sexta-feira, 30 de março de 2018

Religião: Cientologia

Portugal é um país laico, quer isto dizer que não tem uma religião oficial, o que permite a cada indivíduo escolher a sua religião, se quiser ter uma. No entanto, a maioria dos portugueses são da religião católica (81% - censos de 2011), havendo oficialmente feriados religiosos ao longo do ano.

Eu, apesar de vir de uma família católica, mas que nunca foram muito assíduos o que me levou a questionar algumas coisas e preferir manter-me "afastada" da religião, tentando perceber um pouco de todas as religiões. Por isso, vou fazer uma série de post's sobre as religiões ao redor do mundo, tentando mostrar as características, curiosidades, coisas boas e menos boas de cada religião.

Uma religião é um conjunto de crenças, além de visões do mundo, que estabelece os símbolos que relacionam a humanidade com a espiritualidade e os seus próprios valores morais.


6. Cientologia


Cientologia é um conjunto de crenças e práticas relacionadas, criado por L. Ron Hubbard, em 1952, como sucessos aos seus sistemas de auto-ajuda chamado Dianéticas.
L. Ron Hubbard
Hubbard caracterizou Cientologia como religião e, em 1953 incorporou a Igreja da Cientologia em Camden, Nova Jersey (EUA).

Esta religião ensina que as pessoas são seres imortais que se esqueceram da sua verdadeira natureza. O seu método de reabilitação psiquiátrica espiritual é um tipo de aconselhamento conhecido como Auditoria, no qual os praticantes visam reviver conscientemente os eventos dolorosos ou traumáticos do seu passado a fim de libertar-se dos seus efeitos limitantes.

Os materiais de estudo e cursos de Auditoria são disponibilizados aos membros em troca de doações específicas.

A Cientologia é reconhecida legalmente como uma religião isenta de impostos nos EUA, Itália, África do Sul, Austrália, Suécia, Nova Zelândia, Portugal e Espanha.
Igreja de Cientologia
A maioria dos países da Europa considera a Cientologia como uma seita. Na Alemanha, a Cientologia é monitorada nacionalmente.

Na França a Cientologia foi condenada em 2013, por fraude e formação de quadrilha, depois que o Tribunal de Cassação, a instância judicial mais importante do país, rejeitou o recurso apresentado pela organização. O tribunal considerou provado que a Cientologia na França tinha uma estrutura destinada a extorquir pessoas vulneráveis.

A Igreja da Cientologia é um dos mais controversos movimentos religiosos surgidos no século XX. Tem sido muitas vezes descrita como um culto que faz lavagem cerebral e que abusa financeiramente dos seus membros, cobrando taxas enormes pelos seus serviços espirituais.

Em resposta, os Cientologistas têm argumentado que é um movimento religioso genuíno e que tem sido deturpado, caluniado e perseguido.

Símbolo da Cruz Cientológica: A Igreja da Cientologia afirma que "a barra horizontal representa o universo material e a barra vertical representa o espírito. Assim, o espírito é visto subindo triunfalmente, em última análise, transcendendo a turbulência do universo físico para alcançar a salvação".
Cruz Cientológica
Escrituras Sagradas: Os principais livros da Cientologia, de autoria de Hubbard são "A Ciência da Sobrevivência" e "Dianética". De acordo com o segundo, o cérebro armazena todas as experiências de vida. Episódios maus ou dolorosos seriam causadores de futuros problemas emocionais e físicos.

Na Cientologia, as cerimónias como casamentos, nomeação criança e funerais são observados, serviços de sexta-feira são realizadas para comemorar a conclusão dos serviços religiosos de uma pessoa durante a semana anterior. Os Ministros ordenados pela Cientologia pode realizar tais celebrações. No entanto, estes serviços e o Clero que os executam desempenham apenas um papel menor na vida religiosa dos Cientologistas.


MZ

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quarta-feira, 28 de março de 2018

A Vida nas Naus Portuguesas

As viagens na época dos descobrimentos, geralmente, eram muito longas. Normalmente eram sempre muitos homens para o tipo de embarcações, havendo sempre um excesso de pessoal. E as condições eram complicadas. No post de hoje iremos abordar algumas coisas que aconteciam durante as viagens, como era a vida nas Naus portuguesas.


Os marinheiros das naus eram, muitas vezes, criminosos obrigados pelo estado a cumprir a sua pena ao serviço dos descobrimentos devido à falta de voluntários.

Quando não eram criminosos, quem ia nas viagens eram maioritariamente jovens, só os capitães eram mais velhos, mais experientes. Eram jovens desde os 14 anos, eram apanhados à força.

Só ia mulheres abordo, autorizadas pelo rei, normalmente eram as mulheres dos capitães, governadores. Durante a viagem, as mulheres iam fechadas com as suas damas-de-companhia.

Algumas mulheres conseguiram entrar clandestinamente nos navios, há uma carta de um capitão ao rei que dizia "Senhor é preciso ter uma expeção muito mais rigorosa porque encontramos no alto mar duas mulheres escondidas no porão e a nossa esquadra não ia chegando inteira à Índia".

Os porões dos navios estavam infestados de ratos e baratas. A maioria dos tripulantes fazia as suas necessidades no chão. Por isso, uma série de doenças acabava por matar muitas pessoas a bordo. A principal causa da morte era o escorbuto, uma doença causada pela falta de vitamina C no organismo.

Também a disenteria e a tifo eram outras das doenças mais habituais.

O barbeiro era o médico também a bordo. Os métodos de medicina era sobretudo as sangrias.

A limpeza das naus era feita com vinagre.

O que era dado para comer à tripulação eram 400 gramas de um biscoito duro e salgado, distribuído diariamente. O biscoito era descrito como "fedorento" e "podre das baratas".

A tripulação recebiam todos os meses 15 kg de carne salgada, cebola, vinagre e azeite. Os capitães eram autorizados a transportar galinhas e ovelhas para completar a sua alimentação.

Cada tripulante cozinhava para si mesmo.

Cada tripulante recebia 1,4 litro de vinho e 1,4 litro de água todos os dias. A água era armazenada com condições precárias, a água chegava a causar diarreias em muitas pessoas a bordo, há documentação de que as pessoas chegavam a tapar o nariz pelo cheiro a podre da água..

Alguns marinheiros gostavam de jogar às cartas, o que era proibido, se fossem apanhados por algum frei, os baralhos eram confiscados e atirados ao mar.

A principal diversão eram apresentações de teatro, sempre com temas religiosos.

Além do teatro com temas religiosos, havia a missa quotidiana e as mesmas festas que marcavam o calendário litúrgico em terra eram celebradas a bordo, sendo, por isso, efetuadas também procissões.

Na Nau só havia um quarto (denominado "castelo"), destinado às pessoas mais importantes, como capitão do navio, mestre, piloto. Os marinheiros ou soldados dormiam no convés, porque o porão era destinado para a mercadoria.


MZ

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segunda-feira, 26 de março de 2018

Abrigos Contra Ataque Aéreo - Inglaterra na Segunda Guerra Mundial

Crianças escondidas, numa trincheira, durante um ataque aéreo nazi na Batalha da Grã-Bretanha - 1940/41
Foram construídos milhares de abrigos antiaéreos. Cada família teve que construir algum tipo de proteção para se protegerem quando tocavam as sirenes que alertavam para a iminência de um ataque aéreo.

Haviam também abrigos públicos, muitos construídos pelo governo e outros eram edifícios reformados e adaptados para esse fim.

Nem todos os abrigos foram construídos da melhor maneira, e muitos desmoronaram quando uma bomba caia perto.

No entanto, muitos dos abrigos resistiram às bombas e permanecem ilesos ainda hoje.

O principal abrigo antiaéreo em Londres era a rede de túneis subterrâneos do metro. Devido à necessidade imposta pela guerra, foi preciso abrir estações fechadas e túneis. 

A estação chamada Down Street, inaugurada em 1907, não costumava ser usada pelo público por ficar ao lado do Hyde Park, uma área onde viviam pessoas ricas e que este tipo de pessoas não usava o metro, por ser classificado como um transporte para uma classe "baixa".
Estação de metro "Down Street"
Esta estação esteve fechada até que o Comité de Emergências Ferroviárias, no início da guerra mundial, começou a estudar os possíveis usos de túneis subterrâneos como refúgio.

Em 1939, uma estação abandonada era obviamente uma candidata para servir de abrigo em caso de bombardeamento. Esta estação e outras foram reforçadas com portas de aço, parapeitos de tijolos e sacos de areia, camadas de concreto armado sobre os túneis, etc.

No início da guerra, o Gabinete de Guerra de Churchill usou a estação da Down Street para as suas reuniões enquanto se construía um bunker adequado às suas atividades em Whitehall.

Foram adicionados casas-de-banho, centrais telefónicas, locais de descanso para quem trabalhava no local, vigilância, etc.

Mas todas as estações, de uma forma ou de outra, exceto aquelas de uso militar restrito, estavam condicionadas a receber refugiados no momento do bombardeamento.

Devido à sua extensão, a rede de túneis do metro era um local adequado para quem vivia na vizinhança e podia dormir com mais segurança e sem sobressaltos.

Mas não só em túneis de metro foram feitos abrigos. Até ao final de 1940, na Inglaterra foram construídos cerca de 14 mil abrigos em casamatas circulares (instalação fortificada e fechada e abobadada - de arquitetura militar), com aberturas, com o objetivo de instalar uma metralhadora e pequenas janelas para colocar cinco ou seis fuzis, ou seja eram construções defensivas projetadas para a defesa contra uma possível invasão alemã, mas tornaram-se abrigos antiaéreos para o uso público.
Uma casamata na Inglaterra
Foram construídas de concreto tão bem projetado, tão forte, que quando muitos deles foram demolidos 50 anos depois, os trabalhadores levaram semanas para destruir as paredes grossas.

Muitas destas fortificações ainda estão de pé e são usados, atualmente, por empresas privadas e órgãos públicos, como lojas de materiais, como vídeos, filmes e documentos.

Várias destas casamatas foram construídas com acessos a uma série de túneis que foram inicialmente projetados para abrigar civis, mas o governo decidiu que era melhor usá-los para uso oficial para abrigar tropas ou como quartéis e escritórios para o alto comando militar.

Haviam ainda os "Abrigos de Anderson", criados pelo Sr. John Anderson, Ministro dos Assuntos Internos, estes abrigos podiam ser construídos com peças pré-fabricadas. Consistiam em chapas de ferro que serviam de fachada e parede traseira. As duas paredes foram montadas numa estrutura de ângulos de ferro e nela foram montadas três peças semicirculares, formando uma espécie de túnel.
Abrigo criado por John Anderson
O conjunto foi enterrado a um metro de profundidade e depois coberto com pelo menos 30 a 50 cm de terra. A entrada foi protegida por um pedaço de armadura e estava abaixo do nível do jardim.

Quando começou a guerra, em 1939, estes abrigos foram distribuídos gratuitamente, foram entregues dois milhões e meio de abrigos.

Estes abrigos podiam abrigar seis pessoas, protegendo-as de tudo, exceto do impacto direto de uma bomba. O principal problema destes abrigos é que ficavam inundados com a chuva e, por isso, eram húmidos, frios e desconfortáveis para dormir lá.

Sabe-se que muitos não foram instalados adequadamente devido à falta de habilidade de construção por parte dos construtores e também devido à escassez de cimento para o seu reforço.

Estes abrigos deixaram de ser produzidos, em março de 1940, devido à escassez de ferro, optando pela construção de grandes abrigos comunitários que poderiam abrigar várias famílias.

Havia ainda a alternativa das trincheiras de refúgio, que começaram aparecer nos parques, assim que se deu a crise de Munique em 1938, e surgiu os rumores da guerra, aparecendo o pânico imediatamente após os bombardeamentos e os ataques de gás.

Estes abrigos foram construídos pelas autoridades locais dos distritos, fazendo escavações cobertas com placas de concreto ou aço. Estes abrigos não eram muito populares porque inundavam com facilidade e eram muito húmidos, para se passar lá várias horas ou dormir.

Depois haviam os Abrigos de Superfície, que eram abrigos de cimento e tijolo que era construídos no meio de cada quarteirão e podiam abrigar cerca de 50 pessoas. Mas devido à falta de cimento, muitos deles desmoronaram ao primeiro impacto de uma bomba nas proximidades. E devido ao tipo de construção usado, nenhum destes abrigos poderia suportar o impacto direto de uma bomba.

Nestes abrigos a ventilação não era adequada e as casas-de-banho desmoronavam e inundavam todo o abrigo com um cheiro insuportável.

No entanto, em algumas comunidades, os próprios habitantes melhoravam o abrigo, tornando-os em locais aceitáveis para a vida comunitária e dando-lhes uma utilização adequada para melhorar a educação das crianças através do entretenimento educativo.

Haviam os Abrigos Públicos, em que muitos locais públicos eram adaptados como abrigos, eram reconstruídos ou reforçados adequadamente para abrigar centenas de pessoas.

A maioria deles se tornaram armadilhas porque não tinham rotas de fuga suficientes e não podiam suportar o impacto direto de uma bomba. No entanto, estes foram a melhor alternativa para se abrigar quando alguém se encontrava no meio da rua quando soava o alarme antiaéreo. Com o passar dos meses também neste tipo de abrigo eram feitas melhorias para aumentar a segurança.

Para manter o conforto dos moradores nas suas casas, Herbert Morrison, sucessor do Ministro Anderson, projetou estruturas de aço na forma de uma mesa com arame nas laterais e em baixo. 
Abrigo criado por Herbert Morrison
Nestes abrigos colocava-se o colchão, almofadas e roupas de cama para dormir ou apenas a família se sentava no colchão. Estes abrigos tinham 50 cm de altura e até 1,50 m de largura, para abrigar até três colchões.

O problema destes abrigos com três colchões era que eles eram grandes demais para a maioria das casas. Era garantido que esses abrigos poderiam suportar os escombros de uma casa que seria derrubada por uma bomba, preservando a vida das pessoas que se protegiam neles.

Algumas pessoas reforçaram as paredes e telhados das cozinhas das suas casas com tijolos de concreto, o que lhes ofereceu uma zona de segurança para cobrir quando o alarme de ataque aéreo tocava. 

Isto permitiu que as pessoas tivessem um lugar confortável, seco e protegido, durante as várias horas do alarme de bombardeamento.

MZ

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sábado, 24 de março de 2018

Quino

Quino
Nome: Joaquin Salvador Lavado Tejón
Nascimento: Guaymallén (Argentina) a 17 de julho de 1932
Alcunha: Quino - para o diferenciar do seu tio, que tinha o mesmo nome, com quem aprende o gosto pelo desenho com apenas três anos de idade.
Profissão: Pensador, historiador gráfico e e criador de banda desenhada
Principal personagem: Mafalda
Mafalda, por Quino
- Perde os pais muito cedo, a mãe morre em 1945 e o pai em 1948.
- Abandona a Faculdade de Belas Artes com a intenção de se tornar um autor de banda desenhada.
- Vendeu o seu primeiro desenho animado a um anúncio de uma loja de seda.
- Depois de fazer o serviço militar obrigatório em 1954, passou a morar em Buenos Aires, em condições precárias.
- Publicou a sua primeira página no humor semanal "Isto é" e logo se seguiram outras editoras.
- Em 1954 começou a publicar regularmente no Rico Tipo e no Tia Vicenta e Dr Merengue.
- Casa-se com Alicia Colombo em 1960, não tiveram filhos.
- Depois começa a tirar fotos de publicidade.
- Publicou as suas coleções, primeiro no livro "Mundo Quino" em 1963, e logo surgiram algumas encomendas para algumas páginas numa campanha de publicidade encoberta por Mansfield, uma empresa de eletrodomésticos. 
- A campanha não chegou a ser realizada pelo que a primeira história de Mafalda foi publicada no Leoplán, e pouco depois passou a ser publicado regularmente no semanário Front Page já que o editor do semanário era um amigo de Quino.
- Entre 1965 e 1967 é publicado no jornal O Mundo, logo publicou as primeiras coleções de livros, e começa a ser lançado em Itália, Espanha, Portugal e outros países.
- Pôs um fim a Mafalda a 25 de junho de 1973, segundo o próprio pelas suas ideias estarem a esgotar-se.
- Quino muda-se para Milão, na Itália, devido a um golpe militar na Argentina que o forçou, juntamente com a mulher a exilar-se, onde continuou a fazer as páginas de humor que o caracterizavam.
- Em 2008, a cidade de Buenos Aires imortalizam-o. Por iniciativa do Museu do Desenho e Ilustração e com o apoio de Mercedes Casanegra e Subway, realizam dois morais da sua personagem Mafalda, na estação Peru, ou seja na histórica Plaza de Mayo (PT: Praça de Maio).
- Infelizmente, desde 2009 Quino teve que enfrentar uma reforma involuntária devido a problemas de visão.

MZ

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quinta-feira, 22 de março de 2018

Pintura "Rapariga com Brinco de Pérola"

"Rapariga com Brinco de Pérola" de Johannes Vermeer de 1665

A pintura "Rapariga com Brinco de Pérola" é uma obra de Johannes Vermeer. O seu nome original é "Het Meisje met de Parel" em holandês.

Trata-se de uma pintura de óleo sobre tela com dimensões de 44,5 por 39. Data de cerca de 1665.

Esta pintura é considerada uma das maiores obras-primas da humanidade, tendo inclusivo recebido o apelido de "Mona Lisa Holandesa".

Não se sabe ao certo quem foi a modelo do retrato, se a pintura foi uma encomenda ou até a certeza do ano em que foi pintado.

Especula-se que a rapariga possa ter sido a filha do pintor, quanto esta tinha apenas 13 anos, mas esta teoria não reúne consenso.

Outro grande mistério é a forma como a pintura foi feita, sem nenhum rascunho por baixo da pintura e com vários retoques de luz e sombra aparentemente coordenados que produzem um efeito de grande realismo.

Quase quatro séculos depois de ser pintada, em 1999, foi escrito um romance com o mesmo nome da pintura, em que a autora Tracy Chevalier escreveu 258 páginas de pura ficção sobre o quadro, como ele terá sido feito e quem era a misteriosa rapariga.

A pintura pode ser vista no Mauritshuis de Haia, na Holanda.

MZ

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terça-feira, 20 de março de 2018

Suzy Parker

Suzy Parker
Suzy Parker foi o nome artístico de Cecília Ann Renee Parker, nascida em Nova Iorque, nos EUA a 28 de outubro de 1932.

Foi a última filha de George e Elizabeth Parker, tinha três irmãs mais velhas, a sua mãe acreditava já estar na menopausa quando engravidou de Suzy.

O nome de Suzy veio do facto do seu pai não gostar do nome "Cecília" e a chamou de "Susie", mais tarde um fotógrafo francês da Vogue mudou a ortografia para "Suzy".

Suzy e a sua família mudou-se para Nova Jersey e depois para  Florida. Quando Suzy tinha 15 anos, a sua irmã Dorian, uma das melhores modelos da época, a apresentou a Ellen Ford, quando a levou quando Dorian ia assinar com a Ford Modeling Agency.
Suzy e Dorian em 1953, em Paris
Eles ficaram impressionados com a Suzy que tinha quase 1,80m e tinha cabelos ruivos, olhos verdes e sardas.

A foto de Suzy apareceu na revista Life quando tinha 15 anos. No mesmo ano, uma das suas primeiras publicidades de revista era para as Jóias DeRosa.

Embora ainda vivesse com os pais na Florida, Suzy ficou em Nova Iorque com a irmã quando tinha aulas de modelos.

Em 1950, Suzy casou-se com Ronald Staton, na Geórgia, onde se casaram secretamente. Suzy diz que se casou com Ronald de biquíni com uma capa de chuva em cima e disse "Ele era muito bonito, e (o casamento) era apenas um grande desastre". O casal mudou-se para a Pensilvânia e alugaram uma casa perto de Dorian.

Suzy conheceu o jornalista Pierre de la Salle, numa festa perto de Paris. Quando voltou para os EUA, pediu o divórcio a Ronald, mas este só concordou com o divórcio se ela lhe desse uma boa quantia de dinheiro, pagasse por aulas de atuação e lhe pagasse uma cirurgia plástica ao nariz, Suzy concordou.
Divorciaram-se em 1953, Ronald acabou por morrer um ano depois num acidente de automóvel.

A sua irmã Dorian a apresentou aos seus amigos da moda e fotógrafos, como Irving Penn, Horst P. Horst, John Rawlings e Richard Avedon.

Suzy tornou-se a musa de Richard Avedon. Suzy tornou-se o rosto da marca de Coco Chanel, a própria Coco Chanel se tornou sua confidente, dando-lhe conselhos.
Coco Chanel e Suzy Parker em 1962
Suzy foi a primeira modelo a ganhar 200 dólares por hora e 100 mil por ano.

O seu primeiro papel num filme foi em "Kiss Them For Me" de 1957.

Pouco tempo depois aceitou um papel em "Funny Face", de 1957.

Suzy e Pierre continuaram a namorar por anos, apesar das inúmeras infidelidades de Pierre. Casaram-se entre 1957 e 1958, mas o casal manteve o casamento em segredo. Pouco depois engravidou e Pierre a deixou.
Pierre de la Salle e Suzy Parker em Paris em 1954
Suzy teve a sua filha, Georgia em dezembro de 1959, cuja madrinha era a sua amiga íntima Coco Chanel.
Suzy Parker e a filha Georgia
Outros filmes incluem: "Ten North Frederick" de 1958, "The Best of Everything" de 1959, "A Circle of Deception", de 1960, "Flight From Ashiya" de 1964 e "Chamber of Horrors" de 1966.
Filme "The Best of Everything" de 1959 (esquerda) e filme "Flight From Ashiya" de 1964 (direita)
Em 1960, Suzy conheceu o ator Bradford Dillman durante as filmagens do "A Circle of Deception", ainda casada com Pierre, mas já não morava com este, depois de obter o divórcio, casou-se com Bradford em 1963, a bordo de um barco.
Bradford Dillman e Suzy Parker
Depois de se casar com Bradford Dillman, sofreu lesões num acidente de carro em 1964, Suzy acabou por se reformar.

Suzy gostava de ser mãe e dona de casa, era uma excelente cozinheira. Passou a ser madrasta de Jeffrey e Pamela, também com o seu marido Bradford teve três filhos, Dinah em 1965, Charlie em 1967 e Christopher em 1969.

A família morava em Los Angeles até que sua filha Dinah foi mordida por uma cascavel no quintal e quase morreu, então a família mudou-se para Montecito, na área de de Santa Bárbara.

Suzy Parker sofria de alergias e, na década de 1990, desenvolveu úlceras. Durante a cirurgia a uma úlcera, os seus sinais de vida desapareceram na sala de operações, mas conseguiram reanimá-la. Suzy nunca se recuperou totalmente e desenvolveu mais úlceras e diabetes. Mais tarde os seus rins começaram a falhar e passou os últimos cinco anos de vida sempre com visitas constantes ao hospital.

Acabou por decidir terminar com os tratamentos de diálise e voltou para casa e morreu aos 70 anos no seu pomar em Montecito a 3 de maio de 2003, rodeada pela sua família.

MZ

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domingo, 18 de março de 2018

O Tio Sam

Walter Botts
Walter Botts serviu como modelo para a criação do famoso personagem "Tio Sam".

O Tio Sam é a personificação nacional dos EUA e um dos símbolos nacionais mais famosos do mundo.

O nome Tio Sam foi usado pela primeira vez durante a Guerra anglo-americana de 1812.

Com o passar do tempo o nome tornou-se cada vez mais popular, até que a revista americana Punch o batizou como símbolo dos EUA. O folclore diz que o Tio Sam foi criado por soldados americanos no norte de Nova Iorque, que recebiam barris de carne com as iniciais U. S. (United States) estampadas.

Os soldados brincaram dizendo que as iniciais significavam "Uncle Sam" (Tio Sam), uma referência ao dono da companhia fornecedora da carne, Samuel Wilson.

O Tio Sam não teve uma aparência padrão até que a conhecida imagem do Tio Sam foi criada por James Montgomery Flagg.

O Tio Sam é representado com uma fisionomia rígida com cabelos brancos e barbicha. Veste as cores e elementos da bandeira dos EUA.

O icónico Tio Sam foi exibido publicamente, pela primeira vez, de acordo com alguns, na capa da revista Leslie's Weekly, a 6 de julho de 1916.

Flagg modificou o rosto do Tio Sam para uso na Segunda Guerra Mundial, então contratou o veterano Walter Botts, de Indiana, para representar a figura icónica.

Segundo a mulher de Walter Botts, ele foi escolhido entre outros modelos para o cartaz do Exército porque ele tinha os braços mais longos, o nariz mais longo e as sobrancelhas mais movimentadas.

MZ

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sexta-feira, 16 de março de 2018

Leis de Jim Crow

No cartaz: "Não serão permitidas pessoas brancas no Zoo hoje", de 1950
As leis de Jim Crow foram leis locais e estaduais, promulgadas nos Estados do sul dos EUA, que institucionalizaram a sagregação racial, afetando afro-americanos, asiáticos e outros grupos étnicos.

Estas leis estiveram em vigor entre 1876 e 1965.

As leis mais importantes exigiam que as escolas públicas e a maioria dos locais públicos, incluindo transportes tivessem instalações separadas para brancos e negros.

Vários episódios contribuíram para o fim das Leis de Jim Crow como:
- Em 1954, o pai de uma menina negra Linda Brown, que tinha oito anos de idade, entrou com uma ação judicial contra uma escola de brancos que tinha negado a matrícula da sua filha. Disto resultou num dos maiores julgamentos do séc. XX, o famoso Brown contra o Conselho de Educação, que decretou o fim da sagregação nas escolas públicas.

- No dia 1 de dezembro de 1955, na cidade do Sul, Montgomey, no Alabama, Rosa Parks, uma costureira negra, negou-se a dar o seu lugar num autocarro a um homem branco. Rosa acabou por ser presa e este episódio desencadeou uma série de protestos.

Após estes atos de rebeldia contra as Leis de Jim Crow, manifestos sequenciais foram organizados e novos órgãos de defesa foram criados.

Neste panorama entra em cena Martin Luther King Jr., um pastor protestante e ativista político. Martin lutou pelos direitos civis dos negros, mostrou-se contra à Guerra do Vietname, que na sua opinião, só aumentava a desigualdade entre negros, índios e brancos pobres localizados nos Montes Apalaches.
Martin Luther King Jr.
Martin acabou assassinado em 1968. Pouco antes da sua morte, em 1964, ocorreu o Civil Rights Act (PT: Leis dos Direitos Civis). Com este diploma legal, todos os sistemas de segregação racial do Estado acabaram, era o fim da Era Jim Crow. Um nome importante para a promulgação desta lei foi John F. Kennedy, então presidente dos EUA.
John F. Kennedy
John F. Kennedy pediu uma legislação que tivesse a capacidade de "dar a todos os americanos o direito de serem servidos em todas as instalações abertas ao público - como hotéis, restaurantes, teatros, lojas e estabelecimentos similares".

Outras imagens relacionadas às Leis Jim Crow






MZ

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quarta-feira, 14 de março de 2018

Médico Pessoal de Hitler - Karl Brandt

Karl Brandt
Nasceu a 8 de janeiro de 1904, em Mulhouse na Alemanha.

Foi um médico e oficial da Schutzstaffel (SS). Juntou-se ao Partido Nazi em 1932.

Em agosto de 1933, a sobrinha de Hitler e o seu ajudante, Wilhelm Brückner ficaram feridos num acidente automóvel. Karl que estava a trabalhar como médico na Alta Baviera, foi convocado para ajudá-los. Deu uma boa impressão e foi convidado a tornar-se num dos médicos pessoais de Hitler.

Fazendo parte do círculo íntimo de Hitler em Berghof, Karl foi selecionado por Philipp Bouhler, chefe de gabinete da Chancelaria, para administrar o programa Aktion T4.

Durante este programa foram mortas 70.273 pessoas, o programa era de eutanásia na Alemanha Nazi durante o qual os médicos assassinavam centenas de pessoas consideradas por eles "incuravelmente doentes, através de exame médico crítico".

Em outubro de 1939, Hitler assinou um "decreto da eutanásia" com a data de 1 de setembro de 1939, que autorizava Karl Brandt e o médico Philipp Bouhler a realizarem o programa da eutanásia:
"Philipp Bouhler e Dr. Brandt estão encarregados da responsabilidade de ampliar a competência de certos médicos, designados pelo nome, de modo que os pacientes, baseando-se no julgamento humano, que forem considerados incuráveis, podem ser-lhes concedida a morte de misericórdia após exigente diagnóstico."

Uma pesquisa mais recente, baseada em arquivos recuperados após 1990, dá um valor de pelo menos 200 mil pessoas com deficiência física ou intelectual que foram motas por medicação, fome ou nas câmaras de gás, entre 1939 e 1945. 

Karl foi depois apontado como Comissário do Reich para Saúde e Saneamento.

Após a Segunda Guerra Mundial, foi acusado de crimes de guerra, incluindo experiências com humanos.

Foi formalmete indiciado em 1946 e foi levado a corte no julgamento que ficou conhecido como "Processo contra os Médicos".

Foi condenado, sentenciado à morte e eventualmente enforcado a 2 de junho de 1948. Terá dito no cadafalso: "Não é uma vergonha ficar de pé sobre o andaime. Isto não passa de vingança política. Eu servi a minha pátria como outros antes de mim..." Foi calado a meio da sua frase quando o capuz preto foi colocado sobre a sua cabeça.

MZ

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segunda-feira, 12 de março de 2018

A Visitar: Palácio dos Marqueses de Fronteira

Palácio dos Marqueses de Fronteira
O Palácio dos Marqueses de Fronteira mostra a eclosão do barroco português e encontra-se no meio de uma quinta característica da região de Lisboa, ao mesmo tempo é uma exploração agrícola e local de lazer.

É considerado um dos melhores exemplos da arquitetura palaciana do século XVII em Portugal, foi mandado construir pelo 1.º Marquês de Fronteira, D. João de Mascarenhas e inaugurado por D. Pedro em 1675.
D. João de Mascarenhas, 1.º Marquês de Fronteira
O terramoto foi responsável pela destruição da residência principal dos Marqueses de Fronteira no Chiado, então, após o terramoto de 1755, o palácio foi alvo de melhorias e ampliação. À arquitetura maneirista do séc. XVII juntaram-se decorações barrocas e passou a residência permanente da família, que ainda hoje lá habita.

O palácio está rodeado de belíssimos jardins de risco geométrico, nos quais a água, em fontes e tanques, tem uma grande presença.

A azulejaria, de temática mitológica, do quotidiana e/ou macacarias, combina com os jogos de água, as espécies vegetais e as estátuas.

No Grande Jardim ou Jardim Clássico, cujo traçado e ornamentação se insinuam influências francesa e italiana, destacam-se a Galeria dos Reis com bustos de todos os reis portugueses até D. João VI e o tanque grande com 14 arcos e onde se encontram grandes painéis de azulejo que representa 12 cavaleiros, os antepassados mais notáveis da família.

Durante a visita ao Palácio passa-se por várias salas cheias de história, com azulejos que mostram relatos da história da família, que se cruza com a história de Portugal. Destacam-se a Biblioteca, a Sala das Batalhas e a Sala de Jantar.

Existe um magnífico terraço, também tem uma pequena e harmoniosa capela, a Casa dos Frescos e os jardins. 

A visitar

Horário:
As visitas tem que ser sempre guiadas.
  • De outubro a maio: 2ª-feira a sábado - visitas guiadas às 11h00 e às 12h00
  • De junho a setembro: 2ª-feira a sábado - visitas guiadas às 10h30, 11h00, 11h30 e às 12h00
  • Encerra aos domingos e feriados
Preço:

  • Palácio e Jardins: 7,50€
  • Jardins: 3,00€
MZ

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sábado, 10 de março de 2018

Barcos Rabelos

Barco Rabelo no rio Douro a transportar o Vinho do Porto - Anos 1900

O barco Rabelo é uma embarcação portuguesa, típica do rio Douro.

Antes da criação das estradas e dos caminhos-de-ferro, as longínquas e remotas quintas do Vinho do Porto eram apenas acessíveis através do rio, então o transporte do Vinho fazia-se pelos barcos Rabelos.

O barco Rabelo é considerado uma obra-prima para aquele tempo. Desenhado para conseguir sobreviver às correntes rápidas do rio Douro. Era construído com tábuas sobrepostas e conseguia transportar até 100 barris de Vinho do Porto e uma tripulação até 12 homens.

O barco Rabelo passou a ter a sua identidade bem definida, a partir de 1792, quando a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, publicou os alvarás e mais documentos que se relacionavam com a notável instituição pombalina.

Os homens, marinheiros eram homens de fé. Haviam viagens incrivelmente calmas, mas quando o barco era apanhado pela corrente enfurecida não havia nada a fazer a não ser confiar no destino e deixar-se levar, rezavam a Deus, aos Deuses.

Desta forma, numa tentativa das suas preces chegarem mais depressa aos Céus, era costume dar-se nomes religiosos aos barcos Rabelos e foram edificados muitos santuários e desenhadas pinturas nos penhascos com vista para os desfiladeiros mais perigosos.

Muitas vidas foram perdidas no rio Douro, incluindo a do Barão Forrester em 1861, afogado com o seu lendário cinto de dinheiro cheio de ouro. Há quem diga que foi dos primeiros afogar-se devido ao volumoso peso do cinto. No entanto, muitos Rabelos chegaram a bom porto e milhares de barris conseguiram chegar às Caves do Vinho do Porto.

O uso dos Rabelos começou a cair com a primeira via ferroviária do Douro, terminada em 1887, havendo outra opção além do rio para transportar as mercadorias, no entanto não saiu de uso logo. Crê-se que a última viagem de um Rabelo pelo rio Douro tenha ocorrido já em 1964.

Atualmente, quem passeia junto da zona ribeirinha do rio Douro poderá ver os barcos Rabelos como que a decorar a paisagem. Pode-se fazer um cruzeiro pelas margens do Porto e Vila Nova de Gaia, nas réplicas dos Rabelos.

No dia de São João, dia 24 de junho, há uma corrida de Rabelos chamada de "Regata Anual de Rabelos", é um dos eventos mais aguardados do ano.

MZ

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quinta-feira, 8 de março de 2018

Orquestra Feminina de Auschwitz

Alma Rosé uma das maestras da Orquestra Feminina de Auschwitz
Foi uma orquestra de mulheres existente no campo de concentração de Auschwitz.

Foi criada em junho de 1943 por uma professora de música polaca, Zofia Czajkowska, por ordem da SS.

As integrantes eram jovens prisioneiras do campo, a maioria judias, cuja participação na orquestra as impediu de serem enviadas para as câmaras de gás ou aos trabalhos forçados até à morte.

Com o tempo, Zofia Czajkowska foi substituída no comando da orquestra por Alma Rosé, sobrinha do compositor austríaco Gustav Mahler, que, antes de ser aprisionada em Auschwitz, era maestra de uma orquestra feminina em Viena, na Áustria. Alma Rosé morreu no campo por envenenamento.
Alma Rosé
A orquestra tocava nos portões do campo quando os grupos de prisioneiros saíam para trabalhar e quando voltavam.

Durante os últimos momentos do Holocausto, quando as deportações em massa de judeus da Europa Oriental ocorriam e em grande número de judeus que chegavam ao campo eram enviados diretamente para as câmaras de gás, a orquestra era obrigada a tocar para acalmar os espíritos dos condenados.

A música preservava a ilusão de que os prisioneiros seriam transportados para o leste e permitiam à SS matar com mais eficiência e rapidez.

A 1 de novembro de 1944, as integrantes judias da orquestra foram evacuadas num vagão de gado para Bergen-Belsen, onde não havia nem orquestras nem privilégios.

A 18 de janeiro de 1945, dias antes da libertação de Auschwitz pelos soviéticos, as integrantes não-judias, incluindo várias polacas, foram evacuadas para Ravensbrück, poucas delas sobreviveram.


MZ

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terça-feira, 6 de março de 2018

Festas Tradicionais: Festa da Lua Cheia

Decidi fazer outra série de post's no blog, que consistem em transmitir informações sobre as festas mais tradicionais (uma mais do que outras) em redor do mundo.

6. Festa da Lua Cheia


Situa-se na ilha de Ko Phangan, na Tailândia.
Ilha de Ko Phangan - Tailândia
A festa teve o seu início nos anos 80, quando um grupo de turistas elegeu a vista da Lua cheia de lá como a mais bonita do mundo.

Então, centenas de viajantes começaram a reunir-se na praia de Haad Rin para celebrar a Lua e a vida.
Celebração da Festa da Lua Cheia
Outros afirmam que as festas realizadas durante a Lua cheia eram uma forma de aproveitar a iluminação natural, visto que a ilha não tinha energia elétrica.

Duas décadas depois as barracas deram lugar a resorts e a calma música das guitarras se transformaram em poderosas caixas de som, que tocam música para todos os gostos.
Celebração da Festa da Lua Cheia
Em volta da praia, a vila é pequena e tem alguns restaurantes, bares, hotéis e lojas. É calma e bonita, bem movimentada durante o dia. Quando chega a noite da Lua cheia, são montadas 12 áreas de festa com temáticas e músicas diferentes, que vão do eletrónico ao reggae.

Esta festa é, principalmente, frequentada por estrangeiros. É uma espe´cie de confraternização mundial de jovens turistas, que dançam e vivem a festa até que a Lua se ponha.
Celebração da Festa da Lua Cheia
Em 2017 as próximas festas da Lua cheia serão a 5 de setembro, 6 de outubro, 3 de novembro e 3 de dezembro.
Em 2018 as festas da Lua cheia serão a 2 e 31 de janeiro, 2 e 31 de março, 29 de abril, 30 de maio, 27 de junho, 29 de julho, 26 de agosto, 24 de setembro, 25 de outubro, 22 de novembro e 22 de dezembro.


MZ

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domingo, 4 de março de 2018

Religião: Islamismo

Portugal é um país laico, quer isto dizer que não tem uma religião oficial, o que permite a cada indivíduo escolher a sua religião, se quiser ter uma. No entanto, a maioria dos portugueses são da religião católica (81% - censos de 2011), havendo oficialmente feriados religiosos ao longo do ano.

Eu, apesar de vir de uma família católica, mas que nunca foram muito assíduos o que me levou a questionar algumas coisas e preferir manter-me "afastada" da religião, tentando perceber um pouco de todas as religiões. Por isso, vou fazer uma série de post's sobre as religiões ao redor do mundo, tentando mostrar as características, curiosidades, coisas boas e menos boas de cada religião.

Uma religião é um conjunto de crenças, além de visões do mundo, que estabelece os símbolos que relacionam a humanidade com a espiritualidade e os seus próprios valores morais.


5. Islamismo


O Islamismo é uma religião monoteísta, fundada pelo profeta Maomé no início do século VII.
Maomé
Maomé, o líder religioso máximo do Islamismo, nasceu na cidade de Meca, por volta do ano de 570. Aos 40 anos de idade teria recebido o chamado do Anjo Gabriel, que se dizia enviado por Deus para que o povo encontrasse o "verdadeiro Deus". Aqueles que acreditassem e obedecessem às leis do Alcorão seriam recompensados com o paraíso.

Em 622, Maomé migrou para Medina fugindo dos seus opositores, esta migração ficou conhecida como Hégira, marcou o início do calendário Islâmico. Em Medina tornou-se chefe da nova comunidade religiosa.
Mapa da Hégira
Em 629 foi em peregrinação a Meca, onde foi reconhecido como líder religioso. O profeta faleceu em 632, após ter espalhado o Islamismo em grande parte da Península Árabe.

Os fundamentos do Islamismo estão representados no Alcorão, o livro sagrado que serve de base para a fé Muçulmana.
Alcorão
O Alcorão está organizado em 114 suras ou capítulos, dispostos por tamanho, o maior contém 286 versos. Há uma outra fonte de orientação para os Muçulmanos, os princípios que partem dos ditos e feitos do Profeta, ou seja, dos Ahadith, contidos na Suna.

"Islã" é uma palavra árabe que significa "submissão" ou "rendição" e se refere àquele que obedecem a Alá, o único e verdadeiro Deus, o Criador, o Provedor e o Ceifador da Vida

Quem segue a fé Islâmica é chamado de Muçulmano.

O Islamismo junta várias influências de outras religiões, além do princípio essencial da revelação divina, junta elementos legados pelo Judaísmo, como a circuncisão, e possívelmente também o seu teor monoteísta, da doutrina judaico-cristã tem a ideia do Juízo Final, etc.

Entre as obrigações dos Muçulmanos estão as orações obrigatórias, cinco vezes ao dia, voltados para Meca, não devem exercer o culto de imagens, o que para eles representa um ato de idolatria e devem visitar Meca pelo menos uma vez na vida.
Muçulmanos na sua Oração
Meca é uma das cidades sagradas para os Muçulmanos, que assim consideram também Medina, onde o Profeta edificou a sua primeira Mesquita, e Jerusalém, que os Muçulmanos acreditam ser o local de onde Maomé ascendeu aos céus, na direção do paraíso, para lá permanecer junto a Jesus e a Moisés.

Não existe um Clero Islâmico, com uma hierarquia fixa e estabelecida. Quem coordena as orações em público é o Imã, enquanto os teólogos cultos são conhecidos como Ulemás.

Os templos Muçulmanos são chamados de Mesquitas.
Mesquita em Lisboa
Em algumas nações Islâmicas o Governo permite a poligamia, prescrita pelo Corão, e nestes lugares o marido pode se unir a quatro esposas.

Os Muçulmanos podem ser divididos em dois blocos - Sunitas e Xiitas. Os Sunitas são subdivididos em Hanafitas, Malequitas, Chafeitas e Hambanitas e estes são herdeiros da tradição de Maomé, que teve continuidade nas mãos do seu tio All-Abbas.
Os Xiitas são discípulos de Ali, marido de Fátima, filha do Profeta, consideram-se os sucessores espirituais de Maomé.

O Islamismo é uma religião que tem crescido nos últimos tempos e é a segunda maior do mundo. Com um número de seguidores já superior a 1,2 biliões de pessoas, com grande parte dos seus discípulos localizada nos países árabes do Oriente Médio e do Norte de África.

Para os Muçulmanos mais radicais existe o Sharia que traduz os preceitos religiosos Islâmicos, sendo um guia para o seu dia-a-dia, para o seu comportamento, ações e alimentação. Também impõe penas brutais para desvios ou atitudes consideradas incorretas perante o Alcorão.

Algumas Leis Islâmicas RADICAIS (Sharia):

  • Um Califa (Chefe de Estado de um Califado e o título para o governante da Umma Muçulmana, uma comunidade Islâmica governada pela Sharia) pode assumir o cargo a partir da tomada do poder, ou seja, através da força;
  • Um Califa é imune a acusações de crimes graves, como assassinato, adultério, roubo, furto, violação, etc.;
  • Um Califa deve ser do sexo masculino, não-escravo e Muçulmano;
  • Um Muçulmano que abandone o Islã deve ser imediatamente morto;
  • Um não-Muçulmano não pode herdar de um Muçulmano;
  • A homossexualidade é punida com a morte;
  • Não há limite de idade para o casamento das meninas. O contrato de casamento pode ocorrer após o nascimento e consumado na idade de oito ou nove anos;
  • A rebeldia por parte da esposa anula a obrigação do marido de lhe sustentar e dá ao marido a permissão de lhe bater e impedir de sair de casa;
  • O divórcio está apenas nas mãos do marido;
  • Um homem tem o direito de ter até quatro esposas;
  • O dote é dado em troca dos órgãos sexuais da mulher;
  • Um homem tem a permissão de fazer sexo com as escravas e as mulheres capturadas na guerra, e se a mulher escravizada for casada, o casamento fica anulado;
  • O testemunho de uma mulher vale metade do de um homem em tribunal;
  • Para provar uma violação, uma mulher precisa de ter quatro testemunhas masculinas, se não têm as testemunhas, o açoitamento, apedrejamento ou enforcamento é o castigo para a mulher, o ADN do esperma ou qualquer outra prova não serve de nada;
  • Açoitamento, apedrejamento ou enforcamento é também a forma de castigo para mulheres adulteras;
  • A remoção do clitóris é prescrita (circuncisão feminina) e, geralmente, feita quando a mulher é ainda uma criança;
  • Amputação de pedaços dos dedos, dos dedos da mão, da mão toda, partes dos braços, pernas, crucificação, é o castigo para certos crimes como roubo ou distribuição de livros não-Islâmicos aos Muçulmanos, como a Bíblia;
  • Proibição de bebidas alcoólicas.
As correntes radiscais do Islamismo frequentemente são acusadas de atos terroristas, como os atentados às Torres Gémeas, em 2001, pela Al Qaeda. E a defesa intolerante da extinção do Estado de Israel defendida pelo grupo terrorista Hamas. Fundamentalistas também defendem a submissão da mulher, a perseguição a cristãos e o assassinato de dissidentes em países Islâmicos. Estima-se que aproximadamente quatro milhões de cristãos libaneses emigraram em consequência das pressões impostas pelos muçulmanos - MAS não podemos rotular todos os Muçulmanos de Terroristas!

Os cinco pilares do Islamismo são:
  1. A recitação e aceitação da crença (Chahada ou Shahada);
  2. Rezar cinco vezes ao longo do dia (Salá, Salat ou Salah);
  3. Pagar esmola (Zakat ou Zakah);
  4. Observar o jejum no Ramadão (Saum ou Siyam);
  5. Fazer a peregrinação a Meca (Hajj) se tiver condições físicas e financeiras.
O Salat (Oração): é composta por cinco partes, todas espalhadas durante o dia e a noite, iniciando pelo alvorada até à noite. Considerada o ponto mais próximo que se pode chegar a Deus. Durante estas orações, são recitadas suratas do Alcorão, geralmente ditas em árabe, conduzidas pelo escolhido entre a comunidade.
Não existe restrição para que o crente reze fora da mesquita, desde que tenha feito antes a sua purificação, que consiste numa higiene específica e detalhada, em lavar as mãos, antebraços, boca, narinas, face, e em passar água pelas orelhas, nuca, cabelo e pés.
A oração é sempre feita na direção de Meca.
Salat - Oração
O Zakat (Esmola): cada Muçulmano deve pagar anualmente uma certa quantia, calculada a partir dos seus rendimentos, que será distribuída pelos pobres ou outros beneficiários definidos pelo Alcorão (prisioneiros, viajantes, endividados, etc.). Esta contribuição é encarada como uma forma de purificação e de culto.
Zakat - Esmola
O Saum (Jejum no mês do Ramadão): o Ramadão é o nono mês do calendário Islâmico, durante o Ramadão cada Muçulmano adulto deve abster-se de alimento, bebida, tabaco e de ter relações sexuais, desde o nascer até ao pôr-do-sol. Os doentes, idosos, viajantes, grávidas ou mulheres que estejam a dar de mamar estão dispensados do jejum. Em compensação, estas pessoas devem alimentar um pobre por cada dia que faltaram ao jejum ou então realizá-lo noutra altura do ano. O jejum é interpretado como uma forma de purificação, de aprendizagem do autocontrolo e de desenvolvimento da empatia por aqueles que passam fome ou outras necessidades.
Saum - Ramadão
O Hajj (Peregrinação): consiste na peregrinação a Meca, obrigatória pelo menos uma vez na vida para todos os que gozam de boa saúde e disponham de meios financeiros. Ocorre durante o 12.º mês do calendário Islâmico.
Os Muçulmanos vestem um traje especial todo branco, antes de chegar a Meca, para que todos estejam igualmente vestidos e não haja distinção de classes. Durante toda a peregrinação, não se preocupam com o seu aspeto físico. Despois de praticarem as sete voltas em torno da Kaaba, os peregrinos correm entre as duas colinas de Safa e Marwa. Na última parte do Hajj, os Muçulmanos devem passar uma tarde na planície de Arafat, onde Maomé disse o seu "Último Sermão". Os rituais chegam ao fim com o sacrifício de carneiros e bodes.
Hajj - Peregrinação a Meca

Símbolos
- Lua crescente com estrela: representa a soberania e dignidade, é símbolo da renovação da vida e da natureza, numa referência ao calendário lunar. A estrela indica, ainda, os cinco pilares da religião: oração, caridade, fé, jejum e peregrinação.
Lua Crescente e Estrela
- Hamsá ou Mão de Fátima: os cinco dedos representam os cinco pilares. Fátima, filha de Maomé, é um modelo para as mulheres, uma vez que se acredita que Fátima não tinha pecados.
Hamsá
- Alcorão ou Corão: é o livro sagrado da fé Islâmica.
- Zulfiqar: é a espada de Maomé, é o mais importante símbolo da religião que representa a distinção entre os conceitos de certo e errado. Maomé transferiu a arma para um grande guerreiro, o seu primo Ali e ao fazer isso disse "não existe nenhum herói, mas Ali, não existe nenhuma espada, exceto zulfiqar".
Zulfiqar
- Contas: é utilizado nas orações, é semelhante ao terço. Chama-se subha e tem 99 contas, em cada uma delas é dito um dos nomes de Deus. Na conta número 100, os crentes da fé islâmica cantam "Alá".
Subha

Alimentação
Os Muçulmanos podem comer tudo o que é "halal", que significa permitido. O que é "haram" é proibido".
Os Muçulmanos não podem comer carne suína e seus derivados, sangue e seus derivados, animais carnívoros, répteis e insetos, animais permitidos mas que não foram abatidos de acordo com a Lei Islâmica, animais abatidos em nome de outro que não seja Deus, os corpos de animais mortos ou que foram mortos antes de abate e bebidas alcoólicas.
Para o animal ser abatido de acordo com a Lei Islâmica tem que ser um animal aceite, deve ser abatido por um Muçulmano (ou Judeu ou Cristão), o nome de Allah deve ser pronunciado no momento do abate, o abate deve ser feito cortando o pescoço num certo ponto, abaixo da glote e a base do pescoço, de modo que o animal tenha uma morte rápida.

Vestuário
O simbolismo das roupas de origem árabe varia conforme a região.

- Hijab: na maioria dos países árabes, as mulheres utilizam roupas semelhantes às túnicas masculinas e, na cabeça, um lenço que só deixa o rosto à mostra.
Hijab
- Xador: o Alcorão determina que as mulheres se vistam de forma a não atrair a atenção dos homens. Esse mandamento é levado à letra em países como Irão e Arábia Saudita, onde se recomenda o uso do xador, uma veste que envolve o corpo todo, com exceção dos olhos.
Xador
- Burqa: as vestes femininas são conhecidas pelos árabes como hijab ou "cobrimento". As partes do corpo que a mulher deve cobrir, no entanto, variam de acordo com o país. No Afeganistão, foi instituído o uso da burqa, uma versão radical do xador que cobre até os olhos.
Burqa
- Cafia: traje muito comum no Oriente Médio, que consiste num pano quadrado preso por uma tira chamada egal. Por baixo dela, uma touca prende o cabelo. A sua origem remonta aos beduínos, que a utilizavam como máscara protetora contra o frio e contra as tempestades de areia. A cor da cafia e da tira que prende indicam o país e a região em qual a pessoa nasceu. A versão quadriculada em preto e branco é típica dos palestinianos.
Cáfia
- Abaia: é uma grande capa de lã.
Abaia
- Túnica: é a principal peça do vestuário árabe, de manga comprida que cobre o corpo inteiro. Costuma ser clara e larga para refletir os raios solares, fazer o ar circular e refrescar o corpo durante o dia. O corte e o material variam consoante o país.
Túnica
- Cirwal: calça larga, usada por baixo da túnica. Acredita-se que foi uma invenção dos persas, adotada pelos árabes a partir do século VII. É feita para permitir a liberdade de movimentos e foi muito utilizada entre soldados e camponeses.
Cirwal
- Tarbush: trata-se de um pequeno chapéu de feltro ou pano, algumas vezes utilizado em conjunto com um turbante.
Tarbush
- Ihram: é o traje que o Muçulmano leva para a chegada a Meca na sua peregrinação.
Ihram
- Turbante: de origem desconhecida, já era utilizado no Oriente muito antes do surgimento do Islamismo. Consiste numa longa tira de pano, que às vezes chega aos 45 metros de comprimento, enrolada sobre a cabeça. As inúmeras formas de amarrá-lo compõem uma linguagem, o turbante indica a posição social, a tribo a que a pessoa pertence e até o seu humor naquele momento.
Turbante

Casamento
O casamento Muçulmano pode acontecer de diversas maneiras, dependendo da cultura e da região onde este é celebrado.

Tradicionalmente é a família do noivo que procura uma noiva que considere adequada ao noivo. Um casamento Muçulmano é uma espécie de contrato entre o homem e a mulher e o seu guardião. Este contrato implica o pagamento de um valor, valor esse acordado pelas duas partes e pago pelo noivo na altura em que o contrato é feito. Este pagamento pode não acontecer, caso as duas partes concordem com isso.

A noiva nem sempre está presente quando o contrato é feito, embora o seu pai ou guardião esteja presente. Caso a noiva não esteja presente, duas testemunhas perguntam à noiva se dá ao seu representante poderes para celebrar o contrato e se concorda com a quantia paga.

A oferta do casamento é feita pelo pai da noiva ou guardião. Segue-se a aceitação feita pelo noivo, na presença de duas testemunhas muçulmanas. A noiva tem direito a receber a quantia referente ao contrato e fazer dela o que bem entender. O valor recebido poderá sem em dinheiro ou em géneros.

A cerimónia de noivado é chamada de Magni, nesta cerimónia há uma troca de anéis. O traje da noiva para esta festa é oferecido pela família do noivo. O período de noivado dura cerca de três meses. Durante o noivado, a noiva só poderá estar na presença do seu noivo caso o seu pai ou irmão também estejam presentes.

Não há datas nem horas especiais para a realização de um casamento Muçulmano. No entanto, é proibido casar nos dias de Eid, que ocorrem depois do Ramadão e do Pilgrimage, também não pode acontecer no dia de Ashura que calha no 9.º ou 10.º dia do primeiro mês do Islão.
Depois de decidir a data, fala-se com o Íman da Mesquita, devendo de seguida o noivo preparar o presente para a noiva.

Para celebrar o casamento poderá ser qualquer homem que perceba as tradições do Islão, embora a Mesquita tenha um oficial de serviço que usualmente o faz.

Num casamento Muçulmano pode haver convidados de todas as religiões. Embora os convidados devam ter em conta que não devem usar trajes decotados ou reveladores do corpo.

Antes do casamento há uma cerimónia conhecida de Manjha que implica que a noiva seja previamente envolvida numa massagem feita com uma pasta à base de açafrão. Acontece na casa da noiva, um a dois dias antes do casamento. A noiva também é "tatuada" com henna.
Só as mulheres solteiras podem fazer a henna à noiva. Estas "tatuagens" são aplicadas nas mãos e nos pés. Depois desta cerimónia a noiva não sai de casa até ao dia do casamento. No dia do seu casamento é-lhe oferecido o traje de casamento pela família do noivo.
Henna
No dia do casamento é comum fazer-se uma procissão de amigos e familiares que acompanham o noivo de sua casa até ao local do casamento, embora o noivo passa ir de carro.
Casamento Muçulmano
A chegada do noivo é acompanhada por tambores e pelo som de mais alguns instrumentos musicais tradicionais. Na chegada, o noivo e o irmão da noiva trocam um copo de sherbet e dinheiro. As irmãs da noiva dão as boas-vindas aos convidados tocando-lhes com uma espécie de bastão decorado com flores.

Os trajes de um casamento Muçulmano a cor vermelho cereja é a cor de eleição para a noiva, mas também usam o branco. A noiva é adornada com flores e jóias. Cobrir a cabeça com um véu é sinal de respeito. O comprimento do véu pode variar, não cobre só a cabeça mas também os ombros, indo quase sempre até à cintura.
Noiva Muçulmana
O noivo pode usar um fato de seda brocada e um turbante como fato de casamento.

A cerimónia de casamento é chamada de Nikah, se não existir nenhuma área coberta é erguida uma tenda para celebrar o casamento. Em algumas cerimónias Muçulmanas, especialmente naquelas mais tradicionais, os homens e as mulheres sentam-se em locais distintos da cerimónia.
Casamento Muçulmano
Antes de ser lida uma peça selecionada do Corão, na presença de duas testemunhas Muçulmanas, o sacerdote pergunta à noiva se esta está satisfeita com o acordo e se ela concorda em casar com o noivo, e as mesmas questões são feitas ao noivo.

As duas partes ouvem um sermão relativo ao casamento. O casamento em seguida é registado, primeiro assinado pelo noivo e por duas testemunhas, a noiva assina depois. Os documentos do casamento são preenchidos na Mesquita. O noivo é levado para o lado das mulheres. Ele oferece dinheiro e presentes às irmãs da noiva. E este recebe a bênção das mulheres mais velhas da família e cumprimenta-as.
Casamento Muçulmano
Pode-se atirar confetis à noiva, só que é mais tradicional atirar moedas, pois este gesto é mais antigo. Segue-se um jantar, que é servido separadamente a mulheres e a homens. A família do noivo festeja à parte.

Depois da primeira refeição os noivos sentam-se juntos e um grande lenço é usado para cobrir as suas cabeças enquanto o sacerdote e os noivos fazem algumas orações. O Corão é mantido entre eles e é-lher permitido ver-se um ao outro através do reflexo de espelhos.

Na primeira noite de casados o noivo passa na casa da noiva, em quartos separados, junto com um irmão mais velho da noiva. Na manhã seguinte é-lhe dado roupas, dinheiro e presentes pelos pais da noiva. Na tarde seguinte, os seus familiares acompanham os noivos à sua casa.

Na casa dos noivos, dá-se a cerimónia Rukhsat, a saída do pai da noiva é feita com o pai da noiva a entregar a mão da sua filha ao noivo e pedindo-lhe para a proteger para sempre. Dão-se as despedidas finais.

Morte
Na religião Islâmica a morte é um começo de um novo mundo e todos os seres vivo morrem quando o Deus Alá quer. A morte é algo natural e presenta na vida, é uma preparação para a verdadeira existência. Os Muçulmanos preferem morrer junto da família e não de estranhos.
Cemitério Muçulmano
A cremação é proibida. As manifestações exageradas de dor também são proibidas. A autópsia é autorizada mas sempre com o máximo respeito pelo corpo do falecido.

Depois da morte, dá-se um banho ao corpo, o ritual do banho é feito por membros da família do mesmo género do falecido e deve ser realizado logo nas primeiras horas. No caso de ter sido uma morte violenta e o corpo não estiver em boas condições, pode-se chamar funcionários de uma casa fúnebre para que ponham o corpo na melhor maneira possível para o ritual do banho.

Depois do banho, envolve-se o corpo num pano simples sem adornos chamado Kafan, em geral é de algodão e de cor branca. Só os considerados "heróis" podem ser enterrados com a roupa com que morreram.
Kafan
Uma vez que o corpo está envolto no pano os familiares e amigos podem prestar as suas condolências. De seguida dá-se a oração. O corpo é transportado para um lugar ao ar livre, onde se faz as orações. Depois ocorrerá o enterro.

Tradicionalmente, o enterro faz-se sem caixão, mas em alguns países não Muçulmanos não é permitido esta prática, então nesses casos os Muçulmanos usam os caixões. No enterro só poderão estar homens presentes.
Funeral Muçulmano

MZ

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