terça-feira, 18 de junho de 2019

Beethoven

Beethoven em 1815
Ludwig van Beethoven nasceu em Bonn, no então Reino da Prússia, atual Alemanha, a 17 de dezembro de 1770.

Foi com o pai, Johann, que Beethoven recebeu as suas primeiras aulas de música, com o objetivo de o tornar num "menino-prodígio" ao piano, dada a sua habilidade musical demonstrada desde muito cedo.

O seu pai obrigava-o a estudar música diariamente, por várias horas. No entanto, o seu pai tornou-se dependente do álcool o que levou a uma infância infeliz de Beethoven.

A sua mãe, Maria Magdalena, fora casada duas vezes, uma primeira, do qual nasceu um filho e o segundo casamento, com o pai de Beethoven, tiveram sete filhos. Beethoven foi o terceiro filho da sua mãe e segundo do seu pai.

Beethoven não recebeu grandes estudos, mas sempre demonstrou o seu excecional talento para a música.

Com apenas oito anos de idade foi confiado a Christian Gottlob Neefe, o melhor mestre de cravo da cidade de Colónia na época, que lhe deu formação musical sistemática, levando-o a conhecer os grandes mestres alemães da música.
Christian Gottlob Neefe
Compôs as suas primeiras peças aos 11 anos de idade, iniciando a sua carreira de compositor. Foi progredindo de tal forma que em 1784, aos 14 anos, já era organista-assistente da Capela Eleitoral, e pouco tempo depois, foi violoncelista na orquestra da corte e professor, assumindo já a chefia da família, devido à dependência do álcool do seu pai.

Foi nesta altura que conheceu o jovem Conde Waldstein, a quem mais tarde dedicou algumas das suas obras, pela sua amizade. Este, percebendo o seu grande talento, enviou-o, em 1787, para Viena, na Áustria, para estudar com Joseph Haydn.
Joseph Haydn
O Arquiduque da Áustria, Maximiliano, pagou-lhe os estudos, no entanto, Beethoven teve que voltar pouco tempo depois, devido à morte da sua mãe, a partir de então, com 17 anos de idade, teve de lutar contra as dificuldades financeiras.
Arquiduque da Áustria, Maximiliano
Foi o regresso a Viena, que o motivou a entrar num curso de literatura. Foi quando teve o primeiro contacto com os ideais da Revolução Francesa, com o Iluminismo e com o movimento literário romântico: Sturm und Drang (Tempestade e Paixão).

Aos 21 anos, em 1792, mudou-se para Viena, onde permaneceu pelo resto da sua vida, saindo apenas para algumas viagens. Foi imediatamente aceite como aluno por Joseph Haydn, o qual manteve o contacto desde a primeira estadia de Beethoven na cidade.

Para complementar os seus estudos, passa a ter aulas com António Salieri, com Foerster e Albrechtsberger, que era maestro da capela na Catedral de Santo Estévão.
António Salieri (esquerda) e Albrechtsberger (direita)
Foi já em Viena que surgiram os primeiros sintomas da sua doença, foi-lhe diagnosticado, por volta de 1796, aos 26 anos de idade, a congestão dos centros auditivos internos, que mais tarde o deixaram surdo, este acontecimento transformou-o, levando-o a isolar-se e a grandes depressões.

Consultou vários médicos, fez curativos, usou cornetas acústicas, realizou balneoterapia e mudou de ares, mas os seus ouvidos permaneciam com o problema. Desesperado, entrou numa profunda depressão e pensou em suicidar-se.
Coleção de aparelhos auditivos de Beethoven - expostos na Beethovenhaus em Bonn
A doença progrediu ao longo dos anos, e aos 46 anos, em 1816, estava praticamente surdo. Porém, não perdeu a audição por completo, apenas nos seus últimos anos de vida isso viria acontecer.

Desde 1812, a surdez progressiva aliada à perda das esperanças matrimoniais e problemas com a custódia do sobrinho levaram-no a uma crise criativa, que faria com que durante esses anos, escrevesse poucas obras.

A partir de 1818, aparentemente recuperado, passou a compor mais lentamente, mas com um vigor renovado.

Desde 1816 até à sua morte, em 1827, conseguiu compor cerca de 44 obras musicais. A sua influência na história da música foi muito importante.

O tema "mulheres" é um capítulo obscuro da vida de Beethoven. Nunca se casou. Pensa-se que a bagatela Für Elise, provavelmente a mais conhecida entre as suas peças para o piano foi dedicada à cantora de ópera Elisabeth Röckel, a quem ele até teria feito um pedido de casamento.
Elisabeth Röckel
Um amigo seu, Gerhard Wegeler afirma: "Em Viena, Beethoven estava sempre envolvido em relacionamentos amorosos". No espólio de Beethoven existem cartas de amor a uma dama desconhecida, eternizada como a "amada imortal". Ainda não se sabe exatamente quem era, mas nas biografias mais recentes aponta-se para o nome de Antonie Brentano, casada com um membro da célebre família Brentano.
Antonie Brentano
Morre a 26 de março de 1827, estava na altura a trabalhar numa nova sinfonia. Foi enterrado anonimamente numa vala comum, algo comum na época, a 29 de março de 1827.

Os seus restos mortais foram exumados para estudos, em 1862, sendo transferidos em 1888 para o Cemitério Central de Viena.

As causas da morte de Beethoven podem ter sido devido a uma cirrose alcoólica, sífilis, hepatite infecciosa, envenenamento, sarcoidose ou doença de Whipple. Devido aos estudos realizados acredita-se que terá morrido por envenenamento acidental, devido a doses excessivas de chumbo à base de tratamentos administrados sob as instruções do seu médico.

Beethovenhaus é um museu com o propósito de perpetuar o legado deixado por Beethoven. Aqui deixo o site para poderem ver, apenas disponível em inglês, alemão ou japonês: http://www.beethoven-haus-bonn.de/sixcms/detail.php?template=portal_en

5.ª Sinfonia:

9.ª Sinfonia:


MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

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