quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Série Lore: Jack Parsons e as suas Crenças

Fiz um conjunto de post's inspirados na série Lore.

Esta série, que já conta com duas temporadas, fala em cada um dos episódios de algo assustador para nós, comum dos mortais, como vampiros, fantasmas, lobisomens, em resumo, lendas e como é que estas surgiram.

Este será o último post desta série.

Jack Parsons e as suas Crenças

Jack Parsons
Fonte: Boing Boing
Jack Parsons nasceu em Los Angeles a 2 de outubro de 1914.

Filho de uma família rica e influente. Parsons tomou gosto pelas ciências ocultas ainda novo. O divórcio dos pais fez do jovem uma figura solitária e reclusa e extremamente voltada para os seus estudos e interesses ocultos, e que reprimia qualquer tentativa de intromissão nos seus trabalhos, como revelam os diários que Parsons manteve desde os seus nove anos.

Fez as suas primeiras experiências no seu próprio quintal, onde construía foguetes à base de pólvora.

Com apenas 13 anos, invocou uma entidade "com sucesso" pela primeira vez, depois de meses de tentativas frustradas e infrutíferas. Ele fazia uso de trechos do Velho Testamento, do Zohar e do Talmude, como principais fontes de pesquisa para os seus estudos. Na ocasião da primeira aparição, que Jack dizia ter sido Satã, Parsons confessa ter se acovardado diante daquele que ele tanto procurava e quando o encontrou, tremeu de medo.

Embora ele tenha apenas feito o ensino médio, Parsons e o seu amigo de infância, Ed Forman, decidiram aproximar-se de Frank Malina, um estudante de licenciatura do Instituto de Tecnologia da Califórnia, e formar um pequeno grupo dedicado ao estudo de foguetes que se denominavam "Esquadrão Suícida", dada a natureza perigosa do seu trabalho.

No final da década de 1930, o Esquadrão Suicida começou a conduzir as suas experiências explosivas, a ciência dos foguetes pertencia amplamente à ficção científica.

De facto, quando o engenheiro e professor Robert Goddard disse em 1920 que um foguete poderia um dia ser capaz de alcançar a lua, foi amplamente ridicularizado pela imprensa, incluindo o "The New York Times".

No entanto, o Esquadrão Suicida rapidamente percebeu que Jack Parsons era um génio na criação de combustíveis para foguetes, um processo delicado que envolvia a mistura de produtos químicos nas quantidades exatas, para que fossem explosivos, mas controláveis - versões do combustível que ele desenvolveu foram usadas mais tarde pela NASA.

No início da década de 1940, Malina procurou a Academia Nacional de Ciências para obter financiamento para estudar "propulsão a jato" e, de repente, a ciência de foguetes não era apenas ficção científica estranha.

Em 1943, o ex-Esquadrão Suicida, que agora eram conhecidos como Aerojet Engineering Corporation, viu o seu trabalho ser legitimado, pois desempenhava um papel crucial na fundação do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA.

No entanto, embora o envolvimento com o governo tenha levado a um maior sucesso e mais oportunidades para Jack Parsons, também significou uma maior observação da sua vida pessoal, que continha alguns segredos chocantes.

Ao mesmo tempo que foi pioneiro no desenvolvimento científico, também estava envolvido em atividades que na época o veriam como louco.

Enquanto desenvolvia a própria ciência dos foguetes, Parsons participava em reuniões de Ordo Templi Orientis (OTO), liderado pelo famoso ocultista britânico Aleister Crowley.

Popularmente conhecido como "o homem mais perverso do mundo", Crowley incentivou os seus acólitos a seguirem o seu único mandamento: "Faça o que quiser". Embora muitos dos credos da OTO se baseiem mais na satisfação de desejos individuais, principalmente sexuais. Parsons e outros membros participaram em alguns rituais estranhos, incluindo comer bolos feitos de sangue da menstruação.

E o interesse de Parsons pelo ocultismo não diminui à medida que a sua carreira progredia, muito pelo contrário. Foi nomeado líder da OTO da Costa Oeste no início da década de 1940 e correspondia diretamente com Crowley.

Com o dinheiro das suas investigações com os foguetes comprou uma mansão em Pasadena, que transformou no covil de hedonismo que lhe permitiu explorar aventuras sexuais como dormir com a irmã de 17 anos da namorada e realizar orgias.

A mulher de Frank Malina disse que a mansão era "como entrar num filme de Fellini. As mulheres andavam com togas diáfanas e maquilhagem esquisita, algumas vestidas como animais, como uma festa de fantasia". O seu marido terá-lhe dito que "Jack gosta de todo o tipo de coisa".

O governo dos EUA, no entanto, não foi capaz de "não olhar para as atividades noturnas de Parsons. O FBI começou a vigiá-lo mais de perto e de repente as peculiaridades e comportamentos que sempre marcaram a sua vida tornaram-se ameaça para a segurança nacional e ele foi afastado das suas experiências.

Sem trabalho, o ocultismo consumiu-o ainda mais. Então as coisas pioraram quando o Parsons se familiarizou com o escritor de ficção científica e o futuro fundador da Cientologia, L. Ron Hubbard.

Hubbard incentivou Parsons a tentar convocar uma deusa real para a Terra num ritual estranho que envolvia "cânticos rituais, desenhando símbolos ocultos no ar com espadas, pingando sangue de animais em runas e se masturbando para 'impregnar' tábuas mágicas", levou Crowley a demitir Parsons como um "tolo fraco".

No entanto, Hubbard logo desapareceu com a namorada de Parsans, Sara Northrup, com que se casou e uma quantidade significativa do seu dinheiro.

Durante o início do Red Scare, no final da década 1940, Parsons foi novamente observado pelo governo dos EUA devido ao seu envolvimento com a "perversão sexual" da OTO.

O governo dos EUA também tinha suspeitas sob ele porque ele trabalhou para governos estrangeiros depois do governo dos EUA o ter dispensado. Sob suspeita e sem esperança de voltar a trabalhar para o governo, Parsons acabou por usar a sua experiência com explosivos para trabalhar em efeitos especiais na indústria cinematográfica.

A 17 de junho de 1952, Jack Parsons estava a trabalhar em explosivos para um projeto de filme no seu laboratório em casa quando uma detonação não planeada destruiu o laboratório e o matou.

Aos 37 anos foi encontrado morto com os ossos partidos, faltava o antebraço direito e metade do rosto tinha sido quase arrancada.

As autoridades determinaram que a causa da morte tenha sido acidental, teorizando que Parsons simplesmente tinha deixado escorregar um dos seus produtos químicos e as coisas ficaram foram do controlo.

No entanto, isso não impediu que alguns dos seus amigos disseram que Parsons nunca teria cometido um erro mortal e que o governo dos EUA talvez quisesse se livrar dele.


Fonte: Allthatsinteresting

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

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