terça-feira, 30 de março de 2021

Peter Durand - O Pai dos Enlatados

Peter Durand
Fonte: Mundo Latas

Peter Durand (1766-1822) foi um comerciante inglês que recebeu a primeira patente para a ideia de conservar alimentos usando latas.

A patente, nº 3372, foi-lhe dada a 25 de agosto de 1810 pelo Rei George III do Reino Unido.

A patente específica que foi concedida a Peter Durand, para um método de preservação de alimentos de origem animal, vegetal e outros artigos perecíveis usando vários recipientes de vidro, cerâmica, estanho ou outros metais adequados.

O procedimento de preservação consistia em encher um recipiente com comida e tapá-lo. Os vegetais deviam ser colocados crus, enquanto as proteínas animais podiam ser crus ou meio cozidos. Em seguida, todo o produto deveria ser aquecido, podendo ser no forno, fogão, mas o mais indicado seria por imersão em água a ferver. O tempo de fervura não foi especificado, dizia que dependia do alimento e do tamanho do recipiente. Também não era claro o tempo de preservação na patente, apenas dizia que era "longo".

Depois de receber a patente Durand vendeu-a, em 1812, a dois outros ingleses, Bryan Donkin e John Hall, por 1000£.

Donkin e Hall montaram uma fábrica de enlatados e, em 1813, já estavam a produzir os seus primeiros produtos enlatados para o exército britânico.



Fonte: Wikipédia


MZ

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domingo, 28 de março de 2021

Daisy e Violet Hilton - As Irmãs Siamesas

Daisy e Violet Hilton
Fonte: Mdig

Daisy e Violet nasceram em Brighton, na Inglaterra, a 5 de fevereiro de 1908.

As meninas, gémeas siamesas, nasceram unidas pelos seus quadris e nádegas, compartilhavam a circulação sanguínea e eram fundidas na pelve, mas não partilhavam órgãos importantes.

A mãe das meninas, Kate Skinner, era uma empregada de mesa solteira. A chefe de Kate, Mary Hilton, que ajudou no parto, aparentemente viu perspetivas comerciais nas meninas e, assim, comprou as meninas à mãe.

Num primeiro momento, as duas ficaram no pub Queen's Head em Brighton, no entanto, mudaram-se mais tarde para o pub Evening Star.

De acordo com a autobiografia das irmãs, Mary Hilton, o marido e a filha mantinham as gémeas sobre um estreito controlo com abusos físicos.

Mary Hilton (direita no topo) com o seu marido e as gémeas Daisy e Violet
Fonte: Mdig

As irmãs viajaram em digressão, primeiro na Grã-Bretanha com 3 anos, intituladas "The United Twins". Mary levou-as em digressão pela Alemanha, Austrália e EUA.

As apresentações das meninas era acompanhada de uma "história" imaginativa. Mary ficava com todo o dinheiro que as irmãs ganhavam.

Quando Mary morreu em Birmingham, a sua filha e o seu marido assumiram-se como empresários das gémeas.

Em 1931, as irmãs decidiram processar os seus empresários, ganhando o fim do contrato e mais 100 mil dólares em danos.

Deixaram os side shows (tipo circo de aberrações) e participaram em espetáculos do vaudeville como "The Hilton Sisters'Revue".

Daisy pintou o cabelo de loiro e elas começaram a usar roupas diferentes para que pudessem ser distinguidas.

As gémeas tiveram vários relacionamentos e tentativas fracassadas de obter uma licença para casar, e alguns casamentos atribulados.

Em 1932, apareceram no papel delas mesmas no filme "Freaks". Em 1951, entraram no filme "Chained for Life", um filme vagamente baseado nas suas vidas.

A última aparição das irmãs siamesas foi em 1961, num Cinema drive-in em Charlotte, na Carolina do Norte. O gerente da digressão as tinha deixado lã, sem dinheiro para pagarem o transporte, o que as forçou a aceitar um emprego num supermercado nas proximidades.

A 4 de janeiro de 1969, depois de faltarem ao trabalho, o seu chefe chamou a polícia. As irmãs foram encontradas mortas na sua casa, vítimas da Gripe de Hong Kong.

De acordo com a investigação forense, Daisy morreu primeiro, Violeta morreu entre dois e quatro dias depois, tinham 60 anos.



Fonte: Wikipédia


MZ

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sexta-feira, 26 de março de 2021

Proibido Casar com uma Siamesa

 

Martin L. Lambert, Violet e Daisy Hilton
Fonte: Bastidores da História

Em Nova Iorque, nos EUA, em 1934, uma licença de casamento foi negada a Martin L. Lambert e a Violet Hilton, porque ela tinha uma gémea siamesa, Daisy.

O juiz considerou "imoral" emitir a certidão.



Fonte: Bastidores da História


MZ

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quarta-feira, 24 de março de 2021

Mãe com Vergonha a Vender os Filhos

Mãe com vergonha a vender os seus quatro filhos
Fonte: Notícias - R7.com

Nos EUA, a mãe Lucille Chalifoux colocou um anúncio que dizia "Quatro crianças à venda - Informe-se aqui".

O pai desempregado e a mãe decidiram colocar os filhos à venda.

A fotografia tirada a 4 de agosto de 1948, em Chicago, vendias as crianças Lana, de seis anos e Rae, de cinco anos (no degrau mais alto) e Milton, de quatro anos e Sue Elle, de dois anos (degrau de baixo).

A mãe, Lucille, chora e escondia o rosto do fotógrafo, estava grávida de David.

A fotografia foi publicada em vários jornais, causando comoção, o que fez surgir ofertas de ajuda de leitores comovidos.

Ninguém sabe dizer quanto tempo a placa ficou em exibição. O pai, que tinha ficha na polícia, acabou por abandonar a família um ano depois.

Décadas depois, uma reportagem no jornal "The Times", de Indiana, mostrou que a fotografia marcava o começo de uma impressionante história falta de amor e maus-tratos às crianças.

Vendidos ou adotados, os irmãos dispersaram, para só se voltarem a encontrar já adultos.

"Fui vendida por 2 dólares. Como o meu irmão Milton estava perto de mim chorando, o casal resolveu levá-lo também", conta Rae.

Rae encontrou a mãe biológico, quando tinha 21 anos: "Ela não tinha remorso, nunca nos amou", disse. 

Rae contou que a família que a comprou era abusiva e por isso fugiu de casa aos 17 anos. Assim como o irmão, sofreram com os pais abusivos, só que o Milton que foi diagnosticado com esquizofrenia em 1967 foi abandonado num hospício.

David, que estava na barriga da mãe na época em que colocou os filhos à venda. Foi adotado por uma família rígida do Condado de Jasper, e também fugiu de casa, aos 16 anos de idade.

Pouco se sabe sobre Sue Ellen. Ela teve dois filhos e reencontrou a irmã Rae, aos 70 anos. As duas encontram-se na casa onde foram vendidas. O reencontro foi emocionante, uma de 70 e outra de 67 anos, partilharam momentos da vida, como pintar as unhas e tentar recuperar um pouco o tempo perdido.

Sue estava doente para falar, comunicava-se através de bilhetes e estava muito feliz por conhecer a irmã. Num dos papéis descreveu o momento: "É fabuloso. Eu amo-a". Já sobre a sua mãe biológica, Sue disse: "Ela precisa arder no inferno".



Fonte: Aventuras na História


MZ

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segunda-feira, 22 de março de 2021

Cena icónica do filme "Titanic"

 

Cena icónica do filme "Titanic"
Fonte: Pinterest

O filme Titanic é um filme épico de romance e drama norte-americano, do ano de 1997.

Escrito, dirigido, coproduzido e coeditado por James Cameron.

É uma história de ficção do naufrágio real do RMS Titanic, estrelado por Leonardo DiCaprio, como Jack Dawson e Kate Winslet, como Rose DeWitt Bukater, membros de diferentes classes sociais que se apaixonam durante a fatídica viagem inaugural do navio, a 15 de abril de 1912.

A produção do filme começou em 1996, quando James Cameron filmou os verdadeiros destroços do RMS Titanic.

As cenas modernas foram filmadas no Akademik Mstslav Keldysh, navio de pesquisas russo que Cameron usou como base para filmar os destroços.

Uma réplica do Titanic foi construída em Playas de Rosarito, no México, com miniaturas e computação gráfica sendo usadas para recriar o naufrágio.

O filme foi financiado pela Paramount Pictures e pela 20th Century Fox.

Na altura, foi a longa-metragem mais cara já produzido, com um orçamento de aproximadamente 200 milhões de dólares.

Foi indicado a 14 Oscars, vencendo 11 prémios, incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor.

Com uma bilheteira total de 2,1 biliões de dólares, foi o primeiro filme a arrecadar mais de um bilião de dólares mundialmente, permanecendo como a produção de maior arrecadação da história do cinema durante 12 anos até ao filme Avatar.



Fonte: Wikipédia


MZ

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sábado, 20 de março de 2021

A Fuga do Incêndio

Fonte: Bastidores da História

No dia de Natal de 1971, deu-se um incêndio no Hotel Daeyeonggak, em Seul, na Coreia do Sul.

O fogo ardeu durante dez horas e muitos foram incapazes de encontrar uma saída.

As escadas dos bombeiros apenas conseguiram chegar ao 8º andar quando o hotel tinha 22 andares. 

Na imagem pode-se ver hóspedes a tentarem usar os colchões das camas ao se atirarem das janelas, procurando uma possibilidade destes lhes amparar a queda. Infelizmente, o colchão desempenhou essa função.

Este incêndio matou 164 pessoas e feriu outras 63 pessoas. Continua a ser o incêndio mais mortal em hotéis da história mundial.

Pelo menos 38 pessoas morreram ao atirarem-se das janelas. Doze helicópteros foram mobilizados para tentar resgatar os hóspedes do telhado.

As autoridades prenderam oito pessoas com ligações ao incêndio. Entre eles, Kim Yong-san e outros quatro funcionários do hotel, acusados de negligência e construção imprópria, além de dois ex-oficiais da cidade e um bombeiro por negligência.

No incêndio morreu o ministro da embaixada de Taiwan em Seul, Yu Sien-yung, que morava sozinho no hotel. Ficou preso no prédio em chamas por mais de 10 horas e morreu no hospital, aos 64 anos, a 4 de janeiro de 1972.

Dizia-se que o projeto do edifício participava do alto número de mortos. As duas escadas internas foram projetadas para uso em caso de falhas no elevador e não como saídas de incêndio, e preenchidas com fumo durante o incêndio, atuando como chaminés.

O edifício não tinha escada externa de emergência. As paredes entre os quartos do hotel não eram suficientemente resistentes ao fogo, o que acelerou a propagação do fogo. A torre não possuía muitos outros recursos de segurança, incluindo luzes de saída acionadas por bateria.

O prédio foi reconstruído mas ocorreu outro incêndio no dia 27 de fevereiro de 2010.

MZ

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quinta-feira, 18 de março de 2021

População Norte-Coreana no Funeral de Kim Jong-il

Popualação no funeral de Kim Jong-Il
Fonte: Público

Na semana após a morte do líder coreano, Kim Jong-Il, sucederam-se no país várias demonstrações de sofrimento pela morte do seu líder, com concentrações em praças e monumentos e infinidade de atos para homenageá-lo, embora os analistas apontem que a sua popularidade tenha sido muito menor que a do seu pai, Kim Il-Sung, o "presidente eterno".

Kim Jong-Il (1941-2011) foi um chefe de Estado que, de 1994 a 2011, exerceu as funções de Líder Supremo da República Popular Democrática da Coreia e de Presidente da Comissão de Defesa Nacional da Coreia do Norte e Secretário-Geral do Partido dos Trabalhadores da Coreia - cargos máximos em âmbito militar e político na nação coreana.

Morreu a 17 de dezembro de 2001, a sua saúde já estava a piorar desde 2008. Teria sido diagnosticado com diabetes e outros problemas, especialmente neurológicos, em 2003.

Em agosto de 2008, teria tido uma hemorragia intracerebral. Isto o forçou a cancelar as suas aparições públicas ao mínimo possível. Em 2010, foi reportado que ele sofria de epilepsia.

A sua morte foi anunciada publicamente pela imprensa estatal da Coreia do Norte a 19 de dezembro de 2011. Mas a morte terá ocorrido a 17 de dezembro.

Fontes oficias atribuíram o falecimento à "fadiga" do Líder Supremo e à "dedicação da sua vida ao povo". A agência de notícias sul-coreana Yonhap, com base em informações obtidas na Coreia do Norte, divulgou que Kim Jong-Il morrera de ataque cardíaco durante uma viagem.

Os meios de comunicação sul-coreanos tinham informado, inicialmente, que a cerimónia fúnebre deveria durar dois dias. Centenas de militares e cidadãos norte-coreanos compareceram ao funeral.

No desfile realizado diante do corpo do ex-ditador, era possível ver grupos de mulheres em trajes militar chorando copiosamente.

Nos corredores do palácio, filas de soldados esperavam para entrar na sala onde estava Kim Jong-Il. O seu corpo foi exibido durante nove dias em Kumsuman.

Três minutos de silêncio encerraram, a 29 de dezembro, em Pyongyang, capital da Coreia do Norte, as cerimónias fúnebres de Kim Jong-Il. Quando os relógios locais tocaram o meio-dia, os participantes mantiveram-se em silêncio enquanto as sirenes de comboios e barcos de toda a capital soaram, mostraram as imagens na televisão estatal KCTV.

Noticiário da KCTV na altura do funeral de Kim Jong-Il:


MZ

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terça-feira, 16 de março de 2021

Aulas de Postura para Meninas

Aulas de postura - 1962
Fonte: Life


Meninas a terem aulas de postura numa escola de boas maneiras, em 1962.


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domingo, 14 de março de 2021

Evita Perón após Renunciar a Vice-Presidente

Fonte: Bastidores da História

Na imagem Evita Perón chora enquanto abraça o marido e Presidente da Argentina Juan Perón após renunciar a Vice-Presidência por motivos de saúde, em 1951.

A então Primeira-Dama da Argentina descobriu que estava com cancro de útero tempos antes.

Morreu aos 33 anos de idade a 26 de julho de 1952, em Buenos Aires.



Fonte: Bastidores da História


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sexta-feira, 12 de março de 2021

Primeiro Marido Homossexual na Foto das Primeiras-Damas na NATO

 

Primeira foto das Primeiras-Damas na NATO, em Bruxelas, em que aparece um marido homossexual - 2017

O marido do Primeiro-Ministro do Luxemburgo acompanhou as Primeiras-Damas dos outros líderes mundiais nos eventos que aconteceram à margem da Conferência da NATO.

A fotografia aconteceu a 25 de maio de 2017, no Castelo Real de Laeken, juntamente com as Primeiras-Damas, enquanto os maridos discutiam assuntos de ordem internacional.

Vestido com um fato preto e gravata cinza, o companheiro de Xavier Bettel esteve sempre entre as deslumbrantes mulheres dos maiores responsáveis políticos internacionais.

Ao contrário das colegas, Gauthier Destenay optou por permanecer sempre com a mesma roupa que usou no início do dia, aquando do passeio pelo Museu Magritte, dedicado às obras do pintor belga René Magritte.

A imprensa internacional destacou as conversas cordiais que Gauthier teve com Melania Trump, mulher do Presidente dos EUA, com Brigitte Macron, mulher do Presidente francês e com Amelie Derbaudrenghien, mulher do Primeiro-Ministro belga.

Xavier Bettel foi o primeiro líder da União Europeia a casar-se com uma pessoa do mesmo sexo.
Casamento de Gauthier Destenay e Xavier Bettel, em 2015
Fonte: Voice of America

Casaram-se em 2015, poucos meses depois do parlamento do Luxemburgo legalizar a união de pessoas do mesmo sexo.



Fonte: Correio da Manhã


MZ

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quarta-feira, 10 de março de 2021

Primeira Ambulância do Hospital Central de Bellevue

Fonte: Pinterest

Na imagem: A primeira ambulância era do Hospital Central de Bellevue, de Nova Iorque (EUA), em 1869.

MZ

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segunda-feira, 8 de março de 2021

Artur Alves dos Reis - Maior Burlão Português da História

Artur Alves dos Reis - Maior burlão português da História

Nasceu em Lisboa a 8 de setembro de 1896.

Foi o cabecilha da maior falsificação de notas de banco da História - notas de 500 escudos, em 1925.
Nota de 500 escudos

Descendente de uma família modesta, Artur quis estudar engenharia, começou o primeiro ano do curso, mas abandonou-o para casar com Maria Luísa Jacobetty de Azevedo.

Em 1916, emigrou para Angola, para tentar fazer fortuna e assim escapar às humilhações por parte da família rica da mulher. Começou a trabalhar como funcionário público nas obras públicas de esgotos.

Para emigrar para Angola fez-se passar por engenheiro, depois de ter falsificado um diploma de Oxford, de uma escola politécnica de engenharia que nem sequer existia a Polytechnic School of Engineering.

Segundo o diploma falsificado, Artur teria estudos de ciência da engenharia, geologia, geometria, física, metalurgia, matemática pura, paleografia, engenharia elétrica e mecânica, mecânica e física aplicadas, engenharia civil e mecânica, engenharia geral, design mecânico e civil, ou seja, praticamente tudo.

Com um cheque sem cobertura, comprou a maioria das ações da Companhia dos Caminhos de Ferro Transafricanos de Angola, em Moçâmedes. Tornou-se rico e ganhou prestígio.

Voltou a Lisboa em 1922, comprou uma empresa de revenda de automóveis americanos. Depois tentou apoderar-se da Companhia Ambaca. Para conseguir, passou cheques sem cobertura e usou depois o dinheiro da própria Ambaca para cobrir os cheques sobre a sua conta pessoal.

No entanto, antes de controlar toda a Ambaca, foi descoberto e preso no Porto, em julho de 1924, por desfalque, foi acusado também de tráfico de armas.

Foi durante os 54 dias que esteve preso que criou o seu plano mais ousado. A sua ideia era falsificar um contrato em nome do Banco de Portugal, o banco central emissor de moeda, e que na altura era uma instituição parcialmente privada, que lhe permitiria obter notas ilegítimas mas impressas numa empresa legítima e com a mesma qualidade das verdadeiras.

Artur contactou vários cúmplices e outros colaboradores que de boa-fé o podiam ajudar a pôr o seu plano em prática. Artur fez um contrato fictício e conseguiu que este contrato fosse reconhecido notarialmente.

Através de um cúmplice dirigiu-se a uma empresa de papel-moeda holandesa, mas esta remeteu-os para a empresa britânica Waterlow & Sons Limited de Londres, que era efetivamente a casa impressora do Banco de Portugal.

A empresa britânica imprimiu 200 mil notas de 500 escudos, efígie Vasco da Gama chapa 2, com a data de 17 de novembro de 1922. O número total de notas falsas de 500 escudos era quase tão elevado como o de notas legítimas.

A primeira entrega foi feita em fevereiro de 1925. As notas passavam de Inglaterra a Portugal, com a ajuda dos seus cúmplices.

Artur, embora fosse o mentor da fraude e o falsificador de todos os documentos, ficava só com 25% das notas. Ainda assim, com este dinheiro fundou o Banco de Angola e Metrópole em junho de 1925.

Para conseguir a abertura deste banco, recorreu também a diversas outras falsificações. Investiu na bolsa de valores e no mercado de câmbios. Comprou o Palácio do Menino de Ouro, em Lisboa, ao milionário Luís Fernandes. Adquiriu três quintas e uma frota de táxis.

Gastou também, uma grande quantia, em jóias e roupas caras para a sua mulher, durante estadias em Paris. Tentou comprar também o Diário de Notícias.

Ao longo de 1925 começaram a surgir rumores de notas falsas, mas os especialistas de contrafação dos bancos não detetaram nenhuma nota que parecesse falsa. A partir de 23 de novembro de 1925, Artur e os negócios pouco transparentes do Banco de Angola e Metrópole começaram a atrair a curiosidade dos jornalistas de O Século, o mais importante diário português da altura.

O que os jornalistas queriam perceber era como o Banco de Angola e Metrópole concedia empréstimos a taxas de juros baixas, sem precisar de receber depósitos. Inicialmente pensou-se ser uma tática alemã para perturbar o país e obter vantagens junto da colónia angolana.

A burla é publicamente revelada a 5 de dezembro de 1925 nas páginas de O Século. No dia anterior, o Banco de Portugal tinha enviado para o Porto o inspetor do Conselho do Comércio Bancário João Teixeira Direito para investigar os grandes depósitos pelo Banco de Angola e Metrópole em notas de 500 escudos novas na firma cambista Pinto da Cunha.

Só a altas horas conseguiram detetar uma nota duplicada, com o mesmo número de série, nos cofres da delegação do Porto do Banco Angola e Metrópole. Depois muitas mais notas duplicadas apareceram.

O património do Banco de Angola e Metrópole foi confiscado e obtidas provas junto da Waterlow & Sons Limited. Artur Alves dos Reis é preso a 6 de dezembro, quando se encontrava a bordo do "Adolph Woerman" ao regressar de Angola. A maior parte dos seus associados também foram presos.

Artur esteve preso, aguardando julgamento de 6 de dezembro de 1925 a 8 de maio de 1930. Durante este tempo conseguiu convencer um juiz de instrução que a própria administração do Banco de Portugal estava implicada na fraude, tendo falsificado documentos na prisão e tentado suicidar-se.

O Banco de Portugal ordenou a retirada de circulação de todas as notas de 500 escudos, a 6 de dezembro de 1925.

Foi julgado em Lisboa no tribunal de Santa Clara, condenado a 20 anos - 8 de prisão e 12 de exílio ou, em alternativa, 25 anos de exílio.

Durante o julgamento, alegou que o seu objetivo era simplesmente desenvolver Angola.

Foi libertado em maio de 1945. Foi-lhe oferecido um emprego de empregado bancário, que recusou.

Mais tarde, ainda, voltou a ser condenado por uma burla de venda de café de Angola, mas já não cumpriu pena.

Morreu de ataque cardíaco a 9 de junho de 1955, pobre.

A 27 de outubro de 2005 decorreu um leilão com umas notas falsas de Alves dos Reis com base de licitação estimada no valor de 6,500€


MZ

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sábado, 6 de março de 2021

Atentado World Trade Center em 1993

Atentado a World Trade Center, em 1993
Fonte: Wikipédia

A 26 de fevereiro de 1993 o World Trade Center sofreu um ataque terrorista, quando um camião-bomba explodiu abaixo da Torre Norte, em Nova Iorque (EUA).

Os 606 kg de nitrato de ureia - dispositivo de gás de hidrogénio alterado foi preparado para derrubar a Torre Norte sobre a Torre Sul, derrubando as duas torres e  matar dezenas de milhares de pessoas. Isto acabou por não acontecer, mas ainda assim matou seis pessoas e feriu mais de mil.

O ataque foi planeado por um grupo de terroristas, incluindo Ramzi Yousef, Mahmud Abouhalima, Mohammad Salameh, Nidal Ayyad, Abdul Rahman Yasin e Ahmed Ajaj Eles receberam financiamento de Khalid Sheikh Mohammed, tio de Yousef.

Em março de 1994, quatro homens foram condenados por realizar o bombardeamento: Abouhalima, Ajaj, Ayyad e Salameh. As acusações incluíam conspiração, destruição explosiva de propriedades e transporte interestadual de explosivo.

Em novembro de 1997, mais dois foram condenados: Ramzi Yousef, o cérebro por trás dos atentados e Eyad Ismoil, que dirigia o camião que transportava a bomba.

As seis vítimas foram:
- John DiGiovanni, de 45 anos, era um vendedor de produtos odontológicos.
- Robert Kirkpatrick, de 61 anos, um supervisor sénior de manutenção estrutural.
- Stephen Knapp, de 47 anos, supervisor chefe de manutenção, secção mecânica.
- Bill Macko, de 57 anos, supervisor geral de manutenção, secção mecânica.
- Wilfredo Mercado, de 37 anos, um agente de receção no restaurante Windows on the World.
- Monica Rodriguez Smith, de 35 anos, uma secretária que estava grávida de sete meses.

Na altura do bombardeamento, Monica estava a ver as folhas de registo do seu escritório no nível B-2, Robert, Stephan e Bill estavam a almoçar juntos na sala de descanso de um funcionário ao lado do escritório de Monica, Wilfredo estava a verificar as entregas do restaurante e John estava a estacionar na garagem subterrânea.

Foi construída uma fonte memorial em granito para homenagear as vítimas do atentado foi projetada por Elyn Zimmerman. Continha os nomes dos seis adultos que foram mortos no ataque, e a inscrição "A 26 de fevereiro de 1993, uma bomba colocada por terroristas explodiu abaixo deste local. Este horrível ato de violência matou pessoas inocentes, feriu milhares e fez vítimas todos nós".

A fonte foi destruída com o World Trade Center durante os ataques de 11 de setembro de 2001. Um fragmento recuperado do memorial do atentado de 1993 com o texto "John D", da vítima do bombardeamento John DiGiovanni, foi mais tarde incorporado a um memorial temporário projetado pela arquiteta Jacqueline Hanley, e erguido no lado da Liberty Street.

No Memorial do 11 de Setembro, inaugurado no décimo aniversário dos ataques de 2001, as seis vítimas adultas do atentado de 1993 são lembradas no North Pool, no Painel N-73. O fragmento recuperado da fonte memorial está em exibição entre outros artefactos relacionados ao bombardeamento dentro da exposição histórica do museu. 

MZ

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quinta-feira, 4 de março de 2021

Shi Jianqiao - Vingou a Morte do Seu Pai

Shi Jianqiao
Fonte: Wikipédia

O seu nome original era Shi Gulan, nascida em 1905 ou 1906, na cidade de Tongcheng era filha do oficial militar chinês Shi Congbin. Ficou conhecida por vingar a morte do seu pai.

Adotou o nome Shi Jianqiao na altura em que planeou assassinar Sun Chuanfang para vingar a morte do seu pai.

No ano em que o seu pai foi morto, em 1925, ele tinha sido promovido a diretor dos assuntos militares na província de Shandong e serviu como comandante de brigada sob o comando local Zhang Zongchang.

Em outubro de 1925, durante a segunda guerra entre as fações dos senhores da guerra de Zhili e Fengtian, o seu pai Shi Congbin liderava uma brigada de soldados mercenários na tentativa de caputuar Guzhen.

No entanto, ele viu-se cercado por tropas de Zhili, sob liderança de Sun Chuanfang. No dia seguinte, Sun decapitou o pai de Shi Jianqiao e exibiu a sua cabeça em público na estação de comboios de Bengbu.

Cerca de 10 anos após a morte do seu pai, Shi Jianqiao localizou Sun Chuanfang em Tianjin. Pouco depois das 15 horas do dia 13 de novembro, Shi aproximou-se dele por trás, enquanto ele liderava uma sessão de recitação de sutra  na sua sociedade budista leiga na estrada Nanma.

Então Shi matou o ex-senhor de guerra ajoelhado, atirando nele três vezes com a sua pistola Browing. Após o assassinato, Shi ficou no local para explicar o seu ato e distribuir panfletos a quem visse.
Panfleto de Shi Jianqiao autenticado com a sua impressão digital
Fonte: Wikipédia

O caso dela atraiu uma quantidade significativa de atenção do público e da imprensa. Após um longo processo legal com dois recursos que finalmente chegaram à Suprema Corte em Nanjing e colocaram sentimentos públicos contra o estado de direito, Shi finalmente recebeu um perdão de estado pelo governo nacionalista a 14 de outubro de 1936.

O assassinato de Sun Chuanfang foi eticamente justificado como um ato de piedade filial e transformou-se num símbolo político da vingança legítima contra os invasores japoneses.

Em 1949, Shi Jianqiao foi eleita vice-presidente da Federação das Mulheres de Suzhou.

Em 1957, foi nomeada para o Comité Municipal de Pequim da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês.

Faleceu a 27 de agosto de 1979, após uma cirurgia ao cancro colorretal. As suas cinzas foram enterradas no Cemitério Tianling Oeste.

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terça-feira, 2 de março de 2021

Sapato Ortopédico do Séc. XIX

 

Um tipo de sapato ortopédico no séc. XIX
Fonte: Bastidores da História


Sapato plataforma usado provavelmente como corretivo para alguém com uma perna mais curta do que outra. A fotografia de, por volta, 1870.


Fonte: Bastidores da História


MZ

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