domingo, 4 de março de 2018

Religião: Islamismo

Portugal é um país laico, quer isto dizer que não tem uma religião oficial, o que permite a cada indivíduo escolher a sua religião, se quiser ter uma. No entanto, a maioria dos portugueses são da religião católica (81% - censos de 2011), havendo oficialmente feriados religiosos ao longo do ano.

Eu, apesar de vir de uma família católica, mas que nunca foram muito assíduos o que me levou a questionar algumas coisas e preferir manter-me "afastada" da religião, tentando perceber um pouco de todas as religiões. Por isso, vou fazer uma série de post's sobre as religiões ao redor do mundo, tentando mostrar as características, curiosidades, coisas boas e menos boas de cada religião.

Uma religião é um conjunto de crenças, além de visões do mundo, que estabelece os símbolos que relacionam a humanidade com a espiritualidade e os seus próprios valores morais.


5. Islamismo


O Islamismo é uma religião monoteísta, fundada pelo profeta Maomé no início do século VII.
Maomé
Maomé, o líder religioso máximo do Islamismo, nasceu na cidade de Meca, por volta do ano de 570. Aos 40 anos de idade teria recebido o chamado do Anjo Gabriel, que se dizia enviado por Deus para que o povo encontrasse o "verdadeiro Deus". Aqueles que acreditassem e obedecessem às leis do Alcorão seriam recompensados com o paraíso.

Em 622, Maomé migrou para Medina fugindo dos seus opositores, esta migração ficou conhecida como Hégira, marcou o início do calendário Islâmico. Em Medina tornou-se chefe da nova comunidade religiosa.
Mapa da Hégira
Em 629 foi em peregrinação a Meca, onde foi reconhecido como líder religioso. O profeta faleceu em 632, após ter espalhado o Islamismo em grande parte da Península Árabe.

Os fundamentos do Islamismo estão representados no Alcorão, o livro sagrado que serve de base para a fé Muçulmana.
Alcorão
O Alcorão está organizado em 114 suras ou capítulos, dispostos por tamanho, o maior contém 286 versos. Há uma outra fonte de orientação para os Muçulmanos, os princípios que partem dos ditos e feitos do Profeta, ou seja, dos Ahadith, contidos na Suna.

"Islã" é uma palavra árabe que significa "submissão" ou "rendição" e se refere àquele que obedecem a Alá, o único e verdadeiro Deus, o Criador, o Provedor e o Ceifador da Vida

Quem segue a fé Islâmica é chamado de Muçulmano.

O Islamismo junta várias influências de outras religiões, além do princípio essencial da revelação divina, junta elementos legados pelo Judaísmo, como a circuncisão, e possívelmente também o seu teor monoteísta, da doutrina judaico-cristã tem a ideia do Juízo Final, etc.

Entre as obrigações dos Muçulmanos estão as orações obrigatórias, cinco vezes ao dia, voltados para Meca, não devem exercer o culto de imagens, o que para eles representa um ato de idolatria e devem visitar Meca pelo menos uma vez na vida.
Muçulmanos na sua Oração
Meca é uma das cidades sagradas para os Muçulmanos, que assim consideram também Medina, onde o Profeta edificou a sua primeira Mesquita, e Jerusalém, que os Muçulmanos acreditam ser o local de onde Maomé ascendeu aos céus, na direção do paraíso, para lá permanecer junto a Jesus e a Moisés.

Não existe um Clero Islâmico, com uma hierarquia fixa e estabelecida. Quem coordena as orações em público é o Imã, enquanto os teólogos cultos são conhecidos como Ulemás.

Os templos Muçulmanos são chamados de Mesquitas.
Mesquita em Lisboa
Em algumas nações Islâmicas o Governo permite a poligamia, prescrita pelo Corão, e nestes lugares o marido pode se unir a quatro esposas.

Os Muçulmanos podem ser divididos em dois blocos - Sunitas e Xiitas. Os Sunitas são subdivididos em Hanafitas, Malequitas, Chafeitas e Hambanitas e estes são herdeiros da tradição de Maomé, que teve continuidade nas mãos do seu tio All-Abbas.
Os Xiitas são discípulos de Ali, marido de Fátima, filha do Profeta, consideram-se os sucessores espirituais de Maomé.

O Islamismo é uma religião que tem crescido nos últimos tempos e é a segunda maior do mundo. Com um número de seguidores já superior a 1,2 biliões de pessoas, com grande parte dos seus discípulos localizada nos países árabes do Oriente Médio e do Norte de África.

Para os Muçulmanos mais radicais existe o Sharia que traduz os preceitos religiosos Islâmicos, sendo um guia para o seu dia-a-dia, para o seu comportamento, ações e alimentação. Também impõe penas brutais para desvios ou atitudes consideradas incorretas perante o Alcorão.

Algumas Leis Islâmicas RADICAIS (Sharia):

  • Um Califa (Chefe de Estado de um Califado e o título para o governante da Umma Muçulmana, uma comunidade Islâmica governada pela Sharia) pode assumir o cargo a partir da tomada do poder, ou seja, através da força;
  • Um Califa é imune a acusações de crimes graves, como assassinato, adultério, roubo, furto, violação, etc.;
  • Um Califa deve ser do sexo masculino, não-escravo e Muçulmano;
  • Um Muçulmano que abandone o Islã deve ser imediatamente morto;
  • Um não-Muçulmano não pode herdar de um Muçulmano;
  • A homossexualidade é punida com a morte;
  • Não há limite de idade para o casamento das meninas. O contrato de casamento pode ocorrer após o nascimento e consumado na idade de oito ou nove anos;
  • A rebeldia por parte da esposa anula a obrigação do marido de lhe sustentar e dá ao marido a permissão de lhe bater e impedir de sair de casa;
  • O divórcio está apenas nas mãos do marido;
  • Um homem tem o direito de ter até quatro esposas;
  • O dote é dado em troca dos órgãos sexuais da mulher;
  • Um homem tem a permissão de fazer sexo com as escravas e as mulheres capturadas na guerra, e se a mulher escravizada for casada, o casamento fica anulado;
  • O testemunho de uma mulher vale metade do de um homem em tribunal;
  • Para provar uma violação, uma mulher precisa de ter quatro testemunhas masculinas, se não têm as testemunhas, o açoitamento, apedrejamento ou enforcamento é o castigo para a mulher, o ADN do esperma ou qualquer outra prova não serve de nada;
  • Açoitamento, apedrejamento ou enforcamento é também a forma de castigo para mulheres adulteras;
  • A remoção do clitóris é prescrita (circuncisão feminina) e, geralmente, feita quando a mulher é ainda uma criança;
  • Amputação de pedaços dos dedos, dos dedos da mão, da mão toda, partes dos braços, pernas, crucificação, é o castigo para certos crimes como roubo ou distribuição de livros não-Islâmicos aos Muçulmanos, como a Bíblia;
  • Proibição de bebidas alcoólicas.
As correntes radiscais do Islamismo frequentemente são acusadas de atos terroristas, como os atentados às Torres Gémeas, em 2001, pela Al Qaeda. E a defesa intolerante da extinção do Estado de Israel defendida pelo grupo terrorista Hamas. Fundamentalistas também defendem a submissão da mulher, a perseguição a cristãos e o assassinato de dissidentes em países Islâmicos. Estima-se que aproximadamente quatro milhões de cristãos libaneses emigraram em consequência das pressões impostas pelos muçulmanos - MAS não podemos rotular todos os Muçulmanos de Terroristas!

Os cinco pilares do Islamismo são:
  1. A recitação e aceitação da crença (Chahada ou Shahada);
  2. Rezar cinco vezes ao longo do dia (Salá, Salat ou Salah);
  3. Pagar esmola (Zakat ou Zakah);
  4. Observar o jejum no Ramadão (Saum ou Siyam);
  5. Fazer a peregrinação a Meca (Hajj) se tiver condições físicas e financeiras.
O Salat (Oração): é composta por cinco partes, todas espalhadas durante o dia e a noite, iniciando pelo alvorada até à noite. Considerada o ponto mais próximo que se pode chegar a Deus. Durante estas orações, são recitadas suratas do Alcorão, geralmente ditas em árabe, conduzidas pelo escolhido entre a comunidade.
Não existe restrição para que o crente reze fora da mesquita, desde que tenha feito antes a sua purificação, que consiste numa higiene específica e detalhada, em lavar as mãos, antebraços, boca, narinas, face, e em passar água pelas orelhas, nuca, cabelo e pés.
A oração é sempre feita na direção de Meca.
Salat - Oração
O Zakat (Esmola): cada Muçulmano deve pagar anualmente uma certa quantia, calculada a partir dos seus rendimentos, que será distribuída pelos pobres ou outros beneficiários definidos pelo Alcorão (prisioneiros, viajantes, endividados, etc.). Esta contribuição é encarada como uma forma de purificação e de culto.
Zakat - Esmola
O Saum (Jejum no mês do Ramadão): o Ramadão é o nono mês do calendário Islâmico, durante o Ramadão cada Muçulmano adulto deve abster-se de alimento, bebida, tabaco e de ter relações sexuais, desde o nascer até ao pôr-do-sol. Os doentes, idosos, viajantes, grávidas ou mulheres que estejam a dar de mamar estão dispensados do jejum. Em compensação, estas pessoas devem alimentar um pobre por cada dia que faltaram ao jejum ou então realizá-lo noutra altura do ano. O jejum é interpretado como uma forma de purificação, de aprendizagem do autocontrolo e de desenvolvimento da empatia por aqueles que passam fome ou outras necessidades.
Saum - Ramadão
O Hajj (Peregrinação): consiste na peregrinação a Meca, obrigatória pelo menos uma vez na vida para todos os que gozam de boa saúde e disponham de meios financeiros. Ocorre durante o 12.º mês do calendário Islâmico.
Os Muçulmanos vestem um traje especial todo branco, antes de chegar a Meca, para que todos estejam igualmente vestidos e não haja distinção de classes. Durante toda a peregrinação, não se preocupam com o seu aspeto físico. Despois de praticarem as sete voltas em torno da Kaaba, os peregrinos correm entre as duas colinas de Safa e Marwa. Na última parte do Hajj, os Muçulmanos devem passar uma tarde na planície de Arafat, onde Maomé disse o seu "Último Sermão". Os rituais chegam ao fim com o sacrifício de carneiros e bodes.
Hajj - Peregrinação a Meca

Símbolos
- Lua crescente com estrela: representa a soberania e dignidade, é símbolo da renovação da vida e da natureza, numa referência ao calendário lunar. A estrela indica, ainda, os cinco pilares da religião: oração, caridade, fé, jejum e peregrinação.
Lua Crescente e Estrela
- Hamsá ou Mão de Fátima: os cinco dedos representam os cinco pilares. Fátima, filha de Maomé, é um modelo para as mulheres, uma vez que se acredita que Fátima não tinha pecados.
Hamsá
- Alcorão ou Corão: é o livro sagrado da fé Islâmica.
- Zulfiqar: é a espada de Maomé, é o mais importante símbolo da religião que representa a distinção entre os conceitos de certo e errado. Maomé transferiu a arma para um grande guerreiro, o seu primo Ali e ao fazer isso disse "não existe nenhum herói, mas Ali, não existe nenhuma espada, exceto zulfiqar".
Zulfiqar
- Contas: é utilizado nas orações, é semelhante ao terço. Chama-se subha e tem 99 contas, em cada uma delas é dito um dos nomes de Deus. Na conta número 100, os crentes da fé islâmica cantam "Alá".
Subha

Alimentação
Os Muçulmanos podem comer tudo o que é "halal", que significa permitido. O que é "haram" é proibido".
Os Muçulmanos não podem comer carne suína e seus derivados, sangue e seus derivados, animais carnívoros, répteis e insetos, animais permitidos mas que não foram abatidos de acordo com a Lei Islâmica, animais abatidos em nome de outro que não seja Deus, os corpos de animais mortos ou que foram mortos antes de abate e bebidas alcoólicas.
Para o animal ser abatido de acordo com a Lei Islâmica tem que ser um animal aceite, deve ser abatido por um Muçulmano (ou Judeu ou Cristão), o nome de Allah deve ser pronunciado no momento do abate, o abate deve ser feito cortando o pescoço num certo ponto, abaixo da glote e a base do pescoço, de modo que o animal tenha uma morte rápida.

Vestuário
O simbolismo das roupas de origem árabe varia conforme a região.

- Hijab: na maioria dos países árabes, as mulheres utilizam roupas semelhantes às túnicas masculinas e, na cabeça, um lenço que só deixa o rosto à mostra.
Hijab
- Xador: o Alcorão determina que as mulheres se vistam de forma a não atrair a atenção dos homens. Esse mandamento é levado à letra em países como Irão e Arábia Saudita, onde se recomenda o uso do xador, uma veste que envolve o corpo todo, com exceção dos olhos.
Xador
- Burqa: as vestes femininas são conhecidas pelos árabes como hijab ou "cobrimento". As partes do corpo que a mulher deve cobrir, no entanto, variam de acordo com o país. No Afeganistão, foi instituído o uso da burqa, uma versão radical do xador que cobre até os olhos.
Burqa
- Cafia: traje muito comum no Oriente Médio, que consiste num pano quadrado preso por uma tira chamada egal. Por baixo dela, uma touca prende o cabelo. A sua origem remonta aos beduínos, que a utilizavam como máscara protetora contra o frio e contra as tempestades de areia. A cor da cafia e da tira que prende indicam o país e a região em qual a pessoa nasceu. A versão quadriculada em preto e branco é típica dos palestinianos.
Cáfia
- Abaia: é uma grande capa de lã.
Abaia
- Túnica: é a principal peça do vestuário árabe, de manga comprida que cobre o corpo inteiro. Costuma ser clara e larga para refletir os raios solares, fazer o ar circular e refrescar o corpo durante o dia. O corte e o material variam consoante o país.
Túnica
- Cirwal: calça larga, usada por baixo da túnica. Acredita-se que foi uma invenção dos persas, adotada pelos árabes a partir do século VII. É feita para permitir a liberdade de movimentos e foi muito utilizada entre soldados e camponeses.
Cirwal
- Tarbush: trata-se de um pequeno chapéu de feltro ou pano, algumas vezes utilizado em conjunto com um turbante.
Tarbush
- Ihram: é o traje que o Muçulmano leva para a chegada a Meca na sua peregrinação.
Ihram
- Turbante: de origem desconhecida, já era utilizado no Oriente muito antes do surgimento do Islamismo. Consiste numa longa tira de pano, que às vezes chega aos 45 metros de comprimento, enrolada sobre a cabeça. As inúmeras formas de amarrá-lo compõem uma linguagem, o turbante indica a posição social, a tribo a que a pessoa pertence e até o seu humor naquele momento.
Turbante

Casamento
O casamento Muçulmano pode acontecer de diversas maneiras, dependendo da cultura e da região onde este é celebrado.

Tradicionalmente é a família do noivo que procura uma noiva que considere adequada ao noivo. Um casamento Muçulmano é uma espécie de contrato entre o homem e a mulher e o seu guardião. Este contrato implica o pagamento de um valor, valor esse acordado pelas duas partes e pago pelo noivo na altura em que o contrato é feito. Este pagamento pode não acontecer, caso as duas partes concordem com isso.

A noiva nem sempre está presente quando o contrato é feito, embora o seu pai ou guardião esteja presente. Caso a noiva não esteja presente, duas testemunhas perguntam à noiva se dá ao seu representante poderes para celebrar o contrato e se concorda com a quantia paga.

A oferta do casamento é feita pelo pai da noiva ou guardião. Segue-se a aceitação feita pelo noivo, na presença de duas testemunhas muçulmanas. A noiva tem direito a receber a quantia referente ao contrato e fazer dela o que bem entender. O valor recebido poderá sem em dinheiro ou em géneros.

A cerimónia de noivado é chamada de Magni, nesta cerimónia há uma troca de anéis. O traje da noiva para esta festa é oferecido pela família do noivo. O período de noivado dura cerca de três meses. Durante o noivado, a noiva só poderá estar na presença do seu noivo caso o seu pai ou irmão também estejam presentes.

Não há datas nem horas especiais para a realização de um casamento Muçulmano. No entanto, é proibido casar nos dias de Eid, que ocorrem depois do Ramadão e do Pilgrimage, também não pode acontecer no dia de Ashura que calha no 9.º ou 10.º dia do primeiro mês do Islão.
Depois de decidir a data, fala-se com o Íman da Mesquita, devendo de seguida o noivo preparar o presente para a noiva.

Para celebrar o casamento poderá ser qualquer homem que perceba as tradições do Islão, embora a Mesquita tenha um oficial de serviço que usualmente o faz.

Num casamento Muçulmano pode haver convidados de todas as religiões. Embora os convidados devam ter em conta que não devem usar trajes decotados ou reveladores do corpo.

Antes do casamento há uma cerimónia conhecida de Manjha que implica que a noiva seja previamente envolvida numa massagem feita com uma pasta à base de açafrão. Acontece na casa da noiva, um a dois dias antes do casamento. A noiva também é "tatuada" com henna.
Só as mulheres solteiras podem fazer a henna à noiva. Estas "tatuagens" são aplicadas nas mãos e nos pés. Depois desta cerimónia a noiva não sai de casa até ao dia do casamento. No dia do seu casamento é-lhe oferecido o traje de casamento pela família do noivo.
Henna
No dia do casamento é comum fazer-se uma procissão de amigos e familiares que acompanham o noivo de sua casa até ao local do casamento, embora o noivo passa ir de carro.
Casamento Muçulmano
A chegada do noivo é acompanhada por tambores e pelo som de mais alguns instrumentos musicais tradicionais. Na chegada, o noivo e o irmão da noiva trocam um copo de sherbet e dinheiro. As irmãs da noiva dão as boas-vindas aos convidados tocando-lhes com uma espécie de bastão decorado com flores.

Os trajes de um casamento Muçulmano a cor vermelho cereja é a cor de eleição para a noiva, mas também usam o branco. A noiva é adornada com flores e jóias. Cobrir a cabeça com um véu é sinal de respeito. O comprimento do véu pode variar, não cobre só a cabeça mas também os ombros, indo quase sempre até à cintura.
Noiva Muçulmana
O noivo pode usar um fato de seda brocada e um turbante como fato de casamento.

A cerimónia de casamento é chamada de Nikah, se não existir nenhuma área coberta é erguida uma tenda para celebrar o casamento. Em algumas cerimónias Muçulmanas, especialmente naquelas mais tradicionais, os homens e as mulheres sentam-se em locais distintos da cerimónia.
Casamento Muçulmano
Antes de ser lida uma peça selecionada do Corão, na presença de duas testemunhas Muçulmanas, o sacerdote pergunta à noiva se esta está satisfeita com o acordo e se ela concorda em casar com o noivo, e as mesmas questões são feitas ao noivo.

As duas partes ouvem um sermão relativo ao casamento. O casamento em seguida é registado, primeiro assinado pelo noivo e por duas testemunhas, a noiva assina depois. Os documentos do casamento são preenchidos na Mesquita. O noivo é levado para o lado das mulheres. Ele oferece dinheiro e presentes às irmãs da noiva. E este recebe a bênção das mulheres mais velhas da família e cumprimenta-as.
Casamento Muçulmano
Pode-se atirar confetis à noiva, só que é mais tradicional atirar moedas, pois este gesto é mais antigo. Segue-se um jantar, que é servido separadamente a mulheres e a homens. A família do noivo festeja à parte.

Depois da primeira refeição os noivos sentam-se juntos e um grande lenço é usado para cobrir as suas cabeças enquanto o sacerdote e os noivos fazem algumas orações. O Corão é mantido entre eles e é-lher permitido ver-se um ao outro através do reflexo de espelhos.

Na primeira noite de casados o noivo passa na casa da noiva, em quartos separados, junto com um irmão mais velho da noiva. Na manhã seguinte é-lhe dado roupas, dinheiro e presentes pelos pais da noiva. Na tarde seguinte, os seus familiares acompanham os noivos à sua casa.

Na casa dos noivos, dá-se a cerimónia Rukhsat, a saída do pai da noiva é feita com o pai da noiva a entregar a mão da sua filha ao noivo e pedindo-lhe para a proteger para sempre. Dão-se as despedidas finais.

Morte
Na religião Islâmica a morte é um começo de um novo mundo e todos os seres vivo morrem quando o Deus Alá quer. A morte é algo natural e presenta na vida, é uma preparação para a verdadeira existência. Os Muçulmanos preferem morrer junto da família e não de estranhos.
Cemitério Muçulmano
A cremação é proibida. As manifestações exageradas de dor também são proibidas. A autópsia é autorizada mas sempre com o máximo respeito pelo corpo do falecido.

Depois da morte, dá-se um banho ao corpo, o ritual do banho é feito por membros da família do mesmo género do falecido e deve ser realizado logo nas primeiras horas. No caso de ter sido uma morte violenta e o corpo não estiver em boas condições, pode-se chamar funcionários de uma casa fúnebre para que ponham o corpo na melhor maneira possível para o ritual do banho.

Depois do banho, envolve-se o corpo num pano simples sem adornos chamado Kafan, em geral é de algodão e de cor branca. Só os considerados "heróis" podem ser enterrados com a roupa com que morreram.
Kafan
Uma vez que o corpo está envolto no pano os familiares e amigos podem prestar as suas condolências. De seguida dá-se a oração. O corpo é transportado para um lugar ao ar livre, onde se faz as orações. Depois ocorrerá o enterro.

Tradicionalmente, o enterro faz-se sem caixão, mas em alguns países não Muçulmanos não é permitido esta prática, então nesses casos os Muçulmanos usam os caixões. No enterro só poderão estar homens presentes.
Funeral Muçulmano

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

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