sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Sobrevivente do Titanic: Robertha Watt

Robertha Watt, sobrevivente do Titanic
Fonte: Titanic Wiki | Fandom

Roberta Josephine Watt nasceu a 11 de setembro de 1899.

Roberta foi com a mãe, Bessie no Titanic com destino a Portland, nos EUA, onde se iriam juntar ao seu pai.

As duas embarcaram em Southampton, como passageiras de segunda classe. A bordo, compartilharam uma cabine com duas senhoras, Ellen Toomey e Rosa Pinsky.

No momento do naufrágio, foram resgatadas pelo bote salva-vidas nº9.

Robertha com 12 anos de idade na altura, a lembrança mais vivida que tinha era que tinha sido acordada e recebeu ordens para sair porque o Titanic estava com problemas.

Em 1923, Robertha casou-se com Leslie Marshall, um médico, e mudou-se para a Colúmbia Britânica. Juntos tiveram dois filhos, James e Robert.

Robertha morreu a 4 de março de 1993, em Vancouver, no Canadá.

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Sobrevivente do Titanic: Beatrice Sandström

Beatrice Sandström, sobrevivente do Titanic
Fonte: Facebook

Beatrice Irene Sandström nasceu em São Francisco, nos EUA, a 9 de agosto de 1910.

Os pais de Beatrice, Hjalmar e Agnes, tinham emigrado da Suécia para os EUA em 1908, pouco depois do nascimento de Marguerite, a irmã mais velha de Beatrice, e ficaram em São Francisco.

No entanto, eles não gostaram muito do estilo de vida e, em 1911, economizaram dinheiro suficiente para voltar para a Suécia. Beatrice estava a visitar os seus avós maternos com a sua mãe e irmã, antes de embarcarem no Titanic para voltarem aos EUA.

Beatrice, a mãe e a irmã embarcaram no Titanic, em Southampton, na Inglaterra, a 10 de abril de 1912 como passageiras da terceira classe e partilharam a cabine com Elna Strom e com a filha desta de dois anos, Selma.

Após o embate do navio no iceberg às 23h40 do dia 14 de abril. Agnes e Elna foram acordados por um mordomo. As mulheres vestiram as suas filhas e dirigiram-se ao convés. Devido à grande multidão, Agnes perdeu de vista Elna e a filha e embarcou no bote salva-vidas nº13.

Elna e a filha morreram no naufrágio.

Agnes e as filhas foram resgatadas pelo navio Carpahtia. Chegaram a Nova Iorque a 18 de abril. Ao chegarem foram enviadas para o Hospital St. Vincent.

Embora Beatrice não se lembrasse de nada sobre a viagem, costumava dizer "Olha, a lua está caindo", talvez uma referência aos foguetes de sinalização disparados enquanto o navio afundava.

Depois, Agnes e as filhas voltaram para São Francisco, onde ficaram alguns meses. Venderam a sua casa, arrumaram tudo o que tinham e voltaram a Nova Iorque. E em agosto de 1912, a família voltou a Inglaterra a bordo do navio Mauretani como passageiros de segunda classe.

Da Inglaterra embarcaram noutro navio com destino na Suécia, onde ficariam pelo resto das suas vidas.

Em 1988, Beatrice voltou aos EUA pela primeira vez desde 1912, quando participou numa convenção de sobreviventes do Titanic organizada pelo Titanic Historical Society.

Beatrice morreu a 3 de setembro de 1995, aos 85 anos, na Gotalândia Oriental, na Suécia.

MZ

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segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Sobrevivente do Titanic: Eva Hart

Eva Hart, sobrevivente do Titanic
Fonte: Titanic Wiki | Fandom

Eva Miriam Hart nasceu em Londres, na Inglaterra, a 31 de janeiro de 1905.

Eva embarcou no Titanic, com sete anos de idade, com os seus pais, Benjamin e Esther. Viajavam em segunda classe. Partiram de Southampton, na Inglaterra, a 10 de abril de 1912.
Eva Hart (ao centro) e os pais, Benjamin e Esther
Fonte: Wikipédia

Quase instantaneamente, a mãe de Eva sentiu-se desconfortável com o Titanic e temia que alguma catástrofe acontecesse. Chamar um navio de "inafundável" era, na sua mente", rir na cara de Deus. Com tamanho temor, ela dormia apenas durante o dia e ficava acordada na sua cabine completamente vestida.

Eva estava a dormir quando o Titanic atingiu o iceberg às 23h40 do dia 14 de abril. A sua mãe estava acordada na altura e sentiu "um pequeno solavanco". Ela imediatamente pediu ao seu marido para que fosse ver o que se tinha passado. Ao voltar contou à sua mulher sobre a colisão. Carregaram a filha coberta por um cobertor até ao convés dos botes.

O pai de Eva colocou a sua mulher e a filha no bote nº14 e lhe disse "seja uma boa menina e segure a mão da mãe". Foi a última coisa que ele disse á filha e a última vez que ela o viu.

Eva e a mãe foram resgatadas pelo navio Carpathia e chegaram a Nova Iorque a 18 de abril. O corpo do seu pai nunca foi identificado.

Logo depois de chegarem a Nova Iorque, Eva e a mãe regressaram ao Reino Unido. Esther casou-se posteriormente.
Eva e a sua mãe, Esther ao regressarem ao Reino Unido após o naufrágio do Titanic
Fonte: Wikipédia

Eva Hart morreu a 14 de fevereiro de 1996 na sua casa em Chadwell Heath, duas semanas após fazer 91 anos de idade.

MZ

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sábado, 22 de agosto de 2020

Sobrevivente do Titanic: Edith Haisman

Edith Haisman, sobrevivente do Titanic
Fonte: titanic em foco
Edith Haisman nasceu na Cidade do Cabo, na África do Sul, a 27 de outubro de 1896.

Edith tinha 15 anos quando embarcou com os seus pais, Thomas e Elizabeth, no Titanic, em Southampton, na Inglaterra, como passageiros de segunda classe. A família iria para Seattle, nos EUA, onde Thomas abriria um negócio hoteleiro.

Edith lembrava-se claramente do momento em que o navio bateu no iceberg, às 23h40 do dia 14 de abril de 1912.

Numa biografia sua, publicada em 1995, Edith relatou: "O meu pai apareceu alguns minutos depois. Ele nos disse: 'É melhor colocar o seu colete salva-vidas e algo quente, está frio no convés. É apenas uma precaução, atingimos um iceberg, não é nada demais'. O mordomo diz que não tem nada com que se preocupar. Esperámos muito tempo no convés até alguém nos dizer o que fazer. A banda do navio continuava a tocar. Eles tocaram para manter os nossos espíritos. Todos disseram: Este navio é inafundável. Não vai afundar. Mais tarde, o meu pai nos deu um beijo e embarcámos no bote salva-vidas nº14. Até 50 pessoas entraram quando ele virou perigosamente para o lado. Um homem saltou do barco vestido de mulher. À medida que remaram para longe do navio, ainda era possível ouvir a banda a tocar, mas agora eram hinos. Ficamos quase seis horas no bote salva-vidas e durante esse tempo não tínhamos água nem nada para comer. Eu continuava a perguntar-me se o meu pai tinha saído do navio, é tudo o que eu poderia pensar."

O pai de Edith não sobreviveu e o seu corpo nunca foi identificado.

A última lembrança que Edith guardou do seu pai era quando ele vestiu um casaco enquanto fumava um charuto e bebia conhaque no convés.

Após a chegada a Nova Iorque, ficaram na Junior League House antes de viajarem para Seattle para morar com a sua tia, Josephine Acton. Assim que conseguiram voltaram para a Cidade do Cabo. Mais tarde, a mãe de Edith casou-se e mudou-se para a Rodésia.

Em maio de 1917 aos 20 anos, Edith conheceu Frederick Trankful Haisman e casaram-se seis semanas depois, a 30 de junho. O primeiro filho do casal nasceu em agosto de 1918. Depois nasceram mais nove crianças. O casal viveu na África do Sul e na Austrália antes de se estabelecerem em Southampton, na Inglaterra. Frederick morreu em 1977.

Edith morreu a 20 de janeiro de 1997 numa casa de repouso em Southampton, aos 100 anos. Na sua cama havia uma fotografia do seu pai, onde ele utilizava um chapéu-palheta e gravata.

MZ

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quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Sobrevivente do Titanic: Louise Laroche

Louise Laroche e a irmã Simonne, sobreviventes do Titanic
Fonte: Encyclopedia Titanica

Louise Laroche nasceu a 2 de julho de 1910, em Paris, na França.
Louise ao colo do pai, Joseph e a mãe, Juliette e a irmã de Louise, Simonne
Fonte: Titanic Historical Society

Louise e a sua família embarcaram no Titanic em Cherbourg, na França, a 10 de abril de 1912, como passageiros de segunda classe.

Com a colisão no iceberg, às 23h40 do dia 14 de abril, o pai de Louise, Joseph acordou a sua mulher, Juliette e informou-lhe que o navio tinha sofrido um acidente. Joseph colocou todos os seus objetos de valor nos bolsos e, junto com a sua mulher, levou cada uma das suas filhas adormecidas até ao convés.

Não se sabe em qual bote salva-vidas Juliette e as suas filhas embarcaram, embora Juliette se recordara de estar uma condessa no seu bote. Havia uma condessa a bordo do navio Noël Leslie, Condessa de Rothes, que embarcou no bote salva-vidas nº8, então é provável que Juliette e as filhas, Simonne e Louise tenham escapado nesse bote salva-vidas.

O pai de Louise morreu no naufrágio e o corpo nunca foi identificado.

No dia 15 de abril foram resgatadas pelo navio Carpathia. Chegaram a Nova Iorque no dia 18, mas não tinham ninguém para as receber, então Juliette decidiu não continuar viagem em direção ao Haiti, que era a ideia da viagem, pois era o país natal do pai de Louise, e voltou para Villejuif, na França.

A família voltou à França em maio de 1912, onde Juliette deu à luz um filho ao qual chamou de Joseph, em homenagem ao pai.

Louise Laroche nunca se casou.

Em março de 1995, Louise subiu a bordo do navio Nomadic pela primeira vez desde 1912, acompanhada por outra sobrevivente do Titanic, Milvina Dean. No mesmo ano, Louise esteve presente numa convenção da Titanic Historical Society, onde um marcador de pedra com uma placa de bronze foi dedicada aos passageiros que partiram do porto de Cherbourg.

Louise morreu a 28 de janeiro de 1998, em Paris, na França.

MZ

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terça-feira, 18 de agosto de 2020

Sobrevivente do Titanic: Eleanor Shuman

Eleanor Shuman, sobrevivente do Titanic
Fonte: Geni

Eleanor Ileen Johnson Shuman nasceu a 23 de agosto de 1910, em St. Charles, nos EUA. 

Eleanor embarcou no Titanic, aos 19 meses de idade, juntamente com a sua mãe e irmão Harold como passageiros da terceira classe. A família de Eleanor partilhou a cabine com Elin Braf e Helmira Nilsson.

Pouco depois do navio ter atingido o iceberg, um tripulante que as tinha servido na sala de jantar, bateu na porta da cabine e as conduziu até ao convés dos botes até provavelmente ao bote nº 13 ou 15.

A mãe de Eleanor, Alice, foi ajudada a entrar no bote com Eleanor nos braços e chamou por Elin Braf que entrasse com o Harold. Elin ficou imóvel no convés, então um tripulante levou Harold e colocou-o no bote. Elin Braf morreu no naufrágio e Helmina Nilsson conseguiu escapar, provavelmente no bote nº13.

Alice e os filhos foram resgatados pelo navio Carpathia e chegaram a Nova Iorque, a 18 de abril.

Eleanor admitiu lembrar-se muito pouco da noite do naufrágio, mas insistia que se lembrava dos gritos dos passageiros e a visão das mãos alcançando-a de um bote salva-vidas abaixo.

Em 1934, Eleanor casou-se com Delbert Shuman, engenheiro da International Harvester. Eleanor teve um filho, Earl. A família mudou-se para Elgin e viveram juntos por 47 anos, até à morte de Delbert.

Eleanor trabalhou para a Elgin Watch Company e, mais tarde, como operador de telefonia até à sua reforma em 1962.

Em 1994, Eleanor foi visitar o seu filho, na Flórida, e foi a primeira vez que viu o Oceano Atlântico desde 1912.

Aos 80 anos, Eleanor mantinha-se ativa em atividades relacionadas ao Titanic.

Eleanor morreu aos 87 anos de idade, a 14 de fevereiro de 1996, em Elgin, nos EUA.

MZ

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domingo, 16 de agosto de 2020

Sobrevivente do Titanic: Winnifred Quick

Winnifred Quick, sobrevivente do Titanic
Fonte: Encyclopedia Titanica

Winnifred Vera Quick, nascida a 23 de janeiro de 1904, em Plymouth, na Inglaterra, embarcou no Titanic, com oito anos de idade, juntamente com a mãe e a sua irmã Phyllis.

A família viajava em segunda classe. No dia 14 de abril, nem Winnifred nem a sua família se aperceberam da colisão com o iceberg. Foi apenas depois de um passageiro bater na porta da sua cabine e explicar-lhes o que se passava que elas se aperceberam que algo de errado se passava.

Não acreditando que se tratava de algo grave, a mãe demorou algum tempo a vestir-se. Um tripulante, ao olhar para dentro da cabine e vendo a demora, ordenou que elas vestissem os seus coletes salva-vidas porque o navio estava afundar.

A mãe de Winnifred a colocou a ela e à irmã no bote nº11, mas inicialmente foi proibida de entrar também porque o homem que estava no comando do bote disse: "espaço apenas para crianças." A mãe de Winnifred, terá dito que "ou vamos juntas ou ficamos juntas". Ele então a deixou entrar.

Winnifred adormeceu e só acordou quando o navio Carpathia foi avisado. Winnifred e a irmã foram colocadas num saco e puxadas até ao convés do navio de resgate.

O pai de Winnifred ouviu as notícias do naufrágio, mas recebeu uma mensagem por telegrama a dizer que a sua família estava a salvo. Ele encontrava-se na doca em Nova Iorque a 18 de abril, quando o navio Carpathia chegou.

Winnifred abandonou a escola e foi trabalhar numa fábrica de chocolates e depois numa padaria.

Aos 14 anos, conheceu Alois van Tongerloo, que também era emigrante. Mais tarde, casaram-se e tiveram três filhos e duas filhas.

Winnifred faleceu a 4 de julho de 2002, em Lansing, nos EUA.

MZ

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sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Sobrevivente do Titanic: Lillian Asplund

Lillian Asplund, sobrevivente do Titanic
Fonte: Encyclopedia Titanica

Lillian Gertrud Asplund nasceu a 21 de outubro de 1906, em Worcester, nos EUA.

Lillian tinha um irmão gémeo, Carl Edgar, dois irmãos mais velhos, Filip Oscar e Clarence, e um mais novo, Edvin Felix.

Em 1907, o pai de Lillian levou a sua família para Småland, na Suécia, para ajudar a sua mãe viúva a resolver problemas com a propriedade familiar. No início de 1912, a família estava pronta para voltar aos EUA, e o pai de Lillian reservou a passagem para a família no Titanic.

Lillian, os seus pais e os seus quatro irmãos, embarcaram no Titanic, a 10 de abril de 1912, em Southampton, na Inglaerra, como passageiros da terceira classe.

Lillian tinha cinco anos na altura e lembrava-se que o navio "era muito grande e tinha acabado de ser pintado. Lembro-me de não ter gostado do cheiro de tinta fresca".

Quando o Titanic bateu no iceberg às 23h40 da noite de 14 de abril de 1912, o pai de Lillian acordou a sua família e depois colocou todos os papéis importantes, incluindo dinheiro, no bolso. Lillian, a sua mãe e o seu irmão Felix foram colocados no bote salva-vidas nº15.

Lillian lembrou: "a minha mãe disse que preferia ficar com ele (meu pai) e afundar com o navio, mas ele disse que as crianças não deveriam ficar sozinhas. A minha mãe colocou Felix no seu colo e eu entre os joelhos. Eu acho que ela pensou que poderia me manter um pouco mais quente dessa forma".

Lillian, a sua mãe e o seu irmão foram resgatados pelo Carpathia, que chegou ao local pouco depois das 4 horas da manhã. 

Lilian lembrou: "Uma mulher tirou as minhas roupas. A minha roupa ficou muito suja e molhada no barco salva-vidas. A minha mãe estava a tentar encontrar-me. Ela estava a dizer: 'Eu tenho uma filha!' Bem, ela me encontrou. E, finalmente, quando as minhas roupas secaram, as vesti novamente. Eles nos levaram para o lugar onde estavam pessoas doentes. Bem, não doentes, mas pessoas que precisavam de um pouco mais de atenção. As pessoas no Carpathia foram muito boas para nós."

O pai de Lillian e os irmãos, Filip, Clarence e Carl morreram no naufrágio. O corpo do seu pai foi recuperado.
Lillian Asplund
Fonte: Wikipédia

A mãe de Lillian nunca recuperou das perdas do marido e dos três filhos mais velhos e recusou-se a discutir sobre o acontecido com quem quer que fosse, dizia que era simplesmente errado fazê-lo. Lillian concordou e, nunca falou. Segundo o seu advogado, quando perguntada sobre porquê de Lillian se recusar a dar entrevistas, mesmo quando estas eram pagas, Lillian afirmou: "Por que é que eu quero dinheiro do Titanic? Olha o que eu perdi. Um pai e três irmãos."

A mãe de Lillian morreu a 15 de abril de 1964, no 52º aniversário do naufrágio.

Lillian morreu na sua casa em Shrewsbury, nos EUA, a 6 de maio de 2006, aos 99 anos.

Após a sua morte, o bilhete do navio que tinha guardado durante todos aqueles anos foi vendido em leilão em 2009. Junto do bilhete, no cofre, estava também um relógio de bolso que era do seu pai, que tinha parado às 2h19.

MZ

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quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Sobrevivente do Titanic: Barbara Dainton

Barbara Dainton, sobrevivente do Titanic
Fonte: Wikipédia

Barbara Joyce Dainton, nascida em Bournemouth, na Inglaterra, a 24 de maio de 1911, tinha um ano e um mês de idade quando embarcou no Titanic, juntamente com o seu pai Edwy, a sua mãe Ada e a sua irmã Constance, no dia 10 de abril de 1912.

Barbara era muito nova para ter recordações do naufrágio. Sabe-se que o seu pai acenou para ela, para a sua mãe e irmã enquanto estas desciam no bote para o mar escuro daquela noite. O seu pai morreu no naufrágio e o seu corpo nunca foi identificado.

Barbara, a sua mãe e irmã chegaram a Nova Iorque a bordo do Carpathia a 18 de abril. Após a chegada, reservou logo passagem para regressarem a Inglaterra. Regressaram a 6 de maio. Ada, a mãe, estava grávida, e deu à luz a sua terceira filha, Edwyna Joan, a 14 de setembro.

Casou-se em 1938 com Stanley Winder, um jogador de rugby. Treze anos depois ficou viúva. Barbara voltou a casar, em 1952, com William Dainton, o casamento durou até 1990, quando enviuvou novamente.

Como vários sobreviventes, evitou a publicidade relacionada ao naufrágio do Titanic.

Morreu aos 96 anos de idade, a 16 de outubro de 2007, numa casa de repouso, em Camborne, na Inglaterra.

MZ

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segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Sobrevivente do Titanic: Elizabeth Millvina Dean – A Passageira Mais Nova do Navio

Elizabeth Dean (direita) e o irmão Bertram
Fonte: Wikipédia

Elizabeth Gladys Milvina Dean nasceu em Branscombe, na Inglaterra, a 2 de fevereiro de 1912.

Os pais de Elizabeth decidiram deixar a Inglaterra e emigrar para Wichita, no Kansas, EUA, onde abriram um comércio de tabaco.

A família de Elizabeth não deveria estar no Titanic, mas devido a uma greve dos trabalhadores do carvão, foram transferidos para o navio e embarcaram como passageiros da terceira classe em Southampton, na Inglaterra.

Elizabeth tinha dois meses de idade quando entrou no navio. Na viagem iam os seus pais e o seu irmão Bertram de dois anos. O seu pai sentiu a colisão do navio com o iceberg, na noite de 14 de abril de 1912 e, depois de investigar, voltou à sua cabine e disse à sua mulher para vestir os filhos e ir para o convés.

Elizabeth, a sua mãe e o seu irmão foram colocados no bote salva-vidas nº10 e estavam entre os primeiros passageiros a escapar do naufrágio. Terão sido resgatados por volta das 6 horas da manhã pelo Caspathia.  O pai de Elizabeth morre no naufrágio, o seu corpo nunca foi recuperado.

Inicialmente a família continuou no Kansas, porque a mãe de Elizabeth queria cumprir o desejo do marido de uma nova vida nos EUA. No entanto, depois de perder o marido e ficar com duas crianças pequenas, voltaram para Inglaterra.

Elizabeth e o irmão estudaram em Southampton. Elizabeth trabalhou para o governo britânico durante a Segunda Guerra Mundial e posteriormente para uma empresa de engenharia local. Teve outras profissões como cartógrafa, secretária e assistente de uma tabacaria.
Elizabeth Dean
Fonte: Titica de Galinha - WordPress.com

Só depois de passar os 70 anos é que Elizabeth se envolveu em eventos relacionados com o Titanic. Ao longo dos anos, participou em inúmeras convenções, exposições, documentários, entrevistas de rádio e televisão, e correspondência pessoal.

Em 1998, viajou para os EUA para participar numa convenção em Springfield, e outro em 1999, em Montreal, no Canadá.

Em outubro de 2007, tornou-se na última sobrevivente do Titanic, após a morte de Barbara West Dainon, que morreu aos 96 anos, na Inglaterra.

Em abril de 2008, Elizabeth aceitou um convite para participar num evento em Southampton, em comemoração do 96º aniversário do navio, mas adoeceu, com uma infeção respiratória que a forçou a cancelar a participação.

Em dezembro de 2008, aos 96 anos, Elizabeth foi forçada a vender várias lembranças de família para pagar um tratamento médico, e entre esses pertences estava uma carta mandada para a sua mãe pelo Titanic Relief Fund, e uma mala dada a ela e à sua mãe em Nova Iorque, após o naufráfio do navio. Com a venda arrecadou 32 mil libras.

Em fevereiro de 2009, Elizabeth anunciou que venderia mais pertences para os custos do seu tratamento médico.

Aos 97 anos, morreu de pneumonia na manhã de 31 de maio de 2009, num lar de idosos, em Hampshire.

A 24 de outubro de 2009, as suas cinzas foram espalhadas por um barco nas docas de Southampton, de onde o Titanic tinha partido.

MZ

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sábado, 8 de agosto de 2020

Sobrevivente do Titanic: Robert Hichens

Robert Hichens, marinheiro e sobrevivente do Titanic
Fonte: William Murdoch

Robert Hichens nasceu a 16 de setembro de 1882, em Newlyn, na Inglaterra.

Era um marinheiro britânico que fazia parte da equipa de convés a bordo do RMS Titanic durante o naufrágio do navio na sua viagem inaugural a 15 de abril de 1912.

Robert era um dos seis quarteis-mestres a bordo da embarcação e estava no leme quando o Titanic atingiu o iceberg.

Robert Hichens ganhou destaque após o naufrágio porque ele conduzia o Bote 6, no qual estava no comando.

Os passageiros do bote o acusaram de se recusar a voltar para o local do naufrágio para resgatar as pessoas da água após o navio ter afundado, de que ele teria chamado as pessoas na água de "rígidos" e que ele constantemente criticava quem estava a remar enquanto ele operava o leme.

Robert foi posteriormente testemunhar no inquérito americano sobre o acidente e afirmou nunca ter usado a palavra "rígidos" e que ele tinha outras palavras para descrever os corpos.

Ele também declarou ter recebido ordens diretas do Segundo Oficial Charles Lightoller e do Capitão Edward Smith para remara para onde uma luz pudesse ser vista, descarregar os passageiros e voltar. Mais tarde foi alegado que ele queixou-se de que o bote salva-vidas iria ficar à deriva por dias antes que qualquer resgate viesse.

Quando o RMS Carpathia chegou para resgatar os sobreviventes do Titanic Robert teria dito que o navio não estava lá para os resgatar mas para recolher os corpos dos mortos. Neste momento, as outras pessoas no bote salva-vidas perderam a paciência com Hichens.

Apesar dos protestos de Hichens, a socialite de Denver, Margaret Brown, pediu aos outros passageiros para remarem para se manterem aquecidos. Após uma última tentativa de Hichens em manter o controlo do bote, Margaret ameaçou atirá-lo ao mar.

Robert Hichens morreu aos 58 anos de ataque cardíaco a bordo do navio SS English Trader, a 23 de setembro de 1940.

MZ

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quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Sobrevivente do Titanic: Molly Brown

Margaret Brown, sobrevivente do Titanic
Fonte: Molly Brown House Museum
Margaret Tobin Brown nasceu em Hannibal, EUA, a 18 de julho de 1867.

Tem origens numa família humilde, conheceu o seu marido, James Joseph Brown, aos 18 anos. Estes tornaram-se milionários quando James descobriu uma mina de ouro.

Margaret teve o seu primeiro filho, Lawrence Palmer, em 1887. E a sua filha, Catherine Helen, em 1889.

Margaret e o marido ao entrarem para a alta sociedade, passou a ocupar-se de atividades relacionadas com a defesa dos direitos da mulher, das crianças e dos mineiros do Colorado.

O casal separou-se em 1909, mas nunca se divorciaram.

Gostava muito de viajar pela Europa, particularmente na França. Foi numa dessas viagens que Margaret embarcou na viagem inaugural do Titanic, em abril de 1912.

Quando o navio bateu no iceberg e começou a afundar, Margaret entrou para o bote salva-vidas nº6 e conseguiu sobreviver.

Margaret durante a noite do naufrágio entrou em conflito com o quartel-mestre Robert Hichens, o encarregado do bote, porque ela queria voltar ao local para procurar pessoas que tivessem sobrevivido. No entanto, o comandante do bote não deixou, porque para ele, as pessoas desesperadas para sobreviver, virariam o bote.

As suas ações acabaram por lhe dar uma reputação internacional e Margaret também participou na criação de um comité dos sobreviventes da tragédia.

Com o início da Primeira Guerra Mundial, Margaret estava na França e fugiu para os EUA. Margaret cuidou e apoiou os soldados aliados que voltavam feridos e posteriormente recebeu a Ordem Nacional da Legião de Honra.

Com o final da guerra, continuou os seus trabalhos ativistas, mas também se dedicou à sua paixão pelo teatro, chegando até a atuar em peças interpretando a sua ídolo Sarah Berhardt.

Ficou viúva em 1922 e depois acabou por se afastar dos seus filhos. Teve problemas relacionados com a herança e acabou por morrer sozinha no Barbizon Hotel em Nova Iorque, a 26 de outubro de 1932, tinha 65 anos, vítima de cancro no cérebro. Foi enterrada ao lado do marido.

Margaret continuou a ser conhecida após a sua morte pelas suas ações no naufrágio do Titanic, acabando por ganhar por parte do cinema os apelidos de "Molly Brown" e "Inafundável Molly Brown", apesar de nunca ter sido chamada destas formas em vida, que acabaram por criar um certo mito à sua volta e transformando-a numa das heroínas do naufrágio.

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terça-feira, 4 de agosto de 2020

Mulheres Protestam contra Hijabs

Mulheres do Irão, de 1979, quando estas saíram às ruas para protestarem contra o uso dos Hijabs, o véu islâmico.
A diferença entre as mulheres do Irão dos anos 70 e as atuais são evidentes. São dois mundos diferentes. Nos anos 70 usavam calças de ganga, tinham a cabeça descoberta e até podiam usar biquíni.

A Revolução Islâmica aconteceu em 1979 e provocou grandes mudanças da sociedade local, nomeadamente no que toca às mulheres.

Em pouco tempo, a forma como se vestiam e usavam o cabelo passou a ser questionada.

O véu muçulmano tinha sido banido pelo antigo xá, Reza Shah Pahlavi, nos anos 1930, e a polícia tinha ordens de os remover à força. Mas, no início dos anos 80, as novas autoridades muçulmanas impuseram um código de vestimenta obrigatório que determinava o uso do hijab por todas as mulheres.

MZ

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domingo, 2 de agosto de 2020

Massacre Real no Nepal

Príncipe Herdeiro Dipendra
Fonte: Observatorium
No dia 1 de junho de 2001, aconteceu o Massacre Real no Nepal - a Família Real nepalesa foi brutalmente assassinada a tiros durante uma celebração.

Segundo uma investigação oficial realizada pelo comité do país, testemunhas oculares disseram que no dia 1 de junho de 2001, o Príncipe herdeiro Dipendra disparou contra os membros da monarquia nepalesa.

Além disso, as autoridades que investigaram o caso concluíram, ainda em 2001, que o herdeiro foi o autor dos disparos.

Então, Dipendra disparou contra o seu próprio pai, o Rei Birendra, a sua mãe, a Rainha Aishwarya e outros sete membros da Família Real, entre eles os seus irmãos mais novos.
Rei Birendra e a Rainha Aishwarya, pais de Dipendra
Fonte: Pinterest
Após assassinar a sua família, o Príncipe atirou na sua própria cabeça.

Segundo os relatórios, Dipendra estava a beber em excesso e maltratando um dos seus convidados, o que fez com que o seu pai ordenasse que o seu filho saísse da festa. Dipendra bêbado foi levado para o seu quarto pelo seu irmão e pelo seu primo.

Uma hora depois, Dipendra voltou à festa armado com uma submetralhadora HKMP5 e uma espingarda M16 e disparou para o teto uma vez antes de atirar no seu pai. Segundos depois, disparou contra uma das suas tias, depois no seu tio Dhirendra, que o segurou pelo peito tentando pará-lo.

Durante o ataque, Dipendra entrava e saía do local. A sua mãe, a Rainha Aishwarya, que entrou na sala depois de ouvir os tiros, saiu rapidamente para procurar ajuda.

A Rainha e o seu irmão Nirajan, enfrentaram Dipendra no jardim do palácio, onde faleceram por causa dos disparos. Depois Dipendra foi a uma pequena ponte num pequeno ribeiro que atravessava o palácio e atirou nele próprio.

O motivo do assassinato é, ainda hoje, um mistério, mas existem várias teorias que podem explicar o sucedido.

Uma delas diz que Dipendra desejava casar-se com Devyani Rana, no entanto, devido a desavenças entras as famílias, os pais da noiva opuseram-se ao casamento.

Outra teoria era que o Príncipe andava descontente com a política do país, que mudou de uma monarquia absoluta para uma constitucional.

Ainda hoje as autoridades não sabem como houve uma falta de segurança num evento da realeza. Além disso, Dipendra era destro, mas o ferimento na sua cabeça estava localizado na sua têmpora esquerda e havia duas balas no seu corpo e não apenas uma.

O caso é cheio de controvérsias, entre elas o facto de ter sido investigado por apenas duas semanas, sem envolver qualquer análise forense.

Após a morte do Rei, Dipendra foi declarado Rei do Nepal, enquanto estava em coma, no entanto, três dias depois do massacre, o novo Rei faleceu.

No dia 12 de junho de 2001, foi realizada uma cerimónia hindu de katto em memória ao espírito do "Rei morto".

Algumas teorias conspiratórias acreditam que a reunião familiar foi planeada pela agência de inteligência indiana Research and Analysis Wing e pela Agência Central Americana de Inteligência, que ajudaram no massacre, com o objetivo de Gyanendra assumir o trono.
Gyanendra, o último Rei do Nepal, de 2001 a 2008
Fonte: TIME Magazine
No dia do crime, Gyanendra estava em Pokhara, e nenhum dos seus filhos foram mortos, durante o crime. Como Gyanendra e o seu filho Prince Paras eram muito impopulares no país, muitos acreditam que a morte dos herdeiros ao trono foi uma tática usada pelo monarca para assumir o poder.


Fonte: Aventuras na História | Wikipédia

MZ

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