Filha do rei da França, Luís XI e de Carlota de Saboia.
Pais de Joana de Valois, Luís XI e Carlota de Saboia |
Foi odiada pelo pai por ter nascido mulher e ter nascido doente e aleijada. Acabou por ser educada por guardiões num castelo distante, sem conforto, viveu uma intensa solidão e por isso talvez tenha-se devotado tanto e tão cedo a Deus e à Virgem Maria.
Foi obrigada a casar-se em 1476, com Luís de Orléans, Duque de Orléans, o seu primo e herdeiro do trono, Joana acaba por sofrer porque o marido a odiava, que lhe foi imposta por razões de Estado e a que a humilhava em público.
Marido de Joana de Valois, Luís XII |
Assim que subiu ao trono, por morte de Carlos VIII, o seu cunhado, Luís XII obteve anulação do casamento em Roma, em 1498 considerado inválido por falta de consentimento e por jamais ter sido consumado, ainda assim o casamento durou 22 anos.
Joana tornou-se Duquesa de Berry, recebendo a província para governar. Joana passou a viver em Bourges, e preencheu completamente os seus deveres e se devotou ao bem-estar dos súbditos.
Em 1500, com o seu diretor de consciência franciscano, Gilbert Nicolas, Joana fundou a Ordem da Anunciação, ordem de prece e penitência, cuja regra principal era imitar as virtudes de Maria como narradas nos Evangelhos.
No fim da vida fez os votos, abandonou a aliança de casamento e vestiu o hábito, por baixo das vestes formais, adotando o nome de Irmã Joana Mariana.
Apesar de má saúde, em constante sofrimento, tinha-se penitenciado todos os dias, e se recolhia muitas horas em oração. Joana rezava incessantemente pelo marido, e deixou como orientação à Ordem rezar pela alma dele, pela do seu irmão e pela do seu pai.
Milagres aconteceram, após a sua morte, e em 1514 o Papa Leão X permitiu às Anunciadas honrarem-na por um ofício especial.
Joana foi beatificada pelo Papa Bento XIV, a 18 de junho de 1742, e depois canonizada por Pio XII, em 1950.
MZ
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