Desastre de Aberfan Fonte: Cardiff Student Media |
Os resíduos da atividade eram depositados em aterros. No dia 21 de outubro de 1966, após fortes chuvas, um dos aterros, construído em 1958, entrou em colapso e deu-se uma avalanche de 150 mil toneladas de resíduos destrói casas e uma escola da vila.
Uma equipa que trabalhava na montanha viu o início do deslizamento, mas não conseguiu comunicar a tempo de salvarem alguém. Mais tarde, foi concluído que mesmo que tal aviso chegasse, não haveria tempo o suficiente para salvar as pessoas.
O deslizamento fez 144 mortos, entre as quais 116 eram crianças.
Funeral das crianças mortas pelo desastre de Aberfan Fonte: Reserva Cinéfila |
Inclusivo, a Escola Primária Pantglas (a destruída), chegou a fazer uma petição em 1963. Mas foram ignorados: à época, o senso comum era de que a extração de carvão tinha um custo para a vida humana.
A Rainha Isabel II, devido ao protocolo da Realeza, teve que esperar oito dias para poder visitar a comunidade de Aberfan. A Rainha arrepende-se dessa espera até hoje, segundo Sir. William Heseltine, que trabalhava no órgão de imprensa do palácio na altura.
Rainha Isabel II no cemitério de Aberfan após o desastre na mina de carvão Fonte: UOL Entretenimento |
No final, as autoridades concluíram que o Conselho Nacional do Carvão, responsável pelo aterro, era o responsável pelo desastre. A conclusão foi o CNC ignorou os alertas sobre as condições perigosas do aterro e a instabilidade do solo, já que pequenos deslizamentos anteriores já indicavam o risco de algo maior.
O CNC indemnizou as famílias afetadas pelo desastre, mas não houve punições criminais.
Após este acontecimento, uma nova lei sobre minas e pedreiras foi aprovada em 1969 para garantir a segurança de escolas, vilas e casas ao redor destas empresas.
MZ
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