quarta-feira, 17 de abril de 2019

Bruxas de Salem - Parte 1

Julgamento das Bruxas de Salem
As bruxas de Salem inspiram várias histórias, músicas e filmes.

Por volta de 1300, a "bruxaria" começou a ganhar terreno na Europa, muitos cristãos e outros crentes defendiam que o diabo conseguia dar poderes a certas pessoas, permitindo-lhes lançar feitiços contra outros e amaldiçoar quem as rodeava.

Numa Europa profundamente devota e temente a Deus, a ideia de certas mulheres serem possuídas pelo Diabo e andarem a espalhar o mal era totalmente inconcebível. Daí que, à mínima suspeita de envolvimento em atos de bruxaria, a condenação à morte era o mais comum.

A história das bruxas de Salem surge quando a perseguição às bruxas começa a desaparecer na Europa (1692), mas as circunstâncias da altura levaram a que o fenómeno da bruxaria ganhasse força nesta região.

Com a Guerra do rei William (as batalhas que foram travadas na América durante a Guerra dos Nove Anos), muitas zonas foram devastadas e milhares de pessoas foram obrigadas a deixar as suas casas e a refugiarem-se noutras regiões: uma delas foi a vila de Salem, na baía de Massachusetts.

A vinda destes refugiados gerou um clima de desconfiança em Salem – as famílias da terra, que viviam da economia gerada pela baía, não queriam ver-se envolvidas com os que tinham acabado de chegar, que se dedicava principalmente à agricultura.

Para além disso, a nomeação do reverendo Samuel Parris, em 1689, como ministro puritano de Salem, gerou alguma controvérsia – muitos não gostavam do reverendo, descrevendo-o como uma pessoa rígida e avarenta. 
Samuel Parris
Os habitantes daquela vila começaram a encarar as mudanças negativas que surgiam nos últimos tempos como uma obra do Diabo e temeram o que ainda estaria para vir.

O que não estavam à espera era que a ‘maldição’ surgisse precisamente no seio da Igreja. Em janeiro de 1692, a filha do reverendo Parris, Elizabeth, de 9 anos, e a sua sobrinha, Abigail, de 11, começaram a exibir comportamentos esquisitos. Gritavam, atiravam com vários objetos, faziam sons esquisitos e contorciam-se de uma forma peculiar.

O médico daquela região não teve dúvidas, tratava-se de algo sobrenatural. Entretanto, outra menina de 11 anos, chamada Ann Putnam, começou a exibir sintomas semelhantes.

Pressionadas pelos magistrados Jonathan Corwin e John Hathorne, as três raparigas acabaram por apontar o dedo às pessoas que, alegadamente, as tinham enfeitiçado: Tituba, a escrava afro-caribenha do reverendo Parris, Sarah Good, uma mulher sem-abrigo, e Sarah Osborne, uma idosa que vivia na pobreza.
Tituba
As três mulheres foram interrogadas ao longo de vários dias. Osborne e Good declaram-se inocentes, mas Tituba acabou por confessar: “o Diabo apareceu-me e obrigou-me a servi-lo”.

Durante o interrogatório, descreveu as imagens de cães negros, gatos encarnados, pássaros amarelos e um homem negro, “que queria que eu assinasse o seu livro”.

A escrava disse que existiam outras bruxas "à solta", que tinham como objetivo destruir os puritanos. As três mulheres acabaram por ser detidas.

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

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