Pintura "La Persistencia de la Memoria" de Salvador Dali de 1931 |
Trata-se de uma pintura de Salvador Dali, de 1931. Salvador conta que demorou duas horas para pintar a maior parte da obra, enquanto esperava pela sua esposa, Gala, voltar do teatro.
"La Persistencia de la Memoria" é uma pintura a óleo sobre tela, com 24 x 33 cm de dimensão.
No dia em que pintou, Salvador sentia-se cansado e com uma leve dor de cabeça, não indo ao teatro com a sua mulher e amigos. Quando Gala chegou, Salvador mostrou-lhe a pintura, vendo na sua face a "contração inequívoca de espanto e admiração".
Salvador Dali então perguntou-lhe se dali a três anos ela se esqueceria daquela imagem, ao que ela respondeu: "ninguém poderia esquecê-la uma vez vista".
Na pintura desta-se quatro detalhes:
- Relógios derretidos: um dia, sentando à mesa com os restos do jantar, Salvador Dali reparou que o seu queijo camembert tinha derretido e começa a espalhar-se pelas bordas do prato. Foi a imagem daquele queijo que deu ao pintor a ideia dos relógios derretidos.
- Criatura bizarra: no plano central da obra, coberta por um relógio derretido está a caricatura do próprio Salvador Dali. As pestanas sugerem um grande olho fechado em estado de contemplação do sono ou da morte.
- Litoral vazio: trata-se do litoral perto da casa de Salvador Dali em Port Lligat, em Barcelona. Percebe-se que o pintor ilumina os penhascos e o mar com uma luz transparente.
- Formigas rastejantes: as únicas criaturas vivas no quadro são as formigas na parte de trás do relógio laranja e uma mosca no relógio derretido à esquerda. O pintor detestava formigas e as inclui neste quadro como um símbolo de putrefação.
A pintura encontra-se na coleção do Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova Iorque, nos EUA, desde 1934.
MZ
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