A hemofilia é uma doença genética essencialmente hereditária que compromete a capacidade do corpo em formar coágulos sanguíneos, um processo essencial para para as hemorragias. Esta condição leva a que as pessoas sangrem facilmente ou com frequência mesmo que sejam por pequenas lesões, o que facilmente se torna em contusões e aumenta o risco de hemorragias nas articulações ou no cérebro.
A Hemofilia passou a ser conhecida como a doença da realeza porque as monarquias europeias compartilharam esta doença desde que a Rainha Victoria I da Inglaterra deu à luz os seus nove filhos nascidos do seu casamento com o Príncipe Albert. A Rainha era portadora do gene da hemofilia, e passou esta "herança" a três dos seus filhos e estes por si passaram os genes também e "enfraqueceram" o sangue azul da aristocracia europeia.
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| Rainha Victoria I de Inglaterra |
Se fosse resultado de um caso extraconjugal, seria provável que a princesa Victoria de Saxony Coburg (mãe de Vitória) tivesse tido um caso fora do seu casamento, e o amante que seria portador do gene teria o passado à filha.
Desta forma, um "assunto" aristocrático iniciaria o legado maldito da doença real. A grande tragédia que aguardaria os sucessores do trono, todas as crianças, netos e bisnetos da "avó da Europa".
Thomas Dormandy no seu livro The Worst Evil: The Struggle disse: "O primeiro portador do gene da hemofilia mutante era sem dúvida a Rainha Victoria. A doença é transmitida à sua prole por transportadoras femininas sem sintomas. A Czarina, a princesa de Hesse, era neta da rainha Victoria por parte da mãe. A rainha tinha duas outras filhas portadoras do gene, que também tinham hemofílicos e que, portanto, transmitiram o gene aos membros da realeza inglesa e espanhola".
Os membros da realeza afetados foram:
https://hemofiliavida.blogspot.com/2017/09/o-misterio-da-hemofilia-da-rainha.htmlAlice - Princesa do Reino Unido
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| Alice, Princesa do Reino Unido |
Relação à Rainha Vitória: Filha
Condição da doença: Apenas portadora da doença
Nascimento: 25 de abril de 1843, em Londres, na Inglaterra
Pai: Príncipe Albert de Saxe-Coburgo-Gota
Mãe: Rainha Vitória I de Inglaterra
Cônjuge: Luís IV, Grão-Duque de Hesse
Filhos: Teve sete filhos
Filhos com o gene: Três dos sete filhos
Morte: 14 de dezembro de 1878, Darmstadt, no Império Alemão (atual Alemanha)
Causa da morte: Morreu de difteria
Curiosidade: A sua morte teve um grande impacto emocional tanto na Grã-Bretanha como em Hesse. O The Times escreveu: "As pessoas mais humildes sentiam afinidade com uma princesa que era o modelo da virtude familiar como filha, irmã, esposa e mãe (...) A sua compaixão abundante procurou fontes de ajuda para o grande desperdício desconhecido do sofrimento humano."
Leopoldo - Duque de Albany
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| Leopoldo, Duque de Albany |
Relação à Rainha Vitória: Filho
Condição da doença: Portador e sofria da doença
Nascimento: 7 de abril de 1853, em Londres, na Inglaterra
Pai: Príncipe Albert de Saxe-Coburgo-Gota
Mãe: Rainha Vitória I de Inglaterra
Cônjuge: Helena de Waldeck e Pyrmont
Filhos: Teve dois filhos
Filhos com o gene: A filha Alice
Morte: 28 de março de 1884, Cannes, na França
Causa da morte: Em fevereiro de 1884, por ordens médicas, o príncipe foi a Cannes por causa do clima de inverno de Inglaterra que se tornavam perigosas para si. A sua mulher, então grávida, permaneceu em casa mas pediu para que ele fosse. A 27 de março, escorregou e caiu no chão de Villa Nevada, magoando-se no joelho. Morreu nas primeiras horas da manhã seguinte, aparentemente dos efeitos da morfina que lhe foi dada e do vinho que lhe foi servido ao jantar.
Curiosidade: Tendo o gene da hemofilia, Leopoldo passou a maior parte da sua infância como um semi-inválido. Mas a doença não o impediu de se formar, formou-se em Direito Civil em 1876. Viajou pela Europa em 1880 e fez uma viagem pelo Canadá e EUA. Incapaz de ter uma carreira militar devido à sua doença, Leopoldo tornou-se patrono das artes e da literatura.
Leopoldo cansado do desejo da sua mãe de mantê-lo em casa, via o casamento como a sua única esperança de independência. Devido à doença, não teve muito tempo para procurar uma esposa, e a sua mãe tomava parte em prevenir o que ela via como possibilidades inconvenientes. Insistindo que os filhos de soberanos britânicos deveriam casar-se com membros de outras famílias reinantes e protestantes. Então a rainha Victoria sugeriu Helena, filha de Jorge Vitor, príncipe de Waldeck e Pyrmont. O casamento aconteceu a 27 de abril de 1882, no Castelo de Windsor. Leopoldo morreu apenas dois anos depois de se casar, aos 30 anos.
Beatriz - Princesa do Reino Unido
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| Beatriz, Princesa do Reino Unido |
Relação à Rainha Vitória: Filha
Condição da doença: Apenas portadora da doença
Nascimento: 14 de abril de 1857, em Londres, na Inglaterra
Pai: Príncipe Albert de Saxe-Coburgo-Gota
Mãe: Rainha Vitória I de Inglaterra
Cônjuge: Henrique de Battenberg
Filhos: Teve quatro filhos
Filhos com o gene: Três dos quatro filhos foram portadores da doença
Morte: 26 de outubro de 1944, em Balcombe, na Inglaterra
Causa da morte: Morreu enquanto dormia aos 87 anos de idade
Curiosidade: Beatriz apaixonou-se pelo seu futuro marido, e Victoria só concordou com a união depois de muita persuasão, aceitando sob a condição de que Beatriz e Henrique vivessem com ela e que a filha continuasse na sua função extraoficial de secretária particular. A princesa permaneceu ao lado de Victoria até esta morrer em 1901. Dedicou os 30 anos seguintes a editar os diários da sua mãe como sua executora literária designada.
Alice - Princesa do Reino Unido e Condessa de Athlone
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| Alice, Princesa do Reino Unido e Condessa de Athlone |
Relação à Rainha Vitória: Neta
Condição da doença: Apenas portadora da doença
Nascimento: 25 de fevereiro de 1883, em Windsor, na Inglaterra
Pai: Leopoldo, Duque de Albany
Mãe: Helena de Waldeck e Pyrmont
Cônjuge: Alexandre de Teck
Filhos: Teve dois filhos
Filhos com o gene: Um apenas com o gene
Morte: 3 de janeiro de 1981, em Londres, na Inglaterra
Causa da morte: Faleceu aos 97 anos de idade e 312 dias, de causas naturais.
Curiosidade: Durante a Segunda Guerra Mundial foi comandante honorária da divisão feminina da Royal Canadian Air Force. Em 1950, tornou-se a primeira chanceler da Universidade das Índias Ocidentais.
Até à sua época, foi a princesa de sangue real que viveu mais tempo, e a última neta sobrevivente da rainha Victoria.
Rupert - Visconde de Trematon
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| Rupert em bebé, com a sua mãe Alice e a sua irmã May |
Nome: Rupert Alexander George Cambridge
Relação à Rainha Vitória: Bisneto
Condição da doença: Portador e sofria da doença
Nascimento: 24 de agosto de 1907, em Claremont, na Inglaterra
Pai: Alexandre de Teck
Mãe: Alice, Princesa do Reino Unido e Condessa de Athlone
Cônjuge: Não casou
Filhos: Sem descendência
Filhos com o gene: -
Morte: 15 de abril de 1928, Belleville, em França
Causa da morte: Hemorragia cerebral após ter um acidente de carro
Curiosidade: A 1 de abril de 1928, o Rupert estava a conduzir com dois amigos na estrada que ia de Paris a Lyon. Ao ultrapassar um carro, o seu carro atingiu uma árvore e capotou. Um dos seus amigos morreu na hora devido aos ferimentos. Rupert foi levado para um hospital com uma leve fratura no crânio. Mas Rupert nunca recuperou e morreu na madrugada de 15 de abril.
Victoria Eugenie - Princesa de Battenberg
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| Victoria Eugenie, Princesa de Battenberg |
Relação à Rainha Vitória: Neta
Condição da doença: Apenas portadora da doença
Nascimento: 24 de outubro de 1887, em Aberdeenshire, na Escócia
Pai: Henrique de Battenberg
Mãe: Beatriz, Princesa do Reino Unido
Cônjuge: Afonso III, Rei de Espanha
Filhos: Teve seis filhos
Filhos com o gene: Dois dos filhos foram portadores da doença
Morte: 15 de abril de 1969, em Lausana, na Suíça
Causa da morte: Morreu aos 81 anos de idade, exatamente 38 anos depois de ter deixado Espanha para o exílio, terá morrido de causas naturais
Curiosidade: Victoria ficou isolada do povo espanhol e tornou-se pouco popular no seu novo país. A sua vida de casada melhorou quando deu à luz um filho, Afonso. No entanto, quando o príncipe foi circuncizado, os médicos repararam que a hemorragia não parava, foram os primeiros sinais de que o infante tinha herdado a doença, alegadamente o seu marido nunca a perdoou por este acontecimento. O casal teve sete filhos, cinco rapazes e duas raparigas, depois do nascimento dos filhos, a sua relação com o marido piorou e ele teve várias amantes. Victoria então dedicou-se a ajudar hospitais e serviços para os pobres, bem como na área da educação e ensino, envolvendo-se ainda na reorganização da Cruz Vermelha espanhola.
Leopoldo - Lorde de Mountbatten
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| Leopoldo, Lorde de Mountbatten |
Relação à Rainha Vitória: Neto
Condição da doença: Portador e sofria da doença
Nascimento: 1 de maio de 1889, em Berkshire, na Inglaterra
Pai: Henrique de Battenberg
Mãe: Beatriz, Princesa do Reino Unido
Cônjuge: Não casou
Filhos: Sem descendência
Filhos com o gene: -
Morte: 23 de abril de 1922, em Kesington, na Inglaterra
Causa da morte: Morreu durante uma operação ao joelho
Curiosidade: Em julho de 1917, o sentimento anti-germânico durante a Primeira Guerra Mundial fez o rei Jorge V da Inglaterra mudar o nome da Casa Real de Casa de Saxe-Coburgo-Gota para Casa de Windsor. Foi também proibido o uso de todos os títulos e estilos germânicos. Assim, Leopoldotornou-se "Sir Leopold Mountbatten". Em setembro desse ano, tornou-se "Lorde Leopold Mountbatten".
Maurice - Príncipe de Battenberg
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| Maurice, Príncipe de Battenberg |
Relação à Rainha Vitória: Neto
Condição da doença: Portador e sofria da doença
Nascimento: 3 de outubro de 1891, em Aberdeenshire, na Escócia
Pai: Henrique de Battenberg
Mãe: Beatriz, Princesa do Reino Unido
Cônjuge: Não casou
Filhos: Sem descendência
Filhos com o gene: -
Morte: 27 de outubro de 1914
Causa da morte: Durante a Primeira Guerra Mundial lutou em King's Royal Rifle Corps, morreu em serviço em 1914
Curiosidade: Foi educado na prestigiada Wellington College, em Berkshire, tendo sido um membro da casa de Benson.
Afonso - Príncipe das Astúrias e Conde de Covadonga
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| Afonso, Príncipe das Astúrias e Conde de Covadonga |
Relação à Rainha Vitória: Bisneto
Condição da doença: Portador e sofria da doença
Nascimento: 10 de maio de 1907, em Madrid, em Espanha
Pai: Afonso III, Rei de Espanha
Mãe: Victoria Eugenie, Princesa de Battenberg
Cônjuge(s): Edelmira Sampedro y Robato e Marta Esther Rocafort-Altuzarra
Filhos: Sem descendência
Filhos com o gene: -
Morte: 6 de setembro de 1938, em Miami, nos EUA
Causa da morte: Morreu de acidente de carro, aos 31 anos de idade
Curiosidade: Era o herdeiro aparente do trono de Espanha desde o seu nascimento até renunciar aos seus direitos em 1933. Casou-se duas vezes e os dois acabaram em divórcio sem deixar descendência
Gonçalo - Infante de Espanha
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| Gonçalo, Infante de Espanha |
Relação à Rainha Vitória: Bisneto
Condição da doença: Portador e sofria da doença
Nascimento: 24 de outubro de 1914, em Madrid, em Espanha
Pai: Afonso III, Rei de Espanha
Mãe: Victoria Eugenie, Princesa de Battenberg
Cônjuge: Não casou
Filhos: Sem descendência
Filhos com o gene: -
Morte: 13 de agosto de 1934, em Krumpendorf, na Áustria
Causa da morte: Morreu com uma hemorragia interna devido a um acidente de automóvel, que era conduzido pela sua irmã Beatriz
Curiosidade: Após a proclamação da Segunda República Espanhola, no dia 14 de abril de 1931, acompanhou a sua família para o exílio.
Luísa - Princesa de Hesse e Reno e Princesa da Prússia
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| Luísa, Princesa de Hesse e Reno e Princesa da Prússia |
Relação à Rainha Vitória: Neta
Condição da doença: Apenas portadora da doença
Nascimento: 11 de julho de 1866, em Darmstadt, no Império Alemão (atual Alemanha)
Pai: Luís IV, Grão-Duque de Hesse
Mãe: Alice, Princesa do Reino Unido
Cônjuge: Henrique da Prússia
Filhos: Teve três filhos
Filhos com o gene: Dois filhos
Morte: 11 de novembro de 1953, Hemmerlmark, na então Alemanha Ocidental
Causa da morte: Morreu de causas naturais aos 87 anos de idade
Curiosidade: O nome Irene deriva do grego e significa "paz" e recebeu este nome por ter nascido no final da Guerra Austro-Prussiana. Alice, a sua mãe, considerava-a uma criança pouco atraente e, uma vez, chegou mesmo a dizer à sua irmã Victoria que achava que a sua filha "não era bonita". Embora não possuísse a mesma beleza da sua irmã Isabel, Irene compensava-a com uma personalidade alegre e descontraída.
Frederico - Príncipe de Hesse e Reno
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| Frederico, Príncipe de Hesse e Reno |
Relação à Rainha Vitória: Neto
Condição da doença: Portador e sofria da doença
Nascimento: 7 de outubro de 1869, em Hesse-Darmstadt, no Império Alemão (atual Alemanha)
Pai: Luís IV, Grão-Duque de Hesse
Mãe: Alice, Princesa do Reino Unido
Cônjuge: Não casou
Filhos: Sem descendência
Filhos com o gene: -
Morte: 29 de maio de 1873, em Hesse-Darmstadt, no Império Alemão (atual Alemanha)
Causa da morte: Frederico estava a brincar com o seu irmão Ernesto no quarto da mãe. Ernesto correu até a outro quarto que ficava ao lado e espreitou pela janela para o irmão. Alice saiu do quarto para ir tirar Ernesto de perto da janela e, quando o fez, Frederico subiu numa cadeira ao pé da janela aberta para poder ver o irmão. A cadeira caiu e Frederico deu uma queda de cerca de dois metros de altura, aterrando num arbusto. Sobreviveu à queda e poderia ter sido apenas um pequeno acidente se não fosse um hemofílico, morreu horas depois em consequência de uma grave hemorragia cerebral, tinha três anos de idade
Curiosidade: Era chamado de "Frittie" pela família e era descrito como alegre e inquieto apesar da sua doença. A sua doença foi diagnosticada alguns meses antes da sua morte, quando se cortou acidentalmente a orelha e sangrou durante três dias apesar dos esforços médicos e dos pais para cicatrizar a ferida. O diagnóstico foi recebido com surpresa entre as famílias reais europeias, uma vez que tinham passado já 20 anos desde que fora diagnosticada ao príncipe Leopoldo e o novo diagnóstico provava que não tinha sido, definitivamente erradicada.
Alexandra Feodorovna - Princesa Alice de Hesse e Reno
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| Czarina Alexandra Feodorovna com o filho, Alexei |
Relação à Rainha Vitória: Neta
Condição da doença: Apenas portadora da doença
Nascimento: 6 de junho de 1872, Darmstadt, no Império Alemão (atual Alemanha)
Pai: Luís IV, Grão-Duque de Hesse
Mãe: Alice, Princesa do Reino Unido
Cônjuge: Czar Nicolau II da Rússia
Filhos: Teve cinco filhos
Filhos com o gene: Apenas o rapaz sofria de hemofilia, não se sabe se as filhas teriam o gene
Morte: 17 de julho de 1918, Ecaterimburgo, na Rússia
Causa da morte: Assassinada pelos bolcheviques durante a Revolução Russa
Curiosidade: Alexandra casou-se relativamente tarde para a época, principalmente por ter recusado casar-se com o príncipe Alberto Vítor, Duque de Clarence, apesar da forte pressão familiar. Há quem diga que a rainha Victoria queria que os seus netos se casassem, mas como gostava muito desta neta, aceitou a sua decisão. Victoria chegou a afirmar que estava orgulhosa da sua neta por esta a enfrentar, algo que muitas pessoas, incluindo o seu próprio filho, não se atreviam a fazer. Mas a ainda Alice, já tinha conhecido e estava apaixonada pelo futuro Czar da Rússia, Nicolau, cuja mãe era cunhada do seu tio, e cujo tio de Nicolau era casado com a sua irmã mais velha. Além disso, eram primos em segundo grau, uma vez que eram bisnetos da princesa Guilhermina de Baden.
Waldemar - Príncipe da Prússia
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| Waldemar, Príncipe da Prússia |
Relação à Rainha Vitória: Bisneto
Condição da doença: Portador e sofria da doença
Nascimento: 20 de março de 1889, Kiel, no Império Alemão (atual Alemanha)
Pai: Henrique da Prússia
Mãe: Luísa, Princesa de Hesse e Reno e Princesa da Prússia
Cônjuge: Calixta de Lippe
Filhos: Sem descendência
Filhos com o gene: -
Morte: 2 de maio de 1945, Tutzing, Alemanha
Causa da morte: Morreu numa clínica, devido à falta de sangue para realizar uma transfusão durante um ataque de hemofilia.
Curiosidade: Waldemar e a mulher tinham fugido de casa devido ao rápido avanço do exército russo durante a Segunda Guerra Mundial quando começou a sofrer do ataque de hemofilia. Quando chegou à clínica recebeu uma transfusão, mas no dia seguinte, o exército dos EUA requisitou todos os recursos médicos para cuidar das vítimas de um campo de concentração próximo, o que impediu qualquer outra transfusão
Heinrich - Príncipe da Prússia
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| Heinrich, Príncipe da Prússia |
Relação à Rainha Vitória: Bisneto
Condição da doença: Portador e sofria da doença
Nascimento: 9 de janeiro de 1900, Kiel, no Império Alemão (atual Alemanha)
Pai: Henrique da Prússia
Mãe: Luísa, Princesa de Hesse e Reno e Princesa da Prússia
Cônjuge: Não casou
Filhos: Sem descendência
Filhos com o gene: -
Morte: 26 de fevereiro de 1904, Schloss Hemmelmark, no Império Alemão (atual Alemanha)
Causa da morte: No dia 25 de fevereiro, a sua mãe deixou Heinrich sem supervisão por alguns minutos. O príncipe brincalhão subiu numa cadeira e depois subiu para a mesa. Ao ouvir a sua mãe a aproximar-se, tentou descer rapidamente, mas tropeçou ao tentar descer a cadeira e caiu no chão de cabeça. Começou a gritar, o que imediatamente atraiu a atenção da sua mãe. Quando a mãe chegou perto dele ele já estava inconsciente. O médico disse que a queda não tinha sido nada de especial e que a criança teria sobrevivido se não fosse hemofílico. Então o pequeno príncipe sofreu uma hemorragia cerebral e permaneceu vivo mais umas horas, até ao dia seguinte. Tinha quatro anos de idade
Curiosidade: Quando Jeinrich nasceu o seu pai ficou muito contente com o nascimento de outro filho, especialmente tão bonito, como o príncipe tinha cabelo loiro. Foi diagnosticado com hemofilia bem cedo, mas apesar disso, era um menino muito alegre e que gostava de brincar, ao crescer tornou-se mais consciente da sua condição
Alexei Nikolaevich - Czarevich da Rússia
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| Alexei Nikolaevich, Czarevich da Rússia |
Relação à Rainha Vitória: Bisneto
Condição da doença: Portador e sofria da doença
Nascimento: 12 de agosto de 1904, em São Petersburgo, no Império Russo
Pai: Czar Nicolau II da Rússia
Mãe: Alexandra Feodorovna, nascida Princesa Alice de Hesse e Reno
Cônjuge: Não casou
Filhos: Sem descendência
Filhos com o gene: -
Morte: 17 de julho de 1918, Ecaterimburgo, na Rússia
Causa da morte: Assassinado pelos bolcheviques durante a Revolução Russa
Curiosidade: Foi o hemofílico mais conhecido de todos. Alexei chegou a dizer à mãe: "Por favor, deixe-me morrer, para que eu não sofra mais!" terá gritado por causa da tortura das hemorragias internas.
Durante as suas crises, a sua única esperança era Grigori Rasputin, um monge da Sibéria que tinha o dom de, aparentemente, o curar. Com a sua presença, Alexei conseguia ter uma vida mais produtiva.
Quando tinha oito anos, sofreu uma crise de hemofilia, quando a família voltava a casa no seu iate, após umas férias. Alexei magoou-se no joelho quando saltou para o barco depois de ir apanhar conchas. O médico da família, Botkin, estava com a família e examinou o menino, tudo parecia normal e Alexei dizia que não tinha dores. No entanto, terá dito que não tinha dores para continuar a brincar. Na manhã seguinte quando foi acordado, o marinheiro Derevenjo reparou que ele estava transpirado e parecia estar a sofrer. Quando lhe pergunto se estava a sentir alguma coisa, Alexei disse estar bem e então o marinheiro o deixou. Cerca de 15 minutos depois, Alexei saiu do quarto para fazer uma sessão fotográfica com a sua família. Quando subiu ao convés, caminhava normalmente, apesar da dor.
Depois de algumas fotos no convés do barco, o fotógrafo sugeriu que a família se dirigisse à ponte. Nesta altura Alexei de falar, Pierre Gillard, que estava presente, reparou no inchaço da perna do aluno e associou-o a outros ataques da doença que já tinha visto em Alexei.
Enquanto os outros membros da família iam até à ponte, Alexei deixou-se ficar encostado à parede enquanto a sua mãe o mandava despachar. Foi então que Gillard pediu a Alexei para esperar, o que alertou a mãe de Alexei que foi ter com eles. Receando ter de passar os dias que restavam no iate na cama, Alexei disse que estava bem e começou a correr para a ponte, no entanto, a meio do caminho desmaiou e acabou por ferir o cotovelo também.
Nessa noite Alexei teve que ser amarrado à cama e amordaçado para que a tripulação do navio não ouvisse os seus gritos. Quando chegaram ao cais da Polónia, receberam imediatamente um telegrama de Rasputin. O monge dizia que sabia que o herdeiro estava doente e alertou contra o uso da morfina, uma vez que ele era alérgico à mesma. No fim do telegrama, dizia ainda que Alexei ficaria bem muito brevemente e, por isso, não havia necessidade de recear pela vida de Alexei. Na manhã seguinte, Alexei já apresentava melhoras
Condição da doença: Portador e sofria da doença
Nascimento: 12 de agosto de 1904, em São Petersburgo, no Império Russo
Pai: Czar Nicolau II da Rússia
Mãe: Alexandra Feodorovna, nascida Princesa Alice de Hesse e Reno
Cônjuge: Não casou
Filhos: Sem descendência
Filhos com o gene: -
Morte: 17 de julho de 1918, Ecaterimburgo, na Rússia
Causa da morte: Assassinado pelos bolcheviques durante a Revolução Russa
Curiosidade: Foi o hemofílico mais conhecido de todos. Alexei chegou a dizer à mãe: "Por favor, deixe-me morrer, para que eu não sofra mais!" terá gritado por causa da tortura das hemorragias internas.
Durante as suas crises, a sua única esperança era Grigori Rasputin, um monge da Sibéria que tinha o dom de, aparentemente, o curar. Com a sua presença, Alexei conseguia ter uma vida mais produtiva.
Quando tinha oito anos, sofreu uma crise de hemofilia, quando a família voltava a casa no seu iate, após umas férias. Alexei magoou-se no joelho quando saltou para o barco depois de ir apanhar conchas. O médico da família, Botkin, estava com a família e examinou o menino, tudo parecia normal e Alexei dizia que não tinha dores. No entanto, terá dito que não tinha dores para continuar a brincar. Na manhã seguinte quando foi acordado, o marinheiro Derevenjo reparou que ele estava transpirado e parecia estar a sofrer. Quando lhe pergunto se estava a sentir alguma coisa, Alexei disse estar bem e então o marinheiro o deixou. Cerca de 15 minutos depois, Alexei saiu do quarto para fazer uma sessão fotográfica com a sua família. Quando subiu ao convés, caminhava normalmente, apesar da dor.
Depois de algumas fotos no convés do barco, o fotógrafo sugeriu que a família se dirigisse à ponte. Nesta altura Alexei de falar, Pierre Gillard, que estava presente, reparou no inchaço da perna do aluno e associou-o a outros ataques da doença que já tinha visto em Alexei.
Enquanto os outros membros da família iam até à ponte, Alexei deixou-se ficar encostado à parede enquanto a sua mãe o mandava despachar. Foi então que Gillard pediu a Alexei para esperar, o que alertou a mãe de Alexei que foi ter com eles. Receando ter de passar os dias que restavam no iate na cama, Alexei disse que estava bem e começou a correr para a ponte, no entanto, a meio do caminho desmaiou e acabou por ferir o cotovelo também.
Nessa noite Alexei teve que ser amarrado à cama e amordaçado para que a tripulação do navio não ouvisse os seus gritos. Quando chegaram ao cais da Polónia, receberam imediatamente um telegrama de Rasputin. O monge dizia que sabia que o herdeiro estava doente e alertou contra o uso da morfina, uma vez que ele era alérgico à mesma. No fim do telegrama, dizia ainda que Alexei ficaria bem muito brevemente e, por isso, não havia necessidade de recear pela vida de Alexei. Na manhã seguinte, Alexei já apresentava melhoras
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