segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

D. Luísa de Gusmão, Rainha de Portugal

D. Luísa de Gusmão, Rainha de Portugal

Luísa Maria Francisca de Gusmão e Sandoval nasceu em Huelva, em Espanha, a 13 de outubro de 1613.

Filha de João Manuel Peres de Gusmão, Duque de Medina Sidónia e de Joana Lourença Gomes de Sandoval e Lacerda.

Em 1621, com a subida ao trono de Filipe IV de Espanha (III de Portugal), o plano de incorporação de Portugal na Coroa de Espanha já tinha realizado duas fases: a da união pela monarquia dualista jurada em Tomar por Filipe II, prometendo o respeito pela autonomia do Governo de Portugal e a fase da anexação, durante o reinado de D. Filipe III.

No início do reinado de D. Filipe IV falta apenas consumar a absorção de Portugal. Esta fase poderia ser feita através de três caminhos, indicadas pelo Conde-Duque de Olivares:
- Realizar uma cuidadosa política de casamentos, para confundir e unificar os vassalos de Portugal e de Espanha;
- Ir o Rei Filipe IV fazer Corte temporária em Lisboa;
- Abandonar a letra e o espírito dos capítulos das Cortes de Tomar, que colocava na dependência do Governo autónomo de Portugal os portugueses admitidos nos cargos militares e administrativos do Reino e do Ultramar, passando a ser Vice-reis, Embaixadores e Oficiais palatinos de Espanha.

Dos três caminhos, aquele que era talvez o mais difícil de realizar era o da política de casamentos. O casamento de D. Luísa de Gusmão com o Duque de Bragança surgiu como uma oportunidade a não perder. Juntando assim duas importantes Casas Ducais, uma de Espanha e outra de Portugal, esperava-se por seu intermédio vir a impedir o levantamento de Portugal contra a Dinastia Filipina.

O casamento entre D. Luísa de Gusmão e D. João (futuro D. João IV de Portugal) aconteceu a 19 de dezembro de 1632. Os recém-casados só se veriam a 12 de janeiro de 1633, na ponte do Caia, dirigindo-se de seguida para a Sé Catedral de Elvas, lugar onde se procedeu à ratificação do casamento.
D. João IV, Rei de Portugal

D. João perdia-se de amores por jovens bonitas, não procurando a mulher e divertindo-se nos seus relacionamentos extraconjugais. No Paço Ducal de Vila Viçosa, onde habitavam na altura ainda como Duques, respirava-se um clima de grande cultura e musicalidade. O futuro rei dedicava-se à composição e execução de música sacra, dotando o seu espírito guerreiro e interventivo de uma espiritualidade rara.

D. Luísa de Gusmão, no entanto, apoiou a política do marido no rebelião contra a Espanha.

Após a aclamação do seu marido como Rei D. João IV de Portugal, o casal instalou-se com os filhos em Lisboa.

Do casamento nasceram sete filhos: Teodósio (1934), D. Ana (1635), D. Joana (1636), D. Catarina (1638), D. Manuel (1640), D. Afonso (1643) e D. Pedro (1648).

D. Luísa de Gusmão era Regente sempre que o Rei ia à fronteira do Alentejo, como em julho de 1643, auxiliada nos negócios públicos por D. Manuel da Cunha, Bispo Capelão-mor, Sebastião César de Meneses e o Marquês de Ferreira.

D. João IV determinou que a sua mulher, detivesse todas as terras que tinham pertencido à anterior Rainha D. Catarina, com as respetivas rendas, direitos reais, tributos e ofícios, padroados, e toda a jurisdição e alcaidarias mores, de acordo com a Ordenação Manuelina.

As terras que lhe foram entregues eram: Silves, Faro, Alvor, Alenquer, Sintra, Aldeia Galega e Aldeia Gavinha, Óbidos, Caldas da Rainha e Salir do Porto.

Por Carta de 10 de janeiro de 1643 foram confirmadas as doações e jurisdição das Rainhas. A 9 de fevereiro do mesmo ano, foram doadas a D. Luísa de Gusmão as terras da Chamusca e Ulme, mais bens pertencentes ao morgado Rui Gomes da Silva e ainda o reguengo de Nespererira, Monção e Vila Nova de Foz Côa.

Com a morte do seu marido, em 1656, segundo o testamento de D. João IV, D. Luísa foi nomeada Regente durante a menoridade do seu filho, D. Afonso VI, aclamado no Paço da Ribeira a 15 de novembro de 1656, aos 13 anos.

Procurou organizar o Governo de modo a impor-se às fações palacianas em jogo. Nomeou D. Francisco de Faro e Noronha, Conde de Odemira, para aio do monarca e manteve os ofícios da Casa Real nas mãos dos que os exerciam no tempo do marido.

Faleceu em Lisboa, a 27 de fevereiro de 1666. Encontra-se sepultada no Panteão dos Braganças, no Mosteiro de São Vicente de Fora em Lisboa.

Para a História ficaria conhecida como a mulher que, confrontada com as hesitações do seu marido em encabeçar as lutas contra D. Filipe IV de Espanha, referiu: "Antes Rainha por um dia, do que Duquesa por uma vida".

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim

1 comentário:

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