quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

As Excentricidades das Rainhas

No post de hoje falaremos das excentricidades de algumas rainhas da história, algumas podem ser consideradas loucas até hoje e outras simplesmente estavam a inovar para a mentalidade da altura.

Joana de Castela

Joana de Castela
Era conhecida como a Louca, era obcecada pelo marido, Filipe. Ela tinha tantos ciúmes que chegou a dar à luz um dos seus filhos numa casa-de-banho, só para não deixar o seu marido ir sozinho a um baile.

Quando o seu marido morreu, deu-se uma procissão do corpo do rei pelas terras de Castela que durou oito meses até ser enterrado, durante todo esse tempo, a rainha não se separou dele, chegou até a abraçar o corpo de Filipe.
Filipe e Joana de Castela
Nas povoações por onde o corpo de Filipe passava, aumentavam os rumores da loucura da rainha. Ao fim de alguns meses, os nobres "obrigados" pela sua posição a seguir a rainha, sentiam-se a perder tempo com esta "loucura" em vez de se ocuparem como deveriam das suas terras.

Na cidade de Torquemada, a 14 de janeiro de 1507, dá à luz o seu sexto filho, póstumo, do seu marido, uma menina que se chamaria Catarina. A demência da rainha agrava-se. Não queria trocar de roupa nem lavar-se.

Foi aprisionada em Tordesilhas, em fevereiro de 1509, com a sua filha mais nova Catarina.
Joana de Castela com a filha Catarina, aprisionada em Tordesilhas

Cristina, Rainha da Suécia

Cristina da Suécia
Foi uma das primeiras mulheres da altura a usar calças, considerava-as mais confortáveis, embora fosse uma peça de roupa masculina. Cristina estudava 12 horas por dia, tornando-se numa das mulheres mais cultas da sua época.

Isabel da Baviera

Isabel da Baviera
Ficou conhecida como Sissi, era uma rainha extremamente preocupada com a sua aparência, chegou a sofrer de anorexia, pesava-se três vezes por diz, pesava cerca de 45kg e tinha 1,73m de altura. Se a sua cintura passasse de 50cm parava de comer. Durante uma época, só se alimentava de carne crua de boi e do sangue do mesmo, além de peixe cozido e frutas.

Pensava que choques térmicos poderiam ajudá-la a emagrecer e, para isso, tomava banhos a vapor e, em seguida, mergulhava-se em banhos de água fria.

Dedicava três horas do seu dia para pentear os seus longos cabelos que lhe chegavam aos pés. Para manter a pele bonita, usava máscaras faciais feitas de morangos prensados ou dormia com bifes no rosto.
Isabel da Baviera
A partir dos 35 anos, não permitiu mais que fosse retratada, por isso estava sempre com um véu azul, uma sombrinha ou um leque preto, com o qual cobria o rosto sempre que alguém se aproximava.

Catarina II da Rússia

Catarina II da Rússia
Ficou conhecida como Catarina, a Grande. Teve inúmeros amantes, especialmente mais jovens. Catarina oferecia-lhes títulos e cargos, além de moradia no palácio.

Esta situação era conhecida no seio da família real, mas como o marido de Catarina, Pedro III, não podia ter filhos, a situação era deixada passar, porque o importante era que Catarina deixasse descendentes para a coroa.

Catarina teve um caso com o seu conselheiro Gregório Alexandrovich Potemkin, que terá acabado em 1776, este alegadamente passou a escolher os candidatos a amantes de Catarina que tivessem tanto beleza física como inteligência para a satisfazer. Alguns destes homens a amavam e ela sempre foi muita generosa com eles, mesmo quando o romance terminava.
Gregório Alexandrovich Potemkin
Um dos seus amantes, Pyotr Zavadovsky, recebeu 50 mil rublos mais uma pensão de 5 mil rublos anuais e 4 mil servos na Ucrânia depois de ser dispensado. Um dos seus últimos amantes, o príncipe Zubov, 40 anos mais novo, provou ser o mais caprichoso e extravagante de todos.
Príncipe Zubov
A dependência sexual de Catarina levou a que nascessem várias lendas sobre ela.

Nas suas memórias, Catarina afirmou que o seu primeiro amante, Sergei Saltykov, era o verdadeiro pai do seu filho Paulo, no entanto este parecia-se fisicamente com o imperador Pedro III e as suas palavras podem ter sido apenas uma vingança perante o tratamento frio que recebia do seu filho.
Sergei Saltykov

Luísa Isabel de Orleans, Rainha da Espanha

Luísa Isabel de Orleans, Rainha da Espanha
Luísa não se chamava Luísa nem outro nome até ao dia do seu casamento, simplesmente era conhecida como Mademoiselle de Montpensier.

Luísa sofreu de bulimia e transtorno de personalidade limítrofe, o que fazia com que o seu comportamento fosse absolutamente inapropriado. Fazia coisas como passear-se sem roupa, arrotar e soltar flatulências em público, aparecia suja e mal cheirosa perante a corte, entre outras situações.

O seu comportamento foi fonte de divergências com as suas companheiras reais tanto que chegou a ser trancada durante seis dias devido ao seu comportamento.

Isabel I da Rússia

Isabel I da Rússia
Esta rainha tinha 15 mil vestidos de gala e não suportava a ideia de repetir algum deles. Trocava-se várias vezes, chegando a usar três vestidos diferentes numa só festa. Também tinha milhares de sapatos e meias. Ninguém tinha autorização para usar o mesmo penteado que o seu, e chegou a emitir decretos por meio dos quais regulava até a roupa e adereços usados pelos cortesãos.

Os estrangeiros ficavam surpresos com o puro luxo dos bailes luxuosos e de máscaras. Isabel orgulhava-se das suas habilidades como dançarina.

Maria I de Portugal

Maria I de Portugal
Ficou conhecida como a Piedosa e a Louca. Foi rainha de Portugal e Algarves de 1777 até 1815, e também Rainha do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, a partir do final de 1815 até à sua morte.

Mentalmente instável, desde 10 de fevereiro de 1792 foi obrigada a aceitar que o filho, João, tomasse conta dos assuntos do Estado. 

Vivia obcecada com as penas eternas que o pai estaria a sofrer no inferno, por ter permitido ao Marquês de Pombal perseguir os jesuítas, o via como "um monte de carvão calcinado".

Para tratar da sua loucura veio de Londres o Dr. Wills, psiquiatra e médico real de Jorge III, que também enlouqueceu em 1788, mas de nada adiantaram os seus "remédios evacuantes".

Em 1799, a sua instabilidade mental agravou-se com os lutos pelo seu marido Pedro, o seu filho, o príncipe herdeiro, José, morto aos 27 anos, a marcha da Revolução Francesa e a execução do rei Luís XVI da França na guilhotina. Por isso, João, seu filho e herdeiro, que se viria a tornar no João VI de Portugal, assumiu a regência.



MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

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