sábado, 2 de maio de 2020

Grandes Drag Queens no Passado

Considerando que as mulheres não podiam subir aos palcos no passado, era normal que homens representassem papéis femininos no teatro.

Já no século passado, diversos homens se destacaram pela sua atuação como mulheres, tornando-se em algumas das maiores Drag Queens da época.

William Julian Dalton, nascido em 1881, com a aprovação da mãe, com apenas 10 anos já vestia roupas femininas, no entanto era reprimido pelo pai. A sua Drag Queen tinha o nome de Julian Eltinge.
William Julian Dalton e a sua Drag Queen, Julian Eltinge
Ficou conhecida como uma das maiores Drags da sua época pela sua dança e talento artístico. Chegou a receber 250 mil dólares por apresentação e ficou conhecido na Europa e nos EUA.

A carreira, no entanto, também foi uma das vítimas da Grande Depressão do começo dos anos 30. Falido, Julian tornou-se alcoólico e passou a apresentar-se em lugares de menos categoria do que estava habituado.
Drag Queen Julian Eltinge
Fonte: Wikiwand
Alguns dizem que Julian teria cometido suicídio em 1940 e outros alegam que a famosa Drag Queen morreu devido a doença.

Outra Drag Queen foi Barbette, esta foi criada por Vander Clyde que nasceu no Texas entre 1898 e 1904. Ficou conhecida como uma das maiores Drag Queens de Paris.
Vander Clyde e a sua Drag Queen, Barbette
Foi quando uma das irmãs Alfaretta morreu que, com a vaga aberta, Vander foi chamado para substituí-la. As duas irmãs eram trapezistas no circo e, para conseguir o trabalho, o artista teve que se vestir de mulher.

A sua primeira aparição como Barbette aconteceu em 1919. A sua prática no circo chamou a atenção de todos e fez a sua carreira crescer.
Drag Queen Barbette
A Drag afastou-se dos palcos no final dos anos 30, quando apanhou pneumonia e poliomielite. As suas articulações ficaram mais fracas, mas Barbette continuou a trabalhar na arte, só que nos bastidores. Apenas parou em 1973, quando cometeu suicídio.

Os gémeos noruegueses Leif e Paal Roschberg, nascidos em 1909, faziam muito sucesso no meio artístico por serem ótimos bailarinos de jazz. A sua carreira, no entanto, cresceu quando a dupla representou as famosas gémeas húngaras Dolly Sisters, que estavam a reformar-se dos palcos, em Paris, nos anos 1920.
Leif e Paal Roschberg e as suas Drag Queens
Com uma beleza andrógena, os irmãos participaram em espetáculos em Hollywood e de produções do cinema francês. As gémeas Rocky fizeram sucesso até 1937, quando decidiram separar-se. Paal morreu em Nova Iorque, nos EUA em 1955 e Lief morreu em 1967 em Kristiania, na Noruega.

Everett McKenzie criou a Drag Queen Bert Savoy, aos 14 anos para trabalhar como dançarina de aluguer. Atuava em clubes, dançava com homens que a contratassem, entre os anos 20 e 30.
Drag Queen Bert Savoy de Everett McKenzir
Fonte: Twitter
Com os seus pés de valsa, Bert tornou-se uma das maiores Drags norte-americanas da época. Chegou a tentar carreira na astrologia, com o nome de Madame Veen, uma cartomante, mas foi presa e desistiu.

O seu sucesso como dançarina teve fim quando Savoy estava a passear na Long Beach, nos EUA, e foi atingida por um raio e teve morte imediata.

Paul L. Cummings fez história como a Drag Queen Lavern Cummings. A Drag foi convidada, no ano de 1950, para fazer parte do elenco do espetáculo itinerante formado apenas por Drags da companhia Jewel Box Revue.
Paul L. Cummings e a sua Drag Queen Lavern Cummings
As apresentações existiam desde os anos 30, mas foi Lavern quem fez o queixo do público cair, ao cantar tons tanto femininos, quanto masculinos com perfeição.

O auge da sua carreia aconteceu em 1956, quando ela ingressou no Finocchio's Club, em São Francisco, também nos EUA. Lá, ela construiu o seu caminho como cantora e se apresentou na boate por três décadas, até se reformar.
Drag Queen Lavern Cummings
Fonte: All That's Interesting


Fonte: Aventuras na História

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

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