quinta-feira, 6 de maio de 2021

O Caso das Máscaras de Chumbo

Máscaras de chumbo e o bilhete, encontrados juntos aos corpos
Fonte: Fuga da Caverna

A 20 de agosto de 1966, Jorge da Costa, de 18 anos, estava a andar pelo Morro do Vintém, em Niterói, no Rio de Janeiro, quando viu algo incomum. O rapaz andava na zona à procura do lugar perfeito para lançar o seu papagaio, mas acabou por encontrar dois corpos deitados no chão.

Os corpos estavam vestidos com sobretudos e tinham umas curiosas máscaras de chumbo, que eram antigamente utilizadas para o tratamento de materiais radioativos.

Os corpos eram de Manoel Pereira da Cruz e de Miguel José Viana, moradores do Campos dos Goytacazes.
Vítimas do Caso Máscaras de Chumbo
Fonte: Wikipédia

Ao lado dos corpos estavam duas toalhas secas e uma garrafa de água vazia. No bolso de um dos homens, estava a pista mais insólita de todas, um bilhete escrito à mão, dizia: 
"16:30 Hs está local determinado.
18:30 Hs ingerir cápsula após o efeito,
proteger metais aguardar sinal máscara".

Apesar do bilhete falar de uma cápsula desconhecida, a polícia não realizou qualquer exame toxicológico nos corpos. Então, nunca se soube se Manoel e Miguel realmente ingeriram alguma substância estranha.

Os corpos não apresentavam sinais de violência ou de uso de armas, a polícia então descartou a teoria de homicídio. Devido ao vestuário e das máscaras de chumbo, os corpos foram examinados para procurar qualquer material radioativo, que não foi detetado.

Foram criadas diversas teorias em volta deste mistério. Muitas pessoas acreditavam que as mortes teriam sido causadas por seres extraterrestres.

A teoria mais aceite veio de um amigo de um dos falecidos. Segundo a testemunha, Manoel e Miguel eram membros de uma seita religiosa científico-espiritualista, que envolvia experimentar drogas psicotrópicas. Assim, os dois teriam morrido após uma intensa e infeliz viagem psicodélica.

Para solucionar o caso, os investigadores decidiram reconstruir os últimos dias das vítimas. Descobriu-se, então, que os dois teriam saído das suas casas no dia 17 de agosto. As suas mulheres, disseram que eles tinham viajado para São Paulo para comprarem material de trabalho.

De autocarro, chegaram a Niterói às 14h30. Foram até uma loja, onde compraram capas impermeáveis, e foram até a um bar, onde compraram a garrafa de água.

No bar, Miguel parecia nervoso e olhava para o relógio constantemente. Em seguida, seguiram para o Morro do Vintém, onde foram encontrados dias depois.

Uma testemunha afirma que os homens chegaram ao local da morte num jipe, acompanhados por outros dois homens, que nunca foram encontrados.

Um facto que chama a atenção é que um dos homens quando saiu de casa, com uma quantia de dinheiro disse à mulher que iria a São Paulo para comprar um carro. No entanto, como os factos indicam, os dois tinham outro destino, Niterói.

Quando os corpos foram encontrados, havia uma pequena parte do dinheiro junto dos corpos. As hipóteses de que sofreram um roubo bem planeado, ou que foram vítimas de algum tipo de golpe também foram levantadas na época.

O caso permanece sem qualquer solução até hoje.


Fonte: Aventuras na História | Wikipédia | History

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

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