"Ração em Lata" - Alimentação Maconochie na Primeira Guerra Mundial Fonte: Aventuras na História |
Ao longo da Primeira Guerra Mundial, soldados foram submetidos às situações mais adversas, entre batalhas, frio, ferimentos e alimentação precária.
Entre os combatentes britânicos, a palavra maconochie ficou muito conhecida, representando para alguns alimentos, mas para outros praticamente uma tortura.
O ensopado de carne e vegetais foi considerado inclusivo como "assassinos de homens", por alguns.
Os criadores do produto que se tornaria o terror dos soldados britânicos foram os irmãos Archibald e James Maconochie, que viviam na cidade de Lowestoft, na Inglaterra.
Os dois, no início, produziam enlatados de peixe apenas no porto de Fraserburgh, na Escócia, mas logo se tornaram gigantes nesta indústria.
Já mundialmente conhecidos pelo produto, os irmãos decidiram que era a hora de expandir o negócio e começarem a desenvolver inúmeras refeições enlatadas. Dessa ideia surgiram dois produtos em conserva principais: o famoso ensopado de maconochie e o picles Pan Yan.
Os alimentos não ficaram apenas nas prateleiras dos mercados britânicos, eles também foram parar ao campo de batalha a partir de um grande contrato entre os irmãos Maconochie e o governo da Grã-Bretanha.
Os irmãos forneceriam o famoso enlatado por mais de dez anos aos combatentes tanto do Exército Britânico da Guerra dos Bôeres quanto os da Primeira Guerra Mundial, anos mais tarde. Devido a esta longa permanência entre os soldados, o guisado tornou-se quase uma obrigação.
Alguns soldados diriam que precisaria de uma medalha para comer um Maconochie. Um repórter de guerra, da época, o descreveu como "um tipo inferior de lixo". Só a partir destes relatos é possível entender do que se tratava.
Segundo a descrição exposta na lata de Maconochie, o produto contava com a "melhor carne", batata, feijão, cenoura e cebola. Além disso, na embalagem lia-se que o conteúdo poderia ser consumido "quente ou frio". Se fosse ingerido quente, deveria ser aquecido em água a ferver por 30 minutos.
Conseguir aquecer comida durante a Primeira Guerra Mundial era uma prática pouco comum, já que era difícil conseguir realizar tal ato naquelas situações precárias. A tropa, então, tinha que comer o ensopado frio. E isso era o pior do que poderia imaginar.
Fonte: Aventuras na História
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