O Homem de Cherchen |
Marc e os europeus que o acompanhavam estavam mais interessados em ruínas da época clássica do que em corpos mumificados, tiraram algumas fotos e fizeram, nos seus livros, referências de passagem a estes cadáveres fora do comum, mas não os investigaram.
Só em 1978, arqueólogos chineses liderados pelo professor Wang Binghua deram com estes corpos, ao fazerem os estudos preliminares das áreas em que seriam implantados projetos ferroviários e oleodutos.
Na grande maioria, as múmias estavam muito bem preservadas, tinham aparência caucasiana, cabelos louros, ruivos e castanho-avermelhados. Tinham órbitas profundas, narizes longos, barbas cerradas e a constituição era alta.
Os corpos tinham roupas de lã de padrão axadrezado, à moda celta e tinham acessórios ocidentais, como chapéus negros cónicos, boinas de tipo escocês e bonés ao estilo "Robin hood".
Em 1988 o professor Victor Mair, da Universidade da Pensilvânia, numa visita a um pequeno museu em Ürumchï, capital da remota província de Xinjiang, deparou-se com uma destas múmias e decidiu investigá-la - O Homem de Cherchen (representado na imagem principal do post).
Tratava-se do corpo estendido de um homem com pouco mais de 1,80m de altura, trajado com uma túnida de lã de corte elegante que combinava com as caças cor de vinho. Usava longas meias justas às riscas em tons de amarelo, vermelho e azul.
O seu rosto era fino e pálido, cor de marfim, com as maçãs do rosto proeminentes, lábios grossos e nariz longo. O cabelo era castanho-louro e a barba era grisalha.
Os arqueólogos locais chamaram-no de "Homem de Cherchen" devido ao nome do município em que foi encontrado. A datação do corpo feita com carbono radioativo mostrou que ele andara por Tarim Basin no séc. XI a.C.
O Homem de Cherchen - corpo inteiro |
MZ
Sem comentários:
Enviar um comentário