As viagens na época dos descobrimentos, geralmente, eram muito longas. Normalmente eram sempre muitos homens para o tipo de embarcações, havendo sempre um excesso de pessoal. E as condições eram complicadas. No post de hoje iremos abordar algumas coisas que aconteciam durante as viagens, como era a vida nas Naus portuguesas.
Os marinheiros das naus eram, muitas vezes, criminosos obrigados pelo estado a cumprir a sua pena ao serviço dos descobrimentos devido à falta de voluntários.
Os marinheiros das naus eram, muitas vezes, criminosos obrigados pelo estado a cumprir a sua pena ao serviço dos descobrimentos devido à falta de voluntários.
Quando não eram criminosos, quem ia nas viagens eram maioritariamente jovens, só os capitães eram mais velhos, mais experientes. Eram jovens desde os 14 anos, eram apanhados à força.
Só ia mulheres abordo, autorizadas pelo rei, normalmente eram as mulheres dos capitães, governadores. Durante a viagem, as mulheres iam fechadas com as suas damas-de-companhia.
Algumas mulheres conseguiram entrar clandestinamente nos navios, há uma carta de um capitão ao rei que dizia "Senhor é preciso ter uma expeção muito mais rigorosa porque encontramos no alto mar duas mulheres escondidas no porão e a nossa esquadra não ia chegando inteira à Índia".
Os porões dos navios estavam infestados de ratos e baratas. A maioria dos tripulantes fazia as suas necessidades no chão. Por isso, uma série de doenças acabava por matar muitas pessoas a bordo. A principal causa da morte era o escorbuto, uma doença causada pela falta de vitamina C no organismo.
Também a disenteria e a tifo eram outras das doenças mais habituais.
O barbeiro era o médico também a bordo. Os métodos de medicina era sobretudo as sangrias.
A limpeza das naus era feita com vinagre.
O que era dado para comer à tripulação eram 400 gramas de um biscoito duro e salgado, distribuído diariamente. O biscoito era descrito como "fedorento" e "podre das baratas".
A tripulação recebiam todos os meses 15 kg de carne salgada, cebola, vinagre e azeite. Os capitães eram autorizados a transportar galinhas e ovelhas para completar a sua alimentação.
Cada tripulante cozinhava para si mesmo.
Cada tripulante recebia 1,4 litro de vinho e 1,4 litro de água todos os dias. A água era armazenada com condições precárias, a água chegava a causar diarreias em muitas pessoas a bordo, há documentação de que as pessoas chegavam a tapar o nariz pelo cheiro a podre da água..
Alguns marinheiros gostavam de jogar às cartas, o que era proibido, se fossem apanhados por algum frei, os baralhos eram confiscados e atirados ao mar.
A principal diversão eram apresentações de teatro, sempre com temas religiosos.
Além do teatro com temas religiosos, havia a missa quotidiana e as mesmas festas que marcavam o calendário litúrgico em terra eram celebradas a bordo, sendo, por isso, efetuadas também procissões.
A principal diversão eram apresentações de teatro, sempre com temas religiosos.
Além do teatro com temas religiosos, havia a missa quotidiana e as mesmas festas que marcavam o calendário litúrgico em terra eram celebradas a bordo, sendo, por isso, efetuadas também procissões.
Na Nau só havia um quarto (denominado "castelo"), destinado às pessoas mais importantes, como capitão do navio, mestre, piloto. Os marinheiros ou soldados dormiam no convés, porque o porão era destinado para a mercadoria.
MZ
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