sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Príncipes da Rússia de Cabeça Rapada

Anastásia, Olga, Alexei, Maria e Tatiana Romanov
Foto: Pierre Gilliard
Fonte: Rainhas Trágicas - Mulheres, Guerreiras, Soberanas

Na imagem: da esquerda para a direita temos a Anastásia, Olga, Alexei, Maria e Tatiana.

Em julho de 1917, os filhos do Czar Nicolau II tiveram as suas cabeças rapadas.

Depois de um surto de sarampo, os cabelos das filhas do Czar começaram a cair em grandes cachos, de modo a que elas preferiram rapar a cabeça.

Maria, Tatiana (sentada), Anastásia e Olga Romanov
Fonte: Aventuras da História

Em gesto de solidariedade para com as irmãs, Alexei também rapou o seu cabelo.

Alexei Romanov
Fonte: Idol birthdays

Depois foram fotografados por Pierre Gilliard, que escreveu no seu diário: "Quando saíram para o parque, estavam a usar lenços arrumados de maneira a ocultar a falta de cabelo. No momento em que fui tirar as fotografias, a um sinal de Olga Nicolaievna todas subitamente retiraram o adereço. Protestei, mas elas insistira, achando muita graça na ideia de se verem fotografadas daquela maneira, e não vendo a hora de presenciar a surpresa indignada dos seus pais."



Fonte: Rainhas Trágicas - Mulheres, Guerreiras, Soberanas


MZ

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quarta-feira, 26 de outubro de 2022

O Beijo entre Diana e o Príncipe Carlos

O beijo entre Diana e o Príncipe Carlos
Foi a 29 de julho de 1981, que o Reino Unido celebrou o casamento do Príncipe herdeiro Carlos com Diana.

Apelidado de "casamento do século" passou na televisão ao vivo em todo o mundo.

Foram cerca de 600 mil pessoas que saíram às ruas, tornando o evento numa grande festa popular, acompanhada pela televisão, por  600 milhões de telespectadores em todo o mundo.

O ponto alto foi o beijo do casal na varada do Palácio de Buckingham, coisa que se tornou tradição, iniciada por este casal.

MZ

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segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Anel de Noivado da Rainha Vitória do Reino Unido

 

Rainha Vitória do Reino Unido (esq.) | Réplica do anel de noivado
Fonte: Fatos Desconhecidos

O anel de noivado da Rainha Vitória da Inglaterra tinha o formato de uma serpente.

Na altura as serpentes eram um símbolo popular de amor eterno.

O anel era de ouro de 18 quilates, com rubis, diamantes e uma grande esmeralda no centro, além de ter sido desenhado pelo próprio noivo, o Príncipe Albert.

Foi devido a este anel que se tornou tradição de presentear as noivas com anéis de noivado pelo mundo.

Na imagem é uma réplica do anel, pois a Rainha foi enterrada com o original.



Fonte: Fatos Desconhecidos


MZ

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sábado, 22 de outubro de 2022

Príncipe Carlos e a Avalanche

 

Príncipe Carlos a esquiar
Fonte: Caras - SAPO

O Príncipe Carlos e a Princesa Diana estavam no luxuoso resort Klosters, na Suíça, juntamente com familiares e amigos próximos.

Segundo um relatório publicado pelo The Guardian, Diana e Sarah Ferguson, casada com o irmão de Carlos, o Príncipe André, ficaram no chalé da montanha Gotschnagrat com dois membros do grupo, enquanto Carlos e outros amigos foram esquiar.

No entanto, pouco depois, uma avalanche começou a descer a encosta íngreme do campo de ski.

Quase todos que estavam a  esquiar conseguiram escapar do caminho da avalanche, exceto Hugh Lindsay e Patricia Palmer-Tomkinson.

Depois do deslizamento, Carlos e o resto do grupo começaram a desenterrar os esquiadores presos.

Patricia teve as duas pernas partidas pela avalanche já Hugh foi declarado morto ao chegar ao hospital, nas proximidades de Davos, depois ter sido transportado de avião.

Hugh Lindsay
Fonte: The Guardian

Charles foi resgatado na encosta, estava "visivelmente angustiado" e "a chorar", segundo informaram algumas testemunhas, o que inclui o piloto do veículo aéreo que o resgatou.

Segundo uma investigação publicada no Los Angeles Times, todo o grupo foi considerado culpado pelo acidente, já que tinha havido um aviso de avalanche emitido naquele dia. No entanto, o grupo preferiu continuar. Carlos, que era um esquiador muito experiente, que preferiu seguir um trajeto por uma encosta muito desafiadora e não demarcada.

Com a morte de Hugh, o grupo interrompeu a viagem e voltaram para o Reino Unido. Segundo o biografo de Diana, Andrew Morton, Diana ficou encarregada dos planos de volta, já que Carlos estava muito abalado com o acontecimento.

Uma semana depois, o casal compareceu ao funeral de Hugh Lindsay acompanhado de Sarah Ferguson, do Príncipe André e da Rainha Isabel.

Funeral de Hugh Lindsay
Fonte: News Next Now

Apesar do apoio mútuo dos dois, o acidente, supostamente, intensificou a tensão que já existia na relação de Carlos e Diana.

Diana e Carlos no funeral de Hugh Lindsay
Fonte: Town & Country Magazine

Segundo a autora Tina Brown em "The Diana Chronicles", Diana não só "culpou Carlos pela sua imprudência em escolher uma zona tão arriscada", mas também escolheu passar as semanas seguintes não com Carlos, mas com a viúva de Hugh, Sarah Horsley.

Carlos sentia-se profundamente culpado pelo acidente, supostamente escrevendo, mais tarde, numa carta: "Ainda acho difícil entender porque sobrevivi e ele não".



Fonte: Aventuras na História


MZ

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quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Carlota Joaquina

Carlota Joaquina, Rainha consorte de Portugal

Carlota Joaquina Teresa Cayetana.

Nasceu em Aranjuez (Espanha) a 25 de abril de 1775.

Filha do Rei D. Carlos IV de Espanha e da sua esposa, D. Maria Luísa de Parma.

Carlota teve o seu casamento arranjado com apenas 10 anos de idade, a 8 de maio de 1785, com então Infante português D. João Maria de Bragança.

Sobre o casamento:
"Para realizar o projeto chamado de Floridablanca pelo qual se conseguiria uma aliança duradoura entre Espanha e Portugal foi assinado um tratado no qual estabelecia dois casamentos entre infantes espanhóis e portugueses; a Espanha daria ao príncipe D. João a princesa Carlota. E Portugal daria ao Príncipe D. Gabriel, filho do Rei Carlos III, Dona Mariana Vitória irmã de D. João. Na época destes acordos D. Carlota tinha 8 anos de idade e D. Mariana tinha 15; esses casamentos levaram dois anos para se consumarem.
(...)
Carlota teve que submeter-se aos chamados "exames públicos" para o acordo matrimonial, quando respondeu durante 4 dias, cerca de uma hora por dia a perguntas sobre religião, geografia, história, gramática, língua portuguesa, espanhol e francês. 
(...)
As apresentações dos dois casais aconteceram no dia 8 de maio de 1785 na cidade portuguesa de Vila Viçosa na fronteira com a Espanha. No dia seguinte, o casamento foi aceite pela Igreja através da bênção dada por um cardeal. Os festejos duraram quatro dias, durante o dia se realizavam torneios e touradas, e a noite havia reuniões musicais que na época se chamavam "serenins", bailes e representações líricas. Dentro desses festejos, durante uma das noites de núpcias, a princesa Carlota agrediu o esposo, mordeu-lhe fortemente a orelha e atirou um castiçal no rosto do marido. Depois desse episódio, foi feito um ato adicional ao contrato de casamento, permitindo que Dona Carlota pudesse ter sua primeira relação sexual com o marido aos 14 anos podendo voltar atrás caso assim ela quisesse ou seja: se ela quisesse fazer sexo antes dos 14 anos, poderia. Um certo Padre José Agostinho de Macedo, imprimiu uns folhetos contando esse caso da noite de núpcias de forma brincalhona e sarcástica com o titulo "O gato que cheirou e não comeu" (…) a princesa, indignada com o escrito mandou dar uma surra de chicote nas nádegas do padre, despi-lo em praça pública e aplicar uma "seringada" de pimenta do reino no seu clérigo traseiro e depois soltá-lo nu no Bairro das Marafonas. O Padre José Agostinho foi socorrido por uma atriz cómica do Teatro da Rua dos Condes, Maria da Luz que depois veio a ser amante do vigário humilhado.
(...)
O matrimonio, é claro, foi um fracasso. A vida sexual do casal só começou realmente cinco anos depois, quando Carlota menstruou pela primeira vez."

Do casamento nasceram nove filhos, sendo que oito chegaram à idade adulta.

Apesar do casamento ter durado 36 nos, a vida em comum foi curta. A partir da conspiração de 1805-06, D. João perdeu a confiança nela e passaram a viver separados. O ódio entre o casal chegou ao ponto de, quando o coche de D. João se aproximava do da mulher nas estradas que levavam ao Palácio de Queluz, D. João gritava, indignado, ao cocheiro: "Volta a trás! Vem aí a puta!".

Dos filhos do casal, a maior parte dos estudiosos considera provável que o futuro D. Pedro I do Brasil e IV de Portugal era mesmo filho de D. João, quanto aos outros, diz-se haver notórias parecenças com vários oficiais da guarda. Muitos foram apontados como amantes de D. Carlota, desde o próprio General Junot, entre outros.

D. João não tinha ilusões, mas, mesmo assim, insistia em manter-se informado das aventuras amorosas da mulher. Um dia terá desabafado: "Na vida de Carlota, a moralidade morreu...".

Carlota torna-se Princesa-Regente consorte de Portugal, quando o seu marido, D. João príncipe herdeiro, pela loucura da mãe se torna Regente de Portugal, em 1792.

Carlota era muito ambiciosa, chegou a tentar tirar o poder ao seu marido, declarando-o incapaz de cuidar dos assuntos do Estado, no entanto, em 1805, este plano foi descoberto, o Conde de Vila Verde propôs a abertura de um inquérito e a prisão dos implicados, Carlota só não pagou mais caro porque o D. João quis evitar um escândalo público, confinando-a ao Palácio de Queluz, enquanto ele moraria no Palácio de Mafra.

Durante as Invasões Francesas, a Corte Portuguesa viu-se obrigada a mudar-se para a colónia do Brasil, em 1807, incluindo Carlota Joaquina, no entanto, esta lutou até ao último minuto para não ter que ir, chegou a pedir ajuda aos pais, mas os acordos diplomáticos dificultaram a participação dos monarcas espanhóis em assuntos portugueses.

D. Carlota detestou o Brasil. Ela terá atirado os sapatos para fora do navio, na chegada a Lisboa, para que nem um grão de pó do Brasil chegasse a Portugal, ao atirar os sapatos para o rio Tejo terá dito: "Não pisarei a terra dos brancos com os sapatos com que pisei a terra dos negros".

Carlota detestava os escravos, no entanto, isto não impediu que ela arranjasse amantes. Chamava o Brasil da Terra dos mosquitos e carrapatos.

Torna-se Rainha, em 1816, com o falecimento no Brasil da Rainha D. Maria I e subida ao trono do seu marido, agora D. João VI.

Aliada com os frades, com os nobres e com os que se mostravam pouco simpáticos ao novo regime, conspiraram com o objetivo de obrigar o rei a abdicar e a destruir a Constituição. Falhado este plano, as cortes de 15 de maio de 1822 decidiram deportá-la para o Palácio do Ramalhão, por ela se recusar a jurar a Constituição.

Já D. João VI, marido de Carlota, nomeou um conselho de regência para lhe suceder após a morte, o qual devia escolher  herdeiro do trono português e ao qual presidia a sua filha Isabel Maria de Bragança o exercício de regência dor reino, durante a menoridade ou ausência do herdeiro do país, retirando assim a Carlota um direito/dever que sempre na história portuguesa pertencia à rainha-viúva.

A 10 de março de 1826, D. Carlota fica viúva, D. João VI terá morrido envenenado por arsénico, cuja autópsia confirmou o teor era de 475 vezes superior ao normal, morreu com 58 anos.

Carlota tinha um grande gosto por sapatos, teria dezenas de pares, onde destacavam-se os vermelhos e os de salto alto. Ela sempre foi descrita como uma pessoa feia, seria pequena, manca e ainda trazia no rosto as marcas de varíola que tinha tido enquanto criança.

Faleceu no Palácio de Queluz (Portugal), a 7 de janeiro de 1830, aos 58 anos de idade.


MZ

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terça-feira, 18 de outubro de 2022

Peitoral Abatido com Tiro de Canhão

Fonte: Rainhas Trágicas - Mulheres, Guerreiras, Soberanas 

Peitoral da couraça de Antoine Favreau, soldado francês de 23 anos que morreu durante a Batalha de Waterloo, em 1815, com um tiro de canhão

Antoine serviu como cavaleiro do exército napoleónico, durante o chamado "Governo dos 100 dias".


Fonte: Rainhas Trágicas - Mulheres, Guerreiras, Soberanas 


MZ

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domingo, 16 de outubro de 2022

Kathy Fiscus - Da Queda do Poço à entrada na História do Jornalismo Televisivo Moderno

Resgate de Kathy Fiscus - 8 de abril de 1949
Fonte: Los Angeles Times

A 8 de abril de 1949 um grupo de crianças brincava num campo no bairro de San Marino, em Los Angles, nos EUA.

Kathyrin Anne Fiscus, conhecida como Kathy, uma menina de 3 anos, fazia parte desse grupo e acabou por cair num poço com 30 metros de profundidade.

Kathy Fiscus
Fonte: USC Dornsife - University of Southern California

Kathy estava a brincar com a irmã mais velha e com os primos e com o cão da família Fiscus, quando a mãe se apercebe que a menina não estava junto das crianças.

Foi Gus, o primo de cinco anos de Kathy, que a ouviu aos gritos no fundo do poço.

Desesperados, os adultos tentaram retirá-la do local com um pedaço de fio elétrico, o que não adiantou porque era curto demais para alcançá-la. A polícia local foi então chamada e o corpo de bombeiros.

Pais de Kathy Fiscus
Fonte: Los Angeles Times

Uma hora após a queda, chegou o primeiro jornalista, chamado Bill Johnston, que recorda: "Vi alguns carros estacionados e donas de casa em frente às suas casas, de avental, olhando na direção do campo".

Mais tarde chegaram muitos outros, além de voluntários e vizinhos, uma verdadeira multidão passou a acompanhar o resgate.

A Sra. Hamilton Lyon Jr. espera durante a operação de resgate pela sobrinha Kathy, bombeiros seguram luzes sobre a entrada do cano
Fonte: Los Angeles Times

As equipas de resgate tentaram tudo, amarraram homens pequenos para descer no poço. Foi realizada até mesmo uma chamada para pessoas com nanismo.

Johnny Roventini, um famoso ator com menos de 1,20m de altura foi até ao local para ajudar.

Ator Johnny Roventini, de apenas 1,20m de altura
Fonte: Aventuras na História

Muitas outras pessoas ofereceram-se para descer, mas ou não eram pequenas o suficiente ou desistiam da missão.

Os jornais noticiaram as inúmeras sugestões que chegavam até à equipa de resgate, como a de um médico que propôs que um vácuo fosse estabelecido no poço para que Kathy pudesse ser sugada para fora. No entanto, como outras ideias, não deu certo. Entretanto, um grande buraco era escavado ao lado do poço.

Na manhã de domingo, alcançaram os 27 metros de profundidade, já se aproximando do local onde Kathy estava presa. Os trabalhadores dedicavam-se incansavelmente.

Inicialmente, cerca de 5 mil pessoas estavam no local a acompanhar o resgate, entretanto, horas depois, o número teria dobrado, segundo o Alta Online.

Pessoas a acompanharem o resgate no local
Fonte: Los Angeles Times

No final da tarde, dois homens desceram pelo poço que tinham cavado, e fizeram um buraco para o lado para que pudessem resgatar a menina. Rapidamente a encontraram, mas a menina, infelizmente, já não estava viva.

A notícia abalou todos: "E agora é noite de domingo, provavelmente a transmissão de televisão mais longa da história. E lamentamos que seja assim que tenhamos que terminar, porque sempre esperamos um final feliz. Queremos agradecê-lo por ter ficado connosco durante estas longas, longas horas e por estar connosco. Sei que a família sente o mesmo e aprecia a tristeza que expressou. E assim, senhoras e senhores,  deixamos San Marino... na esperança de ter prestado o serviço que desejávamos. E agora voltamos ao estúdio", afirmou o repórter Stan Chambers.

De. Paul Hanson anuncia a morte de Kathy Fiscus
Fonte: Los Angeles Times

A tecnologia de transmissão de televisão da época permitia apenas transmissões de curta distância. Por isso, apenas quem estava em Los Angeles conseguiu acompanhar a operação ao vivo. Quem se encontrava noutras localidades soube das informações pelo telejornal.

Foi quando o jornalista do Los Angeles Cecil Smith viu um imenso números de pessoas em frente às lojas de eletrodomésticos acompanhando o caso que era transmitido Foi assim que Cecil percebeu "o potencial da televisão". Desta forma a história de Kathy Fiscus acabou por entrar na história do jornalismo televisivo moderno.


Fonte: Aventuras na História


MZ

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sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Megumi Yokota - Menina Raptada pela Coreia do Norte

Megumi Yokota
Fonte: DW

Megumi Yokota nasceu a 5 de outubro de 1964, em Niigata, no Japão.

Numa noite de 15 de novembro de 1977, Megumi, de 13 anos de idade, desapareceu da sua cidade sem deixar rasto.

A sua mãe, Sakie Yokota, deu o alerta quando a menina não regressou da escola e foi até lá e ninguém sabia da menina.

Sakie, juntamente com os seus filhos mais novos, os gémeos Takuya e Tetsuya, de 9 anos, começaram a procurar Megumi na praia perto de casa, mas não encontraram nada.

De seguida avisaram a polícia e a busca pela menina começou.

Em 1987, uma mulher norte coreana, Kim Hyun-hui foi presa por colocar explosivos num avião com destino à Coreia do Sul matando todos os 115 passageiros a bordo, a mando do Presidente da Coreia do Norte Kim Il-Sung, a agente passava-se por uma japonesa.

Depois de capturada, Kim denunciou o sequestro de cidadãos japoneses nos anos 70 e 90. Entre eles, estava Megumi Yokota.

Segundo Kim Hyun-hui, Megumi e outras 16 pessoas foram sequestradas pelo governo norte coreano para ajudar a treinar agentes especiais, ensinavam a língua japonesa e a cultura.

Ahn Myung Jin, um espião norte coreano infiltrado no Japão foi descoberto em 1987, declarou que vendeu cerca de 10 japoneses à Coreia do Norte, entre eles Megumi Yokota.

A menina foi levada num navio num compartimento de carga, chorou e chamou pela mãe o percurso inteiro.

Após anos de negação, em 2000, a Coreia do Norte, assumiu a autoria de apenas 12 sequestros. Na época, a notícia trouxe esperanças às famílias dos desaparecidos.

Como uma das únicas japonesas sequestradas pela conspiração misteriosa, Megumi tinha um papel importante na organização. Registos sugerem que Megumi treinava espiões norte-coreanos, para que estes passassem por japoneses.

Em janeiro de 1997, 20 anos após o seu desaparecimento, os seus pais receberam a notícia que mais temiam, a sua filha tinha sido, de facto, sequestrada e, apesar de estar bem, nunca mais voltaria para casa.

Anos mais tarde, em 2002, um novo mistério sobre Megumi surgiu. Junto de um comunicado norte-coreano confirmando a versão da captura, os seus pais descobriram que ela supostamente teria cometido suicídio.

Os restos cremados de Megumi foram enviados para a família da jovem, mas os pais dela nunca acreditaram na sequência dos acontecimentos como lhes foi contada. Para tirarem dúvidas, pediram um exame de ADN às cinzas.

A partir dos testes, o governo japonês alegou que aqueles realmente não eram os restos da menina desaparecida, o que apenas confirmou as suspeitas dos seus pais.

A história de Megumi ganhou um novo rumo quando o marido de Megumi, com que ela teria casado em 1986, veio a público. Para o pai da menina, no entanto, nem uma palavra dita por Kim Young-nam era verdadeira. Ele acreditava que o homem tinha sido obrigado a ler um guião criado pelos norte-coreanos.

Ainda que Kim Young-nam tenha confirmado as tendências suicidas de Megumi, a história nunca foi comprovada. Sabe-se, no entanto, que os dois tiveram uma filha, Kim Hye-gyong, em 1987.

Em 2012, um boato sobre a filha de Megumi surgiu, afirmando que a menina estava sob vigia do governo norte-coreano para que, no futuro, servisse de moeda de troca com o Japão. Dois anos mais tarde, os pais da jovem desaparecida finalmente puderam conhecer a sua suposta neta na Mongólia.

Quando a Coreia do Norte foi pressionada para investigar o desaparecimento dos japoneses, o discurso era que os responsáveis já tinham morrido ou sido executados.

Em 2002, com um acordo com o Japão, a Coreia do Norte aceitou devolver temporariamente cinco sequestrados, desde que eles voltassem ao país depois.

O Japão quebrou o acordo acatando o pedido das famílias e com isso a negociação para achar os outros sequestrados foi prejudicada.

Além de Megumi Yokota, outras pessoas ficaram desaparecidas nas mesmas circunstâncias. Entre eles, o jovem casal, Yasushi Chimura e a sua noiva Fukie Hamamoto. Desapareceram depois de saírem para darem um passeio em Obama, no Japão. No verão de 1978, ainda mais três casais desapareceram sem deixar rasto.

Keiko Arimoto, de 23 anos, morava em Londres onde trabalhava como ama, em 1983 preparava-se para voltar a casa, mas uma oportunidade de emprego fez com que ela mudasse de ideias. Foi enganada e enviada para a Coreia do Norte.

Em 1988, cinco anos após o desaparecimento de Keiko, a sua mãe recebeu uma chamada da mãe de Touru Ishioka, desaparecido desde 1980. Ela tinha recebido uma carta de Touru que dizia que estava a morar em Pyongyang junto com Keiko. Ela mandou fotos do casal e do seu filho recém-nascido.

Estes são apenas algumas histórias, estima-se que centenas de jovens desapareceram do Japão a mando da Coreia do Norte.


Fonte: Aventuras na História | Coisas do Japão | Wikipédia

MZ

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quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Elizabeth Thorn - A Grávida que Enterrava Mortos

 

Elizabeth Thorn
Fonte: Find a Grave

Elizabeth Masser e Peter Thorn emigraram da Alemanha para os EUA onde se casaram em Gettysburg, em setembro de 1855.

Peter e Elizabeth Thorn
Fonte:  America Comes Alive

Meses depois, Peter foi contratado para ser o zelador do que seria chamado de Cemitério Evergreen, em Gettysburg.

O casal teve três filhos.

Seis anos depois do casamento, a Guerra Civil Americana começou, em 1861. Então, no ano seguinte, Peter sentiu que era o seu dever juntar-se ao Exército da União e se alistou na 138ª Infantaria da Pensilvânia, deixando os deveres de zelador do cemitério para Elizabeth e para o seu pai.

Na época, o cemitério tinha, em média, cinco enterros por mês.

A 26 de junho de 1863, soldados confederados começaram a mudar-se para Gettysburg. O General Lee sabia que o movimento do norte perturbaria as tropas da União e também sabia que os seus homens se beneficiariam ao se mudar para terras agrícolas que ainda não tinham sido conquistadas, como na Virgínia.

Quando os soldados confederados chegaram, a comunidade de Gattysburg teve pouca escolha a não ser responder às suas demandas e alimentá-los.

O Exército da União do Potomac não estava muito atrás do movimento confederado. O General Howard e os seus homens entraram na estrada que os levava ao cemitério, então pararam na portaria procurando por um homem que pudesse ajudá-los em Gettysburg.

Elisabeth Thorn, grávida de seis meses, saiu como voluntária. Acompanhou um dos homens do General Howard no campo, apontado as estradas principais e os caminhos locais menos conhecidos que os soldados poderiam usar.

Naquela noite, um soldado da União voltou à guarita, ordenando que Elizabeth preparasse o jantar para os Generais da União - Howard, Sickles e Slocum -, todos eles vindos para Gettysburg.

Elizabeth e a sua família tinham muita pouca comida, tendo sido ordenados pelos confederados para lhes dar o que pudessem, mas Elizabeth fez o melhor que pôde para preparar uma refeição.

Em troca, o General Howard ordenou a alguns dos seus homens que transferissem os pertences da família para uma cave em segurança. Elizabeth perguntou se a família deveria deixar a área, e Howard permitiu que eles pudessem ficar, mas deveriam ir para a cave quando a luta começasse.

No dia seguinte, a luta começou perto de Cemetery Hill, e a família de Elizabeth, junto com alguns vizinhos, refugiaram-se na cave. No final da luta daquele dia, um soldado chegou e disse-lhes para irem embora, que eles deveriam seguir a estrada principal para que os soldados soubessem que eram eles e não disparassem.

A família fugiu a pé e chegou a uma casa de fazenda antes de anoitecer. A casa estava cheia de soldados e pessoas da comunidade, e não havia comida.

No dia seguinte, Elizabeth e o pai voltaram a casa para ver se conseguiam recuperar alguma coisa. Ao chegarem, descobriram que os seus porcos tinham sido mortos, as janelas da casa estavam arrombadas e os baús que tinham sido levados para a cave por segurança estavam vazios.

No final de 4 de julho, o General Lee começou a transferir alguns dos seus homens de volta para a Virgínia, e a família de Elizabeth pôde voltar para casa.

Ao chegarem a casa, viram um grande número de corpos que tinha sido entregue ao cemitério para o enterro. Havia também 15 cavalos mortos perto de casa, e 19 outros cavalos morreram na propriedade vizinha.

O cheiro da decomposição dos animais e das pessoas era insuportável. A própria casa estava em ruínas.

Três mulheres locais foram ajudar Elizabeth a lavar o que era aproveitável, e o presidente do cemitério, David McConaughy, veio ver Elizabeth e instruiu que os enterros precisavam avançar rapidamente

O presidente do cemitério foi à cidade recrutar voluntários, mas aqueles que vieram logo ficaram sobrecarregados e foram embora, alguns deles doentes demais para continuar outros, simplesmente, enojados do trabalho

Embora Elizabeth não recebesse um pagamento extra pelo seu trabalho, nem a sua família tenha sido compensada pelos danos, Elizabeth "esticou-se" para pagar a alguns trabalhadores, mas mesmo esses não duravam muito tempo no trabalho.

.A maior parte do trabalho foi feito por Elizabeth e pelo seu pai, trabalhando no calor de meados de julho enquanto a luz do dia durava.

Enterraram cerca de 105 vítimas de guerra (91 soldados e 14 civis).

Apesar do seu trabalho árduo de cavar sepulturas, Elizabeth conseguiu terminar a gravides, dando à luz, a 1 de novembro, a primeira filha do casal, Rose Meade, nomeada em homenagem ao General Meade que comandou o Exército da União do Potomac.

Peter Thorn, marido de Elizabeth, voltou para casa em 1865, a família continuou a ser zeladores em Evergreen até 1874.

Em 2002, um Memorial das Mulheres da Guerra Civil foi construído. O memorial fica dentro de Evergreen, perto da portaria. A escultura retrata Elizabeth atendendo aos deveres do enterro. O seu rosto é de angústia, um avental cobre o seu ventre de grávida e ela segura uma pá.

Memorial das Mulheres da Guerra Civil inspirado em Elizabeth Thorn
Fonte: America Comes Alive


Fonte: America Comes Alive!


MZ

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segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Caixa de Dybbuk

 

Réplica da Caixa de Dybbuk
Fonte: Além da Imaginação

No folclore judeu, um dybbuk é um espírito humano que, devido aos seus pecados, vagueia incansavelmente até que encontre refúgio no corpo de uma pessoa viva.

A crença nos dybbukim (plural) foi bastante comum nas comunidades do leste europeu dos séc. XVI e XVII. Nesta época, pessoas que tinham problemas mentais ou nervosos eram levadas à presença de um rabino responsável por operar milagres. 

De acordo com a crença da época, esse rabino era capaz de expulsar o dybbuk através de um ritual de exorcismo.

Em setembro de 2001, Kevin Mannis, o dono de uma loja de artigos antigos, procurava por novos produtos em vendas de garagem, e interessou-se por uma antiga caixa de vinho que pertencia anteriormente à falecida esposa do Sr. Havela, o organizador da venda. A neta dos donos, que tinha certa afeição pelo objeto, negociou com o Sr. Mannis.

Ao abrir a caixa, o Sr. Mannis encontrou: duas moedas, duas madeixas de cabelo, uma loira e outra morena presas com um elástico, um pedaço de granito com a palavra "shalom" escrita em hebreu, um copo de vinho dourado e um candelabro de ferro.

Dias mais tarde, o Sr. Mannis viajou em trabalho e Jane Howerton, a sua funcionária, ficou a tomar conta da loja. Não demorou para que coisas estranhas começassem a acontecer após o homem ir embora.

Jane começou a ouvir um barulho de vidro a partir-se, sentiu um cheiro desagradável, viu objetos pesados caírem e as lâmpadas oscilarem. Desesperada, ligou para o patrão, mas ele,  mas do outro lado, o patrão só ouviu uma voz assustada. A funcionária ficou muito abalada com o acontecimento, despediu-se e mudou de cidade.

Kevin Mannis, também se assustou com a situação, mas manteve tudo em segredo, mas passou a querer livrar-se da caixa.

Como o aniversário da sua mãe se aproximava, ele a presenteou com o objeto. No entanto, ao abri-lo, a senhora Ida Mannis teve um derrame que paralisou metade do seu corpo, impedindo-a de falar. Com gestos, apontou para a caixa, tentando sinalizar o responsável pelo seu mal.

Depois, um casal comprou a caixa na loja de Mannis, mas rapidamente a devolveu com um bilhete que dizia: "Esta caixa tem algo sombrio". 

Kevin tentou dar a caixa ao seu irmão, mas este alegava sentir cheiros terríveis na sua casa quando o objeto lá estava, então devolveu.

No ano seguinte, a família do Sr. Mannis foi passar um fim-de-semana a sua casa. Coincidentemente, todos sonharam com uma bruxa os agredindo. Kevin, inclusivo, terá acordado com marcas pelo seu corpo.

Kevin então decidiu leiloar a caixa no eBay. O comprador foi o usuário spasmolytic, cuja real identidade é Iosif Nietzke, que pagou 140 dólares e chegou a ser alertado sobre os efeitos da caixa. Era estudante universitário de Kirksville, no Missouri, e vivia com colegas de quarto.

Ao abrir a caixa para impressionar uma rapariga, desencadeou uma série de acontecimentos bizarros. O rapaz ficou apavorado com o forte odor, o comportamento esquisito dos insetos, os objetos eletrónicos estragaram-se e a sua visão periférica começou a falhar.

O rapaz relatou tudo no seu blog e, ele próprio, decidiu fazer um leilão no eBay.

O comprador foi Jason Haxton, diretor do Museu de Medicina Osteopática em Kirksville. Impressionado com as histórias do objeto, pagou 280 dólares. Jason pretendia analisar o objeto para tentar descobrir os motivos dos estranhos acontecimentos.

Pouco tempo depois, Jason acordou com o olho direito inchado, como se tivesse sido picado por algum inseto. Também passou a sentir fadiga, congestão, tosses fortes e presença constante de gosto metálico na boca, além do cheiro de flores e de urina de gato.

Jason passou a temer pela sua família e contactou Kevin Mannis, o primeiro comprador, para saber o que estava a acontecer com ele. Determinados, foram até à casa onde a caixa tinha sido comprada pela primeira vez para saber as suas origens.

A história da caixa remontava exatamente ao ano de 1938, na Polónia. O nazismo estava em plena expansão e, apesar de só chegar ao território polaco no ano seguinte, os judeus já eram perseguidos e mortos.

Numa busca por ajuda para o sofrimento do seu povo, um grupo de mulheres decidiu realizar um ritual para comunicar com os espíritos do além. Após várias sessões, o espírito com o qual se comunicaram pediu para ser libertado das trevas e colocado para vagar novamente no mundo dos vivos. Assim foi feito. No entanto, as mulheres perceberam tarde demais que estavam a lidar com um espírito maligno e tentar corrigir o erro de libertá-lo.

Um novo ritual foi feito com o objetivo de o aprisionar num objeto, mas o grupo falhou e o espírito continuou solto. Coincidência ou não, este ritual falhado aconteceu no dia 10 de novembro de 1938, no qual aconteceu a Noite dos Cristais, nome dado a uma série de atos violentos contra sinagogas, lojas e habitações de pessoas judaicas na Alemanha e na Áustria.

Depois do fim da Guerra, uma das participantes das sessões originais decidiu tentar mais uma vez o ritual do aprisionamento. Desta vez, conseguiu e a entidade foi presa numa caixa de vinho. A proprietária da caixa, então, imigrou para os EUA e, após a sua morte, o objeto assombrado foi herdado pela sua neta, que era a falecida esposa do Sr. Havela.

Segundo a história, a Sra. Havela tinha sido alertada pela sua avó de que a caixa continha um "dibbuk" e que nunca deveria ser aberta. Além disso, a caixa deveria ser enterrada junto com ela, mas, como o pedido contraria as regras de um enterro judeu ortodoxo, a caixa permaneceu na casa da família até à sua neta fazer uma venda de garagem.

Chocado com a história da caixa, Jason pôs-se a pesquisar e chegou à possível identidade do dibbuk na caixa, o médico eugenista Harry Hamilton Laughlin - O moviemnto eugenista surgiu nos EUA e inspirou o nazismo por se basear na ideologia da "pureza racial".

Com a ajuda de uma judia, Jason descobriu uma possível maneira de acabar com os tormentos causados pela caixa: um enterro formal, com a presença de dez homens ou um grupo de oração. Não adiantou. A história só teve fim quando foi feito um exorcismo em 2004.

Jason Haxton construiu uma réplica da caixa para exibir. Após o exorcismo, a caixa original foi guardada numa arca de acácia folheada a ouro, que funciona como uma espécie de isolamento psíquico.

Jason Haxton e a réplica da caixa
Fonte: Super Interessante



Fonte: Wikipédia | Super Interessante


MZ

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sábado, 8 de outubro de 2022

Erna Flegel - As Lembranças da Enfermeira do Bunker de Hitler

 

Erna Flegel já idosa, segurando uma fotografia sua na altura em que trabalhou no bunker de Hitler
Fonte: CONSTRUINDO HISTÓRIA HOJE - blogger

No dia 16 de janeiro de 1945, Hitler aceitou a possibilidade que ele temia, a Alemanha estava a perder a guerra.

Então, Hitler mudou-se para o seu bunker, construído em 1933. Do bunker, emitiu alguns dos últimos comandos da Segunda Guerra Mundial.

Muito da rotina durante os últimos dias de Hitler permaneceram um mistério até que em 2005, Erna Flegel quebrou um silêncio de 60 anos.

Dentro do bunker, Hitler convivia com Eva Braun, que se tornaria sua mulher, e com autoridades como Joseph Goebbels por alguns meses. 

Destacada pela Cruz Vermelha, a enfermeira Erna Flegel foi uma das profissionais escaladas para trabalhar no esconderijo durante este período.

Segundo Erna, Hitler era bastante seletivo com os seus alimentos. No bunker, ele só comia legumes frescos trazidos direto dos Países Baixos. Aos 56 anos, ele aparentava ser muito mais velho e estava bastante deprimido.

Nos últimos dias de Hitler, Erna assistiu à rotina de um homem paranoico.

Mais tarde, aos agentes norte-americanos, a enfermeira contou que Hitler tinha pavor que os seus familiares caíssem nas mãos dos russos. Assim, ele chegou a exigir que uma injeção letal fosse dada à sua cadela.

Erna sentia pena de Eva Braun: "Ela não tinha nenhuma importância. Ninguém esperava muito dela. Era apenas uma jovem mulher. Não tinha a estatura para ser a esposa de Hitler", contou Erna aos Aliados.

Em sentido totalmente contrário, admirava Magda Goebbels, a mulher do Ministro da Propaganda alemão. "Era uma mulher inteligente, de um nível bem mais elevado que as outras pessoas.", lembrou Erna, na altura.

Em 2005, Erna afirmou que só tomou conhecimento da derrota na guerra quando Hitler anunciou que se casaria com Eva. No dia 29 de abril de 1945, Hitler exigiu que todos formassem uma fila de despedida.

Um a um, Hitler apertou a mão, dos seus companheiros e, em silêncio, retirou-se para os seus aposentos. Na tarde do dia seguinte, o ditador suicidou-se, assim como Eva.

Em maio de 1945, Erna é capturada pelos soviéticas e, sob a custódia da União Soviética, continuou a trabalhar como enfermeira, cuidando dos soldados do Exército Vermelho. Em novembro do mesmo ano, foi interrogada pelo serviço secreto dos Estados Unidos.

Aos americanos, falou do suicídio de Hitler, assim como afirmou que o corpo do Führer fora queimado por Kumpfecker, um médico da chancelaria.

Erna faleceu aos 94 anos, em 2006.



Fonte: Aventuras na História


MZ

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quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Adolf Hitler diante da "Arte Degenerada"

Fonte: Revista Galileu - Globo

Na imagem Adolf Hitler diante de obras que ele considerava como "arte degenerada" ou seja arte que foi banida com base de que era não-germânica ou de natureza judia-bolchevique.

Em 1907, Adolf Hitler foi rejeitado pela primeira vez na Academia de Belas-Artes de Viena. Segundo a Instituição, ele não tinha talento para ser um novo génio da arte e por isso não foi aceite.

30 Anos depois, já como líder da Alemanha Nazi, Hitler ordenou a maior ação contra a arte, no caso, a modernista, anunciado a exposição "Arte Degenerada".

Foi organizada por Adolf Ziegler, presidente da Camara de Artes Plásticas do Terceiro Reich, a exposição foi aberta a 19 de julho de 1937, na cidade de Munique.

Pinturas, esculturas, livros, gravuras e desenhos considerados "impuros", opostos e ofensivos ao regime nazi foram aqui expostos.

No contexto artístico, as obras fugiam do padrão do naturalismo, que representa as figuras em ambientes naturais, procurando o equilíbrio, harmonia e perfeição.

Cerca de 650 trabalhos de 32 museus alemães fizeram parte da exposição. Entre os artistas estavam Picasso, georges Braque, Lasar Segall, George Grosz, Henri Matisse, Otto Dix, Max Ernst, entre outros.

A exposição era propositadamente desleixada, com quadros pendurados tortos e luzes inadequadas. Mesmo assim a exposição teve um público significativo, mais de dois milhões de pessoas visitaram o local em cidades da Alemanha e da Áustria até 1941, ano em que foi encerrada.



Fonte: Revista Galileu


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terça-feira, 4 de outubro de 2022

O Papagaio de Winston Churchill - Charlie

Charlie, o papagaio de Winston Churchill
Fonte: BBC News

Winston Churchill (1874-1965) foi uma das foi uma das figuras mais caricatas da Segunda Guerra Mundial. Repleto de frases irónicas, piadas ácidas e posições firmes em relação aos nazis, e para não ser diferente o seu animal de estimação é igualmente icónico.

Winston Churchill, Primeiro-Ministro Britânico durante a Segunda Guerra Mundial
Fonte: Wikipédia

O animal de estimação é um papagaio, chamado Charlie, que até hoje continua a gozar com os partidários de Hitler.

O animal foi comprado por Churchill em 1937, e Churchill ensinou-lhe desde cedo a gozar com os nazis.

Mais de 50 anos depois da morte do dono, Charlie fez 105 anos, e mantem o vigor de gritar: "Fuck the nazis, Fuck Hitler".

Desde 1965, ano da morte de Churchill, Charlie é mantido por uma série de cuidadores em Reigate Surrey, no sul de Londres.



Fonte: Aventuras na História


MZ

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