Megumi Yokota
Fonte: DW
Fonte: DW
Megumi Yokota nasceu a 5 de outubro de 1964, em Niigata, no Japão.
Numa noite de 15 de novembro de 1977, Megumi, de 13 anos de idade, desapareceu da sua cidade sem deixar rasto.
A sua mãe, Sakie Yokota, deu o alerta quando a menina não regressou da escola e foi até lá e ninguém sabia da menina.
Sakie, juntamente com os seus filhos mais novos, os gémeos Takuya e Tetsuya, de 9 anos, começaram a procurar Megumi na praia perto de casa, mas não encontraram nada.
De seguida avisaram a polícia e a busca pela menina começou.
Em 1987, uma mulher norte coreana, Kim Hyun-hui foi presa por colocar explosivos num avião com destino à Coreia do Sul matando todos os 115 passageiros a bordo, a mando do Presidente da Coreia do Norte Kim Il-Sung, a agente passava-se por uma japonesa.
Depois de capturada, Kim denunciou o sequestro de cidadãos japoneses nos anos 70 e 90. Entre eles, estava Megumi Yokota.
Segundo Kim Hyun-hui, Megumi e outras 16 pessoas foram sequestradas pelo governo norte coreano para ajudar a treinar agentes especiais, ensinavam a língua japonesa e a cultura.
Ahn Myung Jin, um espião norte coreano infiltrado no Japão foi descoberto em 1987, declarou que vendeu cerca de 10 japoneses à Coreia do Norte, entre eles Megumi Yokota.
A menina foi levada num navio num compartimento de carga, chorou e chamou pela mãe o percurso inteiro.
Após anos de negação, em 2000, a Coreia do Norte, assumiu a autoria de apenas 12 sequestros. Na época, a notícia trouxe esperanças às famílias dos desaparecidos.
Como uma das únicas japonesas sequestradas pela conspiração misteriosa, Megumi tinha um papel importante na organização. Registos sugerem que Megumi treinava espiões norte-coreanos, para que estes passassem por japoneses.
Em janeiro de 1997, 20 anos após o seu desaparecimento, os seus pais receberam a notícia que mais temiam, a sua filha tinha sido, de facto, sequestrada e, apesar de estar bem, nunca mais voltaria para casa.
Anos mais tarde, em 2002, um novo mistério sobre Megumi surgiu. Junto de um comunicado norte-coreano confirmando a versão da captura, os seus pais descobriram que ela supostamente teria cometido suicídio.
Os restos cremados de Megumi foram enviados para a família da jovem, mas os pais dela nunca acreditaram na sequência dos acontecimentos como lhes foi contada. Para tirarem dúvidas, pediram um exame de ADN às cinzas.
A partir dos testes, o governo japonês alegou que aqueles realmente não eram os restos da menina desaparecida, o que apenas confirmou as suspeitas dos seus pais.
A história de Megumi ganhou um novo rumo quando o marido de Megumi, com que ela teria casado em 1986, veio a público. Para o pai da menina, no entanto, nem uma palavra dita por Kim Young-nam era verdadeira. Ele acreditava que o homem tinha sido obrigado a ler um guião criado pelos norte-coreanos.
Ainda que Kim Young-nam tenha confirmado as tendências suicidas de Megumi, a história nunca foi comprovada. Sabe-se, no entanto, que os dois tiveram uma filha, Kim Hye-gyong, em 1987.
Em 2012, um boato sobre a filha de Megumi surgiu, afirmando que a menina estava sob vigia do governo norte-coreano para que, no futuro, servisse de moeda de troca com o Japão. Dois anos mais tarde, os pais da jovem desaparecida finalmente puderam conhecer a sua suposta neta na Mongólia.
Quando a Coreia do Norte foi pressionada para investigar o desaparecimento dos japoneses, o discurso era que os responsáveis já tinham morrido ou sido executados.
Em 2002, com um acordo com o Japão, a Coreia do Norte aceitou devolver temporariamente cinco sequestrados, desde que eles voltassem ao país depois.
O Japão quebrou o acordo acatando o pedido das famílias e com isso a negociação para achar os outros sequestrados foi prejudicada.
Além de Megumi Yokota, outras pessoas ficaram desaparecidas nas mesmas circunstâncias. Entre eles, o jovem casal, Yasushi Chimura e a sua noiva Fukie Hamamoto. Desapareceram depois de saírem para darem um passeio em Obama, no Japão. No verão de 1978, ainda mais três casais desapareceram sem deixar rasto.
Keiko Arimoto, de 23 anos, morava em Londres onde trabalhava como ama, em 1983 preparava-se para voltar a casa, mas uma oportunidade de emprego fez com que ela mudasse de ideias. Foi enganada e enviada para a Coreia do Norte.
Em 1988, cinco anos após o desaparecimento de Keiko, a sua mãe recebeu uma chamada da mãe de Touru Ishioka, desaparecido desde 1980. Ela tinha recebido uma carta de Touru que dizia que estava a morar em Pyongyang junto com Keiko. Ela mandou fotos do casal e do seu filho recém-nascido.
Estes são apenas algumas histórias, estima-se que centenas de jovens desapareceram do Japão a mando da Coreia do Norte.
Fonte: Aventuras na História | Coisas do Japão | Wikipédia
MZ
MZ
Sem comentários:
Enviar um comentário