Ruth Ellis nasceu a 9 de outubro de 1926, em Rhyl, no País de Gales.
Durante a sua infância, mudou-se com a família para Hampshire e, em 1941, para Londres. Na sua adolescência, Ruth entrou no mundo das boates de Londres, o que a levou a uma vida caótica que incluiu vários relacionamentos com homens.
Um dos seus relacionamentos foi com David Blakely, um piloto de corridas noivo de outra mulher. No domingo de Páscoa, 10 de abril de 1955, Ruth disparou em David no bar Magdala, em Hampstead e foi imediatamente detida por um policia que se encontrava fora de serviço.
No seu julgamento em junho de 1955, foi considerada culpada de assassinato e sentenciada à morte.
Foi enforcada a 13 de julho de 1955, na Prisão de Holloway, em Londres, na Inglaterra.
Como era costume nas execuções, foi enterrada numa sepultura sem identificação dentro das paredes da prisão.
No início dos anos 1970, os restos mortais de mulheres executadas foram exumados para serem enterrados noutro local, o corpo de Ruth Ellis foi colocado no cemitério da Igreja de St. Mary em Amersham, Buckinghamshire. Na sua lápide foi escrito "Ruth Hornby 1926-1955". O filho de Ruth, Andy, destruiu a lápide pouco antes de se suicidar, em 1982.
O caso de Ruth causou uma grande controvérsia na época, levando a um especial interesse da imprensa e do público. No dia da sua execução, a colunista do Daily Mirror, Cassandra escreveu uma coluna atacando a sentença, escrevendo: "A única coisa que dá estrutura e dignidade à humanidade e nos eleva acima dos animais terá sido negada a Ruth - a piedade e a esperança da redenção final",
A petição ao Ministério do Interior pedindo clemência foi assinada por 50 mil pessoas, mas o Secretário do Interior conservador, o major Gwilym Lloyd George, rejeitou-a.
No noticiário britânico Pathé ao se falar da execução de Ruth Ellis questionou-se abertamente a pena de morta, de uma mulher ou de qualquer pessoa, ainda teria lugar no séc. XX.
Embora a execução tenha sido em geral apoiada pelo público britânico, esta ajudou a fortalecer o apoio à abolição da pena de morte, que foi interrompida na prática por assassinato na Grã-Bretanha dez anos depois.
Ruth era casada com George Ellis, que após a morte da mulher entregou-se ao alcoolismo e morreu por suicídio, enforcando-se num hotel em Jersey a 2 de agosto de 1958.
O filho, Andy, que tinha 10 anos na altura da sentença da sua mãe, suicidou-se em 1982. O juiz da primeira instância, Sir Cecil Havers, enviou dinheiro todos os anos para a educação de Andy, e Christmas Humphreys, o advogado de acusaão do julgamento de Ruth, pagou o seu funeral.
A filha de Ruth, Georgina, que tinha três anos na época do enforcamento da mãe, foi adotada depois da morte do seu pai. Morreu aos 50 anos, vítima de cancro.
Fonte: Bastidores da História | Wikipédia
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