Vou fazer mais um conjunto de post's, inspirados numa série, desta vez a série é Lore.
Esta série, que já conta com duas temporadas, fala em cada um dos episódios de algo assustador para nós, comum dos mortais, como vampiros, fantasmas, lobisomens, em resumo, lendas e como é que estas surgiram.
Com estes post's irei de falar mais em pormenor de cada situação ou pessoas retratadas nos episódios. Nos episódios há sempre uma história central e depois outras que vão complementando as principais, ou porque são do mesmo género ou de outra altura.
Post relacionado anterior: https://imagenschistoria.blogspot.com/2019/09/serie-lore-dracula.html
O Pai da Lobotomia da Picadora de Gelo
Walter Freeman |
Filho de um médico bem sucedido e neto de um presidente da Associação Médica Americana, Walter licenciou-se na Universidade de Tale e na escola médica da Universidade da Pensilvânia.
A lobotomia é uma intervenção cirúrgica no cérebro em que são seccionadas as vias que ligam os lobos frontais ao tálamo e outras vias frontais associadas. Foi utilizada em casos graves de esquizofrenia.
Esquema da lobotomia |
Walter Freeman realizou cerca de 3500 lobotomias, a maior parte delas com muita pouca base cientifica, mas popularizou de forma significativa a lobotomia como forma legítima de psicocirurgia.
Walter Freeman durante uma lobotomia |
James W. Watts |
Este aparelho deu a Walter a possibilidade de realizar lobotomias de uma maneira muito rápida, fora de uma sala de operações e sem a assistência de um cirurgião.
Com o passar dos anos, o picador de gelo passou a ser um instrumento criado de propósito para a operação, chamado leucotomo.
Leucotomo |
Orbitoclast |
Walter Freeman no seu "lobotomóvel" |
A mais famosa doente de Walter Freeman foi Rosemary Kennedy, irmã de John F. Kennedy a qual ficou inválida aos 23 anos como resultado da operação.
Rosemary Kennedy |
Howard Dully quando fez a lobotomia (esquerda) e atualmente (direita) |
Com o avanço das drogas anti-psicóticas, principalmente a Clorpromazina, em meados dos anos 50, a lobotomia foi sendo gradualmente abandonada e substituída pelos novos medicamentos, Freeman viu então a sua reputação cair rapidamente.
A sua licença médica foi anulada quando um dos seus pacientes morreu durante uma lobotomia.
Walter Freeman continuou a conduzir o seu "lobotomóvel", para visitar os seus antigos pacientes até ao dia da sua morte por cancro, a 31 de maio de 1972.
MZ
MZ
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