domingo, 31 de janeiro de 2021

Zona de Tifo - Gueto de Varsóvia


A imagem é da capital da Polónia, Varsóvia, mais propriamente do Gueto de Varsóvia, durante a ocupação nazi do país.

Nos cartazes pode-se ver escrito "Zona de Tifo. Passagem permitida unicamente durante a viagem".

O Gueto de Varsóvia tornou-se símbolo da tragédia e do heroísmo judeus. Nele, o mais numeroso dentro de todos os guetos, os judeus enfrentaram fome, falta de espaço, doenças.

MZ

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sábado, 30 de janeiro de 2021

Os Sete Anões de Auschwitz - Família Ovitz

 

Irmãos Ovitz
Fonte: Somos Todos Gigantes

Na Rozavlea, na Transilvânia, atual Roménia, era o lar de várias famílias judaicas. Uma dessas famílias era a família Ovitz, que era composta em grande parte por anões, a herança genética veio da parte do pai, o rabino Shimshon Eizik Ovitz, um anão que se casou duas vezes, com mulheres de estatura comum.

Os filhos, Elizabeth, Rozika, Avram, Freida, Micki, Franzika e Perla, todos anões, nunca se viram impedidos de se expressarem como artistas.

A Família Ovitz
Fonte: DCM

Após a morte do pai, a família teve que arranjar uma solução para se governarem, tinham poucas oportunidades em empregos comuns, por isso, decidiriam segui o mundo da arte.

Eram talentosos e fizeram sucesso como artistas itinerantes formando o grupo Jazz Band of Lilliput, e foram em digressão pela Europa Central.

Como eram judeus, foram obrigados a parar as suas apresentações durante a Segunda Guerra Mundial. Numa tentativa de escaparem aos nazis, esconderam todos os seus objetos de valor num buraco cavado em baixo do local onde estacionavam o veículo do grupo.

No entanto, não demorou muito até que o exército nazi invadisse a região da Roménia onde a família estava, foram capturados em março de 1944 e todos foram parar ao campo de concentração de Auschwitz.

Já no campo, enquanto desciam do vagão, um dos oficiais que os recebeu ficou impressionado ao ver sete anões elegantemente vestidos, pois eles tinham sido presos enquanto atuavam, e que, além disso, eram membros da mesma família. Como sabia da paixão obsessiva de Josef Mengele, o médico oficial do campo, por experiências em humanos, pensou que seria uma boa ideia avisá-lo.

Josef Mengele ao ver a família separou-os do resto dos prisioneiros e ordenou que lhes dessem umas acomodações especiais para os seus novos "hóspedes", que seriam na verdade as suas novas cobaias.

Josef Mengele disse: "Agora tenho trabalho para mais de 20 anos."

Esta curiosidade de Josef Mengele, acabou por lhes salvar a vida. Para Mengele esta família era como uma pedra preciosa na sua experiência para a reprodução seletiva da raça ariana.

Segundo Elizabeth Ovitz, o médico retirava fluidos da coluna vertebral dos anões, fazia diversos tipos de testes invasivos, incluindo ginecológicos e cerebrais, além de invadir regiões sensíveis como a boca e o nariz.

O médico chegou a obrigar a família a ficar nua na frente do exército nazi, para que ele pudesse explicar as suas conclusões sobre o nanismo.

Muitas vezes os irmãos eram levados por Mengele para que atuassem para amenizar as suas horas de lazer.

A vida de cobaia destes irmãos terminaram a 27 de janeiro de 1945 quando o Exército Vermelho libertou o campo, altura em que Josef Mengel conseguiu escapar.

Todos os membros da família Ovitz que tinham chegado ao campo, 12 ao todo, conseguiram sobreviver a Auschwitz.

Quando voltaram a Rozavlea, perceberam que a cidade estava destruída, assim como toda a Europa, no entanto, os seus bens continuavam escondidos onde eles os tinham deixado.

Com o dinheiro guardado, em 1949, emigraram para Israel e instalaram-se em Haifa. Meses depois voltaram ao teatro com a Troupe Lilliput quando passaram a apresentar alguns números baseados nas suas vivências no campo.

Seis anos depois, decidiram terminar com o grupo.

Os irmãos Micki e Avram morreram em 1972, aos 69 e 63 anos, respetivamente.

Micki Ovitz
Fonte: Find A Grave

Freida morreu em 1985, aos 70 anos. Franzika morreu em 1980, aos 90 anos e em 1984 faleceu a primogénita Rosika, aos 98 anos.

Elizabeth faleceu aos 78 anos, em 1992 e Perla, a última da família a morrer, a 9 de setembro de 2001, aos 80 anos.

Perla e Elizabeth
Fonte: DCM

Os descendentes dos irmãos continuaram o legado artístico da família, os homens tiveram filhos de estatura comum, no entanto, as mulheres nunca conseguiram engravidar devido às experiências em Auschwitz.



Fonte: R7 | Aventuras na História | Mdig


MZ

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sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Massacre de Nemmersdorf

Vítimas do Massacre de Nemmersdorf
Fonte: Wikipédia

O povoado de Nemmersdorf, a sudoeste de Gumbinnen, na Prússia Oriental, foi palco de um dos mais conhecidos crimes de guerra soviéticos.

O Massacre de Nemmersdorf aconteceu nos dias 21 e 22 de outubro de 1944 e tornou-se símbolo do horror das atrocidades cometidas pelos integrantes das Forças Armadas Soviéticas contra a população alemã.

Durante a ocupação do Império Alemão, na Segunda Guerra Mundial, quando as tropas de Hitler começaram a recuar após o fracasso, os Aliados cometeram inúmeros crimes contra civis. 

Na manhã do dia 21 de outubro de 1944, os soldados soviéticos passaram pelo povoado de Nemmersdorf rumo a Berlim. A cidade tinha-se tornado ponto de refúgio de alemães que corriam da frente oriental, tomado pelas tropas soviéticas e a população era maioritariamente civil.

A vila foi atacada por centenas de soldados, enquanto era defendida por menos de 30 homens. Com alguns abrigos importantes, a cidade tornou-se alvo de ocupação dos soviéticos, que fugiram dos ataques realizados pelo reforço da esquadrilha de caças da Alemanha em defesa do local.

Depois do ataque aéreo, o comando do Exército Soviético ordenou o abandono dos abrigos e o ataque à bala da população local, sem distinção: mulheres, idosos, criança e deficientes foram sacrificados.

A única mulher sobrevivente deste massacre testemunhou o trágico episódio: "De repente ouvi gritos e dois soldados do exército vermelho trouxeram cinco raparigas. O comissário mandou que elas vestissem roupas às riscas. Caminhamos através do pátio, para a cozinha de uma antiga fábrica. Lá, alguns russos estavam sentados, e faziam observações aparentemente muito obscenas, pois cada palavra dira era recebida com um riso alto. Chegaram então mais duas jovens aos prantos. Os soldados as fizeram curvar-se, com golpes que pareciam ter rachado as articulações delas. Eu quase desmaiei quando vi um russo que puxou de uma faca e com um só corte, arrancar o seio direito diante dos olhos de todos."

À medida que ia avançando, o Exército Vermelho deixou a cidade à sua própria sorte e, a 23 de outubro, a Wehrmacht (Forças Armadas da Alemanha Nazi) conseguiu retomar o local.

Erich Dethleffsen, Major-General da Armada, relatou o cenário mórbido: "Quando em outubro de 1944 formações russas romperam a Front Alemã na região de Graß-Waltersdorf e avançaram temporariamente até Nemmersdorf, soldados soviéticos fuzilaram civis (...) Praticamente todas as mulheres foram violadas."

Este massacre foi denunciado durante os Julgamentos de Nuremberg, mas foi ignorado pelos juízes das forças norte-americanas, britânicas e soviéticas.

Já na Guerra Fria, foi constatado que os relatórios e protocolos da investigação do Caso de Nemmersdorf foram destruídos.



Fonte: Wikipédia | Aventuras na História


MZ

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quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Campo de Concentração de Ravensbrück

Campo de Concentração de Ravensbrück
Fonte: O Arquivo

- Era um campo de concentração alemão exclusivamente para mulheres
Prisioneiras do Campo de Concentração de Ravensbrück
Fonte: Historia Hoje

- Construído no outono de 1938, e em maio de 1939 começou a receber prisioneiras de Lichtenburg, e funcionou até 1945

- Localizado no norte da Alemanha, a 90km a norte de Berlim, num local perto da vila de Ravensbrück

- Inicialmente, o campo oferecia condições de higiene e uniformes limpos, mas já haviam castigos e trabalho escravo como algo normal de acontecer ali
Barracões do Campo de Concentração de Ravensbrück
Fonte: Wikipédia

- As condições pioraram com o avançar da Segunda Guerra Mundial e o número excessivo de prisioneiras

- Cerca de 132 prisioneiras vindas de 12 países, junto com centenas de crianças, passaram por este campo, estimando-se que 92 mil foram vítimas da fome, fraqueza e execuções

- Várias prisioneiras eram judias, mas não eram a maioria. Havia prisioneiras políticas, ciganas, doentes mentais ou as chamadas "associais" - prostitutas ou quaisquer mulheres consideradas "inúteis" pela doutrina nazi

- Selma van der Perre foi uma das internas de Ravensbrück e contou à BBC como eram os dias: "Éramos despertadas a gritos às quatro da manhã. Em seguida, tínhamos que responder à camada e davam-nos café. Deixavam-nos ir à casa-de-banho e às 5h30 tínhamos que ir trabalhar na fábrica da Siemens, onde pagavam pelas prisioneiras: nós não recebíamos o dinheiro, era entregue à SS (...) Trabalhávamos por 12 horas e depois voltávamos ao campo. Por volta das 20 horas davam-nos um prato de sopa e dormíamos"

- Outros relatos afirmam que algumas mulheres eram "deixadas quase nuas na neve até morrerem" e outras tinham "germes de sífilis injetados na medula espinhal"

- Em 1942, as prisioneiras passaram a ser usadas como cobaias em experiências científicas. Em "operações especiais", elas tinham a pele cortada e eram inseridos vidros, madeira ou terra nos ferimentos. Algumas não recebiam tratamentos e outras sim, com tipos de drogas diferentes

- Em março e abril de 1945, a Cruz Vermelha sueca conseguiu libertar milhares de mulheres de Ravensbrück com a aceitação do chefe da SS, Heinrich Himmler

- A 27 e 28 de abril, as mulheres que ainda estavam no campo e que podiam andar foram forçadas a uma marcha da morte

- A 30 de abril de 1945, o Exército Vermelho libertou o campo de Ravensbrück, onde encontrou apenas três mil mulheres, muito doentes

- Uma justificação para que este campo não seja tão conhecido como os outros é que quando acabou a guerra, e depois dos julgamentos de crimes de guerra veio a Guerra Fria e a chamada, "Cortina de Ferro", e este campo ficou do lado Oriental da Alemanha. Isto impossibilitou a chegada das pessoas do lado ocidental, e as pessoas do lado oriental não se esqueceram, mas o converteram num centro de resistência comunista, de maneira a que as lembranças das mulheres ocidentais e das judias desapareceu por completo da história

MZ

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quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Rosa Branca

 

Monumento em Homenagem ao Movimento "Rosa Branca", em frente à Universidade Ludwig Maximilian, em Munique
Fonte: Wikipédia

Foi um movimento antinazista da resistência alemã, não violento, de inspiração católica que surgiu na Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial.

Os seus membros mais notórios foram Sophie Scholl, Hans Scholl, Alexander Schmorell, Willi Graf, Christoph Probst e o Prof. Kurt Huber.


Todos foram guilhotinados pela Gestapo em 1943 depois de Sophie ser presa com panfletos antinazistas.

Os panfletos tinham trechos do apocalipse e frases antinazistas e eram deixados nas caixas do correio.

Em julho de 1943, milhões de cópias do último panfleto da resistência, contrabandeado para o Reino Unido, foram lançados sobre a Alemanha pelos aviões dos Aliados.

Os membros da Rosa Branca, especialmente Sophie, tornaram-se ícones na Alemanha do pós-guerra.

Entre as homenagens feitas aos seus integrantes estáo o rebatismo da principal sala da faculdade de Medicina das Forças Armadas da Alemanha, em Munique, de Hans Scholl, em 2012 e do complexo do Exército em Hochbrück de Christoph Probst, em 2019, além da moeda especial de Sophie Scholl em 2020.



Fonte: Wikipédia


MZ

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terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Feminista Olympe de Gouges

Olympe de Gouges
Fonte: Wikipédia

Marie Gouze, conhecida como Olympe de Gouges foi uma dramaturga, ativista política, feminista e abolicionista, nascida em Montauban, na França, a 7 de maio de 1748.

Olympe nasceu numa família burguesa. No entanto ela acreditava ser filha de Jean Jacques Lefranc. A rejeição no reconhecimento desta paternidade a influenciou na defesa dos direitos das crianças ilegítimas.

Casou-se em 1765, com Luis Aubry, com quem teve um filho, Pierre. Ficou viúva pouco depois e, em 1770, mudou-se para Paris onde então adotou o pseudónimo de Olympe des Gouges.

Através das pinturas pode-se perceber que era uma mulher de uma notável beleza.

Por volta de 1784 começou a escrever ensaios, manifestos e iniciou ações de carácter social.

Em 1774, escreveu uma peça de teatro anti-escravagista: "L'Esclavage des Nègres". Por ter sido escrito por uma mulher e do assunto controverso, esta obra apenas foi publicada em 1789, no início da Revolução Francesa.

Ao mesmo tempo, escreveu obras feministas relacionadas aos temas dos direitos ao divórcio e às relações sexuais fora do casamento.

Como apaixonada advogada dos direitos humanos, Olympe abraçou com alegria a Revolução. Mas logo perdeu o encanto com a constatação de que a égalité (direitos iguais) da Revolução não incluía as mulheres no que se refere à igualdade de direitos.

Em 1791 entrou para o Circle Social, uma associação com o objetivo principal de lutar pela igualdade dos direitos políticos e legais para as mulheres. Reunia-se na casa da conhecida defensora dos direitos das mulheres Sophie de Condorcet. Foi aí que Olympe expressou pela primeira vez a sua famosa frase: "a mulher tem o direito de subir ao cadafalso, ela deve igualmente ter o direito de subir à Tribuna."

Ainda, em 1971, em resposta à Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, escreveu a Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã.
Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã
Fonte: Wikipédia

Na Declaração dos Direitos da Mulher, reivindicou através de uma espécie de leitura irónica à Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão a igualdade em direitos da mulher e do homem, denunciando o encobrimento provocado pelo termo "Homens", o qual, teoricamente nesse caso, funcionaria como sinónimo de humanidade.

Para Olympe de Gouges, os direitos negligenciados pelos quais ela escreve a Declaração são frutos de um "Império tirânico" de opressão do homem, que, ao contrário dos animais e do resto da natureza, costurou para si uma exceção a esse comportamento natural de cooperação harmoniosa entre os sexos.

Depois, escreveu o Contrato Social, nome inspirado na famosa obra de Jean-Jacques Rosseau, propondo o casamento com relações de igualdade entre os parceiros.

Por se envolver ativamente nas questões que lhe pareciam injustas, como a condenação à morte do rei Luís XVI, por ser contra a pena de morta, e desapontada nas suas expectativas, passou a escrever com mais e mais convicção.

A 2 de junho de 1793, os Jacobinos prenderam os Girondinos e os seus aliados, enviando-os em seguida para a guilhotina. Neste ano, Olympe escreve a peça "Les trois urnes, ou le salut de la Patrie, par un voageyr aérien" e, por causa dela, foi presa.

Esta peça pedia a realização de um plebiscito para escolher uma das três formas potenciais de governo: República indivisível, Governo federalista e Monarquia constitucional.

Os Jacobinos, que já tinham executado uma rainha, não estavam dispostos a tolerar a defesa dos direitos das mulheres: exilaram Sophie de Condorcet e, um mês depois, a 3 de novembro de 1793, em Paris, mataram Olympe de Gouges, na guilhotina.

MZ

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domingo, 24 de janeiro de 2021

Fome na Rússia - Canibalismo na Década 1920

Canibalismo na Rússia - 1921

Pouco depois de que a União Soviética se tornou no primeiro Estado comunista do mundo, na década de 1920, uma grande fome, que não foi divulgada pela imprensa, mas que foi devastadora, destruiu a zona rural da Rússia.

Ficou conhecida como a "Fome de Povolzhye", que começou em 1921 e durou até 1922, deixando morrer milhões de pessoas e afetando outros tantos.

A fome foi tanta que os camponeses foram levados a praticar o impensável - Canibalismo.

A Cruz Vermelha citou num relatório da polícia soviética de 1921 em que se registava "Agora [os camponeses] estão desenterrando corpos para comê-los".

"Após os campos de extermínio da Primeira Guerra Mundial, os tumultos políticos na Rússia e em outras partes, e a disseminação desenfreada de doenças entre a já exausta comunidade, veio a ameaça de escassez de alimentos, que se estima ter colocado 32 milhões de vidas em risco na Rússia, Ucrânia e Geórgia", comunicou a Cruz Vermelha.

"Em 1921, além do caos político que provocou a quebra de todos os serviços de saúde, a região sofreu uma seca devastadora, levando a uma fome generalizada".

Pelo menos cinco milhões de pessoas morreram durante a "Fome de Povolzhye", desencadeada por políticas iniciadas pelo ditador russo Vladimir Lenin, que estava no comando da URSS desde 1917. Na época, ele instruiu os guardas a tirar a comida aos pobres. Os seus bolcheviques acreditavam que os camponeses estavam a tentar sabotar o esforço de guerra tirando a comida do Exército.

A Cruz Vermelha observou: "milhares de vilas foram abandonadas pelos seus habitantes, que saíram vasculhando por comida onde quer que encontrassem. Eles sobreviviam de relva, montes de terra, animais domésticos... e até mesmo carne humana. Em junho de 1921, Lenin reconheceu a iminente tragédia, e o escritor [Maxim] Gorki apelou ao mundo por ajuda. A liderança da Cruz Vermelha soviética enviou uma mensagem a Genera, enfatizando a urgência da situação".

De acordo com os voluntários que chegaram dos EUA e da Europa, em 1921, "os rumores horríveis sobre salsichas preparadas a partir de cadáveres humanos, embora oficialmente negados, eram comuns. No mercado, entre os feirantes mais agressivos, que se juravam um ao outro, ouvia-se ameaças de fazer salsichas de uma pessoa".

Outro disse: "as famílias estavam a matar e a devorar pais, avós e filhos".

O relato da Cruz Vermelha acrescentou que o então presidente do ICRC's, Gustave Ador, e o diplomata norueguês Fridtjof Nansen convidaram a Liga das Nações a apoiar financeiramente e, durante uma reunião a 6 de outubro de 1921, houve uma hesitação em agir.

Nansen então viajou para a região de Volga, devastada pela fome, para ter uma ideia do que estava a acontecer. Ao voltar, afirmou que "19 milhões de pessoas foram condenadas à morte".

Lenin morre em 1924, pouco depois da fome, e Joseph Stalin assumiu o cargo de chefe do Partido Comunista.

Depois desta fome ainda houve outra, a conhecida "Grande Fome" soviética, que durou de 1932 a 1933, deixando muitos milhões de mortos sob o comando de Joseph Stalin. Mas como o próprio Lenin disse: "Deixem os camponeses morrerem à fome".


Fonte: Epoch Times

MZ

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sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

O Livro que Previu o Naufrágio do Titanic

 

Futility, or the Wreck of the Titan, de Morgan Robertson (1898)
Fonte: www.saraiva.com.br

Em 1898, 14 anos antes do acidente, o escritor Morgan Robertson lançou o conto "Futility, or the Wreck of the Titan".

Neste relata a história do transatlântico Titan que afunda no Atlântico Norte depois de bater num iceberg.

Mas não era só esta a coincidência, também os nomes do capitães de ambos os navios era o mesmo, Smith. O mês em que os acidentes aconteceram também foi o mesmo, abril.

Outros detalhes técnicos também são bem idênticos, como o comprimento do navio, a velocidade em que navegava, número de botes e compartimentos à prova d'água, até mesmo o número de vítimas são parecidos.

A diferença está no que aconteceu no pós-acidente. No livro, depois de sobreviver à colisão, o ex-oficial da Marinha Inglesa John Rowland passa por uma série de aventuras, inclusivo a luta com um urso polar.



Fonte: Aventuras da História


MZ

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quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Desenhista Walter Lantz

Desenhista Walter Lantz, fundador do Walter Lantz Studio e a
modelo usada como referência para uma personagem, em 1950
Fonte: Bastidores da História

Walter Benjamin Lantz, nascido em New Rochelle, nos EUA, a 27 de abril de 1899.

Foi um desenhista, animador e dublador.

Conhecido principalmente pela fundação do Walter Lantz Studio e pela criação da personagem Woody Woodpecker (PT: "Pica-Pau")

Faleceu aos 94 anos de idade, a 22 de março de 1994, em Burbank, nos EUA.


Fonte: Wikipédia

MZ

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sábado, 16 de janeiro de 2021

A Pessoa Mais Velha do Mundo alguma vez já documentada

Jeanne Calment
Fonte: Canal Odisseia

Jeanne Louise Calment foi uma supercentenária confirmada como a pessoa mais velha já documentada da história, depois de chegar à idade de 122 anos e 164 dias.

Jeanne nasceu em Arles, no sul da França, a 21 de fevereiro de 1875. Viveu durante toda a sua vida na cidade onde nasceu.

O seu pai, Nicolas, foi um construtor de barcos e a sua mãe, Marguerite, pertencia a uma família de moleiros.

Alguns dos seus familiares mais próximos também alcançaram uma idade avançada: o seu irmão mais velho, François chegou aos 97 anos, o seu pai aos 93 anos e a sua mãe ate aos 86.

Em 1896, aos 21 anos de idade, casou-se com o seu primo em 2º grau Fernand Nicolas Calment, um rico proprietário lojista. A sua riqueza possibilitou que Jeanne levasse uma vida de ócio, praticando algumas atividades como ténis, ciclismo, natação, patinagem, piano e ópera.
Jeanne Calment aos 40 anos de idade
Fonte: Wikipédia

O seu marido morreu em 1942, aos 74 anos, depois de ambos terem comido uma sobremesa de cerejas venenosas, à qual Jeanne sobreviveu. O casal teve uma única filha, Yvonne, nascida em 1898.

Yvonne casou-se com o coronel Joseph Billot e teve apenas um filho, Frédéric, nascido em 1926. Jeanne viveu tempo suficiente para ver a morte da sua filha, que morreu aos 35 anos em 1934 devido a uma pneumonia. Jeanne ficou com a guarda do neto. O neto tornou-se médico e também morreu prematuramente num acidente de automóvel em 1960.

Em 1965, aos 90 anos não tinha herdeiros naturais, Jeanne fez um acordo para vender o seu antigo apartamento com uma convenção de usufruto vitalício ao advogado André-François Raffray, então com 47 anos, através de um contrato que determinava um pagamento mensal até à sua morte.

Embora tenha concordado pagar a mensalidade de 2500 francos até que ela morresse, André-François nunca imaginou que Jeanne chegaria a viver 122 anos e acabou por pagar aproximadamente mais de um milhão de francos, valor que equivalia ao dobro do que valia o apartamento. O advogado morreu vítima de cancro 30 anos mais tarde em 1995, aos 77 anos, e a sua viúva continuou a fazer os pagamentos até à morte de Jeanne em 1997.

Jeanne manteve uma vida bastante ativa para a sua idade. Praticou esgrima até aos 85 anos e continuou a andar de bicicleta até aos 100. Deixou de fumar aos 120 depois de ter problemas em levar os cigarros à boca devido à sua catarata. Desde os 21 que fumava dois cigarros por dia.

Em 1985, a sua visão piorou muito e, enquanto cozinhava, causou um pequeno incêndio no seu apartamento. Depois deste episódio, mudou-se por vontade própria para uma casa de repouso para idosos depois de viver por conta própria por 110 anos.

Era capaz de caminhar até que fraturou o fémur numa queda com 114 anos e 11 meses, o que necessitou de uma cirurgia. Depois dessa operação, precisou utilizar uma cadeira de rodas.

Atribuiu o segredo da sua longevidade e ao seu estado de saúde relativamente saudável para a sua idade ao azeite de oliva, o qual utilizava em todos os seus alimentos, assim como uma dieta de vinho do Porto e um consumo de quase um quilo de chocolate por semana.
Jeanne Calment a fumar
Fonte: amazing.zone

A sua notoriedade internacional aumentou em 1988, quando a comemoração do centenário da visita de Vincent van Gogh em Arles possibilitou Jeanne ser entrevistada por jornalistas. Comentou o momento em que tinha se encontrado com Van Gogh 100 anos antes, quando era uma menina de apenas 13 anos de idade, o descreveu como "sujo, mal vestido, desagradável, muito feio, descortês e grosseiro".

Durante as reportagens, Jeanne também recordou a vende de lápis de cor para Van Gogh e da construção da Torre Eiffel.

O seu caso foi registado no Livro  do Guiness em 1988.

Em 1995, estreou um documentário sobre a sua vida, intitulado "Beyond 120 years with Jeanne Calement".

A 17 de outubro de 1995, tornou-se a pessoa mais velha já conhecida depois de ter superado o caso (atualmente verificado como falso) de Shigechiyo Izumi do Japão.

No seu 122º aniversário, a 21 de fevereiro de 1997, foi anunciado que não faria mais aparições públicas já que a sua saúde tinha-se deteriorado muito.

Morreu a 4 de agosto de 1997, às 10h45 devido a causas naturais e foi enterrada no cemitério de Trinquetaille.

MZ

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quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Primeiro Homem atirado por um Canhão



Hugo nasceu a 20 de outubro de 1898, era um dos irmãos Zacchini, e foi a primeira bala de canhão humana a usar um canhão de ar comprimido. 
Hugo Zacchini

Foi o seu pai, Ildebrando Zacchini, quem inventou o canhão de ar comprimido usado para impulsionar os seres humanos em atos circenses.

Além de ter ficado conhecido como "bala de canhão humano", Hugo também era um artista talentoso. Estudou arte na Academia de Artes de Roma, na Itália e recebeu um grau de Mestre em Arte pela Jamestown Academy, em Jamestown, Nova Iorque, EUA.

Hugo faleceu a 20 de outubro de 1975, no dia em que fez 75 anos de idade.

MZ

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terça-feira, 12 de janeiro de 2021

As Mortes nas Mãos de Henrique VIII

Henrique VIII, Rei de Inglarra
Fonte: Wix.com

Henrique VIII, rei de Inglaterra, envolvia-se em grandes conflitos familiares. O rei ordenou a morte de vários familiares.

Eduardo Stafford, o 3º Duque de Buckingham

Eduardo Stafford, 3º Duque de Buckingham
Fonte: Wikipédia

Eduardo Stafford nasceu a 3 de fevereiro de 1478. Era o segundo filho do 2º Duque de Buckingham e de Catherine Woodville.
Disputou o trono com o rei. Eduardo era muito influente no círculo familiar do rei, e era muito mais querido do que Henrique VIII, o que alertou Henrique, que pediu que fosse iniciada uma investigação, pois acreditava que o seu primo conspirava contra si.
Henrique não tinha herdeiros homens, e com o direito real ao trono devido à sua linhagem sanguínea, Eduardo tornava-se cada vez mais uma ameaça para Henrique.
O rei fez questão de examinar pessoalmente as testemunhas que colheram as informações sobre o seu primo, e reuniu evidências que puderam levar Eduardo a tribunal.
Eduardo foi acusado de endossar profecias da morte do rei, e pretender a sua morte, devido a isso foi executado a 17 de maio de 1521.

Ana Bolena

Ana Bolena
Fonte: Wikipédia

Ana Bolena (1501/1507-1536) foi a segunda esposa de Henrique VIII. O casamento secreto entre ambos foi polémico, pois o rei precisou anular a sua união com Catarina de Aragão, o que era proibido. Então, Henrique VIII foi excomungado pelo Papa Clemente VII e fundou a Igreja Anglicana.
Ana tornou-se uma figura-chave na revolta política e religiosa que marcou o início da Reforma Anglicana.
Ana era a mãe da que viria a ser a rainha Elizabeth I, nascida a 7 de setembro de 1533.
Ana foi acusada de ter relações sexuais com o próprio irmão, Jorge, de quem teria engravidado. O seu casamento com Henrique VIII foi anulado dois dias depois. A culpa de Ana nunca foi provada.
Foi acusada de adultério, incesto e de conspirar a morte do rei.
O tio de Ana, Thomas Howard, 3º duque de Norfolk, presidiu o tribunal que a condenou à morte. Foi decapitada a 19 de maio de 1536.

Catarina Howard

Catarina Howard
Fonte: Pinterest

Catarina Howard (1523-1542) foi a quinta esposa do rei Henrique VIII. Foi rainha consorte de Inglaterra de 1540 até ao seu casamentos ser anulado no ano seguinte.
Apesar da paixão que o rei tinha por Catarina, esta não encontrou a felicidade no casamento e arranjou amantes, como Thomas Culpeper, um cortesão. Chamou à corte alguns dos seus antigos amigos, nomeadamente Francisco Dereham, que tinha sido, alegadamente, seu amante em Norfolk e que se tornou no seu secretário particular. As companhias de Catarina começaram a levantar suspeitas. No início, Henrique VIII recusou-se a acreditar nas evidências, mas quando as cartas de Culpeper e Catarina apareceram mandou-a prender na Abadia de Middlesex.
Thomas Culpepper e Francisco Dereham foram executados em dezembro de 1541.
 A 13 de fevereiro de 1542, Catarina começou a ser julgada por adultério, o que numa rainha era equivalente a traição. Considerada culpada, foi executada a 13 de fevereiro de 1542, na Torre de Londres. Tinha 19 anos de idade. Diz-se que passou os últimos dias a ensaiar a sua execução.

James IV da Escócia

James IV, Rei da Escócia
Fonte: Wikipédia

James nasceu a 17 de março de 1473, em Stirling, na Escócia. Foi o rei da Escócia de junho de 1488 até à sua morte. Geralmente, é considerado como um dos mais bem sucedidos monarcas da Escócia da Casa de Stewart, no entanto, o seu reinado terminou de forma desastrosa na Batalha do Campo de Flodden, tornando-se o último monarca britânico a morrer em batalha, a 9 de setembro de 1513.
James era cunhado de Henrique, era casado com a irmã de Henrique, Margaret. A Escócia tinha uma relação muito má com a Inglaterra devido ao temperamento de Henriques, e por isso decidiu ficar ao lado da França quando estes entraram em guerra com os ingleses.
Durante a Batalha de Flodden, James foi derrotado pelas forças britânicas lideradas pela rainha Catarina. Uma média de 11 mil escoceses morreram no confronto, incluindo o monarca da Escócia.

Edmund de la Pole, 3º Duque de Suffolk

Edmund de la Pole, nascido em 1471, era filho de John de la Pole e de Elizabeth de York.
A Casa de York eram uma preocupação constante para Henrique. Este acreditava que a família poderia reivindicar o trono a qualquer momento, e o rei fez com que a existência da casa não trouxesse grandes problemas.
Então, Edmund de La Pole, primo do rei e filho de Elizabeth de York, foi decapitado depois de ter sido deixado de lado de uma amnistia concedida por Henrique a 30 de abril de 1513.


Fonte: Aventuras na História | Wikipédia | History

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

domingo, 10 de janeiro de 2021

Rapto de John Paul Getty III

John Paul Getty III
Fonte: Wicipedia - Wikipédia

John Paul Getty III, nasceu em Minneapolis, nos EUA, a 4 de novembro de 1956. Era o mais velho dos quatro filhos de Paul Getty Jr. e Abigail, e neto do magnata do petróleo Jean Paul Getty.

John ficou famoso por ter sido vítima de um sequestro, quando tinha 16 anos de idade, na Itália.

John era o típico menino rico, nascido em berço de ouro e interessado pelos prazeres da vida. Tinha o rótulo de menino problema, facto que levou a quando foi vítima de sequestro ninguém ligou, pois pensaram tratar-se de uma partida.

O sequestro começou na noite do dia 10 de julho de 1973. John estava a divertir-se com os amigos e, aparentemente estaria tudo bem, até que no dia seguinte, John estava desaparecido.

Acostumados com o comportamento de adolescente rebelde, os seus pais não prestaram muita atenção ao seu desaparecimento.

Dois dias passaram normalmente, até que receberam um telefonema a dizer que tinham raptado o rapaz. Mesmo com esta informação, a família continuou a não acreditar que fosse um sequestro verdadeiro.

Os pais ficaram ainda mais desconfiados quando os supostos sequestradores ligaram novamente, para pedirem um resgate no valor de 500 mil dólares, isto porque este valor para a família eram, basicamente, trocos.

Os sequestradores ficaram chateados por não conseguirem o dinheiro e então ligaram novamente para os pais de John. Agora, para, avisarem a família que queriam mais: o resgate acabara de aumentar para 3 biliões de libras.

Foi neste momento que a sua mãe começou a ficar preocupada e pediu ajuda ao avô do seu filho, que era bilionário. A resposta que obteve foi: "Tenho 14 netos, se pagar resgate, terei 14 crianças sequestradas". O pai de John também se recusou a pagar.
Avô de John Paul Getty III
Fonte: Público

Quatro meses de sequestro, os criminosos decidiram tomar medidas e enviaram um pacote de encomenda para um jornal italiano.

Dentro da caixa estavam madeixas de cabelo ruivas e uma orelha humana, ao lado de uma carta que dizia: "Esta é a orelha de Paul. Se não recebermos algum dinheiro em 10 dias, a outra orelha será enviada".

Agora a sua família ficara aflita. Quanto mais demorassem, mais partes do corpo de John seriam cortadas e enviadas pelo correio. Neste momento, a família pressionada concordou em pagar o resgate.

Assim, John Paul Getty III foi solto no sul da Itália, no dia 15 de dezembro de 1973, depois de cinco meses de sequestro. A polícia prendeu sete dos sequestradores e recuperou 17 mil dólares do resgate.
John Paul Getty III com a mãe, Abigail, na sede da polícia em Roma, no dia em que foi libertado
Fonte: Aventuras na História - Uol

Após ser libertado, a sua mãe disse-lhe para John ligar ao avô a agradecer, mas este nunca o atendeu.

Um ano depois do susto, John continuou a sua vida normalmente, mas continuou sem o afeto da sua família.

Reconstruiu a orelha. Casou-se com a alemã Martine Zacher e, graças à desconfiança do avô, que não apoiou o casamento, foi deserdado da fortuna da família.
John Paul Getty III com a mulher, Martine Zacher
Fonte: FamousFix.com

Começou a consumir cocaína e entrou em depressão. Anos mais tarde, em 1981, John sofreu uma overdose seguida de um derrame, o que o deixou mudo, parcialmente cego e paralítico.
John Paul Getty III anos depois de sofrer a overdose e derrame, que o deixou numa cadeira-de-rodas
Fonte: People.com

A 5 de fevereiro de 2011, depois de 30 anos a viver numa cadeira-de-rodas, John faleceu, aos 54 anos, em Buckinghamshire, na Inglaterra.

MZ

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sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Imperatriz Catarina I da Rússia - A Primeira Mulher a Governar a Rússia

Imperatriz Catarina I da Rússia
Fonte: Wikipédia

Nascida Marta Helena Skavronska, a 15 de abril de 1684 em Višķi.

Era uma serva, supostamente de ascendência sueca que foi criada pelo pastor luterano Johann Ernst Glück.

Acabou por ir trabalhar ao serviço do príncipe Alexandre Danilovitch Menchikov e conheceu em 1703 o amigo deste, o Imperador Pedro I, de quem logo se tornou amante e passou a usar o nome Catarina depois de se converter à Igreja Ortodoxa Russa.

Pedro e Catarina casaram-se, secretamente, por volta de 1707 e tiveram 12 filhos, porém apenas duas, Ana e Isabel sobreviveram até à idade adulta.

Em 1711 Catarina acompanhou Pedro na na Campanha de Prut, contra a Turquia, e conta-se que salvou a vida de Pedro quando este estava rodeado por um exército muito superior, sugerindo-lhe que se rendesse e utilizou as suas jóias e as das suas damas para subornar o Grão-Vizir.

Pedro I premiou Catarina casando-se com ela, oficialmente, a Catedral de Santo Isaac, apesar de ele estar casado com a sua primeira mulher Eudoxia Lopukhina, a quem ele tinha colocado num convento e com quem tinha um filho.

Assim Catarina tornou-se Imperatriz Consorte. Pedro coroou Catarina como co-governante do Império Russo, em 1724.

As cartas entre o casal mostra a grande cumplicidade que existia entre eles, Catarina cuidava do seu marido pessoalmente durante os seus ataques epiléticos. Diz-se que só discutiram uma vez, devido à execução por corrupção do secretário de Catarina.

Em 1724, Catarina assumiu o trono sozinha em 1725 após a morte do marido, tornando-se na primeira mulher na história a governar a Rússia.

A maior parte do seu reinado foi controlado pelos seus conselheiros, no entanto, conseguiu por conta própria reduzir os gastos do exército e dessa forma aliviar o peso dos impostos sobre a população.

Catarina morreu aos 43 anos de idade, de tuberculose, em São Petersburgo, na Rússia, a 17 de maio de 1727.

MZ

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quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Os Bibelforscher

Uniforme com o triângulo roxo que identificava as Testemunhas de Jeová durante o regime Nazi
Encontra-se no Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos
Fonte: Aventuras na História

Os Bibelforscher ou Testemunhas de Jeová também foram perseguidos pelos nazis.

De acordo com as crenças das Testemunhas de Jeová, estas não podem jurar obediência a qualquer líder político, já que, na Bíblia, está determinado que se devem manter neutros.

Isto, para os alemães fiéis a Hitler, era a mesma coisa que contribuir "para a fragmentação ideológica do povo alemão".

Sob a perspetiva nazi, era óbvio que, na verdade, as Testemunhas de Jeová tratavam-se de bolcheviques, comunistas e judeus disfarçados, considerando que iam contra o regime. Sendo assim, deveriam ser perseguidos como os próprios judeus, os homossexuais e os adversários políticos.

Mas as Testemunhas de Jeová tiveram a oportunidade de mudar o rumo da história. Para evitar maiores perseguições, receberam a proposta de que, caso assinassem um termo, deixariam de ser alvos políticos.

O documento, no entanto, incitava a renúncia da fé e a submissão à autoridade estatal, o que significava apoio aos militares da Alemanha nazi.

As Testemunhas de Jeová não concordaram com os termos e continuaram com as suas atividades religiosas, adorando a Deus, distribuindo bíblias e pregando mensagens religiosas.

Logo, as Testemunhas de Jeová tornaram-se a primeira denominação cristã banida pelo governo nazi e a mais intensamente perseguida durante o regime.

Não obedecer ao Estado nazi incluía não servir no exército, não votar nas eleições, não saudar a suástica e muito menos dizer "Heil Hitler!". 

Durante todo o período nazi, entre os anos de 1933 e 1945, 10 mil Testemunhas de Jeová foram presas, duas mil foram parar em campos de concentração, forçadas a trabalhar e a usar um triângulo roxo para identificação e 600 morreram sob custódia, sendo que 250 foram executadas.

Em 1931, o presidente do Reich, Paul von Hindenburg, emitiu o Decreto para a Resistência de Atos Políticos de Violência. Basicamente, a lei previa que ações fossem tomadas caso organizações religiosas fossem usadas contra o estado de forma "maliciosa". Assim, a Baviera proibiu e confiscou todas as publicações estudantis da Bíblia em todo o estado.

Em maio de 1933, as Testemunhas de Jeová já tinham sido banidas em vários estados alemães.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial e, por consequência, do Estado Nazi, as Testemunhas de Jeová que ainda estavam presas foram libertadas. Entretanto, muitas morreram devido aos anos de trabalhos forçados, violência física e psicológica.

Fonte: Pamela Malva - Aventuras na História

MZ

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segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

A Grande Fome Soviética - O Holodomor

Camponeses com fome durante a Grande Fome Soviética - Década de 1930
Fonte: Euromaidan Press

A Grande Fome Soviética de 1932-33 afetou as principais áreas produtoras de grãos da URSS, que incluía a Ucrânia, o Cáucaso do Norte, a Região do Volga, o Cazaquistão, os Urais Sul e o Oeste da Sibéria.

A manifestação da fome na República Socialista Soviética da Ucrânia ficou conhecida como "Holodomor".

Ao contrário da grande fome russa de 1921, as informações sobre a fome de 1932-34 foram deliberadamente apagadas da história soviética pelas autoridades da União Soviética, não só pelo regime de Stalin, mas também pelos seus sucessores até a perestroika e a glasnost, as reformas políticas e económicas lançadas por Mikhail Gorbachev entre 1986-87, que puseram fim à URSS no início dos anos 1990.

Estima-se que esta fome da década de 1930 tenha matado entre 11 a 14 milhões na Ucrânia, Região do Volga, no Cazaquistão e em Kuban.

A coletivização forçada da agricultura pelo governo soviético é considerada por alguns como uma das principais razões para a fome, por ter causado caos no sistema produtivo no campo.

Isto incluiu a destruição dos seus bens pelos camponeses, a venda e matança dos cavalos por medo de que fossem apreendidos, e abstenção dos agricultores de trabalhar a terra.

As autoridades culparam os kulaks (camponeses ricos) e kolkhozs (agricultores coletivizados), acusando-os de sabotagem.

Holodomor


O Holodomor ou "Holocausto Ucraniano" é o nome atribuído à fome causado por Joseph Stalin que devastou principalmente o território da República Socialista Soviética da Ucrânia.

Este acontecimento representou um dos mais trágicos capítulos da História da Ucrânia, devido ao enorme número de vítimas do bloqueio de alimentos feitos por Stalin à Ucrânia.

Apesar da fome ter igualmente afetado outras regiões da URSS avessas ao regime de Stalin, o termo "Holodomor" é aplicado especificamente aos factos que aconteceram com a população ucraniana: na Ucrânia, região de Kuban e Cáucaso do Norte.

Em termos demográficos, a mortalidade na Ucrânia, incidiu fundamentalmente sobre a população rural.

No entanto, o regime soviético tinha consciência de que esta população rural continuava a representar a "espinha dorsal" da nacionalidade ucraniana (75% a 85% dos ucranianos viviam nas aldeias), em contraste com as cidades, etnicamente mais "cosmopolitas" (russos, judeus, polacos, etc.).

Apesar de ser menos intensa e generalizada do que a Fome de 1921-22, em termos de seca e de regiões afetadas, causou entre três a quatro vezes mais vítimas, em resultado de decisões políticas que procuravam salvar o regime da crise, que ele próprio tinha provocado.

No decurso da tragédia, o Estado soviético continuava a exportar milhões de toneladas de cereais para o estrangeiro, enquanto acumulava enormes reservas estratégicas.

Num ato de retaliação, a 22 de outubro de 1933, o diplomata da União Soviética no consulado em Lviv, na Ucrânia, Alexei Mailov, foi assassinado por Mykola Lemyk, militante do movimento independentista "Organização das Nacionalistas Ucranianos".

MZ

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sábado, 2 de janeiro de 2021

Primeira-Dama de Portugal: Maria Alves Cavaco Silva

Primeira-Dama Maria Alves Cavaco Silva
Fonte: Lux - IOL

Nome: Maria Alves da Silva Cavaco Silva
Nascimento: 19 de março de 1938, São Bartolomeu de Messines, Silves, Portugal
Pais: Francisco dos Santos da Silva e da sua mulher Adelina de Jesus Pincho
Casamento: Casou-se com Aníbal Cavaco Silva em Lisboa, no Mosteiro de São Vicente de Fora, a 20 de outubro de 1963. Tiveram dois filhos
Primeira Dama: 9 de março de 2006 a 9 de março de 2016
Morte: -
Curiosidades: É licenciada em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e a sua tese de licenciatura versou A Saudade na Poesia de Hölderlin, tema analisado em relação com o Saudosismo Português

Professora desde 1960, lecionou no Colégio das Doroteias e nos liceus Passos Manuel, Rainha D. Leonor e D. João de Castro, todos em Lisboa 

Assim que se casou, acompanhou o marido para Moçambique, onde viveram dois anos em Lourenço Marques, onde lecionou Francês, Português e Inglês, nos liceus Salazar e D. Ana da Costa Portugal

Entre 1971 e 1974, esteve em York, na Inglaterra, mantendo uma relação de trabalho com o Language Teaching Centre, onde frequentou cursos de alemão e italiano

Como não havia leitorado oficial de Língua Portuguesa, ensinou a título privado a estrangeiros de várias nacionalidades

Em 1977, iniciou funções como regente da disciplina de Língua Portuguesa na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, à qual está ainda hoje ligada, dando aulas extraordinárias de Língua e Cultura Portuguesas

Tem artigos publicados sobre autores como Luís de Camões, Gil Vicente, Manuel Maria Barbosa du Bocage, Camilo Pessanha, Cesário Verde, José Régio, Ruy Belo, Virgílio Ferreira e Sophia de Mello Breyner Andresen

Enquanto Primeira-Dama, dedicou atenção aos desafios que as famílias e os jovens enfrentam no mundo atual e as novas exigências em matéria de assistência social

MZ

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