Bruxas de Salem - Parte 1: https://imagenschistoria.blogspot.com/2019/04/bruxas-de-salem-parte-1.html
Julgamento das Bruxas de Salem |
Com o caos instalado e a paranóia a reinar por aquelas zonas, a caça às bruxas começou: durante meses, o objetivo das autoridades era detetar as bruxas que se escondiam em Salem e destruí-las.
O medo era tal que as acusações começaram a ser disparadas em todas as direções - Martha Corey, uma mulher devota e que se dedicava frequentemente a questões relacionadas com a igreja local, foi acusada pelos magistrados de bruxaria.
Martha Corey com os seus perseguidores |
Outro dos casos que chocou a população foi o de Dorothy, a filha de 4 anos de Sarah Good – após horas de interrogatório e perante as respostas tímidas da criança, as autoridades acabaram por encarar tudo o que disse como uma confissão.
Com a quantidade de acusações que surgiam, foi criado, em maio de 1692, um tribunal especial para tratar destes casos.
O primeiro a ser julgado neste tribunal foi, segundo a revista da Smithsonian, o de Bridget Bishop, uma mulher idosa que era conhecida em Salem por ser muito coscuvilheira e promiscua.
Bridget Bishop |
Seguiram-se cinco enforcamentos em julho, outros cinco em agosto e oito em setembro. Ao todo, mais de 200 pessoas foram acusadas de bruxaria e 20 foram mesmo executadas.
Cotton Mather era um respeitado ministro puritano da zona de Nova Inglaterra. Aquando das primeiras condenações, decidiu intervir, enviando uma carta ao tribunal especial na qual pedia que testemunhos relacionados com sonhos e visões não fossem aceites como prova. O tribunal começou por ignorar este pedido e continuou a condenar várias pessoas à morte.
Cotton Mather |
Increase Mather |
Este foi substituído pelo Supremo Tribunal Judiciário, que não permitia o uso de sonhos e visões como provas e apenas condenou três das 56 pessoas suspeitas de bruxaria.
Em maio de 1963, Phipps perdoou todos os que tinham sido detidos por suspeitas de ligação a crimes de bruxaria e a paranóia em torno deste fenómeno acabou por de dissipar.
Mas até que esse dia chegasse, 19 pessoas foram enforcadas em Gallows Hill, um homem foi esmagado até à morte por grandes blocos de pedra e dezenas perderam a vida na prisão.
Gallows Hill |
A 14 de janeiro de 1697, o Tribunal Geral de Massachusetts ordenou que, durante um dia, a população jejuasse e dedicasse um dia à introspeção, em memória das vítimas dos julgamentos de Salem.
Mais tarde, em 1702, este tribunal considerou que os julgamentos tinham sido ilegais e, em 1711, o Governo ‘limpou’ os nomes de todos os que tinham sido condenados e atribuiu cerca de 600 libras aos herdeiros das vítimas.
No entanto, de acordo com o Smithsonian, só em 1957 – ou seja, 250 anos depois da tragédia – é que o estado de Massachusetts formalizou um pedido de desculpas aos descendentes das vítimas.
MZ
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