segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Bolo com 106 Anos na Antártida

Bolo com 106 Anos encontrado na Antártida
Fonte: Aventuras na História

Em 2017, um grupo de ativistas membros do órgão neozelandês Antarctic Heritage Trust (AHT), que atua pela preservação da Antártida, estava no Polo Sul quando encontrou um objeto inusitado - um bolo de frutas secas com 106 anos de idade.

O bolo estava dentro de um recipiente feito de estanho juntamente com outros muitos objetos, que foram esquecidos por diversas pessoas que visitaram a região ao longo dos anos. Todos eles estavam dentro de uma antiga cabana.

A cabana, localizada no cabo Adare, data de 1899, quando um grupo de noruegueses visitou o continente e criou o abrigo. Mais tarde, em 1911, o local foi utilizado pelo famoso explorador britânico Robert Scott e pela sua equipa.

Robert Scott
Fonte: Pinterest

Aqui, os ativistas encontraram inúmeros alimentos como pedaços de carne e peixe em processo de decomposição, além de potes de geleia. Também foram encontrados objetos como ferramentas, roupas e pinturas retratando os animais locais.

Acredita-se que o bolo tenha sido levado por Scott durante a sua expedição à Terra Nova. Infelizmente ele, que também era oficial da marinha, acabou por falecer na viagem de volta junto com outros três companheiros devido ao intenso frio que enfrentaram.

O bolo, no entanto, ficou preservado dentro da marmita que, por sua vez, não saiu imune a um processo de oxidação, apesar de ainda possuir parte da pintura centenária.

Segundo um comunicado de Lizzie Meek, que administrava os artefactos históricos da AHT: "Tinha um cheiro de manteiga rançosa muito, muito leve, tirando isso, o bolo parecia comestível! (...) Não há dúvidas de que o frio extremo da Antártida ajudou a preservá-lo".

Como a cabana é considerada um património histórico, o recipiente com o bolo, assim como os outros objetos históricos encontrados, foram devolvidos ao local após a sua restauração.



Fonte: Aventuras na História


MZ

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sábado, 26 de fevereiro de 2022

Pior Acidente Ferroviário de Portugal - Moimenta-Alcafache

 

Pior Acidente Ferroviário de Portugal - Moimenta-Alcafache
Fonte: Centro Notícias

A 11 de setembro de 1985 aconteceu um acidente ferroviário na Linha da Beira Alta, em Portugal, que é considerado o pior desastre ferroviário ocorrido no país.

O acidente envolveu dois veículos, o "Rápido Internacional 314/315", que fazia o serviço internacional entre o Porto e Paris, que circulava com 18 minutos de atraso, e o outro fazia o serviço regional 1324, na direção de Coimbra.

O regional 1324 era composto pela locomotiva e por seis ou sete carruagens, já o internacional era formado por uma locomotiva e por cerca de 12 carruagens. No total, viajavam cerca de 460 pessoas.

O serviço Regional, com paragem em todas as estações e apeadeiros, chegou à estação de Mangualde, onde deveria ficar até fazer o cruzamento com o Internacional. No entanto, devido a não terem sido dado ordens para que a prioridade na circulação fosse atribuída ao serviço Internacional, o Regional continuou em viagem, estimando que o atraso na marcha do Internacional fosse suficiente para a chegada à estação de Nelas, onde, então, se poderia fazer o cruzamento. No entanto, o outro serviço estava a circular com um atraso menor do que o esperado. Ao pensar que a via estava livre, seguiu até à estação de Mangualde.

Após a partida, o chefe da estação de Nelas telefonou para a estação de Moimenta-Alcafache, para avisar da partida do Internacional, sendo, então, informado que o serviço Regional já se encontrava a caminho. Prevendo que ocorreria uma colisão, tentou avisar a guarda-barreira de uma passagem de nível entre ambas as estações, de modo a que esta parasse a composição através da ostentação de uma bandeira ou da colocação de petardos na via, no entanto, esta manobra não foi possível porque o comboio já tinha passado.

Por volta das 18h37 deu-se a colisão entre os dois comboios, a uma velocidade aproximada de 100 km/h. O choque destruiu as locomotivas e algumas carruagem em ambos os veículos, e provocou vários incêndios devido ao combustível presente nas locomotivas e nos sistemas de aquecimento das carruagens.

Devido ao facto dos materiais utilizados nas carruagens não serem à prova de chamas, o fogo rapidamente se propagou, produzindo grandes quantidades de fumo.

Pior Acidente Ferroviário de Portugal - Moimenta-Alcafache
Fonte: www.trainlogistic.com

Gerou-se então o pânico entre os passageiros, que tentavam sair das carruagens. Várias pessoas, entre elas crianças, ficaram presas nos destroços das carruagens, tendo sido socorridos por outros passageiros, outros não conseguiram sair a tempo, tendo morrido nos incêndios ou asfixiadas.

Os serviços de salvamento chegaram poucos minutos depois do acidente, a situação que encontraram era caótica, com incêndios no material circulante e na floresta em redor, vários feridos e passageiros em pânico.

Estima-se que tenham falecido cerca de 150 pessoas, embora as circunstâncias do acidente e a falta de controlo sobre o número de passageiros em ambos os serviços impeçam uma contagem exata do número de vítimas mortais.

A estimativa oficial aponta para 49 mortos, dos quais apenas 14 foram identificados, continuando ainda 64 passageiros oficialmente desaparecidos.

A maior parte dos restos mortais que não foram identificados foram sepultados numa vala comum junto ao local do acidente, aonde também foi construído um monumento em memória das vítimas e das equipas de salvamento.

Memorial às vítimas e equipas de salvamento do Acidente Ferroviário Moimenta-Alcafache
Fonte: Wikipédia

A investigação sobre o acidente apurou que os chefes das estações não comunicaram entre si, e ao posto de comando de Coimbra, como estava regulamentado, a alteração do local de cruzamento de Mangualde para Nelas, tivesse isto sido feito, a discrepância na circulação teria sido notada, e um dos comboios teria ficado parado na estação, de modo a se fazer o cruzamento em segurança.

Por outro lado, devido à falta de equipamento próprio, revelou-se impossível comunicar com os comboio envolvidos, a única forma de avisar os condutores era através da sinalização, e da instalação de petardos na via, o que, neste caso, não se revelou suficiente.

Após o acidente, foram instalados sistemas mais avançados de segurança, sinalização e controlo de tráfego, como o Controlo de Velocidade, permitindo uma maior eficiência e segurança nas operações ferroviárias, e fazendo com que acidentes como este sejam praticamente impossíveis de acontecer, por outro lado, a introdução de sistemas de rádio-solo permitiu uma comunicação direta entre os maquinistas e as centrais de controlo, e foi proibida a utilização de materiais que facilitem a propagação de chamas nos comboios.



Fonte: Wikipédia


MZ

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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Índio Mais Velho

John Smith

Chief John Smith era um índio Chippewa que vivia na área de Cass Lake, Minnesota, EUA.

Ficou com a reputação de ter morrido aos 137 anos. Era conhecido como o "velho índio" para os brancos locais.

John tinha oito mulheres, mas não tinha filhos biológicos, teve um adotivo chamado Tom Smith.

Na altura da construção da Grande Ferrovia do Norte que foi construída em toda a Reserva Indígena no Lago Leech, em 1898, John já tinha uma aparência envelhecida. Fotógrafos locais usaram-no como modelo para numerosas imagens da vida Ojibua, que foram amplamente distribuídas como fotos e postais.

Ficou conhecido por viajar de graça nos comboios que atravessavam a Reserva, vendia a sua fotografia para os passageiros e tornando-se numa espécie de atração por si só.

A idade exata de John Smith no momento da sua morte é algo controverso. O Comissário Federal de Registo Indígena Ransom J. Powell argumentou que "era a doença e não a idade que o fazia parecer envelhecido" e observou que de acordo com os registos que ele tinha apenas 88 anos de idade.

John faleceu a 6 de fevereiro de 1922, de pneumonia, em Cass Lake, Minnesota, EUA.
John Smith
Foto: Sociedade Histórica de Minnesota

MZ

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terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Casal Judeu Espião da União Soviética - Casal Rosenberg

 

Casal Rosenberg (ao centro)
Fonte: Aventuras na História - Uol

Julius Rosenberg (1918-1953) e Ethel Greenglass Rosenberg (1915-1953) foram um casal judeu norte-americano que foi executado em 1953 após serem denunciados e condenados por espionagem. 

Julius nasceu numa família de imigrantes judeus na cidade de Nova Iorque. Formou-se em engenharia elétrica em 1939 e no ano seguinte começou a trabalhar no Exército como técnico de radar.

Ethel também nasceu numa família judaica de Nova Iorque. Era aspirante a atriz e cantora, mas acabou por ser secretária numa companhia de navegação. Envolveu-se em disputas trabalhistas e juntou-se à Liga Jovem Comunista, onde conheceu Julius. O casal teve dois filhos, Robert e Michael.

De acordo com o ex-agente da NKVD Alexander Feklisov, Julius foi originalmente recrutado pela KGB no Dia do Trabalho de 1942 pelo ex-espião da NKVD Semyon Semyonov.

Durante a Segunda Guerra Mundial, os governos da União Soviética e dos EUA fizeram parte das Forças Aliadas contra a Alemanha Nazi. Mesmo assim, o governo norte-americano era altamente suspeito em relação às intenções de Josef Stalin e, dessa forma, os norte-americanos não partilhavam informações estratégicas com os soviéticos, especialmente em relação ao Projeto Manhattan.

No entanto, os soviéticos estavam conscientes do projeto devido à espionagem que exerciam no governo e fizeram várias tentativas de infiltração nas suas operações na Universidade de Berkeley.

Alguns participantes do projeto, alguns deles do alto escalão, ofereceram voluntariamente informações secretas aos agentes soviéticos, muitos porque tinham afinidades com o comunismo e achavam que os EUA não deveriam exercer monopólio sob as armas atómicas.

Após a guerra, o governo dos EUA continuou a proteger os seus segredos nucleares, mas a União Soviética já era capaz de produzir as suas próprias armas atómicas em 1949.

O Ocidente ficou chocado com a rapidez com que os soviéticos foram capazes de fazer o seu primeiro teste nuclear, intitulado de "Joe 1".

Em janeiro de 1950 foi descoberto que um refugiado alemão, físico teórico a trabalhar para os britânicos no Projeto Manhattan, Klaus Fuchs, tinha passado documentos importantes para os soviéticos durante a guerra.

Klaus Fuchs
Fonte: Atomic Archive

Através da confissão de Klaus, agentes dos serviços de inteligência dos EUA e da Grã-Bretanha foram capazes de desvendar o seu informante, Harry Gold que foi preso a 23 de maio de 1950. Harry Gold confessou ter obtido dados de um ex-maquinista em Los Alamos. Não sabia o nome dele, mas sabia que a mulher chamava-se Ruth. Assim os investigadores chegaram ao Sargento David Greenglass, que confessou ter passado informações secretas à União Soviética.

Sargento David Greenglass
Fonte: Wikipédia

Inicialmente negou qualquer envolvimento da irmã Ethel no caso, mas afirmou que o cunhado, Julius, a convenceu a recrutar o irmão durante uma visita a Gold em Albuquerque, Novo México, em 1944 e que ele também tinha passado informações confidenciais aos soviéticos.

O julgamento dos Rosenbergs começou a 6 de março de 1951. O juiz Irving Kaufman, condenou-os à pena de morte, afirmando que o que eles tinham feito era "pior que assassinato".

Juiz Irving Kaufman
Fonte: Wikipédia

Entre o julgamento e a execução houve uma série de protestos e acusações de antissemitismo. Por exemplo, o vencedor do Prémio Nobel Jean-Paul Sartre chamou o caso de "um linchamento legalizado que mancha de sangue toda uma nação".

Outros, incluindo não comunistas como Albert Einstein e Harold Urey, além de artistas comunistas como Nelson Algren, Diego Rivera e Frida Kahlo, protestaram contra a posição do governo dos EUA no caso, que alguns viram como a versão norte-americana do caso Dreyfus.

O cineasta Fritz Lang e o dramaturgo Bertolt Brecht também fizeram declarações contra a morte do casal. O Papa Pio XII condenou a execução, e apelou ao Presidente Dwight D. Eisenhower para poupar o casal, mas o Presidente recusou-se e todos os outros recursos também foram recusados.

Apesar das anotações alegadamente feitas por Ethel conterem pouca informação relevante para o projeto atómico soviético, foi prova suficiente para o júri condenar o casal na acusação de conspiração para cometer espionagem.

Foi sugerido que Ethel tinha sindo indicada junto com o marido para que a promotoria pudesse usá-la para poderem fazer pressão em Julius para que este revelasse os nomes de outros envolvidos no caso. Se isto aconteceu de facto, obviamente não resultou.

O casal foi condenado pelo júri a 29 de março de 1951 e, a 5 de abril, sentenciados à morte pelo juiz. A condenação do casal serviu como combustível para as investigações de "atividades anti-americanas" do senador Joseph McCarthy.

Enquanto a devoção dos dois à causa comunista era bem documentada, os Rosenbergs negaram a participação nas acusações de espionagem mesmo minutos antes de serem levados para a cadeira elétrica.

Os Rosenbergs foram os únicos civis norte-americanos executados durante a Guerra Fria por espionagem. Na sua argumentação impondo a pena de morte ao casal, o juiz Kaufman responsabilizou os dois não só pela espionagem mas também pelas mortes da Guerra da Coreia.

Os seus apoiantes defendiam que a condenação era um exemplo escandaloso das perseguições típicas da histeria do momento, comparando o caso com o das caças às bruxas na Idade Média e em Salém.

Após a publicação da série de reportagens no National Guardian e a formação do Comité Nacional pela Justiça no Caso Rosenberg, alguns norte-americanos passaram a acreditar que ambos os Rosenbergs eram inocentes ou que receberam uma pena dura, dando início a uma campanha popular para tentar evitar a execução do casal.

Mas o casal foi executado ao pôr-do sol de 19 de junho de 1953 na prisão de Sing Sing, em Nova Iorque. Os seus túmulos encontram-se no cemitério Wellwood em Pinelawn, em Nova Iorque.



Fonte: Wikipédia


MZ

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domingo, 20 de fevereiro de 2022

Vincenzo Peruggia - o Homem que Roubou a Mona Lisa

Vincenzo Peruggia
Fonte: Wikipédia

Vincenzo Peruggia (1881-1925) foi um italiano que roubou a Mona Lisa a 21 de agosto de 1911, do Museu do Louvre.

Quadro "Mona Lisa" de Leonardo da Vinci, em exposição no Museu do Louvre, em Paris
Fonte: G1 - Globo

Depois de roubar o quadro, foi para um hotel onde guardou o retrato da Mona Lisa debaixo da cama, antes de o fazer chegar a Itália.

Alegou ser um patriota italiano que desejava devolver ao seu país um dos numerosos tesouros que Napoleão Bonaparte tinha roubado de Itália.

O que Vincenzo não sabia, foi o facto de que a Mona Lisa tinha sido uma oferta ao Rei Francisco I da França feita pelo próprio Leonardo da Vinci, quase 300 anos antes de Napoleão.

Rei Francisco I da França
Fonte: Wikipédia

O quadro foi recuperado a 12 de dezembro de 1913, em Florença, na Itália.

Vincenzo foi condenado a um ano e 15 dias. Um recurso reduziu a sua pena para sete meses e nove dias.

Foi considerado pela maioria dos seus compatriotas como um herói de arte nacional.



Fonte: Wikipédia


MZ

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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Desastre Aéreo de Munique

 

O estado do avião após o desastre aéreo de Munique
Fonte: iG Esporte

A 6 de fevereiro de 1958, o voo BE609 da empresa Britânica British European Airways, que levava jogadores e dirigentes do Manchester United, jornalistas e alguns adeptos, caiu durante uma tempestade de neve quando tentava descolar na 3ª tentativa no Aeroporto de Munique-Riem.

O avião tinha parado em Munique para reabastecer, vinha de Belgrado, onde a equipa do Manchester tinha jogado com a Estrela Vermelha de Belgrado para a Liga dos Campeões da UEFA.

Foi provado que a causa do acidente não foi a falha dos motores, mas sim uma camada de neve derretida na pista, que causou a desaceleração do avião, não dando assim capacidade da mesma levantar voo.

O aeroporto tentou "escapar" da culpa, culpando unicamente o comandante Tain, que pilotava o avião. Munique omitiu depoimentos, culpando assim o comandante.

Onze anos depois, o comandante Tain, juntamente com o governo Britânico consegue provar a falha na pista. Munique, no entanto, nunca reconheceu o erro.

Este acidente fez 23 mortos, entre eles oito jogadores do Manchester United e três membros da equipa de STAFF, e outras 12 pessoas.

Os membros da equipa q morreram foram: Geoff Bent, Roger Byrne, Eddie Colman, Mark Jones, David Pegg, Tommy Taylor, Liam Whelan e Duncan Edwards, jovens, com menos de 30 anos e grandes jogadores, que se transformaram em lendas.

Placa em memória dos jogadores falecidos no Acidente Aéreo de Munique, no Estádio Old Trafford
Fonte: Aventuras na História

Muitos acreditam que se este acidente não tivesse acontecido, Duncan Edwards teria sido o melhor jogador de futebol inglês de sempre.

Duncan Edwards
Fonte: The Sportsman



Fonte: Wikipédia | Goal


MZ

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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Patrícia Douglas - Primeira Atriz a Denunciar uma Violação em Hollywood

 

Patrícia Douglas
Fonte: Memórias Cinematográficas

Patrícia Douglas, nascida a 24 de março de 1917, em Missouri, nos EUA, foi a primeira atriz a denunciar um crime sexual em Hollywood, no final da década de 1930.

Em meados de 1937, Patrícia foi convidada pela MGM para fazer um casting para um filme. No entanto, ao chegar ao local, a atriz e outras 120 mulheres que compareceram na audição foram obrigadas a vestir fantasias minúsculas e sensuais.

As jovens foram surpreendidas com a notícia que seriam levadas para uma festa regada a 500 caixas de whisky e muito champanhe. O evento, sediado pelo próprio estúdio, comemorava mais um bom ano. Segundo testemunhos, eram mais de 300 executivos e vendedores da MGM.

O que as jovens não sabiam, é que elas tinham sido contratadas para animar os homens presentes na festa. Segundo Patrícia, numa entrevista à Vanity Fair, em 2003, ela não sabia que era para uma festa, e que caso soubesse não teria ido.

No final do trabalho, todas receberam 7,50 dólares. Foram menos de 10 dólares para lidar com homens bêbados, que, de acordo, com um empregado ouvido pela Vanity Fair: "estavam a tentar violá-las" a noite toda.

Segundo a versão de Patrícia, num determinado momento da noite, David Ross, um dos empresários, tentou dançar com ela. Percebendo as segundas intenções, a jovem tentou fugir para a casa de banho, mas foi apanhada no caminho.

David Ross
Fonte: Wear Your Voice

Ross e um amigo seguraram a atriz e forçaram-na a beber uma garrafa de whisky inteira. Patrícia foi para a casa de banho, para vomitar. Patrícia, então, que David Ross a seguir até à casa de banho das senhoras.

David a arrastou até ao estacionamento, onde estava o seu carro, e a violou. Com gritos de "vou destruir-te" e "nunca mais respirarás", ele a espancou. Patrícia quase desmaiou e ele bateu-lhe no rosto e disse: "quero-te acordada, coopere!".

Um funcionário do estacionamento encontrou Patrícia nua, ferida, cambaleando, e chegou a ver Ross a fugir do local, por volta das 23h30.

Patrícia foi levada para o hospital da MGM, e o médico Edward Lindquist ordenou que as enfermeiras dessem um longo banho a Patrícia. Só depois, após apelos da atriz, fez um exame de corpo de delito, mas as provas da violência tinham sido providencialmente removidas por ordem do médico.

Um carro do estúdio levou-a a casa, e nenhuma queixa de violação foi aberta. A jovem também não teve nenhum contacto com policias, apenas recebeu a ordem de comparecer no dia seguinte na MGM, para receber os seus 7 dólares devidos.

Em casa, Patrícia desmaiou, acordando apenas 14 horas depois da violação. Com o descaso do estúdio, Patrícia pediu autorização da mãe, já que ela era menor de 21 anos, e fez queixa. A polícia registou o caso como "honra danificada", e Mannix a procurou, dizendo que ela poderia mover um processo, mas nunca mais atuaria em Hollywood.

Patrícia não se intimidou, e deu continuidade à sua queixa, que chamou a atenção da imprensa. Dois empregados aceitaram depor a favor da atriz. Oscar Buddin, o primeiro a falar declarou que "ouviu conversas sujas e viu as jovens se afastando porque os homens tentavam violá-las". Outro empregado, Henry Schulte disse que "a atitude dos homens foi muito rude, eles passavam as mãos sobre os corpos das meninas e as forçavam a beber".

O estúdio, por sua vez, demonstrou surpresa, mas não fez qualquer protocolo para ajudá-la. Muito pelo contrário, o agente da MGM fez de tudo para que as pessoas não acreditassem em Patrícia. Entre as tentativas, alegou que a jovem teria bebido demais na festa e que teria passado por uma "infeção urinária genital".

No julgamento, Patrícia Douglas recebeu uma foto com os agentes sentados na mesa, onde então ela reconheceu o seu agressor. Depois foi confirmada a identidade de David Ross. O agente de vendas declarou-se inocente, alegando ser "um bom homem cristão".

Das 120 meninas, apenas outras duas aceitaram depor a favor de Patrícia. A primeira foi Ginger Wyatt e a outra foi Paula Bromley, também ouvida no tribunal.

A estratégia da defesa foi de desacreditar a vítima. Lester Roth, advogado de Ross, chegou a apontar para Patrícia Douglas, e disse aos jurados: "olhem para ela! O que vocês acham que ela quer? E quem iria querer ela?".

A MGM providenciou algumas das jovens da festa para deporem contra Patrícia. Virgínia Lee disse que a festa foi um "caso alegre com muita diversão boa e limpa" e Grace Downs disse "que só lembrava da exuberância e refinamento". Já Sugar Geise disse que tinha visto Patrícia "embriagada, desmaiada, já no começo da festa".

Virgínia Lee (esquerda) | Sugar Geise (direita

Ao contrário de Patrícia, Gynger Wyatt e Paula Bromley, que tiveram as suas carreiras destruídas, Virgínia, Sugar e Grace receberam papéis significativos no estúdio nos meses seguintes.

O funcionário que socorreu Patrícia também foi promovido no estúdio, após negar o seu depoimento original.

Durante o julgamento, humilhada e desesperada, Patrícia chegou a tentar o suicídio, correndo para se atirar de uma janela do prédio, mas foi contida por polícias. Após meses de julgamento, David Ross foi inocentado, por faltas de provas.

A atriz ficou sem justiça e cresceu acompanhada daquele trauma. Segundo Patricia: "(Ross) arruinou a minha vida (...) Tirou toda a minha confiança. Nunca me apaixonei. Nunca tive um orgasmo. Fui uma zombie ambulante que deslizou pela vida".

Em 1993, o jornalista David Steen estava a escrever um livro sobre a morte da atriz Jean Harlow, que era editado pela ex-Primeira Dama Jacqueline Kennedy. Então deparou-se com o caso da atriz Patrícia Douglas nos jornais antigos, e foi estimulado por Jackie Kennedy a procurar Patrícia.

Encontrou-a 10 anos depois, e em 2007, lançou o documentário "Girl 27".


Patrícia Douglas não chegou a ver o documentário pronto, faleceu a 11 de novembro de 2003, em Las Vegas.



Fonte: Wikipédia | Aventuras na História | Memórias Cinematográficas


MZ

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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

"Deep Throat" - Primeiro Filme Adulto nos Cinemas

Filme "Deep Throat" de 1972
Fonte: Wikipédia

Estreava nos cinemas norte-americanos, a 12 de junho de 1972, o primeiro filme com cenas de sexo explícito.

O filme em português "Garganta Profunda", dirigido pelo ex-cabeleireiro Gerard Damiano, foi de enorme sucesso devido ao seu erotismo e inovação, o que contribuiu para que uma nova tendência chegasse ao mercado, o "porno chic".

O título do filme também se tornou uma referência dentro da cultura pop, principalmente depois que Howard Simons, então diretor do The Washington Post, o escolheu para se referir à fonte anónima que dava informações sobre o escândalo do Caso Watergate.

Na altura, arrecadou cerca de 1 milhão de dólares nas suas sete primeiras semanas de lançamento, algo que hoje seria o equivalente a 6,2 milhões de dólares. Um valor assombroso visto que o orçamento para a produção girou em torno dos 25 mil dólares.

Segundo a revista Variety, o filme está entre os dez filmes de maior bilheteira de todos os tempos, tendo arrecadado cerca de 600 mil dólares na época, algo que chegaria na casa dos 3,7 biliões hoje.

O sucesso do filme deveu-se também à sua narrativa inovadora do filme, que tirou a figura do homem como protagonista do prazer, levantando discussões sobre as necessidades femininas na hora do sexo.

Além disso, o enredo mexeu muito com grupos conservadores, que passaram a se manifestar contra a sua exibição. Tanto que o filme foi proibido de ser exibido em 23 estados americanos.

Mas não foi apenas o roteiro do filme que gerou polémica, os bastidores também foram alvo de inúmeras e pesadas acusações.

Na sua autobiografia "Ordeal", Linda Lovelace, a protagonista do filme, diz que, durante as gravações, o seu marido, Chuck Traynor, a forçou a atuar no filme: "Praticamente toda a vez que alguém assiste a esse filme, está-me a ver a ser violada".

Linda Lovelace
Fonte: Obvious Mag

Linda conta também que o seu casamento foi marcado por violência, abuso sexual, prostituição forçada e pornografia privada. O seu marido teria recebido um caché de 1250 dólares pela participação de Linda no filme.

Linda Lovelace e o marido, Chuck Traynor
Fonte: Wikipédia

Apesar das fortes acusações, os relatos feitos por Lida nunca foram comprovados e Chuck, consequentemente, nunca foi punido por tais atos.



Fonte: Aventuras na História | Wikipédia


MZ

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sábado, 12 de fevereiro de 2022

"Ração em Lata" - Alimentação Maconochie na Primeira Guerra Mundial

"Ração em Lata" - Alimentação Maconochie na Primeira Guerra Mundial
Fonte: Aventuras na História

Ao longo da Primeira Guerra Mundial, soldados foram submetidos às situações mais adversas, entre batalhas, frio, ferimentos e alimentação precária.

Entre os combatentes britânicos, a palavra maconochie ficou muito conhecida, representando para alguns alimentos, mas para outros praticamente uma tortura.

O ensopado de carne e vegetais foi considerado inclusivo como "assassinos de homens", por alguns.

Os criadores do produto que se tornaria o terror dos soldados britânicos foram os irmãos Archibald e James Maconochie, que viviam na cidade de Lowestoft, na Inglaterra.

Os dois, no início, produziam enlatados de peixe apenas no porto de Fraserburgh, na Escócia, mas logo se tornaram gigantes nesta indústria.

Já mundialmente conhecidos pelo produto, os irmãos decidiram que era a hora de expandir o negócio e começarem a desenvolver inúmeras refeições enlatadas. Dessa ideia surgiram dois produtos em conserva principais: o famoso ensopado de maconochie e o picles Pan Yan.

Os alimentos não ficaram apenas nas prateleiras dos mercados britânicos, eles também foram parar ao campo de batalha a partir de um grande contrato entre os irmãos Maconochie e o governo da Grã-Bretanha.

Os irmãos forneceriam o famoso enlatado por mais de dez anos aos combatentes tanto do Exército Britânico da Guerra dos Bôeres quanto os da Primeira Guerra Mundial, anos mais tarde. Devido a esta longa permanência entre os soldados, o guisado tornou-se quase uma obrigação.

Alguns soldados diriam que precisaria de uma medalha para comer um Maconochie. Um repórter de guerra, da época, o descreveu como "um tipo inferior de lixo". Só a partir destes relatos é possível entender do que se tratava.

Segundo a descrição exposta na lata de Maconochie, o produto contava com a "melhor carne", batata, feijão, cenoura e cebola. Além disso, na embalagem lia-se que o conteúdo poderia ser consumido "quente ou frio". Se fosse ingerido quente, deveria ser aquecido em água a ferver por 30 minutos.

Conseguir aquecer comida durante a Primeira Guerra Mundial era uma prática pouco comum, já que era difícil conseguir realizar tal ato naquelas situações precárias. A tropa, então, tinha que comer o ensopado frio. E isso era o pior do que poderia imaginar.



Fonte: Aventuras na História


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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

"Fogueira das Vaidades"

 

Fonte: HISTORY - Uol

Uma Fogueira das Vaidades é a queima de objetos condenados pelas autoridades como causadores de pecado.

A frase geralmente refere-se à fogueira de 7 de fevereiro de 1497, quando defensores do frade dominicano Girolamo Savonarola recolheram e publicamente queimaram milhares de objetos tais como cosméticos, obras de arte e livros em Florença, no último dia de Carnaval.

Girolmano Savonarola era um frado que nos seus sermões inflamados, insurgia-se contra a corrupção, a riqueza e a ostentação da Igreja Católica e incitava os seus seguidores a despojarem-se de todo o tipo de luxo e de riqueza, como era, aliás, comum no seio das ordens mendicantes: fraciscanos e dominicanos.

O foco desta destruição esta explicitamente em objetos que pudessem tentar uma pessoa a pecar, o que incluía objetos de vaidade como espelhos, cosméticos, vestes finas, baralhos e até instrumentos musicais. Também podiam ser incluídos livros tidos como imorais, como obras de Boccaccio, e manuscritos de música secular, além de obras de arte como pinturas e esculturas, de artistas como Fra Bartolomeo e Lorenzo di Credi.



Fonte: History | Wikipédia | RTP Ensina


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terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Loja de Roupas de Criança nos Armazéns do Chiado

 

Fonte: Facebook: Memórias do Reino de Portugal

Na imagem está uma loja de roupa de criança nos Armazéns do Chiado, em Lisboa, em 1906.

Os Armazéns do Chiado nasceram em 1894 e trouxeram a Lisboa um comércio cosmopolita que exisita em Paris com um espaço comercial amplo e variado, desde a confeção e perfumaria e até ourivesaria. Tornaram-se num local de sucesso e de referência para o comércio.

Aconteceu um incêndio nos Armazéns a 25 de agosto de 1988 que destruiu por completo o espaço. O projeto "Grandes Armazéns do Chiado" desenvolveu-se a partir de 1995, segundo o projeto de 1989 do arquiteto Álvaro Siza Vieira. O projeto reabilitou a estrutura e a fachada exterior, o espaço foi reconvertido num moderno centro comercial. 



Fonte: Facebook: Memórias do Reino de Portugal | Wikipédia


MZ

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domingo, 6 de fevereiro de 2022

Karl Gebhardt - Médico Nazi

Karl Gebhardt
Fonte: Wikipédia

Karl Gebhardt, nascido em Haag in Oberbayern, na Alemanha, a 23 de novembro de 1897, foi um médico alemão.

Iniciou os seus estudos em medicina em Munique, na Alemanha, em 1919.

Foi médico pessoal de Heinrich Himmler e um dos coordenadores e executores das experiências cirúrgicas realizadas nos campos de concentração em Ravensbrück e Auschwitz.

Em Ravensbrück, enfrentou inicialmente a oposição do comandante do campo Fritz Suhren, que temia futuros problemas legais, dado o estatuto da maioria dos presos serem de prisioneiros políticos, mas a liderança da SS apoio Karl Gebhardt e Fritz foi forçado a cooperar.

Foi condenado à morte no Julgamento dos Médicos, em Nuremberg e enforcado a 2 de junho de 1948, em Landsberg am Lech, na Alemanha, tinha 66 anos de idade.

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Assassino Ed Gein

Edward Gein

Edward Theodore Gein, ficou conhecido como Ed Gein, nasceu em La Crosse, no Wisconsin (EUA), a 27 de agosto de 1906.

Foi um assassino em série e também ladrão de lápides condenado pelos homicídios de duas pessoas e suspeito no desaparecimento de outras cinco.

Os seus crimes, cometidos em volta da sua cidade natal de Plainfield, ganharam grande notoriedade após as autoridades descobrirem que Ed exumou os corpos das lápides locais e fabricou troféus e lembranças a partir dos ossos e da pele.

Ed Gein confessou ter matado duas mulheres, a dona de uma taberna, Mary Hogan em 1954 e a proprietária de uma loja de ferramentas em Plainfield, Bernice Worden em 1957.

Inicialmente, Gein foi considerado inapto para ser julgado e foi preso num centro de saúde mental.

Em 1968, foi considerado culpado, mas legalmente insano no assassinato de Bernice Worden e foi enviado para uma instituição psiquiátrica.

Ed Gein faleceu no Mendota Mental Health Institute de cancro e falha respiratória, aos 77 anos, no dia 26 de julho de 1984.

Como troféus na sua casa foram encontrados pela polícia:
Dois exemplos daquilo que Ed Gein fazia com os corpos que roubava

- Ossos humanos inteiros e fragmentados
- Um caixote do lixo feito de pele humana
- Pele humana cobrindo vários assentos de cadeiras
- Crânios na sua mesa-de-cabeceira
- Crânios femininos, alguns com o topo serrado
- Tigelas feitas de crânios humanos
- Uma cinta feita de um tronco feminino destroçado, dos ombros à cintura
- Calças feitas de pele de perna humana
- Máscaras feitas de pele de cabeças femininas
- Uma máscara de rosto de Mary Hogan numa bolsa de papel
- O crânio de Mary Hogan estava numa caixa
- A cabeça inteira de Bernice Worden num saco de pano
- O coração de Bernice Worden numa bolsa de plástico em frente a um fogão de Gein
- Nove vulvas numa caixa de sapatos
- O vestido de uma menina e as vulvas de duas mulheres de aparentemente 15 anos de idade
- Um cinto feito de mamilos humanos femininos
- Quatro narizes
- Um par de lábios num cordão de cortina na janela
- Um abajur feito da pele de uma face humana
- Unhas de mulheres.

Estes artefactos foram fotografados no laboratório criminal do estado e, então, destruídos.
Quando questionado, Gein disse aos investigadores que, entre 1947 e 1952, ele fez pelo menos 40 visitas noturnas a três cemitérios para exumar corpos enterrados recentemente enquanto estava num estado "confuso".

MZ

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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

Perfume Chanel Nº5

Perfume Chanel Nº5 - Design de 1920 a 1950
Fonte: eBay

O famoso perfume Chanel Nº 5 foi lançado durante a década de 1920 e foi criado com o intuito de levar sofisticação e sedução às clientes da estilista.

Segundo a obra "O Segredo do Chanel Nº5" de Tilar J. Mazzeo, é que o perfume teve influência da família Romanov.

A estilista Coco Chanel, após a Primeira Guerra Mundial, queria expandir os seus negócios. Depois do conflito global, artigos, que até então eram considerados de luxo, tornaram-se uma válvula de escape para reerguer uma parcela da sociedade europeia.

Estilista Coco Chanel
Fonte: Stylight

Com o passar do tempo, Coco Chanel tornou-se num dos nomes mais reconhecidos entre a elite francesa. Então decidiu expandir os seus produtos, para uma fragrância diferente das outras. No entanto, os planos de fazer um perfume inovador, foram interrompidos no fim de 1919, após a morte do seu grande amor, Artur Capel.

Coco Chanel e Artur Capel
Fonte: Pinterest

Ainda abalada com a trágica perda, Coco Chanel conheceu o Príncipe russo Dmitri Pavlovich, com quem viveu um breve romance, na altura em que ele estava exilado na França.

Coco Chanel e o Príncipe russo Dmitri Pavlovich
Fonte: Pinterest

O que Coco não sabia, é que a partir daquele verão de 1920, a sua carreira entraria noutros caminhos e se consagraria na indústria da moda internacional.

O Príncipe russo apresentou a Coco Chanel um frasco de perfume Rallet Nº1, que tinha sido feito especificamente para a família Romanov. A fragrância russa tinha sido produzida pelo perfumista Ernest Beaux, que até então trabalhava na A. Rallet and Company, uma empresa conceituada no sul da França.

Perfume Rallet Nº1

Chanel terá procurado o perfumista, afirmando ter encontrado o equilíbrio perfeito entre o cheiro da sofisticação e o da sedução. Então, Ernest Beaux levou algumas amostras para a francesa, que acabou optando pela número cinco, por coincidência, Chanel tinha sido criada num orfanato e os monges do local acreditavam que este número teria energias poderosas.

Perfumista Ernest Beaux
Fonte: Bois de Jasmin

O Chanel Nº5 era composto pela mistura de rosa de jasmim, maio, sândalo e ylang ylang. No entanto, para destacar o seu perfume dos outros produzidos na época, utilizou aldeídos de maneira exagerada.

De seguida, exigiu que o frasco tivesse o mesmo formato das garradas de whisky Boy Capel. No entanto, ao longo das décadas, o frasco foi sendo modificado.

Ao longo de 1920, Beaux ficou encarregado de aperfeiçoar o produto até chegar à fórmula que hoje é vendida.

O lançamento ocorreu num conceituado restaurante da Riviera Francesa.

Algum tempo depois, o perfume passou a ser oficialmente comercializado nas suas lojas e, em pouco tempo, tornou-se um sucesso de vendas, sendo uma das maiores invenções da estilista.



Fonte: Aventuras na História


MZ

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