segunda-feira, 8 de julho de 2019

Eva Perón

Eva Perón
Maria Eva Duarte de Perón nasceu em Los Toldos, na Argentina a 7 de maio de 1919.

A sua infância em Los Toldos e depois em Junin foi pobre. A sua mãe, Juana Ibarguren, era uma costureira obsessiva com limpeza, extremamente organizada e era amante de Juan Duarte, um homem com algum dinheiro que tinha outra família em Chivilcoy, com outros seis filhos. Juan registou todos os filhos que teve com a mãe de Eva, curiosamente não registou Eva e muitos historiadores relacionam este facto, tido como uma frustração para Eva.

Talvez por isto, quando já estava no poder, teve um papel dominante na valorização dos laços familiares dos pobres argentinos.

Quando o pai de Eva morreu, a sua mãe foi com os cinco filhos, ainda todos pequenos, até ao local do velório para se despedirem. Foram escorraçados do velório pela viúva e pelos filhos legítimos de Juan. Juana bateu o pé e insistiu que os filhos tinham o direito de beijar o pai morto. Depois de negociações e para evitar falatórios na cerimónia fúnebre, foi-lhes permitido que se despedissem, a condição de em seguida irem embora.

Depois Juana mudou-se com os filhos para Junin. Nesta época Eva sonhava ser artista, ser uma estrela de teatro e de cinema. Eva era fã da atriz norte-americana Norma Shearer, o modelo de mulher e de artista desde a sua infância.

Eva assistia a dezenas de vezes os filmes no cinema de Junin e jurava que ainda teria uma casa com telefones brancos e lençóis de cetim, como Norma tinha nos filmes.

Eva na sua adolescência dizia "Só me casarei com um príncipe ou um presidente". Era desprezada por todos por ser uma filha ilegítima. Os colegas da escola, por exemplo, não tinha permissão para cortejar Eva, em razão da origem. As suas três irmãs mais velhas progrediam socialmente, encontraram trabalho e fizeram bons casamentos.

Eva continuava decidida a tentar a vida no mundo do espetáculo. Aos 15 anos, no dia 2 de janeiro de 1935, partiu para a capital, Buenos Aires. Eva batia incansavelmente às portas dos teatros. Além da teimosia que se tornou lendária, Eva não tinha grande coisa para oferecer.

Aos 17 anos, em 1937, estreou no cinema no filme "Segundos Afuera" e, em seguida, foi contratada para fazer radionovelas.

Em 1944, conheceu Juan Domingo Perón, então vice-presidente da Argentina e Ministro do Trabalho e da Guerra. No ano seguinte Juan Perón foi preso por militares descontentes com a sua política, voltada para a obtenção de benefícios para os trabalhadores.

Eva organizou então comícios populares que forçaram as autoridades a libertar Juan Perón. Pouco depois casaram-se e Juan foi eleito Presidente em 1946.
Eva e Juan Perón, no dia em que se casaram
Eva famosa pela sua elegância e o seu carisma.

Eva foi da total pessoa desconhecida à mais popular pessoa e política. Tornou-se numa das mulheres mais importantes e poderosas do mundo.

No papel de primeira-dama, Eva desenvolveu um trabalho intenso no lado político, criando o Partido Peronista Feminino e dando direito a voto às mulheres em 1947.

No lado social, desenvolveu a Fundação Eva Perón, onde trabalha mais de 18 horas por dia distribuindo alimentos, roupas, construindo hospitais, escolas, lares para mães solteiras e asilos para idosos.

Apesar de ter ganho a simpatia da classe mais baixa da população, Eva era severamente criticada pela oposição, que transferiram para ela a antipatia e a rejeição que sentiam por Juan Perón.

Eva foi incentivada, pelas massas, a candidatar-se a vice-presidente, mas Eva nesta altura encontrava-se doente devido a um cancro diagnosticado em 1946, negou o pedido dizendo que o seu "humilde coração de mulher Argentina" a impedia de assumir tal cargo.
Eva Perón vota enquanto se encontrava já gravemente doente no hospital, em 1951
Após vários meses de sofrimento por ter cancro, Evita, como ficou conhecida, faleceu a 26 de julho de 1952, com apenas 33 anos.

A sua morte causou uma comoção nacional sem precedentes na história da Argentina. O seu velório durou 14 dias, sendo acompanhado por milhares de argentinos que se amontoavam nas ruas e avenidas de Buenos Aires para se despedirem da "mãe dos descamisados".
Funeral de Eva Perón
Com a queda de Juan Perón do poder, o corpo embalsamado de Eva foi removido pelos militares do seu túmulo, pois tinham medo que o local se tornasse local de adoração. O corpo de Eva foi então enterrado numa cova com um nome falso em Itália. O corpo só foi devolvido a Juan em 1971, durante o seu exílio em Madrid.

MZ

A(s) imagem(ns) podem ser encontradas em vários sites da Internet, o texto é baseado em várias pesquisas feitas por mim.

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