quarta-feira, 30 de maio de 2018

D. Maria Pia, Rainha de Portugal

D. Maria Pia de Sabóia, Rainha de Portugal
D. Maria Pia de Sabóia nasceu em Turim, em Itália, a 16 de outubro de 1847.

Filha do Rei Emanuel II da Sardenha e I da Itália e da Arquiduquesa D. Adelaide da Áustria.
Pais de D. Maria Pia, Rei Emanuel II da Sardenha e I de Itália e D. Adelaide da Áustria
Era uma aluna razoável, mas não se aplicava muito, tinha jeito para desenho e música, mas dificuldade em aprender línguas estrangeiras.

Dada a urgência de haver descendentes na Coroa Portuguesa, após a morte de um rei e de um sucessor solteiro, deu-se uma procura por uma princesa europeia para casar, tendo a escolha recaído sobre D. Maria Pia de Sabóia.

D. Maria Pia casou-se com o Rei D. Luís I, por procuração, em Turim, a 27 de setembro de 1862. Devido à morte da avó paterna do Rei não houveram grandes festejos em Lisboa, iluminando-se apenas algumas habitações.

A 9 de Agosto de 1862, foi assinado, em Turim, o tratado matrimonial com 15 artigos:

Art. 1º – O rei Vítor Manuel II acedia ao pedido do Rei D. Luís I de Portugal concedendo-lhe a mão da sua filha, a princesa Maria Pia de Sabóia. O casamento por procuração devia verificar-se em Turim, no mês de Setembro, e por palavras de presente, em Lisboa, logo que aí chegasse a rainha.
Art. 2º – Depois do casamento por palavras de futuro, verificado em Turim, seria a rainha conduzida a Génova, à custa do Rei de Itália; e depois de entregue ao Comissário de Portugal, embarcaria para Lisboa num navio de guerra português.
Art. 3º – O Rei de Itália dava quinhentos mil francos de dote.
Art. 4º – A noiva conservava o direito a qualquer herança que em Itália lhe pudesse caber de qualquer modo, podendo dispor dela como quisesse.
Art. 5º – O Rei de Itália dava 100 mil francos para enxoval, e jóias no valor de 250 mil francos. Tanto estes bens como os que fossem adquiridos durante o matrimónio teriam a natureza de parafernais, houvesse ou não filhos.
Art. 6º – O dote devia ser entregue ao tesouro português, vencendo juro de 5% ao ano, pago aos trimestres, ou empregado em bens de raiz, cessando neste caso o juro e a hipoteca.
Art. 7º – O Rei de Portugal dava de hipoteca ao dote da sua esposa a parte dos rendimentos do Estado que fosse suficiente para isso.
Art. 8º – O Rei de Portugal dava à rainha, sua esposa uma dotação de 60.000$000 reis anuais, na conformidade da lei de 1 de Julho de 1862.
Art. 9º – As despesas da casa da Rainha, damas, criados, etc. ficavam a cargo da sua dotação.
Art. 10º – Ficando viúva, a rainha conservava a sua dotação.
Art. 11º – Ficando viúva sem filhos, e residindo em Portugal, teria, além da dotação, um palácio para habitar. Se, porém, fosse residir fora do reino, só teria metade da dotação e não teria direito a indemnização alguma pela habitação que abandonasse.
Art. 12º – Ficando viúva sem filhos, residindo ou não em Portugal, podia dispor de todos os seus bens, e ser-lhe-ia restituído o dote, vencendo 5% de juro até completo reembolso.
Art. 13º – Ficando viúva com filhos, teria, querendo, palácio de residência em separado. Se, porém, saísse de Portugal, só teria metade da dotação e um terço dos bens; dos outros dois terços, que pertenciam aos filhos, só gozaria usufruto na razão de 5% ao ano.
Art. 14º – Ficando o Rei viúvo sem filhos, o dote e bens volveriam aos herdeiros da rainha.
Art. 15º – Devia este tratado ser ratificado dentro de dois meses, ou antes se possível fosse.

Antes de partir para Portugal, D. Maria Pia entregou ao sindico de Turim 20 mil francos para distribuir pelos pobres, tendo, também, pedido a seu pai, para decretar uma amnistia para todos os presos políticos, pedido que foi aceite.

A 29 de setembro, embarcou a bordo da corveta Bartolomeu Dias, indo para Lisboa. Chegou à capital a 5 de outubro, onde tinha à sua espera fora da barra os vapores de guerra Lince e Argos, os vapores de comércio D. Antónia, D. Luís, Açoriano e Torre de Belém.

Ao chegar a Belém, subiu imediatamente a bordo o Rei D. Luís I e o seu pai D. Fernando II, o Conselho de Estado e o Ministério.

O desembarque da Rainha aconteceu no dia seguinte. Havia um vistoso pavilhão na Praça do Comércio. Concluída a entusiástica cerimónia na Praça do Comércio, o grandioso cortejo dirigiu-se para a Igreja de São Domingos, onde se deu a cerimónia da ratificação do casamento pelo Cardeal Patriarca D. Manuel I. Em comemoração realizaram-se festas durante três dias.
D. Maria Pia e D. Luís I, Reis de Portugal, em 1862
Casada com apenas 15 anos, rapidamente cumpriu com o seu principal papel, o de dar descendência ao trono. Tendo dois filhos, D. Carlos em 1863 e D. Afonso em 1865.
D. Maria Pia com os filhos, D. Carlos e D. Afonso
D. Maria Pia foi uma mãe extremosa e uma Rainha atenta aos mais necessitados. Durante o rigoroso inverno de 1876, no qual muitas famílias ficaram na miséria devido às grandes inundações que a chuva provocou, a Rainha tomou a iniciativa de organizar uma comissão de angariação de donativos.

Tanto a Câmara dos Deputados como a Câmara dos Pares exaltaram a iniciativa e, a sociedade francesa Société d'Encouragement au Bien conferiu-lhe a grande medalha de honra, em 1877.

Em março de 1888, quando circulou em Lisboa a notícia do incêndio do Teatro Baquet, no Porto, a D. Maria Pia partiu imediatamente de comboio, numa noite de temporal, vestida de luto. Destacou-se pela solidariedade para com os parentes das vítimas, correndo pelas vielas mais sórdidas da cidade do Porto, a distribuir esmolas a todos os afetados.

Fundou muitos estabelecimentos de solidariedade social, como a Creche Victor Manuel, na Tapada da Ajuda, em 1878, mandando construir um edifício próprio para essa instituição.

Habituada aos luxos da Corte de Turim, era amante da alta costura e de festas, como bailes de máscaras. Numa noite de fevereiro de 1865, chegou a usar três trajes diferentes.

Ficou conhecida como "O Anjo da Caridade e a Mãe dos Pobres" pela sua compaixão e causas sociais. Ficou, também, conhecida por dizer em resposta à crítica de um dos seus ministros devido as seus gastos: "Quem quer Rainhas, paga-as".

Com a morte de D. Luís I, em 1889, sobe ao trono o seu filho D. Carlos I, tornando-se na Rainha-Mãe D. Maria Pia de Portugal.

Continuou a residir no Palácio Nacional da Ajuda, cuja a decoração se deve ao seu gosto. Chegou a ser Regente no reinado do seu filho, quando este fazia visitas oficiais com a esposa ao estrangeiro.

Na sequência do Regicídio de 1908, em que o seu filho D. Carlos I e o seu neto, o herdeiro ao trono D. Luís Filipe foram assassinados, D. Maria Pia foi abatida pelo desgosto, começando a apresentar sinais de demência. Durante o breve reinado do neto mais novo, D. Manuel II, manteve-se praticamente retirada do público e quase sempre acompanhada do seu filho mais novo, D. Afonso.

Com a implantação da República, a 5 de outubro de 1910, D. Maria Pia partiu para o exílio, mas não junto dos restantes membros da família real. Partiu para o seu Piemonte natal, onde viria a falecer no ano seguinte, a 5 de julho de 1911. Foi acompanhada no exílio pela Marquesa de Nisa e por João de Benjamim Pinto, Conde de Vialonga.
Assinatura de D. Maria Pia, Rainha de Portugal


MZ

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terça-feira, 29 de maio de 2018

Eutanásia em Portugal deu Não


Vou fugir um bocadinho (ou não) à temática do blog e vou falar da Eutanásia.

Hoje em Portugal, mais concretamente no Parlamento foi chumbada a proposta de legalização da Eutanásia no país.

O que me deixa bastante triste por perceber que mesmo vivendo numa democracia onde dizem que temos liberdade, mas a liberdade que eles querem, eu não posso decidir se quero ou não morrer.

Vi fotografias em reportagens em que aparecia uma rapariga com um cartaz com algo do género "Não matem os velhinhos" - E acho, ou melhor tenho a certeza, que essa senhora não sabe de todo o que é a eutanásia, pois sugere que a eutanásia tem vida própria e vai andar aí a matar pessoas "velhinhas" tornando-se num homicídio e não na eutanásia.

Segundo o dicionário português a eutanásia é:
- (Medicina) Ação de provocar morte (indolor) a um paciente atingido por uma doença sem cura que causa sofrimento e/ou dor insuportáveis
- (Jurídico) Direito de causar a morte em alguém ou de morrer por esse propósito

Repito "ação de provocar morte indolor a um paciente atingido por uma doença sem cura que causa sofrimento" se apenas para estas circunstâncias fosse aceite já era MUITO BOM.

Mas na minha opinião deveria-se alargar também a pessoas que de livre vontade mostrassem esse desejo, ainda há pouco tempo se soube de um senhor de 104 anos, australiano que teve que se deslocar até à Suíça (país onde é legal) para poder morrer de forma indolor, este senhor não sofria de nenhuma doença terminal ou sem cura, mas simplesmente já não tinha qualidade de vida na sua opinião e decidiu pôr termo à vida.

Claro que não sou de acordo de uma pessoa ir ao hospital à procura desta solução e sem qualquer acompanhamento médico tenha nas mãos um cocktail mortal de medicamentos para a realização da eutanásia, ou seja, concordo com o acompanhamento seja por psicólogos ou outros especialistas para que não hajam suicídios por questões menos sofredoras (não querendo minimizar a dor de ninguém) como uma perda de emprego ou de alguém próximo e que acham que já nada faz sentido, por exemplo.

Não concordo ainda que se justifique o voto negativo para a eutanásia com respostas católicas ou de outra qualquer religião, recordo-me que Portugal é um país laico, pelo menos na teoria.

Acho que se deveria ter feito um referendo, perguntar a este lado, àqueles que iriam usufruir ou ter a possibilidade de usufruir se assim o pretendessem da eutanásia, assim como se fez com outro polémico assunto que é o aborto, por exemplo.  

Temos ainda que crescer muito para que a liberdade seja algo mais do que aquilo que eu possa dizer, mas também o que eu possa fazer, pelo menos no que toca a este assunto

Maria Zaragoza
29 de maio de 2018

segunda-feira, 28 de maio de 2018

"A Turma da Mónica"

A Turma da Mónica, de Maurício de Sousa
A Turma da Mónica é uma série de banda desenhada criada pelo cartunista Maurício de Sousa.

A série começou em 1959 com uma série de tirinhas de jornal, na qual os personagens principais eram Bidu e Franjinha.

A partir dos anos 1960, a série começou a ganhar a identidade atual com a criação de Mónica e Cebolinha, entre 1960 e 1963, que passaram a ser os protagonistas.
Mónica, da Turma da Mónica
Desde 1970, na forma de revista de banda desenhada, os personagens já foram publicados por diversas editoras, somando quase duas mil revistas já publicadas para cada personagem. Além disso, também segue com a publicação especial de tiras no formato de bolso pela Panini e pela L&PM.

A Turma da Mónica tem uma extensa quantidade de personagens principais e secundários. As principais são:
- Mónica
- Cebolinha
- Cascão
- Magali
- Chico Bento
Cada um destes personagens tem a sua própria revista de banda desenhada.
Personagens da Turma da Mónica
Outros personagens de outras séries de Maurício de Sousa também estão incluídos na Turma da Mónica, fazendo cruzamentos ou citações um sobre o outro em várias histórias, entre vários outros personagens.

O principal cenário das histórias é o bairro fictício de "Limoeiro", numa cidade brasileira.

A maioria das histórias se concentra na vida quotidiana dos personagens principais e, ocasionalmente, sobre os personagens secundários.

As históricas com a Mónica e o Cebolinha giram em torno do eterno conflito entre os dois. O Cebolinha é um causador de problemas e valentão que sempre tenta repreender a Mónica ou roubar o seu coelhinho de peluche, chamado Sansão, para dar nós nas orelhas do coelho, sendo que Mónica vinga-se sempre ao bater neles com o seu coelho de peluche, muitas vezes deixando-os magoados e com os olhos roxos.
Cebolinha, da Turma da Mónica
O Cebolinha, muitas vezes, faz planos, chamados de "infalíveis", contra a Mónica, como fazer várias armadilhas e às vezes usa certas invenções, das quais muitas feitas por Franjinha, protagonista de muitas histórias, mas o Cebolinha perde sempre no final.
Franjinha, da Turma da Mónica
As histórias sobre o Cascão, geralmente, concentram-se na sua propensão para a sujeira e bagunça e o seu medo de água, sem nunca ter tomado um banho na vida, e sendo constantemente ameaçado por vilões, muitos membros de uma organização secreta chamada S.U.J.O.C.A., ou os seus amigos para tomar um banho.
Cascão, da Turma da Monica
As histórias com a Magali, geralmente, se concentram com a sua gula, com uma capacidade sobre-humana para comer, sem nunca engordar e às vezes roubando a comida dos seus amigos. 
Magali, da Turma da Mónica
A Turma da Mónica tem revistas de bandas desenhadas e outros produtos licenciados em 40 países e com 14 idiomas, sendo que a marca foi expandida para outras áreas ao longo dos anos, como livros, brinquedos, discos, CD-ROMs, jogos eletrónicos, etc.

As personagens da Turma da Mónica são os protagonistas do que se pode ser considerada a primeira série de animação brasileira. Depois de ser apresentada na televisão a partir de meados da década de 1960, as histórias completas começaram a ser produzidas em 1976 e distribuídas através de compilações de filmes durante os anos de 1980 e 1990.

Atualmente, o desenho animado é exibido no Brasil pelo Cartoon Network, Tooncast e Boomerang. Em Portugal, os episódios do desenho animado passaram na RTP 2 em 2008 e na SIC K em 2015.

Além das séries, os personagens também entraram em quatro filmes de animação:
- As Aventuras da Turma da Mónica (1982)

- A Princesa e o Robô (1983)
- Cine Gibi (2004)
- Uma Aventura no Tempo (2007)

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

sábado, 26 de maio de 2018

O Casamento de Meghan e Harry

Harry e Meghan na Capela de Saint-George
Aconteceu a 19 de maio de 2018, sábado, o casamento entre a norte-americana Meghan Markle e o príncipe Harry, o sexto na linha de sucessão ao trono britânico.

O casamento teve lugar na capela de Saint-George, no castelo de Windsor, em Londres.

Harry chegou à capela de St. George às 11h35, acompanhado do irmão, o seu padrinho de casamento. Ambos vestidos com uniforme militar.
Harry e William na chegada à Capela de Saint-George
A noiva chegou às 11h57, tendo sido levada ao altar pelo príncipe Carlos, depois de alegadamente por questões de saúde o seu pai não poder estar presente neste dia.
Meghan na chegada à Capela de Saint-George com a mãe, Doria

Príncipe Carlos leva Meghan ao altar
A cerimónia religiosa começou às 12h06, e foi conduzida pelo deão de Windsor, o reverendo David Conner, sendo o arcebispo de Cantuária, Justin Welby, a oficializar a união.
Os noivos e o arcebispo da Cantuária, Justin Welby
Meghan Markle levou um vestido de noiva criado pela estilista britânica Clare Waight Keller, diretora artística da casa de alta-costura francesa Givenchy.
Os já casados, Harry e Meghan, onde se pode ver com algum pormenor o vestido de Meghan, na saída da Capela de Saint-George
O vestido, longo e com uma grande cauda, chamou a atenção pela sua simplicidade, que, no entanto, escondia alguns pormenores.

Em comunicado, a casa real britânica explicou o conceito do vestido, bem como os pedidos da noiva: “O foco do vestido é o decote em barco que graciosamente molda os ombros e enfatiza a esbelta cintura esculpida. As linhas do vestido estendem-se para as costas, onde a cauda flui em dobras redondas macias, protegidas por uma saia de baixo em tripla organza de seda. As finas mangas de três quartos acrescentam uma nota de modernidade refinada”.

A noiva tinha um véu de cinco metros feito de tule de seda, com flores bordadas à mão com fios de seda e organza”, pode ler-se no comunicado, que dá conta de um pedido específico da noiva.
Meghan na entrada da Capela de Saint-George, onde se pode ver com algum pormenor o véu
Meghan Markle quis homenagear os 53 países da Commonwealth, pelo que Clare Keller projectou um véu representando a flora característica de cada país da Commonwealth. Foi feita uma pesquisa exaustiva sobre a flora de cada país, para garantir que cada uma das flores é única e não se repete.

A tiara de diamantes emprestada pela rainha Isabel II, datada de 1932 que pertenceu à rainha Maria. Os brincos e a pulseira são da casa Cartier, enquanto os sapatos são “baseados numa criação da Givenchy”, na qual se destacam os “apontamentos de cetim”.
Meghan, onde se pode ver a tiara em pormenor
O buquê da noiva, segundo uma fonte oficial, algumas das flores que o compuseram foram colhidas pelo próprio príncipe Harry, nos jardins do palácio. Ele terá entregue à florista, Philippa Craddock e que montou o buquê.
Os já casados, Harry e Meghan, e o pormenor do buquê
A flor escolhida por Harry é a miosótis, também conhecida como "não-me-esqueças", flores favoritas da princesa Diana. Além destas, o buquê tinha jasmins, lírios-do-vale, astibes e astrantias.

Em jeito de homenagem à mãe, Harry deixou uma cadeira livre ao lado direito de William, que tinha o pai, o príncipe Carlos, ao lado esquerdo.

Depois de 1h10 de cerimónia religiosa, os duques de Sussex, Harry e Meghan, saudaram ao início da tarde os súbditos do Reino.

O primeiro beijo enquanto casados aconteceu à porta da capela.
O primeiro beijo depois de casados de Harry e Meghan à porta da Capela de Saint-George
Depois da cerimónia, os recém-casados percorreram 3,2Km de carruagem.
Os recém-casados durante o seu percurso de carruagem
O fotografo oficial do casamento foi Alexi Lubomirski, o mesmo responsável pelas imagens do noivado. Alexi disse à BBC como foi captar o momento da foto de Harry e Meghan a preto e branco numa pose romântica e cúmplice, disse "Tivemos cerca de três minutos e meio para tirar algumas fotos rápidas porque tudo estava cronometrado ao minuto. Este foi apenas um daqueles momentos mágicos quando somos fotógrafos e tudo se encaixa. Disse-lhes apenas: 'antes de entrarem, sentem-se nas escadas'. E ela apenas caiu entre as pernas dele e houve um momento em que se estavam a rir porque estavam exaustos e a pensar que finalmente estava tudo acabado. Foi um desses belos momentos."
Foto oficial do casamento real de Harry e Meghan - O casal
Foto: Alexi Lubomirski
Quanto à imagem em que podemos ver a família real reunida na Sala Verde de Windsor, o fotógrafo partilhou as ideias sobre aquilo que pretendia fazer: "Não queria que resultasse numa foto de uma equipa desportiva ou uma foto do exército, arregimentada e linear. Então nós conversámos sobre como poderíamos quebrá-la e obter algum ritmo e assimetria e tudo se resumiu a pequenas coisas - nada louco. " E continuou: "queríamos algumas pessoas sentadas, algumas pessoas em pé, crianças no colo dos pais".
Foto oficial do casamento real de Harry e Meghan - A Família
Foto: Alexi Lubomirski
Alexi já tinha feito uma declaração oficial sobre a experiência no casamento do ano: "Foi uma incrível honra e privilégio documentar a inspiradora jornada do Duque e da Duquesa de Sussex sobre amor, esperança e família; desde as fotos de noivado até o casamento oficial e os retratos de família no sábado. Este foi um belo capítulo na minha carreira e na minha vida, que felizmente nunca vou esquecer. "
Foto oficial do casamento real de Harry e Meghan - Meghan e os seus pajens e daminhas
Foto: Alexi Lubomirski
Como é tradição, os convidados do casamento receberam lembranças deste dia especial. Os 2640 membros do público que assistiram ao casamento real dentro do castelo de Windsor receberam um saco uma alça azul e no qual estavam gravadas as iniciais dos noivos, a data e o local do enlace. O saco continha um íman, uma miniatura de bolo, uma garrafa de água do castelo de Windsor, o programa do casamento e um voucher de 20% para a loja do castelo.
Saquinhos de lembranças do casamento real de Harry e Meghan
À comunicação social foi oferecido um saco com água e chocolate.

O carro utilizado por Harry para levar Meghan até à receção da festa do casamento, foi um Jaguar azul. O carro é movido a eletricidade, o modelo custa 350 mil libras esterlinas e foi feito em 1968, adaptado posteriormente para ser movido a eletricidade.
Harry e Meghan a caminho da festa de casamento num carro Jaguar azul que foi conduzido pelo príncipe
Meghan com o seu segundo vestido de casamento usou uns brincos que custam cerca de 68 mil dólares, o conjunto é de ouro branco 18 quilates cravejado com 1.89 quilates de diamantes, e é vendido pela grife Cartier. Foi nesta altura que Meghan usou o anel que pertenceu à mãe de Harry, um anel de cocktail com um diamante azul em corte esmeralda.
Meghan e Harry a caminho da festa de casamento onde são visíveis os brincos e o anel que terá pertencido à mãe de Harry, Diana
O segundo vestido, escolhido para a receção dos convidados Meghan escolheu um modelo mais justo, com decote alto a envolver o pescoço e parte das costas descobertas, da estilista Stella McCartney. Usou uns sapatos em cetim azul claro com solas da mesma cor.
Meghan e Harry a caminho da festa de casamento onde é visível o segundo look dos noivos, em especial o segundo vestido de Meghan 
Oficializada a união, 600 convidados foram até St. George’s Hall, no castelo de Windsor, onde acontece o copo de água. O menu incluiu uma lista de canapés doces e salgados, três pratos e o tradicional bolo de noiva.
- Canapés salgados incluiu:
  • Lagostins escoceses envoltos em salmão fumado com “crème fraiche” de citrinos;
  • Espargos ingleses grelhados enrolados em fiambre da Cúmbria;
  • Panna Cotta de ervilhas do jardim com ovos de codorniz e verbena limão;
  • Tomate com tártaro de manjericão e pérolas de balsâmico;
  • Frango do campo escalfado com iogurte levemente temperado com damasco assado;
  • Croquete de cordeiro de Windsor, legumes assados e geleia de chalota;
  • Espargos quentes com mozzarella e tomate seco ao sol.
- Canapés doces inclui:
  • Macarons de champanhe e pistáchio;
  • Tarteletes de “crème brulée” de laranja;
  • Tarteletes miniatura de crumble de ruibarbo.
- A seguir aos aperitivos foram servidos três pratos:
  • Fricassé de frango do campo com cogumelos morel e alho francês;
  • Risoto de ervilhas e hortelã com brotos de ervilha, óleo de trufas e crocante de parmesão;
  • Barriga de porco de Windsor assada lentamente durante dez horas com compota de maçã.
Depois será servido o Bolo da Noiva, que será uma receita que inclui uma base de pão-de-ló, xarope de flores de sabugueiro da residência da rainha, recheio de limão da costa Amalfitana (Itália) e um creme de manteiga de flor de sabugueiro a unir todos os elementos. O bolo foi partido em três partes e decorado com merengue suíço e 150 flores frescas.
Bolo da noiva, do casamento real de Harry e Meghan
Curiosidades:
- O príncipe George usou calças pela primeira vez, aos 4 anos de idade. Antes do casamento ele só apareceu publicamente a usar calções, devido a uma tradição real.
Príncipe George a usar calças durante o casamento do seu tio Harry
- As cores de uma das fotos oficiais, em tons de verde, foram estrategicamente pensadas para unir tanto o cenário quanto os detalhes. Os buquês usados pela noiva e pelas damas de honra foram montados com flores verdes e brancas. A sala escolhida para a foto, o Salão Verde do castelo de Windsor, manteve a unidade visual. Também a mãe da noiva, Doria Ragland e a rainha Isabel II se vestiram em tons de verde e estão estrategicamente posicionadas para balancear os pontos de cor pela sala.
Rainha Isabel II na chegada à Capela de Saint-George, onde é visível a cor verde na sua roupa
- Não faltaram referências à princesa Diana, durante o casamento. Das flores do buquê ao anel, diversos detalhes homenagearam a mãe de Harry. Um destes detalhes é o sofá verde que aparece na foto oficial do casamento. Numa das imagens Harry aparece sentado no mesmo sofá em que a sua mãe o segurou na foto tirada no dia do seu batizado, em 1984.
Harry às costas da sua mãe, a princesa Diana
- Pensa-se que o vestido que Meghan Markle terá sido inspirado no da primeira noiva negra da monarquia ocidental. A 29 de janeiro de 2000, Angela de Liechtenstein casou-se com o príncipe Maximiliano de Liechtenstein, tornando-se na época a primeira noiva negra da monarquia ocidental. O vestido que Angela usou foi desenhado por ela mesma e apresenta nítidas semelhanças com o escolhido por Meghan. Uma escolha que se traduz numa referência histórica, até porque Meghan é a primeira afrodescendente a chegar à casa real britânica.
Casamento de Angela e Maximiliano de Liechtenstein, a primeira noiva negra da monarquia ocidental - este vestido terá servido de inspiração para o de Meghan Markle
- Meghan deixou o seu buquê no Túmulo do Soldado Desconhecido respeitando assim uma tradição dos casamentos reais britânicos que já acontece há quase 100 anos, depositou-o na manhã da segunda-feira seguinte ao casamento (21 de maio), no Túmulo, dentro da Abadia de Westminster, em Londres. Este Túmulo foi criado em 1920 como local de descanso para um corpo de um soldado morto na Primeira Guerra Mundial que não foi identificado e logo se tornou local de homenagens a todos os militares que morreram em combate pelo Reino Unido.
Buquê de Meghan no Túmulo do Soldado Desconhecido, na Abadia de Westminster
Esta tradição de deixar o buquê de casamento no Túmulo começou em 1923, quando Elizabeth Bowes-Lyon, mãe de Isabel II, fez o gesto antes da cerimónia de casamento com o futuro rei George VI, esta depositou-o lá para homenagear o seu irmão mais velho, Fergus, que morreu em batalha em 1915.
Casamento de Elizabeth Bowes-Lyon e do futuro rei George VI, pais da rainha Isabel II - Elizabeth foi a primeira noiva a deixar o seu buquê no Túmulo do Soldado Desconhecido.

Convidados:
Muitos foram os convidados para o casamento real, aqui ficam algumas imagens de alguns dos convidados e os seus looks:

  • Rainha Isabel:
Rainha Isabel II
  • Kate, Duquesa de Cambridge e a filha, Princesa Charlotte:
Princesa Charlotte e Kate, Duquesa de Cambridge
  • Camilla, Duquesa da Cornualha:
Camilla, a Duquesa da Cornualha
  • Princesa Eugenie, Andrew Duque de York e a Princesa Beatrice:
Princesa Eugenie, Andrew Duque de York e a Princesa Beatrice
  • Sarah Ferguson, Duquesa de York e o ex-marido, Andrew Duque de York:
Sarah Ferguson e o ex-marido Andrew Duque de York
  • Charles Spencer (irmão da princesa Diana) e a mulher Karen:
Charles e Karen Spencer
  • Sir John Major (antigo Primeiro-Ministro britânico) e a mulher Dame Norma Major:
Sir John Major e a sua mulher Dame Norma Major
  • Doria Ragland, mãe de Meghan:
Doria Ragland
  • Pippa e James Matthews:
Pippa e James Matthews
  • George e Amal Clooney (ator):
Amal e George Clooney
  • Patrick J, Adams (ator) e a mulher Troian Bellisario:
Patrick J. Adams e a mulher, Troian Bellisario
  • Cressida Bonas (atriz e ex-namorada de Harry):
Cressida Bonas
  • Idris Elba (ator) e a mulher Sabrina Dhowre:
Idris Elba e a mulher Sabrina Dhowre
  • James Corden (ator) e a mulher Julia Carey:
James Corden e a mulher Julia Carey
  • Gabriel Macht (ator) e a mulher Jacinda Barrett:
Gabriel Macht e a mulher Jacinda Barrett
  • David (ex-jogador de futebol) e Victoria Beckham (cantora):
David e Victoria Beckham
  • Oprah Winfrey (apresentadora):
Oprah Winfrey
  • Carey Mulligan (atriz) e Marcus Mumford (cantor):
Carey Mulligan e o marido Marcus Mumford
  • Serena Williams (tenista) e Alexis Ohanian:
Serena Williams e o marido Alexis Ohanian
  • Abigail Spencer (atriz) e Priyanka Chopra (atriz):
Abigail Spencer e Priyanka Chopra
  • David Furnish e Elton John (músico):
David Furnish e o marido Elton John
  • Chelsy Davy (ex-namorada de Harry):
Chelsy Davy
  • Joss Stone (cantora):
Joss Stone
  • James Blunt (cantor) e a mulher, Sofia Wellesley
James Blunt e a mulher Sofia Wellesley

MZ

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