sábado, 30 de maio de 2020

Documentário: "A Secret Love"

Documentário "A Secret Love"
Fonte: New On Netflix UK
Quando comecei a ver este documentário esperava a história de amor entre duas mulheres. Mas é mais do que isso, é um documentário que mostra o desagrado perante a orientação sexual delas quando se apaixonaram, nos anos 40.

Mostra que teve que haver uma fuga de duas pessoas que se amavam para longe da sua família para que pudessem viver um amor, para a família era amigas, que dividiam casa porque nos EUA a renda era muito cara e era perigoso viver sozinha.

Só depois de mais de 60 anos juntas contaram à família.

Mostra um pouco do que era a vida de alguém que simplesmente gosta de outra do mesmo género em épocas difíceis mas não muito diferentes da atual.

Foi um documentário que me fez deixar cair uma lágrima no fim - Recomendo!

É um documentário produzido por Ryan Murphy, com direção de Chris Bolan. Transmitido pela NETFLIX.

Conta a história de Terry Donahue e Pat Henschel.
As protagonistas do documentário "A Secret Love" da NETFLIX - Terry Donahue e Pat Henschel


Trailer:

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

quinta-feira, 28 de maio de 2020

Casos de Desaparecidos: Músico Alton Glenn Miller

Alton Glenn Miller
Fonte: University of Colorado Boulder
Alton Glenn Miller nasceu em Clarinda, nos EUA, a 1 de março de 1904.

Foi um música de Jazz e bandleader na era do Swing.

Foi um dos artistas com mais vendas entre 1939 e 1942, liderando uma das mais famosas big bands (grande grupo instrumental ligado ao Jazz).

Após estudar na Universidade de Colorado, em 1920, Alton transformara-se num trombonista profissional na banda de Ben Pollack.

Por volta de 1930, já era um reconhecido músico independente de Nova Iorque. Mais tarde, transformou-se num organizador de orquestras ligeira masculinas, sobretudo das dos irmãos Dorsey, iniciada em 1934, e de Ray Noble, organizada em 1935.

Depois de ter tentado formar a sua própria orquestra em 1937, sem sucesso, acabou por o conseguir no ano seguinte, e em finais de 1939 era já um famoso diretor de orquestra ligeira.

Entrou no exército americano durante a Segunda Guerra Mundial, tendo-lhe sido dado o posto de capitão, sendo promovido mais tarde a major e a diretor da banda da força aérea do Exército dos EUA na Europa.

Ao voar do Reino Unido para Paris, desapareceu, não tendo os corpos dos ocupantes  nem os destroços do avião em que viajava terem sido avistados ou recuperados.

Supõe-se, portanto, que tenha morrido na zona do Canal da Mancha, no dia 15 de dezembro de 1944.

MZ

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terça-feira, 26 de maio de 2020

Casos de Desaparecidos: Médico John Williams

Médico John Williams
John Cyprian Phipps Williams nasceu a 16 de novembro de 1922, em Wellington, na Nova Zelândia.

Formou-se em Ciências pela Victoria University of Wellington, na Nova Zelândia em 1945. E em Bacharel em Artes pela mesma instituição em 1947. Estudou Medicina na Escola de Medicina Otago em Dunedin e formou-se me 1953.

De 1954 a 1955, trabalhou como cirurgião no Hospital de Auckland e, após um período no Hospital Thames, trabalhou de 1956 a 1962 no Hospital de Auckland e no Hospital Greenlane.

Foi durante este período, que em 1961 publicou o seu artigo sobre a síndrome que receberia o seu nome. Ele notou um grupo de pacientes jovens com baixa estatura, características faciais elfas, problemas cardíacos, muito amigáveis e déficits cognitivos.

Foi nomeado consultor em cardiologia no Greenlane Hospital em 1963.

William era um homem de muitos interesses, incluindo música e literatura. Em 1967, em Londres, conheceu a poetisa neozelandesa Janet Frame, que era amiga de um amigo. Logo depois, Janet adoeceu com meningite viral e, após uma hospitalização, ela aceitou um convite para ficar com Williams enquanto convalescia. 

William e Janet desenvolveram alguma intimidade e ela escreveu mais tarde que "desfrutava imensamente da companhia dele e o admirava muito..."

Numa visita ao Reino Unido em 1969, Janet ficou com Williams novamente, usando o seu apartamento em Londres. Durante a sua visita, Williams propôs a Janet, perguntanto "Porque não formalizamos o nosso relacionamento?". Janet fugiu, sem esperar ou querer casamento. Quando voltou a Londres cerca de uma semana depois, Williams tinha desaparecido.

Amigos e colegas conheceram Williams na Europa, com as últimas reuniões ocorrendo em meados da década de 1970 em Salzburgo, Áustria.

Em 1972, Williams aceitou e depois recusou um posto no Hospital dos Santos dos Últimos Dias em Salt Lake City, Utah, EUA. Williams renovou o seu passaporte em Genebra em setembro de 1979.

A pedido da sua irmã, a Interpol tentou e não conseguiu encontrá-lo, e em 1988 Williams foi declarado "uma pessoa desaparecida que se presume estar morta desde 1978" pelo Alto Tribunal da Nova Zelândia. 

No entanto, o autor Michael King relata que Williams o contactou indiretamente em janeiro de 2000, pedindo que ele não fosse "discutido" na biografia de Janet Frame por Michael King.

MZ

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domingo, 24 de maio de 2020

Casos de Desaparecidos: Michael Rockefeller

Michael Rockefeller
Fonte: Public Radio East
Michael Clark Rockefeller, nasceu a 18 de maio de 1938. Filho de Mary Todhunter Rockefeller, e Nelson Rockefeller, governador de Nova Iorque. Michael tinha uma irmã gémea, Mary.

Estudou na Buckley School em Nova Iorque e formou-se na Phillips Exeter Academy em New Hampshire, onde era senador estudante e excecional lutador. Tirou um bacherelato com mérito na Harvard University, em História e Economia.

Em 1960 serviu durante seis meses como soldado no exército dos EUA e, em seguida, foi para o Museu Peabody de Arqueologia e Etnologia de Harvard, para estudar a tribo Dani, no oeste da Nova Guiné. 

A expedição filmou Dead Birds, um documentário etnográfico produzido por Robert Gardner, e para o qual Michael fez a gravação de voz.

Michael e um amigo deixaram brevemente a expedição para estudar a tribo Asmat, no sul da Nova Guiné. Depois de voltar para casa da expedição Peabody, Michael voltou à Nova Guiné para estudar a tribo e recolher arte desta tribo.
Michael Rockefeller na tribo
Fonte: atl.clicrbs.com.br
A 17 de novembro de 1961, Michael e o antropólogo holandês René Wassing estavam numa canoa de 12 metros a cerca de 5 km da costa, quando o seu pontão duplo foi afundado. Os seus dois guias locais nadavam pedindo ajuda, mas demorou a chegar.
René Wassing
Fonte: YouTube
Depois de algum tempo à deriva, no início de 19 de novembro, Michael disse a René "Acho que consigo" e nadou para a praia. 

O barco ficava a 19 km da costa quando ele tentou nadar, apoiando a teoria de que ele morreu de exposição, exaustão e/ou afogamento

René foi resgatado no dia seguinte, enquanto Michael nunca mais foi visto, apesar de um intenso e longo esforço de buscas.

Na época, o desaparecimento de Michael Rockefeller foi uma das principais notícias do mundo. O seu corpo nunca foi encontrado. Foi declarado morto legalmente em 1964.

Acredita-se que se afogou ou foi atacado por um tubarão ou crocodilo de água salgada. Como a caça à cabeça e o canibalismo ainda estavam presentes em algumas áreas de Asmat em 1961, também foi especulado que Michael pode ter sido morto e comido pelos membros das tribos de Asmat.

Em 1969, o jornalista Milt Machlin viajou para a ilha para investigar o desaparecimento de Michael. Ele descartou relatos de Michael viver como uma figura cativa ou como Kurtz na selva, mas concluiu que evidências circunstanciais apoiavam a ideia de que ele tinha sido morto.

Vários líderes da vila de Otsjanep, onde Michael provavelmente teria chegado se ele chegasse à costa, teriam sido mortos por uma patrulha holandesa, em 1958, fornecendo assim uma justificativa para a vingança da tribo contra alguém da "tribo branca". Nem o canibalismo nem a caça à cabeça em Asmat eram indiscriminados, mas faziam parte de um ciclo de vingança, por isso é possível que Michael tenha sido vítima inadvertida desse ciclo. O incidente é descrito como "Dance of the Warriors".

MZ

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sexta-feira, 22 de maio de 2020

Casos de Desaparecidos: Crianças Beaumont

Crianças Beaumont
Fonte: Minilua
As crianças Beaumont eram três irmãos:
- Jane Nartare Beaumont, nascida a 10 de setembro de 1956, tinha 9 anos
- Arnna Kathleen Beaumont, nascida a 11 de novembro de 1958, tinha 7 anos
- Grant Ellis Beaumont, nascido a 12 de julho de 1961, tinha 4 anos.

Viviam com os seus pais, Jim e Nancy Beaumont, em Harding Street, em Somerton Park, nos subúrbios de Adelaide.

Perto da sua casa havia um resort de praia famoso, Glenelg, que as crianças costumavam visitar.

No dia da Austrália, a 26 de janeiro de 1966, num dia quente de verão, as crianças apanharam um autocarro, uma viagem de cinco minutos, da sua casa para a praia.

Jane, a filha mais velha, era considerada responsável o suficiente para tomar conta dos irmãos mais novos, e os seus pais não se preocuparam.

Eles saíram de casa às 10 horas da manhã e deveriam voltar por volta das 14 horas. Os seus pais começaram a ficar preocupados quando eles não voltaram e chamaram a polícia às 19h30.

A polícia que investigou o caso encontrou várias testemunhas que tinham visto as crianças perto da praia na companhia de um homem alto loiro, de cara magra com um aspeto bronzeado, atlético com cerca de 30 anos.

As crianças estariam a brincar com ele e pareciam relaxadas e a divertirem-se. O homem e as crianças foram vistos a caminhar juntos ao sair da praia algum tempo depois, o que a polícia estimou ser por volta das 12h15 da tarde.

Um empregad de uma loja disse que Jane tinha comprado pastéis e uma torta de carne com uma nota de 1£.

A polícia viu isto como prova que tinham estado com outra pessoa, por duas razões. O lojista conhecia bem as crianças de outras visitas e disseram que elas nunca tinham comprado uma torta de carne antes. E a mãe das crianças tinha-lhes dado apenas moedas para o bilhete de autocarro e comida mas não lhes tinha dado uma nota de 1£. A polícia acreditava que lhes tinha sido dada por outra pessoa.

Outro testemunho foi dado por um carteiro, que conhecia bem as crianças, e que as terá visto por volta das 15 horas, a andarem sozinhas para fora da praia, ao longo da Jetty Road, na direção da sua casa. Ele disse que as crianças estavam "a dar as mãos e a rir".

A polícia só não conseguia perceber porque é que as crianças, normalmente respeitosas, que já estavam atrasadas com uma hora, estariam a brincar sozinhas e a parecerem pouco preocupadas.

Este foi o último avistamento confirmado das crianças. Foi sugerido que o carteiro se tivesse enganado no tempo exato em que as encontrou, e que na verdade as encontrou antes do meio-dia.

Os pais descreveram as crianças, particularmente Jane, como tímida. Para que elas estivessem a brincar tão intimamente com um estranho parecia algo fora do normal.

Os investigadores teorizaram que as crianças, possivelmente, tinham conhecido o homem durante a sua anterior visita ou visitas ao local e ganharam confiança nele.

Um pormenor observado em casa, que pareceu insignificante na altura, suporta esta teoria. Anna tinha dito à mãe que Jane tinha "um namorado na praia". A mãe das crianças pensou que ela estivesse a falar de um amigo de brincadeira e não ligou até ao momento do desaparecimento.

Meses depois, uma mulher reportou que na noite do desaparecimento, um homem, acompanhado por duas meninas e um menino, entrou numa casa da vizinhança que ela achava que estaria vazia. Mais tarde viu o rapaz a andar sozinho até um beco onde foi perseguido e agarrado rudemente pelo homem.

Na manhã seguinte a casa parecia estar vazia novamente, e ela não viu nem o homem nem as crianças novamente. A polícia não conseguiu estabelecer porque é que ela não deu esta informação mais cedo.

Avistamentos das crianças foram reportados cerca de um ano depois do seu desaparecimento. O caso atraiu atenção na Austrália e acredita-se que fez uma grande mudança no estilo de vida das pessoas. Os pais começaram a acreditar que as suas crianças já não estavam seguras.

Este caso também teve atenção internacional. A 8 de novembro de 1966, Gerard Croiset, um parapsicólogo e psíquico dos Países Baixos, foi levado até à Austrália, causando uma confusão nos media. A sua busca pelas crianças não teve sucesso, com a sua história a mudar de dia para dia e a não dar pistas. Ele identificou um local onde acreditava que os corpos das crianças tinham sido enterrados.

Na altura do seu desaparecimento era um edifício novo, e ele acreditava que os corpos deles estavam escondidos por baixo do cimento, dentro dos restos de um antigo forno de tijolos.

Os donos da propriedade, que estavam relutantes em escavar com base numa declaração de um psíquico, rapidamente cederam à pressão do público depois da publicidade ter angariado 40 mil dólares para o edifício fosse demolido.

Não haviam restos, ou provas que ligassem a algum membro da família Beaumont. A polícia estabeleceu que entre as três crianças eles levavam 17 objetos individuais, incluindo roupa, toalhas e malas, mas nenhum destes objetos foi encontrado.

Em 1996, o edifício identificado por Gerard Croiset foi parcialmente demolido e os donos permitiram uma busca total ao local. Novamente não havia rasto das crianças.

Cerca de dois anos depois do seu desaparecimento, os pais Beaumont receberam duas cartas supostamente escritas por Jane, e outra por um homem que dizia ter as crianças.

Os envelopes mostravam um posto dos correios de Dandenong, Victoria. As notas breves descreviam uma existência bastante agradável e referia-se ao "homem" que a tinha.

A polícia achou, na altura, que as cartas podiam muito bem ser autênticas depois de as comparar com outras coisas escritas por Jane. Na carta do "homem" dizia-se que se tinha apontado a si mesmo como "guardião" das crianças e que estava disposto a devolvê-las aos pais. Na carta mencionava um local de encontro.

Os pais das crianças, seguidos por um detetive, foram até ao local designado mas ninguém apareceu. Foi algum tempo depois que uma segunda carta, também supostamente de Jane, chegou. Dizia que o homem estava disposto a devolvê-la mas quando se apercebeu que também estava lá um detetive disfarçado, achou que os Beaumont tinham traído a sua confiança e que iria continuar com as crianças.

Não apareceram mais cartas. Cerca de 25 anos depois, novas análises forenses às cartas mostraram que havia uma evidência. A tecnologia das impressões digitais tinha melhorado e o autor foi identificado como um homem de 41 anos que era um adolescente na altura e tinha escrito as cartas por piada. Devido ao tempo que tinha passado, não foi acusado de nada.

Em novembro de 2013, uma fábrica em North Plympton foi escavada no seguimento de uma pista sobre as crianças Beaumont. Um radar de penetração no solo encontrou "uma pequena anomalia, que podia indicar movimentos ou objetos no solo", mas a escavação não encontrou evidências adicionais e a investigação no local foi fechada.

Ao longo do tempo houve alguns suspeitos. As investigações levaram a polícia ao contabilista, de 37 anos, Bevan Spencer von Einem, que tinha 21 anos na altura do desaparecimento. As testemunhas começaram a chegar, muitas dizendo ter medo pelas suas vidas e a falar de uma sociedade secreta importante sedada em Adelaide de homens profissionais que perseguiam jovens, drogando-os, violando-os e por vezes matavam-nos. Von Einem foi acusado apenas pelo homicídio de Richard Kelvin.
Suspeito Bevan Spencer von Einem
Fonte: The Advertiser
Uma testemunha relatou uma alegada conversa com Bevan em que ele se gabava de ter levado três crianças de uma praia há vários anos, e disse que as levou para casa para fazer experiências. Ele disse que tinha feito uma "brilhante cirurgia" numa delas, e tinha "ligado-as". Umas das crianças tinha morrido durante a cirurgia e por isso matou as outras duas, largando os seus corpos numa zona de arbustos a sul de Adelaide. A polícia não tinha considerado a ligação de Bevan com as crianças, mas de alguma forma ele coincidia com as descrições e rascunhos da polícia de 1966.

Outro suspeito foi nomeado em 1998 e chamava-se Arthur Stanley Brown. Na altura com 86 anos, foi acusado dos homicídios das irmãs Judith e Susan Mackay em Townsville. Elas desapareceram enquanto iam para a escola no dia 26 de agosto de 1970, e os seus corpos foram encontrados alguns dias depois num caminho de pedras. Ambas as raparigas tinha sido estranguladas. O julgamento de Brown, em julho de 2000, foi adiado depois do seu advogado ter recorrido a um veredicto da secção 613 (inadequado para julgamento) do júri. Ele nunca foi julgado novamente porque sofria de demência e Alzheimer. Brown morreu em 2002.
Suspeito Arthur Stanley Brown
Fonte: Grafton Daily Examiner
Assim como Bevan, Arthur é considerado o melhor suspeito pelo rapto das crianças Beaumont porque tinha uma semelhança com o retrato do suspeito de ambos os casos de Adelaide e as crianças Beaumont. Uma busca por uma ligação com os Beaumont foi sem sucesso porque não existiam registos de empregos que mostrassem os seus movimentos na altura.

Apesar de não existir provas de alguma vez Arthur ter visitado Adelaide, uma testemunha lembra-se de ter uma conversa com ele onde ele mencionava ter visto o Centro de Festivais de Adelaide perto de estar completo, o que o coloca em Adelaide em junho de 1973. O rapto do estádio ocorreu no dia 25 de agosto de 1973. No entanto, não foram encontradas provas que ligassem Arthur a Adelaide em 1966 quando as crianças Beaumont foram raptadas.

No início dos anos 70, James O'Neill, que estava a cumprir prisão perpétua em 1975 pelo homicídio de uma criança de 9 anos na Tasmânia, disse a um proprietário da estação em Kimberley e a vários outros colegas que era responsável pelo desaparecimento das crianças Beaumont.

O anterior detetive vitoriano Gordon Davie passou três anos a falar com James para ganhar a sua confiança. Gordon disse que apesar de não existirem provas que ligassem James ao desaparecimento das crianças Beaumont, ele tentou levar James a assumir a culpa: "Eu perguntei-lhe sobre os Beaumont e ele disse: 'Eu não o poderia ter feito. Eu estava em Melbourne na altura'. Isso não é uma negação". Mais tarde, questionado novamente sobre a morte dos irmãos, ele respondeu "Olhem, por conselhos legais eu não vou dizer onde estava nem quando estive lá". Apesar das declarações de James de nunca ter estado em Adelaide, o seu trabalho na idústria na altura precisava que ele visitasse com frequência Coober Pedy e as estradas para viajar de Melbourne para Coober Pedy e passava por Adelaide.

A 22 de abril de 2007, um relatório no jornal The Age sugeria que as crianças Beaumont tinham sido mortas por Derek Percy, na altura prisioneiro de Victoria. Derek esteve na prisão até à sua morte em 2013, depois de ter sido dado como inocente por insanidade pelo homicídio de Yvonne Tuohy em 1969. O jornal alegava que as provas acumuladas pelos investigadores de casos arquivados indicavam que ele era um suspeito provável por um número de homicídios de crianças por resolver, incluindo as Beaumont.

A sua declaração de insanidade no homicídio de Yvonne Tuohy foi em parte baseada no seu sofrimento de uma condição psicológica que poderia preveni-lo de se lembrar dos detalhes das suas ações. Era suposto que indicasse que talvez tivesse morto as crianças Beaumont, uma vez que estava na zona na altura, mas ele não se lembrava de o ter feito.

No dia 30 de agosto de 2007, a polícia conseguiu uma permissão para questionar Derek Percy em relação ao desaparecimento das crianças Beaumont.

Em 1966, Percy tinha 17 anos e por isso aprecia muito jovem para ser o homem visto com as crianças Beaumont por várias testemunhas. Também não se sabe se Percy tinha um carro na altura, enquanto que presumia-se que o suspeito das crianças Beaumont tinha acesso a um para facilitar uma fuga rápida e também para se livrar dos corpos das crianças mais tarde.

Os pais das crianças Beaumont receberam muita simpatia do público australiano. Nunca foi sugerido publicamente que as crianças não deveriam ter sido autorizadas a viajar sem supervisão, ou que os seus pais tinham sido negligentes, simplesmente porque na sociedade australiana da altura era dado por garantido que era seguro e aceitável.

O casal ficou na sua casa de Somerton Park durante muitos anos. A mãe, em particular, ficou com a esperança que as crianças voltassem e disse em entrevistas que seria "terrível" se as crianças voltassem para casa e não encontrassem os pais à espera deles.

Depois de muitos anos, quando novos meios e teorias surgiram, os Beaumont cooperaram inteiramente explorando todas as possibilidades, fosse que as crianças tinham sido raptadas por um culto religioso e que viviam tanto na Nova Zelândia, como em Melbourne ou Tasmânia, fosse alguma pista que sugerisse um possível local de enterro das crianças.

Mais tarde, o casal vendeu a sua casa e mudou-se.  Depois divorciaram-se. Diz-se que aceitaram que a verdade pode nunca ser descoberta, e resolveram viver os seus últimos dias fora da atenção do público que os seguiu durante décadas.

Os pais das crianças ficaram devastados em 1990 quando os jornais publicaram fotografias digitais de como as crianças pareceriam enquanto adultos. As imagens, publicadas contra os seus desejos, causaram um movimento de simpatia do público.

Em setembro de 2019, a mãe das crianças, Nancy, faleceu aos 92 anos de idade, sem saber o desfecho do desaparecimento dos seus três filhos.

MZ

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quarta-feira, 20 de maio de 2020

Casos de Desaparecidos: Cheryl Grimmer

Cheryl Grimmer
Fonte: Daily Mail
Cheryl Grimmer, nascido em 1966, em Knowle, na Inglaterra, foi uma criança que foi sequestrada a 12 de janeiro de 1970 em Fairy Meadow Beach, em Wollongong, na Austrália.

Na manhã de 12 de janeiro de 1970, a família Grimmer foi à praia em Fairy Meadow, exceto o pai, Vince, que trabalhava como sapador para o exército australiano.

Quando o tempo mudou, às 13h30, a mãe, Carole, decidiu que era altura de voltar para casa. Todas as crianças, Ricki de 7 anos, Stephen de 5 anos, Paul de quatro anos e Cheryl, foram juntas à casa-de-banho, enquanto Carole arrumava as coisas.
Cheryl (terceira a partir da esquerda) e os irmãos
Fonte: Fox News
Ricki voltou até à mãe dez minutos depois, dizendo que Cheryl estava a recusar-se a sair do chuveiro. Ela voltou com Ricki até ao chuveiro e descobriram que Cheryl tinha desaparecido.

Não havia nenhum telefone perto, então Carole foi até a uma casa próxima, na Elliotts Road, e pediu para que ligassem para a polícia.

Na altura, testemunhas afirmaram que um homem tinha sido visto a segurar em Cheryl para beber numa fonte de água e depois fugiu com ela enrolada numa toalha. As alegações são agora consideradas improváveis.

O irmão de Cheryl, Ricki, lembrou-se de pegar a sua irmã para que ela bebesse da fonte e, então, acreditava-se que as testemunhas tinham confundido as duas ocorrências. Também foi alegado que ela foi vista num carro branco.

O desaparecimento da menina provocou uma enorme caçada humana. Um dia após o início das investigações, a Polícia de Nova Gales do Sul anunciou que tinham teorias sobre o paradeiro de Cheryl: que ela estava escondida e adormeceu, que tinha ido para o mar e levada pelas correntes ou tivesse sido sequestrada.

No terceiro dia, a polícia recebeu uma nota exigindo 10 mil dólares e afirmando que a criança estava bem. Eles arranjaram o dinheiro, mas o sequestrador nunca apareceu, apesar da polícia acreditar sinceramente que a nota era credível.

Embora a polícia tivesse três suspeitos principais, nenhum pôde ser identificado positivamente como o homem que a testemunha viu. Pouco menos de 18 meses após o desaparecimento de Cheryl, em 1971, um adolescente local, então com 15 ou 16 anos, confessou ter sequestrado e matado a menina.

O homem deu uma visão geral do que ocorreu naquele dia, descrevendo um portão de aço, um guarda de gado, uma trilha e um pequeno riacho perto da cena do assassinato. Ele levou a polícia a uma esquina das estradas de Brokers e Balgownie e alegou que o corpo estava enterrado lá, mas observou que a área passou por um desenvolvimento residencial e, portanto, ele não podia ter a certeza.

A polícia entrevistou o proprietário da propriedade, que contradiz a descrição do suspeito e afirmou que não havia guarda de gado no local no momento do assassinato e que nunca houve um portão de aço de qualquer tipo.

Estas inconsistências acabaram levando a polícia a concluir que a sua confissão era falsa, com um relatório policial na época, escrito pelo detetive sargento Phillip Findlay, afirmando: "No geral, considera-se que, sem algumas evidências materiais, para conectá-lo diretamente à criança desaparecida, não seria desejável tomar nenhuma ação contra ele em relação a esse assunto no momento."

Apesar dos inúmeros apelos e uma recompensa de 5 mil euros pelo governo de New South Wales, não houve avanços no caso e este acabou por ir arrefecendo.

A família era natural de Inglaterra, e como o caso ficou famoso na Austrália, a família mudou-se de volta para a Inglaterra dez anos depois, para escapar da notoriedade.
A família Grimmer depois do desaparecimento de Cheryl
Nos anos 2000, o ministro da polícia de Nova Gales do Sul, Michael Gallagher, declarou que é perfeitamente possível que Cheryl e o seu sequestrador estejam mortos, mas expressaram esperança de que alguém soubesse a verdade. Também disse que a menina pode estar viva e livre e incentivou qualquer um que acreditasse ser ela que se apresentasse.

Uma das características de Cheryl que foi citada como um possível identificador foi um umbigo que se projetava um centímetro devido a uma condição médica, que pode ou não ter sido corrigida por cirurgia.

Em 2008, uma mulher acreditava que ela poderia ser Cheryl, mas, depois de enviar uma amostra da sua saliva, provou não corresponder ao ADN de Cheryl.

Em maio de 2011, um legisla determinou formalmente que Cheryl tinha morrido logo após desaparecer devido a uma causa indeterminada e recomendou que a polícia reabrisse a investigação. Carole Grimmer afirmou que acreditava que a sua filha ainda estava viva.

Em resposta, a polícia divulgou uma recompensa de 100 mil dólares por informações sobre o desaparecimento de Cheryl e os detetives de Wollongong e a Equipa de Homicídios Não Resolvidos do Departamento de Homicídios, combinaram esforços numa nova investigação chamada "Strike Force Wessell". Logo após a reabertura da investigação, os pais de Cheryl morreram sem saber o que aconteceu com a filha.

Em 2016, uma revisão das evidências foi realizada e todas elas, incluindo declarações de testemunhas, foram digitalizadas pela primeira vez. A revisão descobriu muitas pistas e trouxe à tona informações que pareciam não ter sido seguidas suficientemente na investigação original, particularmente na confissão de 1971.

A polícia voltou para a propriedade onde o adolescente alegou ter cometido o assassinato e questionou o filho do proprietário que, contrariando o pai, disse que o guarda de gado estava "certamente" naquele local na época e que ele também se lembrava do portão de aço, como uma trilha que levava a um riacho.

A polícia anunciou no final de 2016 que três testemunhas se tinham apresentado e lembrado de um adolescente que passeava pelos chuveiros e que eles tinham uma pista credível de um homem que foi visto a levar a criança de cabelos louros no momento do desaparecimento da menina. A polícia observou que ele já deveria ter mais de 60 anos e apelou para que ele se apresentasse.

Em janeiro de 2017, a polícia voltou a sua atenção para a Escola de Treinamento para Meninos Mount Penang, uma escola de reforma que se acreditava que o suspeito frequentava no início dos anos 70. Eles sugeriram que eles os poderiam ajudar.

A 23 de março de 2017, foi anunciado que um homem tinha sido preso no subúrbio de Melbourne, às 13 horas do dia anterior e foi acusado pelo sequestro e assassinato de Cheryl e preso no Complexo Correcional de Silverwater.

A polícia afirmou que é improvável que o corpo de Cheryl seja encontrado, pois houve um desenvolvimento substancial da área antes rural nos 47 anos desde o sequestro.

Em abril de 2017, a polícia de Nova Gales do Sul anunciou que estava a tentar rastrear uma família que testemunhou no dia do sequestro. Logo após o desaparecimento de Cheryl, a família mudou-se para Papua Nova Guiné e depois voltou para a sua terra natal na Inglaterra. A Interpol ajudou no rastreamento de esforços, eventualmente encontrando-os, esperava-se que os seus testemunhos fossem cruciais no processo judicial.

Em maio de 2017, foi revelado que o suspeito que foi preso em março era a mesma pessoa que confessou o sequestro e o assassinato de Cheryl em 1971 e que foi tida em conta devido a inconsistências. O acusado foi um homem de 63 anos que nasceu na Grã-Bretanha e estava na Austrália desde o final da década de 60.

Na sua declaração original de 1971, o homem, que supostamente disse aos médicos em 1970 que tinha "vontade de se matar e matar outras pessoas", disse que após o sequestro, ele se escondeu com a criança num ralo próximo por cerca de 35 minutos, amordaçando-a com um lenço e amarrando as mãos atrás das costas com um atacador.

Depois de sair do ralo, ele levou-a por 3km a pé até ao subúrbio de Balgownie, onde, segundo o promotor Emilija Beljic, ele pretendia ter relações sexuais com a criança. O acusado negou a última alegação, chamado de "parva".

Na confissão original do homem, ele disse à polícia que, depois que ele tirou a mordaça a menina começou a gritar, ele colocou as mãos em volta do pescoço dela e disse para ela se calar, eventualmente estrangulou-a até à morte.

Aparentemente, entrou em pânico, tirou as roupas da menina e colocou "arbustos e terra" sobre o corpo antes de voltar para a praia de Fairy Meadow.

A confissão também incluía informações que o homem não poderia saber sem estar presente na praia na altura do sequestro. Tais detalhes incluem uma descrição da roupa de banho que a menina usava e da toalha branca que ela tinha, além de mencionar o facto de que alguém pegou a menina para que ela pudesse beber água, que o seu irmão Ricki confirma que fez.

A defesa argumentou que o acusado estava significativamente doente mental no momento da confissão e, portanto, é inadmissível no tribunal. Alegam que ele também fez outra confissão, pelo assassinato de um guarda de prisão, que se determinou ser falsa.

O seu julgamento deveria ocorrer no Supremo Tribunal de Nova Gales do Sul em maio de 2019, no entanto, o juiz da Suprema Corte de Nova Gales do Sul declarou que algumas das evidências eram inadmissíveis no caso e, portanto, a acusação contra o suspeito foi retirada em fevereiro de 2019.

MZ

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segunda-feira, 18 de maio de 2020

Casos de Desaparecidos: Katrice Lee

Katrice Lee
Fonte: The Sun
Katrice Lee nasceu a 28 de novembro de 1979 em Rinteln, na Alemanha Ocidental.

No dia do seu segundo aniversário, em 1981, a família decidiu ir ao centro comercial NAAFI nas proximidades de Schloß Neuhaus para comprar coisas para a sua festa de aniversário.

A irmã mais velha de Katrice, Natasha, decidiu que não queria ir às compras, então ficou em casa com o seu tio Cliff, enquanto os seus pais, Katrice e a sua tia Wendy foram às compras. O pai, Richard, as levou até NAAFI e esperou por elas no estacionamento.

O dia era o último dia de pagamento antes do Natal, então o centro comercial estava excecionalmente ocupado. Katrice decidiu que não queria andar no carrinho das compras, então ia ao colo da sua mãe pelo supermercado.

Ao ir para a caixa, a mãe a colocou na caixa, e a sua mãe, Sharon, saiu brevemente da caixa para ir buscar mais qualquer coisa. A sua tia Wendy achou que Katrice tinha seguido a sua mãe pelo corredor, mas ela desapareceu.

O seu pai, Richard Lee, era sargento-mor nos 15/19 dos Royal Hussars do exército britânico, na Alemanha Ocidental. Então assim que a filha desapareceu foi a polícia militar que se envolveu nos comandos da investigação, mas teve que negociar com a polícia civil alemã porque o prédio da NAAFI estava dentro de uma cidade alemã, não em instalações militares.
Katrice com os pais e a irmã, Natasha
Fonte: Daily Mail
Tanto a polícia militar quanto a alemã acreditavam que Katrice tinha caído no rio Lippe e se afogado, mas nenhum corpo foi encontrado. A polícia alemã recusou-se a ir à imprensa, e levou seis semanas para que alguma coisa aparecesse no jornal local.

A investigação produziu muito poucos resultados e, apesar de drenarem o rio e conduzirem investigações de casa em casa, nenhum vestígio da menina foi encontrado.

A menina tinha cabelos castanhos claros encaracolados, olhos castanhos, com uma marca de nascença rosa levemente à direita da base da coluna, que parecia uma erupção cutânea, e estrabismo no olho esquerdo.

Na altura do seu desaparecimento estava a usar um vestido axadrezado azul e verde com babados em volta dos ombros, com uma blusa branca por baixo e collants brancas, tinha um casaco de lona turquesa e umas botas de borracha vermelhas.

Apesar da família viver na Alemanha, eles eram britânicos e a menina só sabia falar inglês.

A polícia reabriu o caso em 2000, depois que a tecnologia digital os ajudou a formar uma imagem de como ela poderia ser naquela altura. Surgiram pessoas que nunca tinham sido entrevistadas, incluindo um jovem que estava atrás da família na caixa de supermercado e uma das senhoras da caixa.

Uma mulher também diz que o seu namorada da altura, que estava no mesmo regimento que o pai de Katrice, lhe confessara ter assassinado a menina. O homem que agora morava na Nortúmbria, na Escócia, a polícia o interrogou, mas ele negou. A mulher que deu esses detalhes morreu pouco depois. A polícia militar disse à família que achava que esta mulher era provavelmente uma fantasiosa.

Aconteceram três possíveis avistamentos da menina, depois que a sua história apareceu no programa de televisão da BBC Missing Livi, onde durante o programa uma exibição digital da sua possível aparência de Katrice aos 29 anos de idade foi mostrada.
Progressão da imagem de Katrice Lee
Fonte: Twitter
Natasha Lee, irmã mais velha de Katrice, apareceu no Crimewatch para chamar a atenção para o caso, após o qual uma mulher anónima telefonou e deixou uma mensagem na secretária eletrónica de Richard Lee, a dizer "procure a sua filha na França".

A polícia retirou a fita da secretária eletrónica, mas não tinha mais nada para investigar.

Uma linha de investigação seguida pela polícia sugere que Katrice foi intencionalmente sequestrada no centro comercial e possivelmente foi criada por outra família na Alemanha, no Reino Unido ou em qualquer outro lugar na Europa, sem saber da sua verdadeira identidade.

A menina tinha uma condição distinta no seu olho esquerdo que exigiria duas operações médicas para as corrigir, eles apelavam para que o pessoal médico com conhecimento destas operações se apresentasse se tivesse operado uma criança com aquelas características.

Em abril de 2018 foi anunciado que a polícia militar britânica, em conjunto com a polícia alemã, passaria cinco semanas a realizar buscas forenses nas margens do rio Alme. A pesquisa não descobriu nada de novo. No entanto, em setembro de 2019, um homem que vive em Swindon, na Inglaterra, foi preso pelo seu desaparecimento.

MZ

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sábado, 16 de maio de 2020

Casos de Desaparecidos: Inventor William Cantelo

Inventor William Cantelo
Fonte: Alchetron
William Cantelo, nascido em 1839, em Newport, na Inglaterra, foi um inventor, creditado pelo desenvolvimento de uma metralhadora antiga.

William era casado e tinha três filhos. Na década de 1870, tinha uma loja na French Street em Southampton e era proprietário do Old Tower Inn.

O desenvolvimento de novas armas de tiro estava a tornar-se, na altura, uma área muito disputada pelos inventores. As forças armadas de vários países procuravam garantir as armas mais poderosas, e havia um grande potencial para um inventor conseguir um contrato governamental altamente lucrativo.

As metralhadoras foram usadas pela primeira vez durante a Guerra Civil Americana, e as metralhadoras Gatting, Nordenfelt e Gardner começaram a ganhar popularidade. Cantelo também queria a sua própria participação na revolução.

Em baixo do seu pub Old Tower Inn tinha um túnel que William usava para as suas experiências e mais tarde foi acompanhado pelos seus filhos, ambos engenheiros. Os moradores relataram ouvir barulhos vindos de lá, mas a família manteve o seu trabalho em segredo. No início da década de 1880, William anunciou a conclusão da arma para a sua família.

Existem divergências quanto ao seu desaparecimento, alguns relatos dizem que William foi passar férias prolongadas como recompensa pelo seu trabalho árduo ou pode ter ido vender a sua invenção. Alega-se também que uma grande soma de dinheiro de William tenha sido transferida da sua conta bancária após o seu desaparecimento.

A sua família tentou encontrá-lo, mas sem sucesso. Contrataram um investigador particular, que o localizou na América, mas não conseguiu descobrir mais nada.

Existem especulações que William possa ter mudado de identidade. Um inventor americano, de nome Hiram Maxim, mudou-se para Londres e aperfeiçoou uma metralhadora. Os dois filhos de William depararam-se com uma fotografia de Hiram Maxim, cuja semelhança com o pai os levou a acreditar que ele ainda estava vivo e que tinha assumido uma nova identidade.

As descrições da arma pareciam com as que eles tinham trabalhado. Os filhos tentaram desafiar Maxim, mas ele nunca quis fazer nada com eles. E a arma Maxim foi vendida ao governo britânico.

O nome "Maxim", segundo a família, era uma evidência de que William tinha mudado de identidade. Apaixonado por Maxim (filosofias), William muitas vezes tinha um livro com essas frases no bolso.

Duas testemunhas também afirmaram que William se referiu à sua invenção como "a minha arma «maxim»".

Hiram Maxim está enterrado no cemitério de West Norwood, no bairro londrino de Lambeth.

MZ

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quinta-feira, 14 de maio de 2020

Casos de Desaparecidos: Navegador Henry Hudson

Navegador Henry Hudson
Fonte: Britannica
Henry Hudson (1550-1611) foi um navegador e explorador inglês.

Henry fez duas expedições nos mares árticos, em 1608 e 1609, para descobrir uma passagem para a China, pelo nordeste ou noroeste.

Na viagem de 1609, que navegaram pela costa atlântica, os navios de Hudson navegaram por um grande rio, que mais tarde receberia o seu nome, mas voltaram quando decidiram que não era o canal que procuravam.

Na sua quarta e última viagem, realizada para a Inglaterra em 1610-11, a sua tripulação enfrentava as duras condições de inverno, sem saída para o Pacífico à vista, alguns tripulantes ficaram inquietos e hostis, suspeitando que Hudson acumulasse rações para dar aos seus favoritos.

Em junho de 1611, quando a expedição começou a voltar para a Inglaterra, os marinheiros Henry Greene e Robert Juet lideraram um motim. Agarrando Hudson e o seu filho, eles deixaram-nos à deriva na Baía de Hudson num pequeno barco salva-vidas aberto, junto com outros sete homens que estavam doentes com escorbuto.

Desde então nunca mais se soube nada de Henry Hudson.

MZ

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terça-feira, 12 de maio de 2020

Casos de Desaparecidos: Irmãos Sodder

As crianças Sodder desaparecidas no incêndio
Fonte: YouTube
Na véspera de Natal de 1945, um incêndio destruiu a casa da família Sodder em Fayetteville, West Virgínia, EUA.

Na altura, os habitantes da casa eram George Sodder, a sua mulher Jennie, e nove dos seus dez filhos. Durante o incêndio, George, Jennie e quatro dos nove filhos escaparam.

A família encontrava-se a comemorar o Natal. A filha mais velha Marion que trabalhou numa loja de Fayetteville, e surpreendeu três das suas irmãs mais novas, Martha de 12 anos, Jennie de 8 e de Betty de 6 anos, com brinquedos novos. As crianças ficaram de tal forma entusiasmadas que pediram à mãe para ficarem acordados até mais tarde naquele dia.

Às 22 horas, Jennie deu-lhes permissão para ficarem acordados até um pouco mais tarde, desde que os dois rapazes que ainda estavam acordados, Maurice de 14 anos, e Louis de 10 anos, não se esquecessem de guardar as vacas e alimentar as galinhas antes de irem para a cama.

O pai e os filhos mais velhos, John de 23 anos e George Jr. de 16 anos, que tinham passado o dia a trabalhar com o pai, já estavam a dormir. Depois de dizer aos filhos para não se esquecerem das suas tarefas, a mãe colocou a sua filha Sylvia, de 2 anos na cama e foi dormir.

O telefone tocou à 00h30 e Jennie foi até ao andar de baixo para atender. Ouviu a voz de uma mulher que não reconheceu a pedir para falar com uma pessoa que não conhecia, ao mesmo tempo que ouvia risos e copos a tilintar no fundo. Jennie disse à pessoa ao telefone que se tinha enganado no número e, mais tarde, lembrou-se que a pessoa tinha um "riso estranho". Desligou e voltou para a cama.

Quando voltou para a cama, reparou que as luzes ainda estavam ligadas e que as cortinas não estavam corridas, duas coisas que, normalmente, as crianças faziam sempre que iam para a cama depois dos pais. Marion tinha adormecido no sofá, por isso, Jennie presumiu que as outras crianças que tinham ficado acordadas até mais tarde tinham ido para o sótão, onde dormiam. Correu as cortinas, apagou as luzes e voltou para a cama.

À 1 hora da manhã, Jennie acordou novamente com o som de um objeto a bater no telhado da casa com um estrondo e depois a rebolar pelo telhado. Depois de não ouvir mais nada durante algum tempo, voltou a adormecer, mas acordou mais uma vez meia hora depois quando sentiu o cheiro a fumo.

Quando se levantou novamente, viu que o escritório de George estava a arder à volta da linha telefónica e do quadro de distribuição. Jennie foi então acordar o marido que, por sua vez, acordou os filhos mais velhos.

Tanto os pais como quatro dos seus filhos - Marion, Sylvia e os dois rapazes mais velhos, conseguiram fugir da casa. A família chamou desesperadamente pelas crianças que estavam no sótão, mas não obtiveram qualquer resposta, nenhum deles podia voltar porque as escadas já estavam a arder.

John Sodder disse no seu primeiro interrogatório policial que foi até ao sótão para avisar os irmãos e que os encontrou a dormir lá, mas, mais tarde, mudou a sua história e disse que apenas os chamou do andar de baixo e não os chegou a ver.

Os esforços para encontrar ajuda e salvar as crianças foram inesperadamente complicadas. O telefone não funcionava, por isso Marion correu até à casa de um vizinho para chamar os bombeiros.

Um homem que estava a conduzir numa estrada próxima também viu as chamas e ligou aos bombeiros a partir de uma taberna local, no entanto, nenhum dos dois conseguiu concluir a chamada, um porque não conseguiu falar com um operador e o outro porque o telefone estava avariado.

Ou o vizinho ou o condutor que estava de passagem acabariam por conseguir fazer a chamada para os bombeiros mais tarde, a partir de um telefone no centro da cidade.

George trepou pela parede e abriu uma janela do sótão, acabando por cortar o braço enquanto o fazia. Ele e os filhos queriam usar uma escada para subir até ao sótão e resgatar as outras crianças, mas a escada não estava encostada à parede como de costume e não foi possível encontrá-la em lado nenhum.

Um barril de água que podia ter sido usado para ajudar a apagar o fogo estava com a água congelada.

O pai também tentou colocar os dois camiões que usava no seu negócio ao pé da casa e utilizá-los para subir até ao sótão, mas não conseguiu ligar nenhum dos dois, apesar de nenhum ter dado problemas no dia anterior.

Frustrados, os sobreviventes ficaram sem opções e limitaram-se a ver a casa a arder por completo e a colapsar no período de 45 minutos. Assumiram que os cinco filhos que ficaram na casa tivessem morrido.

Os bombeiros, que tinham pouco pessoal por estarem em período de guerra só chegaram na manhã seguinte. O chefe F. J. Morris disse no dia seguinte que a resposta, que normalmente já era lenta, tinha sido atrasada pelo facto de ele não saber conduzir o carro dos bombeiros, o que o obrigou a esperar por alguém que soubesse.

Os bombeiros, um dos quais era irmão de Jennie, já não puderam fazer muito mais além de analisar as cinzas que sobraram na cave da casa. Às 10 horas, Morris disse à família que não encontraram corpos nenhuns, algo que seria de esperar se as restantes crianças estivessem realmente dentro da casa quando esta ardeu.

Segundo outra testemunha, chegaram a encontrar-se fragmentos de ossos e órgãos internos, mas os bombeiros preferiram não informar a família, no entanto profissionais em incêndios mais modernos realçaram que, quanto muito, os bombeiros só poderiam ter feito buscas superficiais. Apesar de tudo, Morris era da opinião que as cinco crianças desaparecidas tinham morrido no incêndio, sugerindo que as temperaturas tinham sido altas o suficiente para queimar completamente os corpos.

O chefe dos bombeiros pediu a George para não mexer no local do incêndio até que o departamento de incêndio pudesse fazer uma investigação mais aprofundada. No entanto, quatro dias depois, nem ele nem a sua mulher conseguiam olhar para o local, então George deitou 1,5 metros de terra por cima das cinzas com a intenção de transformar o local num jardim em memória das crianças.

O médico legista local convocou um inquérito no dia seguinte que chegou à conclusão de que o incêndio se tinha tratado de um acidente local causado por uma "avaria no sistema elétrico". Entre os jurados que confirmaram esta conclusão encontrava-se o homem que tinha ameaçado George Sodder que a sua casa seria incendiada e os seus filhos "destruídos" por causa das críticas que tinha feito a Mussolini.

As certidões de óbito das crianças foram emitidas a 30 de dezembro. O jornal local publicou uma notícia contraditória, afirmando na mesma notícia que todos os corpos tinham sido encontrados só para, mais tarde, referir qe apenas se tinha descoberto uma parte de um corpo.

Os corpos das outras cinco crianças nunca foram encontrados. Durante o resto das suas vidas, a família Sodder acreditou que as cinco crianças cujos corpos não foram encontrados tinham conseguido sobreviver ao incêndio.

A família acreditou que tinham sobrevivido devido a uma série de circunstâncias invulgares que ocorreram antes e durante o incêndio. A conclusão dos bombeiros foi de que o fogo tinha sido de origem elétrica, tendo afirmado que o sistema elétrico da casa tinha sido renovado e inspecionado pouco tempo antes.

Os pais desconfiavam que a verdadeira causa tinha sido fogo posto, o que os levou à teoria de que os seus filhos tinham sido raptados pela Máfia Siciliana, talvez como um ato de retaliação pelo facto de George criticar abertamente Benito Mussolini e o governo fascista que exercia funções no seu país natal, a Itália.

Embora o Estado e a polícia federal se tenham esforçado por investigar o caso com mais atenção durante a década de 1950, nunca foi encontrada mais informação.

No entanto, durante a década de 60, a família recebeu uma fotografia que acreditavam ser de um dos rapazes, já adulto.
Fotografia que a família recebeu em 1967 e acreditaram tratar-se de Louis, já adulto
Fonte: Wikipédia
A casa nunca foi reconstruída, a família preferiu transformar o local num jardim memorial em honra dos seus filhos desaparecidos.

Na década de 1950, quando começaram a duvidar de que os filhos tinham morrido, colocaram um cartaz no local, visível a partir da State Route 16 com fotografias das cinco crianças, no qual ofereciam uma recompensa a quem tivesse informações que pudessem ajudar a resolver o caso. Permaneceu no mesmo local até pouco depois de Jennie Sodder falecer no final da década de 80.

Tanto a única filha sobrevivente do casal como os seus netos têm continuado a divulgar o caso na comunicação social e nas redes sociais.


MZ

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domingo, 10 de maio de 2020

Casos de Desaparecidos: Amy Lynn Bradley

Vamos iniciar uma nova "série" de post's, vamos falar de casos de desaparecidos ainda por resolver.


Amy Lynn Bradley
Fonte: Amy Lynn Bradley
Amy Lynn Bradley tinha 23 anos quando estava num cruzeiro nas Caraíbas, Rhapsody of the Seas, abordo do navio Royal Caribbean International, em 1998.

A 21 de março de 1998, Amy, os seus pais, Ron e Iva, e o irmão Brad foram de férias para o cruzeiro, durante uma semana.
Amy Bradley com o irmão e os pais no cruzeiro
Fonte: Cruise Law News
Após três dias de cruzeiro, Amy foi a uma discoteca do barco e bebeu umas bebidas com a banda que estava a atuar na discoteca. Segundo o vocalista, a jovem foi embora por volta da 1 hora da manhã.

O seu pai afirmou que viu a filha a dormir na varanda da cabine por volta das 5h15 e 5h30 da madrugada, entretanto, ao acordar às 6 horas ela já não estava lá.

Assim que foi comunicado o desaparecimento de Amy, o navio foi atracado para que se começasse as buscas. Amy foi procurada em todas as partes do navio e no mar, mas não haviam vestígios do seu paradeiro.

As buscas por Amy, realizadas pela Guarda Costeira das Antilhas Holandesas, duraram quatro dias e terminaram no dia 27 de março.

No entanto, a Royal Caribbean Cruise Lines decidiu continuar com as buscas. Assim, alugaram um barco para procurar por Amy, no entanto, não encontraram respostas e o terminaram as buscas no dia 29 do mesmo mês. Segundo os investigadores, não haviam evidências de que Amy se tinha suicidado ou caído no mar.

Entre 1998 e 1999, três pessoas afirmaram ter visto Amy. Na primeira vez, dois turistas canadianos relataram terem encontrado uma mulher que tinha tatuagens idênticas às de Amy, numa praia em Curaçau.

A segunda vez que tiram visto Amy foi num bordel, onde um membro da Marinha dos EUA conversou com uma pessoa que afirmava ser Amy Bradley. A mulher misteriosa teria afirmado que era mantida ali contra a sua vontade, e que não tinha permissão para sair.

Em 2005, Amy foi supostamente localizada mais uma vez, numa casa de banho de uma loja de departamentos nos Barbados. Segundo a testemunha Judy Maurer, encontrou-a acompanhada por três homens que começaram a ameaçá-la caso não seguisse o acordo.

Judy afirmou que após os homens irem embora, aproximou-se da mulher e disse que se chamava Amy. No entanto, os homens voltaram e a levaram. Judy chegou a ligar para as autoridades locais que fizeram um desenho das quatro pessoas através do seu relato.

Existe uma recompensa com o valor de 250 mil dólares para qualquer informação sobre Amy, e 500 mil dólares para aqueles que informarem da sua localização de forma confiável. O FBI oferece 25 mil dólares para informações que levem ao seu resgate.
Fonte: US Consulate in Curacao
Os pais de Amy apareceram no episódio de 17 de novembro de 2005 do Dr. Phil. Uma imagem de uma jovem parecida a Amy que foi enviada por email para os pais foi mostrada no programa, e sugere que ela possa ter sido vendida como escrava sexual.

O seu caso foi, ainda, apresentado no American's Most Wanted e pelo programa de televisão Disappeared. Foi também o assunto do episódio 59º do podcast Casefile. Também apareceu no podcast Crime Junkie.


MZ

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sexta-feira, 8 de maio de 2020

Alice Liddell - Inspiração da "Alice no País das Maravilhas"

Alice Liddell
Alice Pleasance Liddell, nascida a 4 de maio de 1852, foi a inspiração do livro "Alice no País das Maravilhas", de Lewis Carroll, lançado em 1865.

MZ

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quarta-feira, 6 de maio de 2020

Desastre de Aberfan

Desastre de Aberfan
Fonte: Cardiff Student Media
Em Aberfan, uma vila no sul do País de Gales, sobrevivia-se quase exclusivamente da extração das minas de carvão.

Os resíduos da atividade eram depositados em aterros. No dia 21 de outubro de 1966, após fortes chuvas, um dos aterros, construído em 1958, entrou em colapso e deu-se uma avalanche de 150 mil toneladas de resíduos destrói casas e uma escola da vila.

Uma equipa que trabalhava na montanha viu o início do deslizamento, mas não conseguiu comunicar a tempo de salvarem alguém. Mais tarde, foi concluído que mesmo que tal aviso chegasse, não haveria tempo o suficiente para salvar as pessoas.

O deslizamento fez 144 mortos, entre as quais 116 eram crianças.
Funeral das crianças mortas pelo desastre de Aberfan
Fonte: Reserva Cinéfila
Na época, antes do acidente, e diante a instabilidade do solo, os habitantes já tinham alertado para a possibilidade de um deslizamento, diziam que uma chuva mais forte poderia arrastar tudo, e assim aconteceu.

Inclusivo, a Escola Primária Pantglas (a destruída), chegou a fazer uma petição em 1963. Mas foram ignorados: à época, o senso comum era de que a extração de carvão tinha um custo para a vida humana.

A Rainha Isabel II, devido ao protocolo da Realeza, teve que esperar oito dias para poder visitar a comunidade de Aberfan. A Rainha arrepende-se dessa espera até hoje, segundo Sir. William Heseltine, que trabalhava no órgão de imprensa do palácio na altura.
Rainha Isabel II no cemitério de Aberfan após o desastre na mina de carvão
Fonte: UOL Entretenimento
Um inquérito procurou identificar as causas do desastre e o que poderia ter sido feito para impedi-lo. A polícia recolheu provas, ouviu testemunhas e levantou dados sobre as condições geológicas da região.

No final, as autoridades concluíram que o Conselho Nacional do Carvão, responsável pelo aterro, era o responsável pelo desastre. A conclusão foi o CNC ignorou os alertas sobre as condições perigosas do aterro e a instabilidade do solo, já que pequenos deslizamentos anteriores já indicavam o risco de algo maior.

O CNC indemnizou as famílias afetadas pelo desastre, mas não houve punições criminais.

Após este acontecimento, uma nova lei sobre minas e pedreiras foi aprovada em 1969 para garantir a segurança de escolas, vilas e casas ao redor destas empresas.

MZ

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segunda-feira, 4 de maio de 2020

Jogo "Jagd auf Kohlenklau"

Jogo Jagd auf Kohlenklau
Fonte: Il Gioco dell'Oca. La più grande collezione di giochi dell'oca
O seu nome em português significa "Caça a ladrão de carvão".

Trata-se de um jogo produzido por Lepthian-Schiffers, na Alemanha Nazi durante os últimos anos da Segunda Guerra Mundial.

O jogo fazia parte de uma campanha de propaganda nazi lançada a 23 de junho de 1942, sob o lema "Kampf dem Kohlenklau" ou "combater o ladrão de carvão".

Esta campanha procurou promover a conservação de energia como um meio de economizar os recursos cada vez mais escassos no país para o esforço de guerra.

A representação visual do Kohlenklau, ou "ladrão de carvão", tornou-se uma imagem icónica da Alemanha nazi e costumava aparecer em jornais, revistas, posteres e filmes e distribuídos entre as famílias com mais filhos.

O tabuleiro do jogo é composto por 50 espaços, vermelho, preto e branco. Os jogadores jogam um dado e avançam no jogo. Quando o jogador pousa num espaço, lê em voz alta uma passagem de texto correspondente do quadro.
Tabuleiro do jogo Jagd auf Kohlenklau
Fonte: PicClick DE
O jogo começa com uma breve explicação sobre o ladrão de carvão: "O ladrão de carvão é um vilão que quer prejudicar o povo alemão. Ele tem acesso a todas as famílias e tenta roubar carvão, isto é, calor, luz e energia, e também gás, coisas que não apenas a família, mas também os nossos armamentos precisam urgentemente. Ele é muito esperto e sabe como se disfarçar com mestria. Agora deves localizá-lo e afugentá-lo".

Os espaços vermelhos representam ações de desperdício de energia que penalizam os jogadores, por exemplo: "... deixa o rádio ligado quando ninguém está a ouvir. O ladrão de carvão gosta disso! (Perca uma vez)".

Espaços pretos apresentam ações que economizam energia e recompensam os jogadores. Os espaços brancos são neutros e não têm consequências.

Os jogadores jogavam à vez até que um finalmente chegue ao fim e seja declarado vencedor.

O vencedor descobre quem era "ladrão de carvão" e os expulsa com sucesso da casa.

MZ

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