domingo, 21 de abril de 2019

As Estátuas que Cantavam

Colossos de Mêmnon - Egito
O seu nome é Colossos de Mêmnon, trata-se de duas estátuas gigantes do Faraó Amenhotep III da XVIII Dinastia, situadas na necrópole da antiga cidade de Tebas, no Egito.

As estátuas eram guardiãs do templo funerário do Faraó. O templo tinha cerca de 385 mil metros, sendo um dos maiores da Antiguidade, mas foi completamente destruído pelas inundações do rio Nilo e à extração de minerais.

As estátuas retratam o Faraó Amehotep sentado no trono com as mãos pousadas sobre os joelhos, em cada lado das suas pernas está a sua mãe, Mutemuia, e a sua principal esposa, a Rainha Tié. Nos dois lados do trono está a representação do sema-taui, símbolo que significava a união entre o Alto e o Baixo Egito.

As estátuas de quartzito, possuem cerca de 18 metros, com 1300 toneladas. O responsável pelo transporte dos blocos foi o vizir e arquiteto Amenófis, filho de Hapu.
Amenófis, filho de Hapu
Um sismo em 27 a.C., abriu uma fenda no colosso norte, a partir de então todas as manhãs ocorria no local um fenómeno estranho segundo o qual a estátua "cantaria". O que acontecia era que a acumulação de humidade durante a noite evaporava com o surgimento dos primeiros raios de sol, emitindo um som, que se assemelhava a uma cítara.

No começo da Era Cristã, os gregos visitavam o local e associaram a estátua norte ao herói Mêmnon, filho de Eos. De acordo com a lenda homérica, este herói, morto na guerra de Tróia, recebeu a imortalidade de Zeus, dedicando-se a chamar pela sua mãe todas as manhãs.

Por mais de dois séculos, as estátuas levaram turistas de terras distantes, incluindo vários Imperadores romanos a visitá-las. Muitos deles deixaram inscrições na base da estátua relatando se eles tinham ouvido o som ou não. Cerca de 90 inscrições ainda são legíveis atualmente.

Em 199 d.C. o Imperador Romano Septímio Severo mando restaurar a estátua, que a partir de então parou de cantar.
Imperador Romano Septimius Severus
Atualmente, uma estrada moderna corre ao longo das ruínas do templo, a poucos metros do precipício das estátuas, e agora trata-se de uma grande atração turística.

O Faraó Amenhotep III ou Amenófis III, terá reinado cerca de 40 anos, cujos anos corresponderam a uma era de paz, prosperidade e de esplendor artístico no Antigo Egito. Estima-se que governou entre 1389 a.C. a 1351 a.C. ou entre 1391 a.C. a 1353 a.C.
Faraó Egípcio Amenhotep III 

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

Sem comentários:

Enviar um comentário