheres na História


MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

terça-feira, 28 de setembro de 2021

D. Amélia, Imperatriz do Brasil

D. Amélia, Imperatriz do Brasil

Amélia Augusta Eugénia Napoleona, nasceu em Milão, na Itália a 31 de julho de 1812.

Filha do General Eugénio de Beauharnais e da Princesa Augusta da Baviera.
Pais de D. Amélia: General Eugénia de Beauharnais e a Princesa Augusta da Baviera

Após a queda de Napoleão Bonaparte em 1814, o seu pai assumiu o título de Duque de Leuchtenberg, e fixou residência em Munique.

Depois da morte do seu pai a família ficou numa situação complicada, sem grandes perspetivas para o futuro. Embora fossem Nobres, o seu parentesco com o Napoleão não facilitava o seu deslocamento entre as Cortes e o reconhecimento da sua Nobreza.

A possibilidade de casar D. Amélia com o Imperador do Brasil, D. Pedro I (IV de Portugal) pareceu à sua mãe, a melhor alternativa para garantir à Casa de Leuchtenberg um estatuto régio.
Imperador D. Pedro I do Brasil (Rei D. Pedro IV de Portugal)

Após a morte da primeira mulher de D. Pedro, D. Maria Leopoldina, em dezembro de 1826, D. Pedro incumbiu o Marquês de Barbacena de procurar por uma nova esposa na Europa.

D. Pedro tinha imposto quatro condições para aceitar uma nova mulher: deveria ser de bom nascimento, bela, virtuosa e culta. O que complicava as buscas pois não eram muitas as princesas disponíveis que satisfaziam todos os requisitos.

Além disso, a imagem de D. Pedro não era muito boa na Europa, devido à sua amante, a Marquesa de Santos, pois dificilmente alguma candidata deixaria as Cortes europeias para casar-se com alguém que tinha fama de infiel, assumindo também os cinco filhos do anterior casamento.

Após oito princesas terem recusado casamento com D. Pedro, então este baixou as expectativas passando apenas a procurar uma noiva "bela e virtuosa". Surgiu então a D. Amélia como uma boa possibilidade.

D. Amélia não tinha uma linhagem particularmente distinguida por parte da mãe, e o seu pai, enteado de Napoleão Bonaparte, em muitos lugares não tinha a sua Nobreza reconhecida justamente pelo ódio que o ex-Imperador francês suscitara na maioria da Europa.

D. Amélia era muito bela, alta, bem proporcionada, com um rosto delicado e bem alourados. O Marquês de Resende, foi enviado para confirmar a formosura da jovem, escreveu ao Imperador enchendo-a de elogias e disse que ela tinha "um ar de corpo como o que o pintor Correggio deu nos seus quadros à Rainha Sabá". Era, também, muito culta e sensível.

Então o casamento foi arranjado. A convenção matrimonial foi assinada na Inglaterra a 30 de maio de 1829, ratificada a 30 de junho em Munique, pela mãe e tutora da noiva. A 30 de julho, foi confirmado, no Brasil, o tratado do casamento de Sua Majestade com D. Amélia.

Ao confirmar-se o casamento, D. Pedro terminou definitivamente a sua ligação à Marquesa de Santos e instituiu, como prova de boas intenções, a Ordem da Rosa, cujo o lema é "Amor e Fidelidade".

A cerimónia do casamento, realizada por procuração em Munique, na capela do Palácio de Leuchtenberg, a 2 de agosto, foi singela, contando com poucos convidados, já que D. Amélia decidiu doar a um orfanato de Munique a doação enviada por D. Pedro para uma celebração faustosa.

D. Pedro foi representado pelo Marquês de Barbacena e D. Amélia tinha apenas 17 anos e o seu marido 30 anos.

A mãe da noiva preveniu-a das dificuldades pelas quais a filha passaria e providenciou que esta fosse preparada. Além de um bom dote e enxoval, aconselhou-a, recomendando que demonstrasse os seus sentimentos e deixasse de lado a timidez para não desestimular o marido, que fosse amorosa com os enteados e, sobretudo, se mantivesse fiel, como Imperatriz, aos interesses brasileiros.

A sua mãe incumbiu o cientista Carl Friedrich von Martius de, durante a sua viagem, instruí-la sobre a nação que governaria, e a Condessa de Itapagipe, de introduzi-la no conhecimento da personalidade do seu marido, da língua portuguesa e dos costumes da Corte brasileira.
Cientista Carl Friedrich von Martius

D. Amélia chegou ao Rio de Janeiro, no Brasil, a 15 de outubro de 1829, na fragata Imperatriz, vinda de Ostende, na Bélgica, antes da data prevista.

Diz a tradição que ao saber que o navio se aproximava, D. Pedro embarcou num rebocador para encontrá-lo fora da barra, e ao ver que a beleza da esposa correspondia às suas expectativas, desfaleceu de emoção.

Acompanhavam-na a bordo o Marquês de Barbacena e a pequena Maria da Glória, filha de D. Pedro e futura D. Maria II de Portugal, também o irmão da noiva vinha na embarcação, Augusto de Beautharnais.

Pouco depois do primeiro encontro do casal, os filhos do primeiro casamento de D. Pedro conheceram a madrasta ainda no navio que a trouxera, para almoçarem todos juntos.

No dia seguinte, chovia com intensidade, D. Amélia desembarcou, sendo recebida com uma solene procissão. Em seguida dirigiu-se, com D. Pedro, à Capela Imperial para receberem as bênçãos nupciais.

D. Amélia deslumbrou todos com a sua beleza, realçada por um longo vestido branco e um manto bordado em prata, segundo a moda francesa. Depois da cerimónia houve uma celebração pública com fogos de artifício e a Corte foi servida com um grande banquete de Estado.
Cerimónia de casamento de D. Amélia e D. Pedro I do Brasil (IV de Portugal) - 1829

É apresentada formalmente como nova Imperatriz à Corte, em janeiro de 1930, com um baile em que todas as damas se vestiram de cor-de-rosa, a sua cor preferida. Apenas no dia seguinte, o casal iniciou a sua lua-de-mel, passando seis semanas na fazenda do Padre Correa, local onde futuramente se ergueria a cidade de Petrópolis.

Quando voltaram e D. Amélia se instalou no Palácio de São Cristóvão, percebeu a falta de protocolo que lá havia. D. Amélia impôs à Corte como língua oficial o francês e o cerimonial de uma Corte europeia. Procurou atualizar a moda e a culinária, redecorou o palácio e renovou os serviços de pesa e pratas, tentando refinar os costumes.

Segundo relatos, a relação de D. Amélia com os enteados foi muito positiva. Tendo cativado imediatamente o afeto do seu marido, pela sua bela aparência, seu bom senso e a sua gentileza no trato conseguiram o mesmo com as crianças.

D. Amélia também foi uma figura importante para resgatar a popularidade do seu marido e animá-lo num momento difícil do novo Império, mas o entusiasmo gerado pelo casamento entre a população durou pouco. A precariedade da situação económica e a turbulência política levaram a uma crise incontornável, e a 7 de abril de 1831 D. Pedro abdicou, deixando o trono para o seu filho, D. Pedro de Alcântara.

Após a abdicação voltaram à Europa, D. Améla seguiu com D. Pedro, agora com o titulo de Duques de Bragança, de navio para a Europa. D. Amélia estava grávida de três meses e terá sofrido muito com os enjoos.
Apresentação da abdicação de D. Pedro I, atrás deste encontrava-se sentada D. Amélia, com D. Pedro II ao colo

A primeira paragem foi no Faial, no Arquipélago dos Açores, em Portugal, para reabastecer o navio, depois seguiram viagem rumo a Cherburgo, na França, chegando a 10 de junho de 1831. Foram recebidos com honras de monarcas reinantes, com uma salva de 21 tiros de canhão e um destacamento de cinco mil soldados da Guarda Nacional.

Foi-lhes oferecido um palácio para que se acomodassem, mas a 20 de junho D. Pedro seguiu para Londres, deixando D. Amélia, à qual se reuniu a D. Maria da Glória no dia 23 de junho.

D. Amélia acabou por estabelecer residência em Paris, na França. No dia 30 de novembro de 1831, deu à luz a Princesa Maria Amélia de Bragança, a que viria a ser sua filha única.
D. Amélia com a sua única filha, D. Maria Amélia em 1840

D. Pedro expressou a sua felicidade numa carta que escreveu a D. Pedro II que dizia: "A Divina Providência quis diminuir a tristeza que sente o meu coração paterno pela separação de V.M.I. (Vossa Majestade Imperial) dando-me mais uma filha e, à V.M.I., mais uma irmã". 

Enquanto isto, D. Pedro empreendia uma forte luta contra o seu irmão, D. Miguel I, pelo trono português, em nome da sua filha, D. Maria da Glória.

Com a notícia da vitória do Duque de Bragança em Lisboa, D. Amélia partiu com a sua filha e a enteada, D. Maria da Glória, para Portugal, chegando a Lisboa a 22 de setembro de 1833.

Com D. Miguel derrotado e exilado de Portugal, D. Pedro e a sua família estabeleceram-se inicialmente no Palácio do Ramalhão e, mais tarde, no Palácio Real de Queluz.

D. Pedro contraiu tuberculose e acabou por falecer a 24 de setembro de 1834. D. Amélia respeitou as disposições do testamento de D. Pedro, que desejava ter a sua filha ilegítima com a Marquesa de Santos, Maria Isabel, bem educada na Europa. D. Pedro também estipulara dotes para outros dos seus filhos ilegítimos, que foram concedidos às expensas da herança de D. Amélia e da sua própria filha.

D. Amélia não voltou a casar-se, mudou-se para o Palácio das Janelas Verdes e dedicou-se a obras de caridade e à educação da filha, que demonstrou possuir grande inteligência e interesse para a música, ocasionalmente visitavam a Baviera juntas.

Embora estando em território português, não eram consideradas parte da família real portuguesa. D. Amélia solicitou então ao governo brasileiro o reconhecimento dela e da sua filha como membros da família imperial brasileira, com direito a uma pensão, mas D. Pedro II ainda era menor de idade e o Brasil era governado por uma Regência, que temia uma possível influência da Imperatriz-viúva nos negócios de Estado, assim, recusou o reconhecimento como da filha  de Princesa brasileira e proibiu-a e à sua mãe de irem ao Brasil.

Com a maioridade de D. Pedro II, que mantinha boas relações com elas, esta situação alterou-se e a 5 de julho de 1841, D. Amélia e a filha foram reconhecidas como membros da família imperial brasileira.
D. Pedro II Imperador do Brasil

A filha de D. Amélia, D. Maria Amélia ficou noiva do Arquiduque Maximiliano da Áustria no início de 1852, no entanto a Princesa começou a mostrar sintomas de tuberculose, o que levou que se mudasse com a sua mãe para o Funchal, na Ilha da Madeira, chegando a 31 de agosto.

Porém, a Princesa não resistiu e morreu aos 22 anos de idade a 4 de fevereiro de 1853. A sua morte atingiu profundamente a sua mãe, que visitou o túmulo da filha todos os anos no dia 4 de fevereiro até morrer.

D. Amélia financiou a construção de um hospital no Funchal chamado "Princesa Dona Maria Amélia", ainda existente, e legou as suas propriedades na Baviera ao Arquiduque Maximiliano, a "quem ficaria feliz em ter como genro, se Deus tivesse conservado a sua amada filha Maria Amélia".
D. Amélia nos seus últimos anos de vida

Após a morte da filha, D. Amélia voltou a residir em Lisboa, onde faleceu a 26 de janeiro de 1873, aos 60 anos.

De acordo com o seu testamento, a sua principal herdeira foi a sua irmã, a Rainha da Suécia, D. Josefina, mas legou para o Brasil muitos documentos pertencentes a D. Pedro, hoje conservados no Arquivo Histórico do Museu Imperial de Petrópolis.
D. Josefina, Rainha da Suécia e irmã de D. Amélia

Foi sepultada na cripta do Monumento à Independência do Brasil, em São Paulo, transladados para o Brasil em 1982. Até aí estava sepultada ao lado do corpo do irmão de D. Pedro, D. Miguel, no Panteão dos Braganças, em Lisboa.

Em 2012 os restos mortais de D. Amélia, assim como de D. Pedro e da sua primeira esposa, D. Maria Leopoldina, foram exumados pela primeira vez da cripta Imperial por uma equipa de cientistas. Descobriu-se que o corpo de D. Amélia estava mumificado, com vários órgãos preservados. Os exames realizados revelaram que sofria de grave escoliose, uma deformação na coluna espinhal e osteoporose. Media entre 1,60 m e 1,66 m de altura e tinha perdido vários dentes. O vestido que usava era preto, já que desde a morte de D. Pedro, ela estaria de luto.

As causas da sua mumificação ainda não foram bem esclarecidas, mas descobriu-se que o seu corpo sofreu um processo de conservação após a morte, com a inoculação de substãncias aromáticas como a mirra. Também deve ter contribuído para o processo o lacramento hermético do caixão, impedindo a invasão de microrganismos que decompõem a matéria orgânica.

MZ

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domingo, 26 de setembro de 2021

Máscaras de Gás durante o Bombardeamento de Londres

Mulheres e Bebés a usarem máscaras de gás durante o bombardeamento de Londres, em 1940

O Bombardeamento da cidade de Londres foi durante a Batalha da Grã-Bretanha ou da Inglaterra, entre as forças aéreas da Alemanha Nazi e a força aérea britânica.

Esta batalha representou o primeiro movimento alemão com o objetivo de concretizar a posterior invasão das ilhas britânicas.


MZ

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sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Estátua de Ka-aper

Estátua de Ka-aper
Fonte: Bastidores da História

Esta estátua de Ka-aper, do Egito é feita de madeira. O número de estátuas de madeira que sobreviveram do Antigo Egito é muito pequeno, em comparação com as feitas em pedra.

As razões disso são que a qualidade da madeira local era má. A madeira de alta qualidade, como o cedro, teve que ser importada de lugares como o Líbano 

Outra razão é que a madeira não sobrevive tanto tempo quanto a pedra.

Esta estátua foi feita para o padre-leitor Ka-aper. Foi originalmente rebocado e pintado.

É representado numa pose de passadas largas, com o pé esquerdo à frente e a segurar um bastão (atualmente substituído por uma cópia) na mão esquerda.

O nível de realismo com que o tema é representado é impressionante e contrasta com o idealismo extremo em que os Reis e os membros da Família Real eram representados.

Ka-aper é mostrado como um homem corpulento, provavelmente refletindo o seu estatuto abastado. Os olhos requintados e as características faciais semelhantes a retratos adicionam à qualidade de vida da estátua.

A escultura é do Antigo Reino, da 5ª Dinastia (2465-2323 a.C.).



Fonte: Bastidores da História


MZ

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quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Idade Média - O Pecado do Sexo

Pintura da Idade Média
Fonte: Aventuras na História

Na Idade Média, o casamento só existia para gerar filhos e restringir a tentação sexual promovida pelo diabo. 

Segundo o monge Graciano, que codificou e sistematizou a lei canónica numa rigorosa coletânea que permaneceu válida durante toda a Idade Média, o excesso de sexo entre marido e mulher era condenável, uma vez que o impulso sexual era um defeito passível de reprimenda divina.

Documentos de tribunais eclesiásticos e civis, quase todos produzidos por homens, na sua maioria monges ou autoridades religiosas, dão conta que, nessa época, muitos bispos adotavam a visão de que todo o ato sexual, mesmo dentro do casamento, envolvia pecado.

No entanto, enquanto permanecesse dentro dos limites matrimoniais, para fins reprodutivos e não ocorresse noutras circunstâncias, seria tolerado como pecado venial.

Moderar a luxúria era a regra de todo o bom cristão. O excesso de sexo dentro do casamento era tema constante nos círculos eclesiásticos.

Santo Tomás de Aquino e Santo Alberto Magno afirmavam que o sexo, quando em excesso, encurtava a vida, mirrava o físico, diminuía a acuidade mental e prejudicava a visão

Santo Agostinho alertava: "É também adúltero o homem que ama com demasiado ardor a sua mulher".

O orgasmo, força incontrolável, não era considerado um prazer racional e o corpo feminino, mais suscetível ao pecado e à corrupção, necessitava de permanente vigilância masculina. A mulher era a tentadora e, portanto, a ela eram reservadas as punições mais rigorosas.

As relações deviam ser apenas no período da noite, sem nudez completa, o homem sobre a mulher, duas vezes por semana e sem provocar a volúpia por meio de gestos, palavras ou atitudes impudicas. Posições desviantes ultrajavam a ordem natural e provocavam a ira de Deus.

Imagens sobre a sexualidade na Idade Média
Fonte: YouTube

Se o casal fosse apanhado com a mulher em cima do marido, ou ainda, a fazer sexo oral, poderiam ser condenados a vários anos de prisão.

A Igreja determinou que a única posição consentida era a de "Missionário". Os cristãos acreditavam que essa posição era a única que representava como a mulher deveria se comportar diante do marido. O recato e o medo do pecado entre quatro paredes era tanto que muitas das vezes o casal não se despia para ter relações e chegavam ao limite de fazerem tudo com um lençol com um furo no meio.

Já no final do séc. XIII, De Secretis Mulierum, obra atribuída a Alberto Magno, alertava sobre os perigos de desobedecer aos parâmetros sexuais: "Os atos sexuais reprodutivos indevidos são causa de deficiências de nascimento, a monstruosidade é causada por uma forma irregular de coito".

De Secretis Mulierum de Alberto Magno
Fonte: - Wikimedia Commons

Outra das regras da Igreja em relação ao sexo era que as pessoas não deviam fazer sexo aos domingos, porque era o dia do Senhor, e também às quintas e sextas-feiras, que deveriam ser dias de preparação para a Comunhão.

Houve também três longos períodos de abstinência - durante a Quaresma, que podem durar entre 47 a 62 dias. Antes do Natal, que pode demorar pelo menos 35 dias. E, por volta da Festa de Pentecostes, que podia variar de 40 a 60 dias. Além disso, muitos dias de festa para Santos em particular também seriam considerados dias sem sexo.

Quem tinha relações com um homem efeminado ou outro homem, ou até um animal, devia jejuar por 10 anos.

A homossexualidade era um crime com pena de morte. A relação homossexual era chamada de sodomia e os praticantes poderiam e eram duramente punidos caso fossem descobertos. Mas dizem, que em exércitos em guerra, era permitido a relação entre soldados.

A quem se "contaminava" (masturbação), devia abster-se de carne por quatro dias. Aquele que desejava masturbar-se e não era capaz de fazê-lo, devia jejuar por 20 a 40 dias. Se era um jovem e se masturbava com frequência, devia jejuar 20 dias ou ser chicoteado.

Já a prostituição era considerada um ato pecaminoso, mas nas áreas urbanas da Europa medieval era tolerada como um mal necessário.

A palavra pénis poderia ter vários sinónimos, segundo o livro árabe medieval que falava sobre sexo e sexualidade: "O Jardim Perfumado do Prazer Sensual", escrito na Tunísia, no início do séc. XV. Este livro oferecia conselhos sinceros sobre sexo entre um homem e a sua mulher. Num dos seus capítulos, o autor lista os vários nomes que o pénis poderia ser chamado - parafuso, prisioneiro, padrão, órgão, pombo, guinchos, idiota, manteiga, mata-sede, intruso, chorão, pescoço longo, careca, cabra, perdiz, atrevido, tímido, funileiro, focinho, olheiro, entre outros.

Os senhores feudais, os donos das terras, com grande poder político, militar e económico, eram os únicos que tinham mais direitos nos assuntos relacionados ao sexo, na Idade Média. Além da esposa, tinham o direito de manter relações sexuais com qualquer noiva do seu feudo (terra) na noite do casamento dela.

Mesmo com o pouco conhecimento anatómico da época, usou-se o conhecimento que se tinha para inventarem o cinto de castidade. O modelo mais antigo é datado de 1405. Feito de metal, tinha aberturas farpadas que permitiam urinar, mas não ter relações sexuais.

Nesta época, inventou-se também a infibulação, técnica de costura da vagina para garantir a fidelidade da mulher. Ambas as técnicas eram muito utilizadas pelo senhor feudal que "selava" a esposa enquanto se ausentava para viagens.



Fonte: Aventuras na História | História Medieval | Diário de Biologia


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sábado, 18 de setembro de 2021

Alice S. Wells - Primeira Polícia Mulher da História

 

Alice S. Wells a primeira polícia mulher da História - Los Angeles, 1910

Alice Stebbins Wells nasceu a 13 de junho de 1873, em Manhattan, nos EUA.

Formou-se no Oberlin College e no Hartford Theological Seminary, onde um estudo que conduziu concluiu que havia uma grande necessidade de mulheres oficiais.

Serviu como ministra no Kansas e membro da Women's Christian Temperance Union.

Foi uma das primeiras polícias americanas nascidas nos EUA, contratada em 1910, em Los Angeles.

Juntou-se ao Departamento de Polícia de Los Angeles após uma longa batalha de petições com muitos cidadãos que a apoiaram ou que ela persuadiu. Com uma reação tão grande da comunidade, o major, comissário da polícia e o conselho da cidade de Los Angeles não teve outra desculpa a não ser permitir que Alice se tornasse a primeira polícia do LAPD e foi classificada no serviço público.

Fotografia oficial da LAPD de Alice S. Wells
Fonte: Wikipédia

Tornou-se a fundadora e primeira presidente da International Policewomen's Association e viajou pela América e Canadá para promover oficiais femininas.

Como não existia uniforme para as mulheres, foi Alice que o desenhou.

Devido à defesa de Alice pelos direitos das mulheres e crianças, muitas mulheres foram recrutadas após a Lei de Oportunidades Iguais de Emprego de 1972 para realizar tarefas de policiamento comunitário. Em parte, isto deve-se ao facto de que as polícias mulheres eram consideradas melhores para neutralizar situações potencialmente violentas do que os homens.

Foi nomeada a primeira presidente da Associação de Oficiais de Paz Feminina da Califórnia em 1928.

Alice era casada com um fazendeiro de Wisconsin, Frank Wells, e o casal teve três filhos, Ramona, Raymond e Gardner Wells.

Faleceu a 17 de agosto de 1957, aos 84 anos. O seu funeral teve a presença de oficiais de alto escalão do LAPD e uma guarda de honra de dez mulheres.


Fonte: Wikipédia


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quinta-feira, 16 de setembro de 2021

As Relações Íntimas de Marlon Brando

Marlon Brando
Fonte: Wand'rin' Star - WordPress.com

Marlon Brando (1924-2004) foi um ator de cinema e teatro e diretor norte-americano.

É reconhecido por dar um estilo realista e emocionante nas suas atuações em filmes, e é considerado um dos maiores e mais influentes atores de todos os tempos. E é, também, considerado um dos maiores símbolos sexuais masculinos de Hollywood.

Marlon definia-se como uma besta sexual, e que tinha mulheres a entrar pela porta e a sair pelas janelas da sua casa. Quando contratava uma secretária, ele explicava logo que era louco e viciado em sexo, um aviso para que não houvesse surpresas no caso de alguma investida.

As manifestações sexuais que iriam definir a sua vida íntima aos olhos do público tiveram início, provavelmente, quando Marlon tinha apenas 4 anos de idade. A sua mãe alcoólica, abandonou o seu marido e os três filhos, o pai de Marlon era abusador e também alcoólico. Uma ama tomava conta das crianças, Ermi, que dormia com Marlon ainda criança, os dois nus.

No documentário sobre a vida de Marlon "Listen to Me Marlon" falou sobre a situação com a sua ama, afirmou que se sentou ao lado da rapariga e observou o seu corpo enquanto acariciava os seus seios. Esta experiência, de acordo com Marlon, o distanciou do mundo real.

Marlon chegou a reencontrar a sua ama, quando já tinha 23 anos, no entanto, o encontro não foi como Marlon esperava, Ermi apenas pediu-lhe dinheiro e desapareceu. O encontro rápido e repentino o marcou profundamente.

Segundo a autora do livro "Brando's Smile" revelou que o artista tinha uma preferência não apenas física mas psicológica - 22 mulheres com quem se relacionou tentaram ou cometeram suicídio em algum momento das suas vidas.

Marlon não seduzia apenas mulheres. Numa entrevista a Gary Carey, admitiu ter tido experiências homossexuais, e afirmou que não tinha vergonha de nenhuma delas.

Disse a um jornalista francês: "A homossexualidade está tão na moda que não é mais notícia. Como um grande número de homens, eu também tive experiências homossexuais e não tenho vergonha. Nunca dei muita atenção ao que as pessoas pensavam sobre mim. Mas se há alguém que está convencido de que Jack Nicholson e eu somos amantes, que continuem a fazê-lo. Acho engraçado."

Talvez a relação mais marcante que o ator supostamente teve foi com outro símbolo sexual da altura, James Dean. Segundo o escritor Stanley Haggart Dean mostrava marcas de queimaduras no corpo, decorrentes de uma relação sadomasoquista com Marlon.

James Dean
Fonte: Wikipédia

Marlon nunca confirmou a relação com James Dean. James teria sido o submisso, enquanto Marlon, como em todas as suas relações gostava de se sentir superior.

Marlon conheceu outro sex symbol, Marilyn Monroe numa festa, onde ela tocava piano. Juntos tiveram um caso e mantiveram a relação intermitente durante anos, e Marlon recebeu um telefonema de Marilyn dias antes desta morrer.

Marilyn Monroe e Marlon Brando
Fonte: Pinterest

Ele também alegou vários outros romances. Conheceu a atriz e dançarina Reiko Sato no início dos anos 1950.

Reiko Sato
Fonte: IMDb

Apaixonou-se pela atriz mexicana Katy Jurado depois de vê-la no "High Noon". Conheceram-se quando Marlon estava a filmar "Viva Zapata!" no México. Marlon disse que se sentiu atraído pelos "seus olhos enigmáticos, negros como o inferno, apontando para si como flechas de fogo".

Marlon Brando e Katy Jurado
Fonte: Pinterest

Em 1954, conheceu a atriz Rita Moreno, e começaram um relacionamento tórrido. Rita revelou nas suas memórias que, quando engravidou de Marlon, ele planeou um aborto. Depois de um aborto mal sucedido, Rita tentou cometer o suicídio por overdose de comprimidos para dormir.

Rita Moreno e Marlon Brando
Fonte: Pinterest

Marlon Brando casou-se em 1957, com a atriz Anna Kashfi. O casal teve um filho, Christian Brando, nascido a 11 de maio de 1958. Divorciaram-se em 1959.

Marlon Brando e Anna Kashfi
Fonte: The New York Times

Voltou a casar-se em 1960, com Movita Castaneda, uma atriz mexicana oito anos mais velha. O casamento foi anulado em 1968 após a descoberta de que o seu casamento anterior ainda estava válido. O casal teve dois filhos, Miko (1961) e Rebecca (1966).

Marlon Brando e Movita Castaneda
Fonte: Twitter

Marlon casa-se pela terceira vez com a atriz francesa Tarita Teriipaia, a 10 de agosto de 1962. Tarita era 18 anos mais nova que Marlon. O casal teve dois filhos Simon (1963) e Tarita (1970). Marlon também adotou a filha da mulher, Maimiti, nascida em 1977 e a sobrinha, Raiatua (1982). O casal divorciou-se em julho de 1972.

Tarita Teriipaia e Marlon Brando
Fonte: Ava, Gene, Audrey et Les Autres - Canalblog

Após a morte de Marlon Brando, a 1 de julho de 2004, a filha da atriz Cynthia Lynn afirmou que Marlon tinha tido um caso com a sua mãe, e que este tinha resultado no seu nascimento em 1964.

Cynthia Lynn
Fonte: Hollywood Reporter

No final da década de 1960 e início dos anos 80, Marlon teve um relacionamento tempestuoso de longo prazo com a atriz Jill Banner.

Jill Banner
Fonte: Find A Grave

Teve um relacionamento longo com a sua governanta Maria Cristina Ruiz, com quem teve três filhos, Ninna Priscilla (1989), Myles Jonathan (1992) e Timothy Gahan (1994). 

Marlon adotou Petra Brando-Corval, nascida em 1972, filha da sua assistente Caroline Barrett e do romancista James Clavell.

"Brando fazia sexo com qualquer coisa. Qualquer coisa! Até com uma caixa de correio. James Baldwin, Richard Pryor, Marvin Gaye", declarou recentemente o produtor e músico Quincy Jones.

Faz anos que os relacionamentos entre os astros de Hollywood geravam fofocas, lendas urbanas e biografias não autorizadas, sugerindo que eles não faziam nada além de se relacionarem.

Uma dessas histórias míticas dos anos 1960 conta que, durante uma festa na casa de Marlon, onde todos os convidados estavam nus, Marlon andava com um lírio no rabo.

Entre os amantes do ator, incluem-se os suspeitos daquela época: Marilyn Monroe, Marlene Dietrich, Ava Gardner, Rock Hudson, Grace Kelly e James Dean.

Alguns dos famosos com quem Marlon Brando teve relacionamentos
Fonte: Google


Fonte: Aventuras na História | Wikipédia | El País


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terça-feira, 14 de setembro de 2021

Elizabeth Kendall - A Mulher que Namorou e Denunciou Ted Bundy

Elizabeth Kendall e Ted Bundy
Fonte: Jornal da Record - R7

Elizabeth, conhecida por Liz, veio de uma família conservadora do estado de Utah, nos EUA. O seu verdadeiro apelido é Kloepfer, mas, após a sua exposição na imprensa, preferiu adotar outro sobrenome.

Antes de conhecer Ted Bundy, Liz já se tinha casado. No entanto, o casamento não correu bem, e acabou por criar a sua filha, Molly, sozinha. Após a separação, quando a filha tinha três anos, mudaram-se para Seatle, para começarem uma vida nova.

Foi a 26 de setembro de 1969, num bar de Seatle, que Liz conheceu Ted Bundy. Liz disse que na altura estava a tentar fugir de um homem que a estava a chatear no bar e aproximou-se de Ted.

Os dois rapidamente se conectaram e aquela noite terminou com a ida de Ted a casa de Liz. O encontro foi o começo de seis anos de relação. Posteriormente, Liz afirmou que não percebia o quanto o seu relacionamento não era saudável.

Ted Buddy tinham uma ótima relação com Molly, o que significava muito para Liz. Liz achava que um dia os dois se casariam e que juntos teriam uma vida perfeitamente comum.

Elizabeth Kendall, Ted Bundy e Molly
Fonte: Jornal da Record - R7

Após quase cinco anos de relacionamento, Liz começou a desconfiar de algumas atitudes do namorado. Nos jornais surgiam sempre notícias de assassinatos e violações de mulheres em áreas visitadas por ele.

Além disso, o veículo descrito por pessoas que viram o homem no local era muito parecido com aquele que Ted tinha.

Liz estranhava a ausência de Ted e alguns objetos peculiares que ele mantinha, como uma luva cirúrgica e um cutelo.

No entanto, ela estava relutante a acreditar que aquele homem era um assassino e Ted tinha sempre uma forma de contornar a situação a seu favor.

Quando o retrato falado foi divulgado pela imprensa, foi quando Liz decidiu denunciar o seu namorado. No entanto, ela continuou o seu relacionamento.

Após várias investigações e várias fugas de Ted, o homem foi preso. Até mesmo depois dos crimes terem sido revelados, Liz manteve contacto com Ted, quando o assassino aguardava no corredor da morte.

Elizabeth só afastou-se do ex-namorado em 1980 e, em 1981, lançou o livro "The Phantom Prince: My Life with Ted Bundy", onde contou como foram estes anos da sua vida.

Livro "The Phantom Prince: My Life with Ted Bundy" (1981), de Elizabeth Kendall
Fonte: Amazon

Ted Bundy foi um famoso assassino em série americano, que sequestrou, violou e matou várias mulheres na década de 1970 e antes. Após quase uma década de negação, antes da sua execução em 1989, confessou 30 homicídios em sete estados de 1974 a 1978. O número real de vítimas pode, no entanto, ser bem maior.

Ted Bundy, em julho de 1978
Fonte: Wikipédia



Fonte: Wikipédia | Aventuras na História


MZ

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domingo, 12 de setembro de 2021

Catedral Militar - Rússia

Catedral Militar na Rússia
Fonte: Aventuras na História

Em 2020, foi construída uma nova catedral em Moscovo. Inaugurada a 22 de junho, aniversário do ataque nazi à União Soviética em 1941.

No espaço, muitos se espantam ao verem imagens religiosas adornadas com Kalashnikovs, anjos pairando sobre a artilharia e até mesmo a figura da Virgem Maria numa pose que remete muito mais a um poster soviético da Segunda Guerra do que qualquer outra coisa.

A catedral foi ideia do Ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, e a inauguração foi planeada originalmente para o 75º aniversário da vitória sobre os nazis, em maio. No final, devido à pandemia do coronavírus, a abertura cerimonial foi adiada até junho.

As imagens na catedral misturam o militarismo, o patriotismo e o cristianismo ortodoxo num único lugar, capaz de tirar o fôlego e encantar ao mesmo tempo em que causa estranheza e controversa.

As medalhas de guerra soviéticas são representadas em vitrais nos tetos, enquanto, os mosaicos mostram várias batalhas importantes.

Os pisos de metal do local foram feitos com armas e tanques apreendidos da Wehrmacht, que foram derretidos.

A catedral tem um exterior metálico verde-caqui com cúpulas douradas e cruzes que chegam a 95 metros.

O local tornou-se o símbolo físico de toda uma nova identidade nacional russa que está a ser implantada nas duas décadas de poder de Vladimir Putin.

Na Rússia, a vitória na Grande Guerra Patriótica, como é, ainda, chamada a Segunda Guerra Mundial na Rússia, agora tem o seu próprio santuário religioso.



Fonte: Aventuras na História


MZ

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sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Casamento durante a Guerra da Bósnia

Fonte: Bastidores da História

Na imagem estão dois noivos muçulmanos bósnios a celebrarem o seu casamento com a proteção de um padrinho armado durante a Guerra da Bósnia, em 1995.

A Guerra da Bósnia foi um conflito armado que ocorreu entre abril de 1992 e dezembro de 1995 na região da Bósnia e Herzegovina.



Fonte: Bastidores da História | Wikipédia


MZ

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segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Fuga de Varennes

 

Fuga de Varennes

A chamada Fuga de Varennes foi a tentativa frustrada de fuga do rei Luís XVI da França e da sua família, de 20 a 21 de junho de 1791.

A fuga da Família Real, cujo planos já eram feitos por certos conselheiros desde os acontecimentos de 6 de outubro de 1789 - quando o povo de Paris vai até Versalhes pedir pão ao rei - e retomados diversas vezes depois disso, é desta vez minuciosamente preparado por Hans Axel von Fersen.

Para que passassem despercebidos, a berlinda que os transportava estava registada como sendo da Baronesa de Korff e cada membro que ia abordo tinha uma identidade falsa:
- Luís XVI era M. Luís Augusto - intendente da Baronesa de Korff
- Maria Antonieta de Áustria era Sra. Rochet - governanta dos filhos da Sra. de Korff
- Maria Teresa de França era uma das filhas da Sra. de Korff
- O Delfim era outra filha da Sra. de Korff - ia vestido como uma menina
- A Marquesa Louise-Elisabeth de Croÿ de Tourzel era a Baronesa de Korff
- Madame Elisabeth, irmã de Luís XVI, tinha a identidade de uma dama de companhia da baronesa

Na fuga, os veículos foram travados e os passageiros foram reconhecidos.

A detenção do rei marca verdadeiramente uma viragem na Revolução Francesa. A confiança entre o soberano e o seu povo é definitivamente quebrada e esta fuga inclusivo faz parte do processo de acusação aberto pela Convenção em dezembro de 1792 e que culminaria com a morte de Luís XVI na guilhotina.



Fonte: Wikipédia


MZ

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sábado, 4 de setembro de 2021

Manuscrito de Voynich

Páginas do Manuscrito de Voynich
Fonte: Ncultura

O Manuscrito Voynich é um livro manuscrito e ilustrado com um conteúdo incompreensível e que é conhecido como "o livro que ninguém consegue ler".

O manuscrito, escrito em pergaminho de vitelo, é relativamente pequeno, com 16 cm de largura, 22 de altura e 4 de espessura. São 122 folhas, num total de 204 páginas. Estudos consideram que o original teria 272 páginas em 17 conjuntos de 16 páginas cada, outros falam em 116 folhas originais, tendo uma se perdido.

Percebe-se, pelo desalinhamento à direita no fim das linhas, que o texto é escrito da esquerda para a direita, sem pontuação.

No total são cerca de 170 mil caracteres, num conjunto de 20 a 30 letras se repetem, além de cerca de 12 caracteres que aparecem apenas uma ou duas vezes.

Datado através do carbono como se fosse do começo do séc. XIV - 1400, e terá sido feito por freiras dominicanas como fonte de referência para Maria de Castela, Rainha de Aragão e escrito em "proto-romance", o ancestral das línguas românicas de hoje, como o português, espanhol, francês, entre outras.

O nome do livro deve-se ao livreiro Wilfrid M. Voynich, que o comprou em 1912.

Wilfrid M. Voynich
Fonte: Wikipédia

Ao longo da sua existência registada, o manuscrito foi alvo de um intenso estudo por parte de muitos criptógrafos amadores e profissionais, e todos falharam a decifrar fosse o que fosse.

Esta sucessão de falhas transformou o manuscrito num tema famoso da história da criptografia, mas também contribuiu para lhe atribuir a teoria de ser simplesmente um embuste muito bem tratado.

O académico Gerard Cheshire, da Universidade de Bristol, no Reino Unido, alega ter conseguido decifrar o manuscrito, mas a comunidade académica e científica rejeita esta alegação sem provas. 



Fonte: Fatos Desconhecidos | Wikipédia 


MZ

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quinta-feira, 2 de setembro de 2021

De Astronauta a Sequestradora

 

Lisa Nowak
Fonte: Wikipédia

Lisa Marie Nowak nasceu em Washington, D. C. a 10 de maio de 1963. Estudou engenharia aeroespacial depois de ter entrado na Academia da Marinha dos Estados Unidos.

Interessada pelo programa espacial norte-americana desde criança, quando acompanhou a chegada do homem à Lua e durante a sua infância e juventude acompanhou a evolução da descoberta do espaço de perto.

Então, em 1996, passou num programa de formação de astronautas da NASA, que a preparou para ir ao espaço a 4 de julho de 2006.

Lisa era casada com o piloto Richard T. Nowak, a relação durava desde 1988, quando se conheceram na Academia da Marinha. O casal tinha três filhos.

Richard e Lisa Nowak com dois dos seus três filhos
Fonte: Family Tech

Como era casada, Lisa não podia assumir a relação com William Oefelein, os dois ficariam juntos durante dois anos.

William Oefelein
Fonte: Flight Research

O casamento de Lisa chega ao fim em 2007, mas antes de se divorciar, a relação que mantinha com William chegou ao fim por decisão de William, no final de 2006, porque tinha conhecido outra pessoa.

A outra pessoa era Collen Shipman, 14 anos mais nova que Lisa e era a capitã da Força Aérea americana.

Colleen Shipman
Fonte: Time Magazine

Do ponto de vista de William, que também se tinha divorciado recentemente da sua mulher, o fim da relação com Lisa tinha sido amigável

No entanto, a situação não era bem assim, Lisa sentia-se revoltada e trocada, e arranjou uma maneira de descobrir a morada de Collen.

O plano, aparentemente, não seria apenas de confrontar Collen, pois ela levava luvas de látex, uma peruca preta para não ser reconhecida, levava uma arma de fogo, um spray pimenta, um casaco com capuz, uma perfuradora, luvas pretas, sacos de lixo, quase 600 dólares em dinheiro e uma faca. Tudo para uma viagem de 1400 km de carro.

Ao chegar a Orlando, foi direto ao aeroporto, sabendo que Colleen chegaria a qualquer momento de Houston.

Imagens da segurança foram divulgadas pelas autoridades onde se vê Lisa à espera quase uma hora na passadeira das malas do voo que deveriam ser da sua "rival".

Cansada de esperar, foi até ao estacionamento à procura de Colleen. Mas não foi discreta, deixando claro a Collen que Lisa estava atrás dela. A mulher, assustada, começou a correr, entrou no carro e trancou logo a porta.

Lisa, ainda de peruca, bateu incessantemente no vidro, a pedir por uma boleia e a chorar. Assim que Collen abriu uma pequena parte da janela, Lisa disparou o spray pimenta.

Rapidamente, Colleen saiu do estacionamento com o carro e procurou a polícia, que foi logo atrás de Lisa.

A polícia encontrou Lisa a atirar fora um saco para o lixo e a prenderam sob diversas acusações, como tentativa de sequestro, de tentativa de destruição de provas, tentativa de roubo de veículo, entre outros.

Com receio de que Lisa pudesse magoar Colleen, foi presa sem fiança estipulada, uma vez que havia provas de um planeamento elaborado, disfarces e armas.

Lisa declarou-se culpada e foi inicialmente condenada a pagar mais de 15 mil dólares como fiança, desde que utilizasse um sistema de rastreamento em liberdade condicional.

Colleen desistiu de continuar com o pedido de ordem restritiva, em fevereiro de 2007, pouco depois do julgamento ter sido finalizado.

A NASA anunciou publicamente que tinha retirado tanto com Lisa Nowak como com William Oefelein da corporação. Além da agência espacial, a Marinha dos EUA dispensou Lisa três anos depois do acontecimento.

Atualmente, Lisa vive no Texas numa vida reclusa, evitando chamar a atenção.

William e Colleen casaram-se e mudaram-se para o Alasca, onde tiveram um filho.

William e Colleen, com o filho de ambos
Fonte: People.com




Fonte: Aventuras na História | Wikipédia


MZ

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